5x3. O vencedor.
Olhos verdes fitavam-na com atenção. Mentira, ele a dissecava. Aquilo era penetrar em cada fibra minúscula dos orbes castanhos. Era subjugar uma batalha. Ponto pro Potter. 1x0.
Ela não sabia perder. Os castanhos o encaram com tamanha intensidade que causara nele um desejo absurdo de tirar do rosto dela a expressão irritante de arrogância, agarrá-la selvagemente na frente de todos. 1x1.
A leve inclinação de seus lábios em terminada direção, a falsa impressão angelical... Merda, por que ele tinha que ter esse semi-sorriso? Por que tinha que ser tão sexy? Por que parecia excitante descobrir que ele não era um bom garoto? A castanha tentou fingir indiferença ao acenar de longe para Neville e Luna, contudo, um arrepio inevitável tomou conta de seu corpo. 2x1.
Calor. Quente. Mãos. Lábios. A mente perde a lógica. Não existem cenas, só existem sensações. A boca dele quando toca a sua, o corpo dele quando prende o seu, as mãos que alcançam sua coxa, a língua explorando contatos maiores na curva de seu pescoço, as respirações entrecortadas por gemidos, o som rouco da urgência com a qual ele a senta na escrivaninha e entreabre suas pernas, a força dos beijos desesperados, as suas mãos afrouxando o nó da gravata, as mãos dele em contato com a pele nua. Ambos se sentem quentes, prestes a explodir. O desejo os cega. A tensão inflama por dentro e por fora. E isso queima. Excita. Puta que pariu. 2x2.
- Espera, espera... Eu... Preciso... De ar... Harry. – A cdf dissera, arfando. 3x2.
- Não, não precisa. – Ele respondera, pouco antes de voltar a beijá-la. 4x2.
Ele sorriu maliciosamente antes de levar os lábios até a curva do pescoço, mordiscara a área e sugar sem delicadeza, certo que marcaria por semanas. 5x2.
Ela sentia a intensidade dos toques, e suas mãos que antes estavam na nuca moveram-se no início da costa nua do moreno, pra subirem, arranhando sem piedade alguma, em mistura surreal de dor e prazer. 5x3.
Ele a trouxera pra mais perto, e...
- Hermione? Herms? Tá me ouvindo? – Ele perguntara, estalando os dedos, seguido de um olhar flébil.
A garota – que estivera calada durante todo o jantar – saíra do devaneio malvado, e o fitara com descrença.
- Ãhn, o que disse? – Retrucara, retomando a pose sensata. – É que eαu pensava sobre os exames que faremos no próx...
- Mentira.
- O quê?
- Você não sabe blefar, Granger.
- É claro que eu sei! Mas, à propósito, isso não foi um blefe.
- Foi sim.
- Não, não foi, Potter.
- Foi sim.
- Não.
- Sim.
- Não, não e não!
- Herms, você não sabe mentir pra mim, ACEITE.
- NÃO!
- NÃO O QUÊ?
- Eu... eu não sei!
- Gaguejou, tá vendo? Prova mais que clara de uma mentira, Tsc.
- Quer saber? Vai a merda, imbecil.
- Fazem 2 meses.
- Hã? Surtou? Fazem 2 meses sobre o quê?
- 2 meses que eu aprendi legilimência.
- Oh. Meu. Deus. Espera, espera... Você... é legilimen?
- Ponto pra grifinória, Herms.
- E então... quer dizer que você viu tudo? – Perguntara, sentindo as bochechas arderem.
- É, eu vi. Tudo. – Arqueara, com uma de suas sobrancelhas erguidas, em sinal de sarcasmo e diversão.
- Olha aqui, aquilo não é nada disso que você tava pensando... Eu não sei o que me deu, eu... Eu não quis realmente pensar sobre... Hã, todos aqueles nossos amassos. Porque eu juro qu... Isso foi uma pequena perda temporária de sanidade! Além do quê, você viu como foi surreal. Você não... você não viu?! – Questionara, com um olhar de apreensão e desespero.
- É simples: algumas pessoas – como eu – sabem blefar, e outras – infelizmente – não nasceram pra isso, compreende Herms? – Explicara, irônico.
A garota respirou fundo para não estuporá-lo por tê-la persuadido a contar a verdade. E foi naquele segundo pós-constragedor que ela teve certeza: não sabia blefar.
THE END.
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n/a:
Tá, não sei porque eu escrevi. Foi tipo, do nada. PA PUM: escrevi. Veio a idéia durante um fim de noite depois de sair do MSN.
Incompleta? Meio vulgar demais? improvável? interessante? Quero saber o que acharam. Desculpem pelo tamanho.
Eu queria escrevia alguma coisa romântica só que, sei lá, não fluía.
Bjs.
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