Prólogo.
Prólogo.
Marlene estava sentada perto do bar da boate, a música tocava alto, quase a ensurdecendo. Dorcas estava ao seu lado, elas conversavam e riam de coisas banais.
Na pista de dança havia-se aberto uma rodinha, onde várias pessoas dançavam hardstyle, jumpstyle ou rebolation, cada um mostrando o que sabia fazer. Uma garota de cabelos longos e ruivos foi para o meio da roda, ela parecia um pouco envergonhada no começo, mas com o som da batida ela foi se soltando, começando a dançar rebolation.
- Está vendo aquela garota? – Marlene perguntou para Dorcas.
Dorcas havia virado amiga de Marlene no ano anterior aquele. Ela tinha os cabelos castanhos claros, seus olhos eram azuis esverdeados e ela era bastante simpática. Estava estagiando a um ano na empresa dos pais de Marlene.
Dorcas virou seu copo de coca-cola, para depois responder a Marlene.
- A ruiva? – perguntou, Marlene assentiu. – Sim, o que é que tem ela?
- Ela está trabalhando na loja de musica dos seus pais, me surpreende você não conhecê-la. Hoje à tarde eu fui lá comprar Let it be, Beatles, para mandar pro meu priminho, ele finalmente está descobrindo o que é música! Daí eu comecei a conversar com ela. O nome dela é Lílian Evans, ela é bastante legal.
- Faz muito tempo que eu não vou à loja dos meus pais, acho que é por isso que eu não a conheci, acho que vou lá amanhã – Dorcas deu de ombros, tomando um gole de sua coca. Depois de um tempo ela olhou para Marlene, com um sorrisinho maroto. – Lenezinha meu amor, por que você não vai dar seu show naquela rodinha?
- Ah Dorcas, eu não estou com vontade de dançar hoje, sem falar que... Olha! – ela apontou para onde Lílian Evans dançava. – Eles vão me humilhar!
Dorcas se levantou, puxando Marlene.
- Vamos Lene! Ninguém vai te humilhar! Eu danço com você – ela disse, Marlene cedeu, deixando ser puxada para a aglomeração de pessoas.
A música que Evans dançava parou de tocar, todos gritaram, elogiando a garota, esta saiu do meio da roda, com um sorrisinho envergonhado. Uma nova música começou a tocar, Marlene reconheceu ser uma música de Basshunter.
Ela fechou os olhos enquanto ia para o meio da pista com Dorcas. Seu corpo começou a se mexer de acordo com a música, Dorcas fazia o mesmo, parecia até que elas haviam sincronizado os passos. Marlene misturava as danças, fazendo passos nunca vistos antes, mas mesmo assim graciosos.
Quando a dança acabou Marlene estava rindo, acompanhada por Dorcas, enquanto as pessoas as elogiavam. Elas ficaram junto com as outras pessoas, esperando que outra garota ou garoto desse seu show. Um menino com os olhos puxados, um sorriso encantador, e um tanto magrelo foi para o meio da pista, dançando muito bem, e fazendo passos que desafiavam a lei da gravidade.
- Meu Deus, essas pessoas dançam muito! – Dorcas falou, impressionada.
- Concordo plenamente, mas vocês duas não ficaram para trás – Alguém disse atrás delas.
Marlene se virou, vendo a menina ruiva sorrindo para elas.
- Evans! Eu realmente tenho que te elogiar pelo seu show – Marlene disse também sorrindo.
- Marlene eu já disse que você pode me chamar de Lily – a garota disse simpática, e depois se virou para Dorcas. – Ainda não fomos apresentadas, meu nome é Lílian Evans, e o seu?
- Dorcas Meadowes, é um prazer te conhecer, Lily – Dorcas respondeu.
- Meadowes? – Lily perguntou com o cenho franzido olhando para Lene, que assentiu. – Ah, então você é a filha dos donos da True music Meadowes? (N/A: falta de criatividade, sorry)
- Ah, sou sim! – Dorcas respondeu. – Hey garotas, que tal nós nos sentarmos agora? Daí a gente se conhece melhor, e eu te conto tudo que você tem que saber sobre a True music.
- Por exemplo, nunca diga para a Samantha que você pode fazer um favor para ela, sempre invente uma desculpa. Porque se você fizer algo para ela, ela nunca mais vai te deixar em paz – Marlene falou.
Lily fez uma careta, enquanto elas se sentavam no balcão do bar e Marlene pedia bebidas para elas.
- Já era. Ela me pediu para eu cuidar do balcão enquanto ela ia buscar os filhos na escola, e disse que voltava para terminar o expediente, mas não voltou – A ruiva falou.
- Filhos? Samantha não tem filhos, ela tem dezoito anos... Na verdade ela deve ter ido se agarrar com o Fred atrás da loja – Dorcas disse, dando de ombros.
- Mas Fred estava comigo na loja... – Lily falou, mas depois fez uma expressão pensativa. – Quem havia sumido era o Chase!
- Samantha safada, está ficando com dois! Nem a Dorcas faz isso! – Marlene falou, recebendo uma tapa de Dorcas e rindo em seguida.
Elas continuaram ali, rindo e conversando. Algumas vezes algum garoto se arriscava a falar com elas, chamando alguma para dançar. De vez em quando uma aceitava, mas depois de uma música voltava a se sentar com as outras duas.
Algum tempo depois, Marlene sentiu seu celular tocando em seu bolso, ela fez um sinal para as meninas irem ao banheiro com ela, assim ela poderia atender ao telefone sem toda aquela barulheira.
Quando elas chegaram ao banheiro, ele estava vazio. Marlene pegou seu celular, vendo o nome de sua mãe. Ergueu uma sobrancelha, seus pais era para estar em um avião quando a reunião deles acabasse, então porque sua mãe estava ligando para ela?
- Oi mãe, aconteceu alguma coisa? – Marlene perguntou.
Ela escutou a risada de sua mãe.
- Não Marlene, querida, não aconteceu nada! Pare de ser tão preocupada. Bem, você está na boate com a Dorcas, não é? – Sua mãe perguntou.
Dorcas fez um sinal, pedindo para Marlene mandar um beijo para sua mãe. Marlene assentiu, sorrindo.
- Mãe, a Dorc mandou um beijo para a senhora. Olha, eu estou sim com ela na boate, por quê?
- Eu e seu pai vamos ai buscar vocês, certo? Ai a gente deixa a Dorcas em casa e vamos para Oxford. Seu pai disse que não queria ir para lá de avião, ele disse que está com saudades de dirigir. Mas bem, pergunte a Dorcas se ela realmente vai querer ir com a gente, e mande também um beijo para ela.
Marlene tirou o telefone do ouvido.
- Dorcas, minha mãe vai vir me buscar, eu vou com eles de carro para Oxford, você vai querer que eles te deixem em casa, ou vai querer ficar aqui com a Lily? – Marlene perguntou, olhando para as duas.
Dorcas olhou para Lily, e a abraçou pelos ombros.
- Vou ficar com a Evans aqui, mas diga para o Sr. e Sra. McKinnon que eu agradeço de coração – ela falou, colocando a mão direita em seu coração.
- Certo, certo – Marlene falou, e colocou seu celular de novo na orelha. – Mãe, a Dorc vai ficar aqui com uma amiga da gente, daí vocês vem e quando chegarem me ligue. Certo?
- Oks, nós já estamos chegando. Beijos filha, até daqui a pouco – Sua mãe disse e desligou o telefone.
Marlene guardou o celular em seu bolso, olhando para as amigas.
- E ai, vai para Oxford por quê? – Dorcas perguntou, enquanto tirava toda sua maquiagem da bolsa e colocava no balcão do banheiro.
Marlene fez uma careta quando Dorcas pegou seu batom cor de boca do balcão e começou a passar e depois deu para Lily que havia pedido emprestado.
- Sério gente, nós estamos conversando no banheiro, será que não dá para a gente sair... Er... Germes – ela disse indo em direção a porta. – E acho que eles têm uma reunião, Dorc, eles já estavam comentando isso há um tempo.
Dorcas riu, enquanto elas saiam do banheiro. Elas se sentaram em um sofá que ficava perto do barzinho. Era estranho elas estarem em uma boate e não estarem dançado, mas de certo modo Marlene, em especial, não estava com paciência para dançar.
- Lily, você sabia que Marlene tem fobia de germes? Sério! É muito estranho. Em geral ela é uma pessoa normal, mas toda vez que chega em casa ela toma um banho de desinfetante e só deixa as pessoas entrarem no quarto dela sem sandália, e só se lavar a mão antes e ainda tem que ela joga um negócio de spray contra germes em você. É sério, ela é louca – Dorcas falou, enquanto Marlene corava balançando a cabeça negativamente.
- Não é bem assim, eu só não gosto de germes e sujeira!
Lily riu, mas tentava se controlar. Algo no bolso de Marlene começou a tocar, ela pegou seu celular, vendo que sua mãe ligava para ela. Ela fez uma cara triste para as meninas. Dando um beijo na bochecha de cada uma ela se despediu.
Quando saiu da boate, rapidamente reconheceu o volvo de cor preta, parado em frente à boate. Ela foi em direção ao carro, sorrindo para seus pais.
Sua mãe estava linda como sempre, com um terninho feminino extremamente delicado e chique. Ela se parecia muito com Marlene, a não ser pelo formato do rosto, que era quadrado e também por seus olhos negros. Seu pai também vestia um terno. Ele, ao contrário da esposa, não era muito semelhante à filha, a não ser, claro, pelos seus olhos grandes e extremamente azuis.
- Olá – Marlene falou, fechando a porta e sorrindo para os pais. – E então, como foi no trabalho?
- Foi normal, e chato, eu realmente estou começando a ficar impaciente com o Rubian, ele anda puxando muito o nosso saco, ele deve estar pensando que irá ganhar uma promoção se continuar fazendo isso – seu pai disse como se fosse muito irritante voltar a pensar naquilo. – Mas bem, nós tivemos uma reunião de apresentação de novos funcionários da empresa. Entraram três pessoas, duas mulheres e um homem.
- Uma das garotas vai entrar como secretaria. E a outra irá entrar na parte de administração. Sinceramente a secretaria não é muito qualificada, ela parece um pouco burra, mas acho que com o trabalho, e um pouco de ajuda ela fica mais qualificada. A única coisa que realmente me incomodou foi às roupas dela! O seu pai não tirou os olhos das pernas dela – sua mãe disse, revirando os olhos e mandando um olhar severo para o marido, este simplesmente olhou para Marlene, fazendo um pequeno gesto que dizia que sua mãe estava louca. Isso fez Marlene rir. - A que vai entrar na administração é muito simpática e organizada, acho que ela será muito boa para a empresa.
O carro começou a sair dos limites de Londres. Marlene colocou seu cinto de segurança. Ela olhou um pouco para a paisagem escura e cheia de gelo havia por trás da janela escura do carro.
- Um homem também foi contratado, não é? – ela perguntou.
- Sim, sim. Quase me esqueci dele. Ele é bastante gentil e educado e de cara se deu bem com o Remus e seu pai. Ele está sendo transferido de uma de nossas filiais em Paris, mas ele não é Francês, ele é Inglês mesmo. Ele está como subgerente, e vai monitorar principalmente a parte de manutenção. E se você quer saber... Seu pai o adorou, disse que foi um dos melhores funcionários que a empresa já contratou.
- E o pior é que é verdade, ele parece ser muito dedicado ao trabalho. Mais o pior é que ele é tão novo quanto a Dorcas e o Remus, essa geração de hoje está me saindo melhor do que a encomenda.
- Ta vendo pai? Eu sempre te disse que variar nas pessoas que você contratava era ótimo. Veja, todos os funcionários mais velhos e novos da empresa, que por acaso eu te disse para contratar, tem um ótimo desempenho – Marlene falou, se achando a conselheira da família, arrancando risos baixos e sonoros de seus pais.
- Marlene, não é porque você ajudou a escolher o Remus, a Dorcas e o Sebastian para eles entrarem na empresa há um ano atrás, que você é a conselheira da empresa, ou a que entrevista as pessoas para ver quais são qualificadas – sua mãe falou, brincado.
- Mas veja, eu escolhi as duas melhores e mais legais pessoas para entrarem na empresa. Então admitam, eu sou um gênio de escolhas – Marlene falou, rindo de suas próprias palavras.
- Claro filha, você é minha heroína – seu pai falou, também rindo.
- Eu sei – Marlene disse, com um falso ar debochado. – Mas e então, como é o nome dos novos a “agentes” da ultra-secreta empresas McKinnon? – Ela disse, ainda brincando.
- A secretaria é a Sophia Luterns. A que ai pra administração é a Lourence Stenlerfild. E o rapaz... – Marlene parou de prestar atenção no que sua mãe dizia. Naquele momento a única coisa que ela se concentrava era na luz que parecia cegá-la, era uma luz que vinha em sua direção, era tão branca e clara que quase a torturava.
Mas mesmo com toda aquela luz, ela pode ver um sorriso nos rostos de seus pais, enquanto eles pronunciavam coisas sem sentido para ela. O sorriso se sua mãe, virado para ela era tão encantador que Marlene não entendia, será que sua mãe não estava vendo a luz? Aquela luz que a torturava e quase a cegava? E seu pai? Pelo retrovisor, ela viu que ele mantinha em seu rosto o mesmo sorriso encantador, o que estava acontecendo com seus pais? Eles não percebiam a luz que era tão encantadora quanto seus sorrisos, mas tão torturante como uma agulha sendo enfiada lentamente em seus olhos?
Marlene não entendia o que estava acontecendo, mas por um momento, em frações de segundos enquanto algo se chocava com seu carro, ela quase inconscientemente disse algo, não tinha certeza se seus pais haviam escutado. E não teve muito tempo para pensar nisso, porque a única coisa que veio em sua mente foi que ela nunca havia pensado em como morreria, mas naquele momento não havia o que pensar, não quando o vidro foi quebrado e alguns cacos rasgavam seu rosto, e ela sentia-se esmagada.
Tudo ficou escuro, apagado, a dor era tão intensa que Marlene desmaiou. Mas seus olhos não se fecharam a tempo dela não ver os corpos quase deformados que agora eram seus pais.
Por mais que ninguém soubesse ou desconfiasse, naquele dia três pessoas haviam morrido.
1º Hardstyle vs jumpstyle vs rebolation:
Bem, para quem não sabe hardstyle, jumpstyle e rabolation são tipos de dança derivadas principalmente do hard trance. Resumindo são danças de musicas eletrônicas. Lá vai dois videos caso vocês queiram ver como são:
http://www.youtube.com/watch?v=Bn9Tkebfv_I
2º Hardstyle vs jumpstyle:
http://www.youtube.com/watch?v=-Qyg-gLwHK4
3º Rebolation:
http://www.youtube.com/watch?v=980GbKorvj0
N/A: Bem, eu tinha que colocar algo sobre esses tipos de dança, porque tipo assim, eu sou apaixonada por essas danças, e meu irmão dança hardstyle, dai eu pedi para ele me ensinar, só que ele diz que é melhor eu aprender o rabolation porque é mais feminino. Mas bem, deixando isso de lado... Eu gostei desse prólogo, e já tinha terminado ele há muito tempo, só que ai enrolei para mandar pra minha beta, então milhões de desculpas, e não me matem. -q
Eu quis colocar nesse prólogo um pouco de como Marlene era antes do acidente, dai vocês vão perceber a mudança da personalidade dela mais tarde. E se alguem aqui lê minhas outras fics (em especial Vida e Segredos) sabe que esse foi um prólogo totalmente diferente dos que eu costumo fazer. Muito obrigada pelos comentários, amei muito T-O-D-O-S. Bem, espero que tenha gostado desse prólogo, beijos meus lindos.
Lúuh McKinnon Black
N/B: É isso ai! Mais um prólogo perfeito criado pela nossa autora favorita... Love you! ( E não, eu não tô puxando o saco pra você me comprar um chocolate, e me mandar os outros capítulos antes de todo mundo ler). Que euzinha aqui betou! Fiz algo que merece vários beijos e abraços, né? (Remmie, eu aceito se for você que me der esse abraço/beijo).
Se eu adorei betar esse prólogo imaginem os próximos *-* -puxa-saco
Beijos.
Brenda Black-Cullen.
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