A Little Unwell
N/A : O título do capítulo pertence a Matchbox 20. Eu amo aquela música, e me faz pensar no estado de mente de Harry nesse ponto da história.
6: A Little Unwell
Conforme a semana foi passando, Harry percebeu que estava ficando mais fácil estar de volta a Grimmauld Place. Ele descobriu que gostava de ter companhia, que ajudava a diminuir o horrível peso da solidão. Enquanto os pensamentos sobre Sirius ainda traziam o grande vazio da perda, menções de seu nome não doíam tanto. Ele se achou pensando nos bons tempos também, não só no Véu.
Remus veio vê-lo no dia depois da reunião, e eles começaram a conversar. Ele não queria ser chamado de “Professor Lupin”, e Harry tinha problemas com “Remus”, então eles se decidiram por “Aluado”. Harry gostou disso; usar o apelido o ajudou a sentir uma conexão a ambos Sirius e seus pais. Harry estava surpreso de descobrir que falar com ele sobre Sirius ajudava, mais do que doía. Parecia ajudar a Remus também.
Remus lhe disse como nada poderia ter mantido Sirius afastado do Ministério da Magia aquela noite; ele já não agüentava estar preso e estava enlouquecendo. Era só uma questão de tempo até ele sair da casa; ajudar Harry foi só a desculpa que ele precisava. Ele amava Harry e teria feito qualquer coisa por ele. Ele morreu do jeito que queria, com honra, na batalha, e não sendo mantido preso “para sua própria proteção”. A única coisa que teria machucado Sirius mais que tudo, era saber o quanto Harry se culpava. Ainda assim, Harry não conseguia banir aquele sentimento, mas ele diminuiu. Isso era culpa de Voldemort, e ele, Harry, tinha que achar uma maneira de pará-lo.
Os dias de Harry passaram com jogos de xadrez ou Snap Explosivo, ou só conversando com seus amigos. Ele recebia constante atenção da Sra. Weasley; ela bagunçava seu cabelo, dava palmadinhas na sua bochecha, ou o encorajava a comer outro pedaço de qualquer coisa que ela tivesse feito. Embora algumas vezes fosse frustrante ser tratado como uma criança, ninguém nunca tinha feito essas coisas para ele antes, e ele achava bem legal. Os círculos escuros permaneciam sob seus olhos, mas ele começou a ganhar peso, aparentando mais saudável do que quando chegou.
As noites ainda eram as piores horas para ele. Madame Pomfrey insistiu que ele só deveria tomar a Poção para Dormir em cada terceira ou quarta noite para evitar ficar dependente dela, e os pesadelos que ele tinha experienciado sem ela eram brutais. Às vezes ele ficava fisicamente doente. Essas visões ocorriam com mais freqüência quando as atividades de Voldemort aumentavam. Jornais trouxas começaram a ter histórias de estranhas mortes e acontecimentos inexplicáveis. As autoridades estavam incapacitadas de achar a causa da morte no crescente número de vítimas e estavam perdidos para explicar os estranhos fogos de artifício que apareciam no céu. Rumores de ameaça terrorista usando armas bioquímicas lideravam as manchetes, enquanto o pânico sobre uma praga encheu os noticiários. Harry vagamente se perguntava qual era a reação dos Dursleys a todos esses eventos.
Rony tinha assistido em confusão aquela primeira noite quando Harry colocou sua cesta de lixo vazia perto de sua cama antes de se deitar para dormir. Ele entendeu mais tarde, quando ele foi acordado, aterrorizado, pelos gritos de Harry, e assistiu enquanto Harry rolava da cama e usava o lixo para vomitar. Harry estava embaraçado por interromper o sono de todos e sabia que a aparência cansada nos rostos deles era por sua causa. Ele se desculpou profundamente e repetidamente pra quem quer que entrasse no quarto, e tentava mandá-los de volta para cama imediatamente. Harry planejava pedir a Rony para colocar um feitiço Silenciador por volta da sua cama assim que voltassem pra Hogwarts e fosse permitido fazer mágica novamente.
Uma noite, depois de um ataque particularmente difícil, já que Harry os tinha acordado ele, de novo, se desculpou. Molly estava exasperada.
- Não tem nada que se desculpar, Harry. Você não pode controlá-los. Eu só sinto muito que você tenha que passar por isso. Quem iria ficar com raiva de alguém por ter um pesadelo?
Sua expressão retida, abatida disse a ela tudo que ela precisava saber. Malditos Dursleys pro inferno, ela pensou, seus olhos brilhando.
Harry ainda sonhava com Sirius caindo pelo Véu também. Nessas horas, Gina geralmente entrava no seu quarto, oferecendo silencioso conforto. Ela nunca dizia muito, só passava sua mão pelos cabelos dele, acalmando-o de volta para o sono. Ele não tinha certeza sobre como ela sabia quando vir, mas ela nunca comentou, então ele também não tocou no assunto.
Ele tinha estado evitando ela, ainda embaraçado por chorar na frente dela. Ele realmente desejava não ter feito aquilo; ele odiava mostrar fraqueza mais que tudo. Ela não tinha mencionado, e, certamente, não parecia estar tratando ele diferente, então, gradualmente, ele estava esquecendo. Ele se descobriu olhando para ela, quando achava que ela não estava vendo. Ele não conseguia descobrir o quê tinha mudado nela. Ela cresceu; ela não era a mesma garotinha que ele encontrou na plataforma nove três quartos todos aqueles anos atrás, mas não era só físico. Tinha algum poder nela, um sentimento, um sentimento que ele não conseguia nomear. Ele se achou sendo atraído pra isso, como uma mariposa para a chama. Ela o confundia e ainda o intrigava, como um quebra-cabeça que ele precisava montar.
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Da parte dela, Gina estava bem consciente dos olhares intensos que Harry lançava a ela, e ela tentou ignorá-los. Ela nunca poderia descobrir o que estava havendo por trás daqueles profundos olhos verdes. Ela gostava que ele estivesse olhando, mesmo assim, mas ficava aborrecida porque gostava. Ela o tinha superado há muito tempo atrás; ela não ia voltar para aquele estágio doloroso de sua vida. Ela não olhava Harry daquela forma. Ainda assim, toda noite que ela se aconchegava a ele para acalmá-lo até dormir, ela não podia evitar sentir aquela agitação no seu estômago. Ela tinha que esmagar o irresistível desejo de protegê-lo e de tirar um pouco da dor dos olhos dele. Mas eu não gosto dele desse jeito! Ela tinha que insistir para aquela vozinha irritante dentro de sua cabeça.
Enquanto elas se preparavam para dormir no quarto que dividiam a noite passada, a voz de Hermione tinha quebrado a escuridão.
- Gina?
- Hmmm?
- O que está havendo entre você e Harry?
- O que você quer dizer? – Gina sentiu seu coração começar a bater forte. Ela sabia que a garota mais velha tinha estado estudando eles dois desde que ela chegou, semanas antes.
- Ele assiste você.
- Harry assiste todo mundo. Ele sempre foi observador.
- Talvez. Mas ele falou com você aquela noite no quarto de Sirius, não foi? Sobre aquela noite.
Gina sabia que isso estava vindo; ela só queria evitar.
- Um pouco.
- Sobre Sirius?
- Ele sente falta dele.
- É. Como você conseguiu que ele falasse?
De alguma forma Gina sabia que Harry não ia querer que ela falasse sobre as confidências dele, mas ela também sabia o quanto persistente Hermione podia ser quando ela queria entender algo.
- Eu perguntei a ele.
- Você perguntou a ele? Isso nunca funciona com Harry. – A voz de Hermione soou aborrecida, e o tom estava crescendo. Gina continuou em silêncio.– Você perguntou o que estava errado, e ele simplesmente contou a você? – ela persistiu.
- Sim.
- Gina, o quê você está escondendo? Por que você está sendo tão evasiva?
- Eu não queria ser, Hermione; Eu só não acho que é meu papel te contar o que está na mente dele. Além do mais, eu tenho impressão que você está irritada porque ele escolheu falar comigo.
- Não seja ridícula. Eu estou feliz por ele ter admitido que algo estava errado, mas não consigo entender porque ele não fala com o Rony e comigo.
- Eu tenho certeza que ele vai, quando ele estiver pronto.
Hermione rolou pro outro lado e puxou os cobertores. Gina podia ouvir o quão descontente ela estava, mas não podia pensar em mais nada pra dizer. Ela podia ver como Harry se afastava da insistência dela em saber tudo, mas não podia dizer isso a Hermione. Ela não entraria no meio disso; ela tinha, finalmente, sido aceita no grupinho deles, e ela não ia começar a mexer agora.
Aquilo tinha sido noite passada, e tudo parecia bem hoje.Hermione e Rony pareciam estar felizes fazendo olhares excessivamente carinhosos um para o outro, e Hermione estava perfeitamente amigável com Gina. Ela pegou os olhos de Harry nela novamente, e dessa vez, virou para olhar diretamente para ele. Ela viu um vermelho subir para suas bochechas, antes de ele, rapidamente, olhar para longe. Ela deu de ombros e voltou a ler seu livro.
********
Harry tinha que fazer algo para afastar sua mente do quebra-cabeça que era Gina Weasley,mas isso estava se provando difícil. A casa tinha estado quieta o dia todo; as atividades usuais da Ordem aparentemente ausentes. Com seus sentimentos sobre a morte de Sirius se resolvendo, estava ficando mais e mais difícil afastar pensamentos sobre a profecia, deixando-o, algumas vezes, á beira do pânico. Ele sabia que teria que abordar o assunto com Dumbledore mais cedo do que esperava, mas ele não tinha visto o diretor desde a primeira noite. Ele achou que talvez Remus pudesse ajudá-lo a começar resolver isso. Sem certeza de onde ele estava, Harry subiu para checar seu quarto primeiro. Ele podia ouvir vozes dentro que soavam como Remus e Tonks, então ele abriu a porta e entrou e sentiu seu fôlego ficar preso na garganta.
Remus sentava numa cadeira em frente á lareira com um enorme sorriso no rosto, olhando para o outro ocupante do quarto, que estava em pé perto da janela. Ali, inteiramente em carne e osso estava Sirius Black, tão bem e vivo quanto poderia. Harry ofegou enquanto sentia toda a cor sair de seu rosto. Ele recuou para a parede e escorregou para o chão quando suas pernas fraquejaram. Ele lutou por ar enquanto sua visão embaçava. O sorriso desapareceu do rosto de Remus, e ele estava do lado de Harry como um raio. O rosto de Sirius foi substituído por uma expressão horrorizada de Tonks, que também se apressou para perto deles.
- Ah, merda, Harry, eu sinto tanto! Eu nunca teria feito aquilo se soubesse que você tava ai.
Harry a encarou em estado de choque, ainda confuso com o que tinha acabado de acontecer. Remus o ajudou a se levantar e o encaminhou para a cama.
- Me desculpe, Harry, isso deve ter sido um choque.
- Eu... Eu na...não entendo – ele disse.
- Eu estava apenas brincando, Harry – Tonks se desculpou. – Eu estava contando a Remus como é raro para um metamorfamago ser capaz de fazer transformações de gênero cruzado. Há tão poucos de nós, nunca pensei que pudesse de controlar até essa extensão. Quando eu tomei conhecimento que tinha herdado a habilidade, eu tinha que praticar com membros da família; é mais fácil começar se transformando naqueles que tem características semelhantes. Eu estava dizendo a Remus o quanto Sirius costumava tirar onda de mim fazendo ele, e Remus queria ver. Inferno sangrento, eu sinto muito, Harry.
- Tá tudo bem. – Harry sussurrou. Na verdade, ele sentiu como se tivesse levado um forte murro no estômago. Ele não queria nada mais que sair do quarto e dos olhares preocupados que os dois estavam lhe lançando. Sua curiosidade ganhou, de qualquer forma.
- Sirius gostava de ver você fazer isso?
Tonks sorriu, seus olhos assumindo um olhar nebuloso, distante.
- Ele achava perturbador ver uma versão reduzida de si mesmo.
- Reduzida?
- Bem, Eu posso mudar minhas características para parecer ele, mas não posso controlar meu peso ou tamanho do corpo. Por isso que é difícil duplicar alguém exatamente. Sirius disse que ele queria ter herdado a habilidade, teria resolvido um monte de seus problemas. A habilidade é do lado da minha mãe, embora ela também não seja metamorfamaga. Eu acho que sempre a irritou ter pulado ela, mas ficou comigo.
- É só você na sua família?
- Até onde eu sei. Minha avó era uma, mas mamãe diz que não tão avançada quanto eu. Mamãe sempre tentava intimidá-la, mas nunca tinha sorte. Ela era uma curandeira em St. Mungo’s, e ela disse que ela nunca viu ninguém que pode se transfigurar tanto quanto eu.
- Me desculpe, Harry. Nós não queríamos transtornar você. Eu posso ver o quanto Sirius gostaria de ver você fazendo o rosto dele, Tonks. Eu tenho certeza que a mente dele estava tramando vários cenários para usar seu talento. – Remus disse, rindo, um carinhoso sorriso iluminando seu rosto. Ele assistiu Harry de perto. Toda a cor ainda não tinha voltado a face dele.
- Há algum motivo para você precisar me ver, Harry?
- Er... sim. Eu estava me perguntando se eu podia te pedir uma coisa?
- Por que eu não deixo você fazer isso, então? – Tonks disse enquanto passava por Remus e saia pela porta. – Vejo você mais tarde, Remus.- Um olhar estranho passou entre eles, e, de repente, ocorreu a Harry que Remus e Tonks estavam passando muito tempo juntos recentemente.
- O que eu posso fazer por você, Harry? – Remus perguntou, colocando, em uma tentativa, a mão no ombro de Harry.
De repente, Harry descobriu que não queria falar sobre a profecia. Sua cabeça estava doendo, e seu estômago começando a incomodar. Ele pensou que preferia, apenas, ir deitar.
- Não é nada, Aluado. Você acha que nós podemos falar sobre isso amanhã?
- A qualquer hora que você queira conversar, eu estou sempre aqui, Harry. Eu quero que você acredite nisso. Eu sinto muito por nós termos te dado um choque.
- Eu não deveria simplesmente entrar no seu quarto de qualquer forma. – Harry disse, sorrindo, enquanto o homem mais velho corava um pouco.
- Nós só estávamos conversando.
Harry levantou suas sobrancelhas e Remus começou a se atrapalhar em sua mesa.
- Amanhã, então? Boa noite, Harry.
- Boa noite, Aluado.
Sua cabeça estava começando a doer. Ele considerou perguntar a Sra. Weasley se ela tinha alguma coisa para isso, mas decidiu que não queria lidar com a agitação dela. Ele só ia dizer boa noite pra Rony e Hermione e ir direto para cama. Ele colocou sua cabeça na sala de estar e parou o seu caminho. Rony e Hermione estavam deitados no sofá, se agarrando sem se importar.
Harry sabia que eles estavam juntos; eles tinham falado com ele sobre isso um dia depois que ele chegou, mas essa era a primeira vez que ele tinha realmente visto. Harry ficou congelado ali, sua mente incapaz de compreender completamente o que ele estava vendo. Ele, de repente, estava muito feliz que eles tinham tentado ser discretos perto dele, por que isso era simplesmente grosseiro.
Nesse momento, Gina entrou na sala e pôde ver Rony e Hermione no sofá, inocentemente sem saber que tinham companhia, e Harry parado daquela forma como um cervo pego de surpresa. Isso era bom demais para deixar passar.
- Levantem, vocês dois. Eu acho que vocês assustaram Harry pro resto da vida.
Rony e Hermione se separaram, e se afastaram, cada um para um lado oposto do sofá. O cabelo de Hermione bagunçado, e os dois ofegantes.
- Realmente, vocês dois – Gina continuou, um brilho alegre nos olhos. – Vocês têm que achar um lugar mais privado para isso. É revoltante entrar aqui; Eu não quero ver isso. Você quer, Harry?
Os olhos de Harry estavam redondos e largos; ele ficou ali, olhando para ela como se não soubesse o que fazer com ela. Ou talvez só fosse a situação. Hermione parecia ter se recuperado e se juntou a Gina para provocar Harry.
- Ah, qual é, Harry. Não é como se você nunca tivesse beijado alguém antes.
- É. – cantarolou Gina. – Cho Chang contou para escola toda sobre vocês dois embaixo do visgo.
A face de Harry corou tanto quanto a dos Weasleys.
- Eu... não... o quê? Ela o quê?
Gina explodiu em risadas por causa da expressão na cara dele.
- Não é a mais discreta, aquela lá.
Harry estava realmente se sentindo enjoado.
- Estou indo pra cama. Boa noite, Gina. Rony e Hermione, continuem onde pararam.– Ele sorriu de lado e saiu do aposento com Gina rindo atrás dele.
- Boa noite, Harry.
*******
- Varinhas pra baixo, você ouviu?
- Mate os outros.
- Avada Kedavra.
- Ele não pode voltar, Harry, ele está m....
Harry estava em um cemitério vazio; neblina pairando no ar, tornando a visão, mais do que poucos metros à frente dele, impossível. Cedrico apareceu por detrás de uma lápide, ainda usando a roupa que usou no Torneio Tri-Bruxo. Sirius apareceu depois, seguido por sua mãe e seu pai, cada um da própria sepultura. Eles eram imagens fantasmagóricas, não muito reais e eles circulavam e circulavam ele, seus olhares frios e acusatórios.
- Por quê, Harry?- Sirius.
- Você me matou, Harry.- Cedrico.
- É sua culpa, Harry. – Tiago.
- Como você pôde fazer isso conosco, Harry? – Lílian.
- Nããão – choramingou, balançando a cabeça.
Sirius se aproximou, até a face de Harry, e Harry pôde ver a decadência por trás de seus olhos. O fedor de podridão era avassalador, e Harry lutou contra a vontade de vomitar. Os outros se reuniram atrás dele, segurando-o no lugar e não deixando que ele fugisse.
- Todos nós morremos por você, Harry. Tudo por causa de você.
Harry gemeu e tentou se afastar, mas Sirius continuava se aproximando; não importava que caminho Harry tomasse, ele estava lá, acusando, odiando, irritado. De repente, seus olhos azuis se tornaram vermelhos, e Harry estava olhando para a perversa, cara de cobra do seu inimigo de toda a vida. A cicatriz na sua testa explodiu em agonia quando Voldemort sibilou:
- Eu sei que você está aqui, Potter, e eu seu que está com medo. Você teme pela vida daqueles que ama. Você deve temer. Eu vou caçar e matar todos que lhe são afins até não restar nenhum. Depois, eu vou atrás de você. Você não pode me vencer; ninguém pode. Então, quem deve ser o próximo, Potter? Quem é o próximo que você quer levar a sepultura?
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- Harry…Harry…Harry! Acorda, Harry. Vamos lá, você está bem.
Harry acordou com um pulo, sentindo uma necessidade desesperada de encher seus pulmões. Ele sentiu como se sua cabeça estivesse se dividindo ao meio e a segurou com as duas mãos, tentando mantê-la unida. A Sra. Weasley estava sentada na cama com ele, as mãos dela nos seus ombros, seus olhos cheios de preocupação. Lupin estava acima deles, perto de Rony, que estava se mexendo para frente de para trás. Embora Harry não estivesse com óculos, ele podia diferenciar os borrões de castanho e vermelho na porta, e presumiu que as garotas tinham atravessado o hall. O corpo todo de Harry estava tremendo, enquanto ele tentava engolir a náusea. Finalmente desistindo ele empurrou a Sra. Weasley para longe e, mais uma vez, vomitou no lixo. Quando ele acabou, a Sra. Weasley lançou um rápido “Limpar” com sua varinha antes de limpar a boca dele e secar sua testa molhada com um pano e colocá-lo novamente deitado no travesseiro.
- O que aconteceu, Harry? – Remus perguntou, quebrando o tenso silêncio.
- Voldemort. Ele falou comigo.
- Falou com você? O que você quer dizer “ele falou com você”?
- Ele sabia que eu estava lá.
- O quê ele disse?
A mente de Harry voltou para o sonho, e ele fechou os olhos com força. A dor na cicatriz estava diminuindo, mas foi substituída por uma dor lancinante no seu coração. Ele sentiu o canto dos olhos ardendo e lutou para manter a compostura.
- Dumbledore. Eu preciso falar com Dumbledore. – Harry sentiu uma única lágrima descer pela sua bochecha e, raivosamente, a secou.
- Nós vamos deixá-lo saber, Harry – ele ouviu a Sra. Weasley falar. Ele podia sentir o olhar dela para Remus, solicitando-o a não pressionar mais Harry, e estava grato a ela por isso. Ele não queria falar mais. Ele estava extremamente pálido, e Molly continuou a alisar seu cabelo enquanto a respiração dele voltava ao normal. Ele ouviu o quarto esvaziar, e Rony voltar para sua própria cama. Harry não disse nada, mas esperou pacientemente, deixando a respiração de Rony cair num ritmo profundo e regular. Uma vez que teve certeza que Rony estava dormindo, ele sentou e ajustou o travesseiro nas costas. Ele sabia que o sono não ia voltar essa noite.
Voldemort sabia que ele estava ali. Ele ameaçou os Weasleys, Hermione, e Lupin. Eles eram os mais próximos a Harry. Tinha que haver um jeito de mantê-los salvos. Que o ajudassem, porque ele não ia perder mais ninguém. Tão perdido nos próprios pensamentos torturados, ele não ouviu a porta abrir de leve, e Gina fazer seu caminho até ele.
- Você está bem? – ela sussurrou.
Quando Harry não respondeu, ela sentou na ponta da cama dele e começou seu ritual noturno de correr seus dedos pelos cabelos dele, acalmando-o. Abandonando toda pretensa de dignidade, Harry se aconchegou perto dela e inclinou a cabeça em sua mão. Cansado de mais para ligar para o que ela iria pensar, ele se apertou contra ela e fechou os olhos. Ele queria conforto e um toque humano; ela estava oferecendo isso e o tranqüilizava. Depois de alguns minutos de silêncio, o toque suave dos dedos dela o embalou, e ele começou a ficar sonolento. Logo antes da escuridão tomar conta dele, ele achou que tinha sentido uma pressão macia e delicada de um beijo de borboleta na sua cicatriz.
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N/T: Oie , então ;D eu decidi não traduzir o nome desse cap já que é uma música de uma banda e a autora quis que fosse assim...Eu acabei de traduzir esse... Passei a semana ocupada lendo uma fic xDD da mesma autora dessa.. a fic é tensa *_* muito boa!!! Tiveram mais comentários dessa vez =DDD obrigada por todos =)
Coments:
Lisa Prewett: Você ainda conseguiu ler até o nove???! Wow xD Mas isso é bom, pq a partir do 9 você não vai mais saber o que acontece ;) valeu pelo comentário =D
Natascha: Eu imagino quantas pessoas não estavam adiando... eu faço isso também as vezes, dá uma preguiça, mas assim que começo não consigo parar... é um vicio.. =X Obrigada pelo coment e espero que vc continue acompanhando a fic =)
Gui_Hawk: Que bom que você ta gostando. É Mione exagera as vezes, mas ela tem um sentido maternal em relação a Harry.. ela só se preocupa demais... obrigada pelo coment =D bj
Juh Sparrow: Eu acho difícil achar uma pessoa que não tenha achado a prova chata! É ótima xDD Espero que você goste desse tb..( e da tradução hê ;D). Brigada por comentar =D bj
Guinever Potter : Concordo!Tortura! =D Brigadaa =D Que bom que vc ta gostando da fic =) e da tradução =) Matou a curiosidade? Harry vai devagar mesmo... xD Obrigada por comentar =D bj
Gina_ : Fofo e deprimido.. tenho pena d+ de Harry, mas ele supera ;D Gostou desse? Brigada pelo coment =D
JoaoLuiz26: Joca =DD tu comentasse o_O êêê e tu tais gostando tb êêê.. agora tu e Jeca pra me aperriar... ótimo ;D Valeu por comentar xD Gostasse desse?
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