A segunda espiã

Depois de uma semana do ocorrido, Dumbledore me chamou para conversar, junto ao professor Snape...

            Entrei na sala e me sentei a frente do diretor. Snape porém, estava de pé, ao lado do diretor.

            --- Bom dia Mariana... – O professor Dumbledore falou com um sorriso por meio os seus óculos de meia lua.

            --- Bom dia diretor – Retribui o sorriso – Professor... – Balancei a cabeça em direção a Snape comprimentando-o, e ele retribuiu.

            --- Bom, com a volta de Voldemort precisamos saber o que se passa em seu “quartel”, então pensamos que a senhorita, em missão da ordem da fênix, poderia servir de espiã. – Dumbledore falou me examinando.

            --- Na verdade, Black. A senhorita é sobrinha de Lúcio, o que facilitaria sua entrada nos Comensais... – Snape falou em um tom mais calmo que o normal.

            --- Então isso quer dizer que vou me tornar uma Comensal da Morte? – perguntei aos dois.

            --- Sim e não. – Snape respondeu com frieza – Você será sim, uma Comensal, mas o tempo inteiro irá trabalhar para nós.

            --- Ta, e onde o senhor entra nessa história... – Falei me dirigindo à Snape.

            --- Em primeiro lugar Black, faço o mesmo trabalho que você irá fazer, só que a muito mais tempo. Em segundo, convencerei o Lorde das Trevas a deixar você fingir de espiã para ele, atuando no lado da Ordem... – Snape falou enquanto andava de um lado para o outro.

            --- Espera... – Eu disse interrompendo-o. – Então eu vou ser espiã para a Ordem, espionando Voldemort e serei espiã de Voldemort, espionando a Ordem, só que serei o tempo inteiro leal a ordem...

            --- Exatamente Black. – Ele disse me olhando – E em terceiro... – Um sorriso cruel apareceu no canto da boca de Snape e a frieza em seu voz era perceptível. – Irei lhe treinar, para guardar esse segredo, você precisa aprender Oclumência e Legimência, e para se tornar uma comensal boa o suficiente para participar de reuniões, vai precisar de feitiços perfeitos, aprender a técnica de magia não-verbal, e é claro, artes das trevas.

            --- E então Mariana, o que me diz? – Dumbledore me olhou pensativo.

            --- Iria adorar! – Exclamei.

            --- Eu não ficaria tão feliz assim Black, Lorde das Trevas não perdoa, você não pode errar, ou pode sofrer conseqüências... – Snape me fitou com um olhar de censura.

            --- Não se preocupe, não irei falhar!

            Eu disse me levantando e indo em direção a porta, mas fui interrompida.

            --- Mariana... – Dumbledore disse e logo eu me virei. – Ninguém, absolutamente, ninguém deve saber disso. Ok ?

            --- Sim senhor !! Mas quando isso vai começar ? – Eu franzi a testa.

            --- Ano que vem... Já estamos no final desse ano. E sua iniciação nos comensais será nas férias de Natal, mas será daqui a dois anos. Já que estará ocupada com os NOMS no próximo ano. – Snape disse andando em direção a porta. – Tenho mais o que fazer... Diretor, Black – Ele disse despedindo-se e saiu da sala.

            --- Até Diretor ! – Eu disse dando um tchauzinho para Dumbledore, e saindo atrás de Snape.

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