Capitulo II

- Mãe? Cheguei! – gritou Victoire segurando a mão de Rose e guiando-a para dentro de casa.

- Vick? – Fleur surgiu com uma grande bacia na mão e uma colher de pau. – Ah, olá, Rose. Há quanto tempe? Esta tude bem com Ron e Herrmione?

- Sim, meus pais estão ótimos, tia Fleur. – Respondeu Rose sorrindo.

- Mãe, Rose pode dormir aqui hoje? – perguntou Victoire – Fazia tempo que a gente não se encontrava, temos tanto a contar uma a outra...

- Clarre, querrida. – respondeu Fleur sorrindo – Seu tio Bill está mesme com saudades de você.

Victoire assentiu e, sem deixar Rose responder, levou-a para seu quarto. Rose pegou o celular e ligou para casa. Pediu a Hugo que avisasse a seus pais onde estava enquanto Victoire a fitava com os olhos azuis estreitados. Rose desligou o celular e encarou Victoire de volta.

- Você é uma agente do governo! – explodiu Victoire – Não acredito!

- Por que não? – resmungou Rose, mais por não saber o que dizer.

- Rose! Você é só uma caloura da universidade de moda! – exclamou Victoire andando de um lado para outro e parecendo perturbada.

- Ah, Vicky! Se liga! – bufou Rose completamente irritada agora – Sou uma caloura na universidade de moda e sou a melhor agente investigativa do departamento C da CIA. Ninguém – repito – NINGUÉM! Sabe que eu sou uma agente secreta ou suspeita de mim por qualquer motivo. Meu disfarce é perfeito e até hoje não falhei em uma única missão.

- Uau. – fez Victoire parando – Não acredito que você pegou a Missão Malfoy. Eu queria essa!

- Você é agente de campo, Vicky? – perguntou Rose, curiosa.

Não conseguia imaginar a delicada Victoire usando uma arma ou correndo em uma perseguição. Mas Victoire parecia mais com uma agente secreta que Rose. Victoire era do tipo de garota que faria Gisele Bündchen se esconder num quarto com vergonha de si mesma.

- Uma das melhores, modéstia a parte. – Falou Victoire– Não acredito que BFF também está na CIA.

Os cantos dos lábios de Victoire curvaram-se para cima. Uma sombra de sorriso surgiu no rosto de Rose. Há quanto tempo não conversara com Victoire assim? Sem nenhum segredo, sem mentiras? Desde que entrara na CIA? Sete anos? Victoire riu. E de repente as primas estavam pulando, gritando e se abraçando, exatamente como antes da CIA. Como quando Rose foi aceita na faculdade, ou quando Victoire arranjou o primeiro namorado.

Sem segredos, uma amizade simples.

Exagerado e extravagante. Assim era Draco Malfoy. Duas paredes do escritório dele eram ocupadas por livros. Livros que Scorpius sabia que o pai nunca lera e nunca pretendera ler. Era apenas para se exibir. A escrivaninha era de uma madeira escura. Provavelmente ébano. Draco estava sentado numa poltrona giratória de couro preto e examinava alguns papéis.

Scorpius sentiu-se um aluno na sala do diretor, enquanto esperava receber a lição de casa. Mas na sala de um diretor provavelmente não haveria um tapete de urso polar no pé da lareira. Uma lareira. Em pleno verão e nos Estados Unidos! Draco definitivamente não era normal. O piso de madeira escura fez barulho quando Scorpius entrou e fechou a porta. Passara a infância naquela mansão, ficara aliviado quando saíra e ainda odiava ter que voltar ali.

- Bem vindo, filho.

- Meu nome é Scorpius. – retrucou ele, irritado. Realmente odiava Draco.

- Sim, eu sei. Fui eu quem escolheu. – Falou Draco, calmamente. Scorpius perguntou-se se Draco fazia isso de propósito para provocá-lo. – Sente-se.

- Ficar à vontade na sua presença não é minha meta, Draco. Vim aqui pelo dinheiro que me prometeu. Direto ao ponto ou tenho mais o que fazer. Conheci uma francesa muito gostosinha chamada Mily e ela ficou me esperando na minha casa de praia na França. Meu tempo é precioso demais pra perder com algo não-importante como você. – Falou o rapaz com frieza.

- Claro que sim. – Draco deu um sorriso zombeteiro – Quero que traga Rosalinda Gouveia para mim o quanto antes. Estou mandando você pra Colômbia hoje mesmo.

- Colômbia?? – Scorpius não contava que fosse mandado para a América do Sul – Disse ao telefone que a mulher era mexicana!

- Ela é mexicana. Ela está na Colômbia para uma festa de família, bem perto da fronteira amazônica. Aparentemente, a mocinha está fazendo 18 anos e veio comemorar com a família.

Scorpius parou por um instante. 18 anos? Fronteira com a Amazônia? Definitivamente, Draco perdera o juízo. Ele teria que pegar uma criança no meio do mato, podendo ser morto por uma jibóia, contrair uma doença tropical e qualquer outra coisa. Por que Draco não o mandava para o sul da França, onde podia pegar essa criança enquanto se hospedava em hotéis de luxo?

- Quer que eu entre no aniversário de uma adolescente e seqüestre a dita cuja? – perguntou Scorpius ainda achando que estava no lugar errado.

- Exatamente. Você é rápido, Scorpius. Haverá umas trezentas pessoas lá. Ninguém vai reparar se um rapaz que a bela Rosalinda conheceu por aí aparecer e tirá-la para dançar. – respondeu Draco – É uma moça que se destaca.  Ela é ruiva, tem encantadores olhos verdes, pequena... Será fácil reconhecê-la.

- Espere um instante. – pediu Scorpius erguendo uma mão. – Está querendo me dizer que não tem uma única foto dela?

- Não. – respondeu Draco divertido.

- Quero o triplo da ultima vez, Draco. O que me pede é uma missão completamente falha. Vai me mandar para o meio do mato, para pegar uma garota que eu nem imagino como seja e cujo pai é importante. Isso significa que vai ter um forte esquema de segurança e eu vou ter que usar e abusar dos meus talentos. O triplo, ou pode procurar outro cara para esse seqüestro idiota. – falou Scorpius, apaticamente.

Draco levantou parecendo irritado, como se Scorpius fosse uma criança teimosa e incompreensiva para a qual ele explicava algo óbvio. Ele foi até Scorpius e parou na frente do filho. Scorpius era mais alto que ele. Quando foi que aquele garoto cresceu tanto? Engana-se você se acha que Draco perguntou-se isso. Draco não via Scorpius há cinco anos, apenas comunicavam-se por telefone, quando mandava o garoto fazer os seus... Trabalhos.

Na verdade, Scorpius não devia estar ali. Draco o chamara ali, pois assim pedira Narcisa Malfoy e a mulher de Draco, que queriam ver Scorpius. Não que Astoria Malfoy fosse de grande influência sobre o marido. Mas Narcisa... Ah, Narcisa. Quando ela quer, ninguém contraria.

- Você sabe que sem os trabalhinhos que mando você fazer, estaria na rua da amargura, Scorpius. – falou Draco com raiva.

- Você que diz, Draco. Mas posso pensar em bastante gente que NÃO desprezaria meus serviços. A própria CIA gostaria de me ter do lado deles. – Scorpius deu um sorriso atrevido.

- A CIA prenderia você e mandaria você pra cadeira elétrica, moleque! – cuspiu Draco, com uma fúria imensa que até ali estivera camuflada.

- Você acha mesmo? – Scorpius ria descaradamente agora, pois sabia que isso irritaria o pai – Sabe como é a CIA? Não conhece os esquemas do FBI? Acha mesmo que eles não gostariam de ter alguém como eu junto deles em troca de clemência? Tenho informações valiosas demais para eles, Draco. E sem falar que eu daria um agente muito útil. Não se preocupe comigo, “papai”. Se você não me quiser mais, eu me viro.

Draco socou a mesa e encarou o filho com o rosto vermelho e uma veia pulsando na testa. O sorriso de Scorpius não se alterou e Draco decidiu que não teria um infarto de raiva. Não daria esse gostinho ao filho. Fechou os olhos e respirou fundo, tentando reduzir o ritmo de seus batimentos cardíacos enquanto se acalmava.

- O triplo, então. Agora suma da minha frente e volte em no máximo uma semana com a garota. – ordenou Draco sem olhar para Scorpius.

Scorpius não se moveu. Observou o pai se servir de uma dose generosa de conhaque enquanto andava até a varanda. A pergunta lutava para escapar de seus lábios: “Por que me chamou aqui? Por que não mandou um de seus homens ir atrás de mim?”. Ao invés disso, Scorpius pegou o dossiê sobre Rosalinda Gouveia de cima da mesa do pai e saiu dali.

- SCORPIUS! – gritou uma voz aguda.

No instante seguinte, Astoria Malfoy praticamente pulou no colo do filho. Pequena e delicada, Astoria estava com os olhos marejados ao ver o filho, quase meio metro mais alto que ela. As roupas e os cabelos dela pareciam impecáveis e bem cuidados, mas a expressão antigamente bonita da mãe feriu Scorpius. Ela sofria por amar Draco... Draco que amava uma antiga colega de escola que virara detetive particular ou coisa parecida... Harmonia Greene ou coisa parecida.

- Oh, meu filho! Está tão lindo! Quando cresceu tanto, Scorps? – perguntou Astoria, certamente reparando no que o marido não reparara e chamando o filho pelo apelido carinhos de infância.

Logo atrás da pequena e morena Astoria, vinha outra mulher. Esta era alta, loira e magra. Seus cabelos loiros, agora cheios de mechas prateadas estavam presos num coque na nuca. As roupas dela eram roxas, como sempre. Scorpius nunca entendera o gosto de Narcisa por coisas roxas, até descobrir que na antiguidade, apenas a realeza e a aristocracia tinha permissão para ter roupas roxas. De fato, o porte altivo e a postura perfeita de Narcisa, apesar da sua idade, tinham algo de real. Scorpius a achava linda... E pelas fotos que vira da avó quando ela era mais nova, ele sabia que ela nunca fora somente linda.

- Olá, mamãe. – sussurrou Scorpius retribuindo o abraço da mãe e indo até Narcisa que olhava Astoria como se desaprovasse a atitude da nora.

Narcisa notou a aproximação do neto, e sem dizer uma única palavra estendeu a mão para ele. Scorpius curvou-se levemente numa quase reverência ao pegar e beijar a mão dela.

- Narcisa... – falou ele, inclinando a cabeça, a guisa de cumprimento.

De toda a sua família, Narcisa fora a única com a qual sempre se dera bem. Draco e Lucius eram odiados por Scorpius desde o dia em que nasceu. Astoria era uma boa mãe, mas era submissa demais a Draco para que Scorpius sentisse mais que pena dela. De repente, ele percebeu por que fora chamado ali. Narcisa queria vê-lo.

- Fico feliz de ver que os anos na França não tiraram sua dignidade, Scorpius. – Disse Narcisa, deixando-o convencido de que seu sentimento anti-francês não mudara. Scorpius sabia que isso se devia a um caso que Lúcius tivera com uma bela francesa, anos atrás. – Mas tirou todo o seu sotaque. Estou decepcionada. Astoria, vá buscar uma xícara de chá pra mim, sim?

- M-mas... Eu... Er... – gaguejou Astoria, visivelmente contrariada por ter que se afastar do filho por um minuto que fosse.

Narcisa lançou um olhar professoral à nora. Parecia muito severa. Sem dizer mais nada, Astoria saiu da sala.

- Não devia ser tão severa com ela. – murmurou Scorpius oferecendo o braço a ela.

- Sua mãe é uma menina muito avoada, Scorpius. – afirmou Narcisa tomando o braço do neto e descendo as escadas ao lado dele.

- Não é diferente de você na idade dela, é? – perguntou ele com um sorriso zombeteiro.

- Controle seus modos, menino. – Narcisa deu um tapinha não mão dele, como se o repreendesse, mas seu sorriso não era nada repreensivo. – Não, ela não é. Mas ela precisa aprender a não ser.

- Senti sua falta, vovó. – o sorriso de Scorpius era sincero agora. Ele não parecia um matador de aluguel. Ele parecia apenas um rapaz que encontrou a avó depois de um longo tempo sem vê-la. E a diferença era boa.

- Você não entende a gravidade disso, Vick? – perguntou Rose, num tom lamurioso.

- Claro que entendo! Você anda tanto de tênis que eu fico surpresa que ainda não tenha contraído um fungo. Agora fique quieta antes que eu tire um bife do seu pé. – ordenou Victoire, empunhando o alicate de cutículas de um jeito ameaçador.

- Não estava falando disso, sua louca. – disse Rose, revirando os olhos.

Faltavam poucos minutos para meia noite. O quarto de Victoire era azul celeste e tudo nele combinava de um jeito natural e reconfortante. Fleur era uma decoradora e tanto. Todas as almofadas e bichos de pelúcia de Victoire estavam espalhados pelo chão. A TV de tela plana estava ligada e mostrava um documentário sobre Lady GaGa na MTV. As músicas eram um tanto sem letra e falavam apenas de sexo, mas a batida era gostosa de se ouvir para Rose.

Rose estava usando apenas um short de malha e uma camiseta sem mangas de Victoire enquanto esta fazia as unhas de seus pés e as pintava de vermelho sangue. Havia algo de reconfortante em estar no quarto de Victoire usando a máscara facial anti-oleosidade – ou a máscara do incrível Hulk, como Rose preferia chamar – ouvindo música pop e fazendo as unhas. Há muito tempo, Rose não tinha tempo para esse tipo de frescura. Era bom ser fresca. Ao menos uma vez na vida...

- Do que está falando, então? – perguntou Victoire erguendo as sobrancelhas.

- Da missão, Vick! Diz pra mim de novo o que devo fazer. – pediu Rose tirando o pepino dos olhos.

- Descobrimos que vão seqüestrar uma moça chamada Rosalinda Gouveia. Conseguimos interceptar todas as imagens dela que o inimigo possa pegar. – explicou Victoire – Ela tem seu tipo físico, é bem parecida com você. Sua função é assumir o lugar dela e ser seqüestrada no lugar dela. Você deve arrancar do seu seqüestrador o paradeiro do Arquivo Beta 345 e matá-lo. O seu seqüestrador se chama Scorpius Malfoy. Eu queria ter pego essa missão, mas meu tipo físico não se enquadrava.

Os lábios de Victoire estavam comprimidos de reprovação no final, mas Rose não percebeu. Matar um homem... E Victoire concordava com isso. O que diabos iria fazer?

- Qual o problema, Rose? – perguntou Victoire – No seu lugar, eu estaria exultante. Fiquei sabendo que o Lobo em pessoa te escalou para essa missão.

- Vick... Acontece que eu nunca fui escalada pra... Uma... Missão assim... Tão de campo. – explicou Rose, corando sob a gosma verde. – Eu nunca... Sou uma agente investigativa. Nunca fiz uma coisa tipo... Atirar num cara.

- Ah, não se preocupe com isso, Rô. – pediu Victoire calmamente – Eu nunca atirei em ninguém, eu uso facas. Muda de pessoa pra pessoa, mas eu achei que você fosse b... Espera um pouco, Rose. Quantas pessoas você já matou?

- Arh... Erm... Zero.

- Nunca matou um ser humano? Já matou um animal? – perguntou Victoire, chocada.

- Não matei animal nenhum.

- Insetos?

- Insetos são animais! Não, nunca matei nenhuma planta também! – desabafou Rose, se controlando para não gritar.

Victoire começou a falar um fluxo de palavrões em voz baixa enquanto Rose assumia a cor de uma cereja.

- Só pode ter havido um erro! Como o Lobo pode ter escalado uma agente inexperiente para Scorpius Malfoy?  - resmungou Victoire – Quer dizer... Eu mes... Digo uma agente mais experiente já falhou com ele.

- Quer dizer que você acha que eu devo recusar a missão? – perguntou Rose, nervosa.

- Recusar a missão? – Victoire arregalou os olhos – Ficou louca? Rose, é preferível falhar a ter medo de tentar. Estamos falando do lobo. Uma chance como essas nunca vai se repetir. Nem pense em recusar, se você quiser crescer na CIA.

- Vick, estamos falando de matar uma pessoa! Matar um homem! Eu não sei se serei capaz de fazer isso. – disse Rose, quase desesperada.

- Ei, calma! Se não está preparada para matar, cumpra a missão pela metade. – Aconselhou Victoire erguendo as mãos como se rendesse – Descubra onde estão os arquivos que esse sujeito roubou e dê um jeito de deixá-lo escapar. Se você deixá-lo vivo, mas trouxer os arquivos já será uma grande coisa. Rose, não deve ter pena dele. Esse cara já matou cem vezes mais que eu. Ele já roubou, seqüestrou e fez mal a milhares de pessoas. Ele merece morrer, Rô.

Rose não falou nada. Levantou-se e pegou a nécessaire que levara para lá e foi para o banheiro cor-de-rosa de Victoire. Lavou o rosto e tirou todos os vestígios da máscara do incrível Hulk. Escovou os dentes enquanto a banheira enorme se enchia. Rose despiu-se, prendeu os cabelos ruivos num coque na nuca. O cabelo era tão repicado, que várias mechas se soltaram.

Victoire entrou no banheiro e trancou a porta. Rose suspirou e afundou até as orelhas na espuma espessa.

- Então? No que está pensando? – perguntou Victoire num tom tranqüilizador.

Rose ergueu os olhos para a prima com uma expressão séria que Victoire nunca vira no rosto da ruiva.

- No que decidi. – respondeu Rose, comprimindo os lábios com determinação.

- E o que você decidiu?

- Decidi que Scorpius Malfoy deve morrer. E sou eu quem vai matá-lo.

N/A: Uia, adorei esse final *-* Esse capítulo ficou ainda o dobro do segundo =D Muito obrigada pelos comentários, gente, eles sem dúvida me estimularam a escrever. Obrigada a Jessy Potter que fez uma capa linda pra mim. E esclarecendo a duvida da Luuh McKinnon Black (minha xará *-*)... Você vai entender por que Rose estar a ser eliminada em breve” Tenho planos para ela Mhua’ Obrigada também a Thayná por betar *-* Vou começar a responder os comentários direito no próximo capitulo, por isso comentem pra fazer a Luh Feliz \o/ Bjs’

N/B:  li primeiro, li primeiro [/NÃORESISTI,MEPERDOEM]

*---------* Desculpa o palavrão , mas esse capítulo ta FODA!!  Não sabia que A Rose ainda é caloura, é já é a melhor agente investigativa, fiufiu... Draco irritante, grrr,, se bem que o Scorpius deu uma dura nele :D. Mas e aí, to só de boa aqui, lendo em primeira mão e ainda por cima sem nem precisar betar, a menina não erra nada!! [masnãometiredocargo,porfavor]

 

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