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“Just dance, it's gonna be okay da da doo-doom

Just dance, spin that record babe da da doo-doom”

 

Vocês devem estar pensando: “cadê seu despertador idiota e barulhento Mione? Isso não parece com ele o_o”. Vamos dizer que ele ‘misteriosamente’ sumiu. E depois foi encontrado quebrado e estraçalhado de baixo da minha cama. Minha pode me acusar. Não existem provas [8)]. Ai minha mãe compro esse com musiquinha pra mim. Bem melhor, não? 

 


Tomei um banho, pus a roupa, fiz o make, tomei o café, peguei a mochila e sai. Normal.


 


Chegando na escola, com meu bebe, vi a Lilá indo falar com a Luna. Que estranho... Ela nunca falo com a Luna antes. E sobre que elas teriam assunto? Ela não é pirua que nem a oxigenada. Alias, ela é natural  – a Luna ok?


 


–         Mii! Vem cá! – Gina gritou. Estava meio hipnotizada vendo elas conversando. Muuito estranho! Acordei com ela gritando. Nem precisava. Eu tava pertinho dela.


 


–         Não precisa gritar! – devolvi e fui ate ela. – Diga.


 


–         Não é nada. É que você tava que nem uma idiota parada ali, quase babando já. – ela fez uma imitação minha. Se eu tava assim, eu tava mau mesmo – Viu a Luna?


 


–         Vi...vi sim. E achei muito estranho. Ela tava conversando com a Lilá. – nesse momento a Luna chega por trás da Gina.


 


–         Oi gente! – disse ela sorrindo de orelha a orelha. Normal. Quase gritando. É, ela ta normal.


 


–         Oi.. Luna? Que que você tava falando com a Lilá? – direta eu? Imagina!


 


–         Ahh..eu..eu.. ela tava me pedindo o dever de química. É, isso, ela tava. – disse ela gaguejando um pouco. Me engana que eu gosto.


 


–         Luna, você não sabe química – disse pra ela com os olhos semicerrados.


 


–         É.. foi isso que eu disse pra ela – concluiu o assunto, com um meio sorriso.


 


Deixei passar. Que que tem ela falar com a Lilá? A vida é dela, ela faz o que quiser. Mas, eu não aconselharia. Enfim.. a aula começou. Ta bem puxado o terceiro, mas tem que ser mesmo pro vestibular. Mete a cara nos livros! Mas agora vai ser mais complicado estudar não podendo aparecer na biblioteca. Tudo por causa do Vitor. Que ódio! Acho que eu vo aparecer la de madrugada e dar carne com sonífero pros cãezinhos :B


 


Falando em Krum.. não vi ele mais depois daquela ‘declaraçao’. Me virei e fiquei procurando ele pela turma. Não seria difícil achar. Eles sentavam sempre num mesmo canto. Mas ele não estava ali hoje... estranho.


 


Continuei virando minha cabeça de um lado pro outro ate meu olhar cair nos dele. Ele me encarava de uma forma que eu nunca vi antes. Ele não me olhava com desejo. Não aquele desejo que fica entre as pernas dele. Era assim que ele me olhava quando agente namorava. Era só desejo carnal que transparecia por ele. Se é que havia um real desejo.


 


Mas não dessa vez. Ali havia um olhar sereno. O olhar que parecia suplicar perdão. Talvez pelo ocorrido de ontem, talvez pelo resto todo. Não sei.. só sei que ficamos nos encarando ate que uma voz feminina chamou minha atenção.


 


–         E o que a senhorita acha, Granger? – Umbrigde me perguntou. Velha mal amada! Não gosta de mim porque eu sempre respondi todas suas perguntas mesmo que ela achasse que era impossível. Me pegou com a retaguarda baixa. Droga! Eu não sabia do que ela estava falando. Virei a cabeça um pouco pro lado e vi algo escrito no quadro-negro.


 


–          Acho que Machado de Assis explorou muitos recursos lingüísticos e semânticos para escrever este conto. – e dei um sorriso triunfante.


 


No quadro estava escrito o nome do conto, que eu alias já havia lido e podia responder o que ela quisesse. Ela me olhou com um certo ódio, se virou bufando e foi em direção ao quadro. E eu venci mais uma!


 


Voltando minha atenção para o Krum novamente, mas ele encarava o chão. Estava um pimentão. Esse realmente era ele? Não interessa. Eu não ligo.


 


/piscando/ a aula acabou. Rony tomou minha mão e fomos andando em direção a saída. Hoje vou dar um pulinho na academia antes do inglês. Depois vo pra casa estudar. É hard.


 


–         A Umbrigde ficou morrendo de raiva de voce – disse Rony rindo.


 


–         É, bem feito. Ela nunca gosto de mim porque eu sempre respondo certo as perguntas dela. Ela nunca vai aprender tadinha – disse isso enquanto mexia no cabelo.De relance olho pra trás. Quem ta la? É. Meu carma.


 


–         Rony, vamos logo? – disse apressando o passo.


 


–         Porque a pressa,Mi? A academia não é só 15h?


 


–         Vamos que em casa eu te conto. – dizendo isso eu quase voei.


 


To meio coisa de conta pro Rony. Ele sempre foi tão calmo, tão sereno. Mas não sei o que ele faria se soubesse que o Krum me beijou a força e ainda ta me pressionando pra voltar com ele. Ai ai! Pra quem não tinha nenhum namorado to bem pop não acham?


Na frente da casa do Rony eu ia me despedindo dele quando ele segura meu braço.


 


–         Você não tinha uma coisa pra me contar, Mi? – ele me perguntou.


 


–         Ahhh.. não é nada de importante. – disse num tom pouco convincente.


 


–         Hermione, eu tenho cara de idiota? Desembucha.


 


–         Tabom tabom. Senta ali. – disse apontando pro sofá. Ele entrou, fechou a porta e se sentou ao meu lado.


 


–         Agora fala.


 


–         Ta. Bom.. é que o Krum tava atrás da gente.


 


–         O Krum? Aquele idiota? Idai? Que tem de mais ele ta andando na mesma rua que agente? Eu sei que você tem um ódio dele por causa.. bom, por causa daquilo que eles fizeram com você, mas achei que você já tinha superado.


 


–         É, tinha. Mas ele foi me procurar ontem na biblioteca.. – comecei a falar mas fui interrompida.


 


–         Como é? Ele foi te procurar? Ahh aquele cretino..


 


–         Calma Rony! Deixa eu terminar. Então.. ele foi me procurar e pediu desculpa e tal e pra voltar pra ele. Ai eu gritei com ele e fui embora. Mas agora ele meio que grudo sacas? E eu também não vo pode voltar pra biblioteca por um tempinho. A tia pos agente pra fora o_o’ – ele ficou quieto e pensativo. Baixou a cabeça por um tempo. Segundos depois ele resolveu falar.


 


–         Mione, você ainda senti alguma coisa por ele? – ele levantou a cabeça e me olho profundamente nos olhos.


 


–         Que pergunta besta Rony!


 


–         Me responde.. Só me responde.


 


–         Claro que não amor. Eu não o suporto. Na verdade, acho que nunca gostei dele de verdade verdadeira sabe? Só achava ele bonito. – quando respondi, um sorriso imenso abriu em seus lábios.


 


–         Ufaa.. fiquei ate nervoso. Demoro pra responder hein?


 


–         Bobo! Agora eu preciso ir, senão minha mãe tem um ataque. – dei um beijinho nele e fui em direção a porta.


 


–         Onde a senhorita pensa que vai...


 


–         Ron, eu vo pra casa. Acabei de dizer. – mas nisso ele já havia levantado e aberto a porta para mim.


 


–         ...sozinha? – e abriu um grande sorriso para mim.


 


Fomos andando longos 40 metros ate a minha casa/ironia :B/, peguei minha chave e abri a porta.


 


–         Amor, hoje eu não vou ficar não, ta? Harry me chamou pra jogar bola com o pessoal da sala dele. Aparece lá! É no campinho que tem lá perto da sorveteria, no parque. Daqui a pouco eles já devem ta chegando lá.


 


–         Tabom então. O problema é que hoje eu tenho inglês, ai não vai dar pra ver tudo, mas eu chego lá pras 17h ok?


 


–         É, realmente essa hora agente já deve ter ate acabado de joga. Mas aparece lá de qualquer forma. Vou ta te esperando pra tomar um sorvete ok?


 


–         Então ta.


 


Tomei banho e troquei de roupa. Quando desci, minha mãe havia acabado de preparar o almoço. Comi, peguei meu material e fui. Ainda tinha tempo, então no caminho parei para contemplar uma blusinha que era tudo. Simples, mas charmosa. Cinza grafite com estampa escrita em preto e cinza claro, com o comprimento pouco abaixo do quadril. Ombros de fora com uma manga curta. Nada de mais e ainda assim tudo. Gamei *-* . Eu necessito dessa blusa.


 


–         Droga – sussurrei para mim mesma quando abri minha carteira. Agora na época de aulas não da pra trabalha lá na loja e a grana fica curta. Curta não, em extinção. Vou ter que falar com o fundo de reserva: Mamãe! Amanha essa blusa não me escapa. – droga – esse droga foi um pouco mais alto. Eu já estava atrasada pro inglês. Fiquei tanto tempo ali parada olhando a blusa que perdi a hora.


 


Sabe, eu ate que gosto de inglês. Eu tenho que gostar, porque sem ele eu vo virar uma mendiga que come o pão que caiu com a manteiga virada pro chão. Eu sei, profundo.


Quando cheguei, o professor estava no meio da chamada.


 


–         Hermione?


 


–         Here.


 


–         John? – nisso me sentei ao lado de Neville, que já havia chegado.


 


–         Nev, você não ia hoje? La no campinho joga bola com os meninos? – perguntei baixinho pra ele para que o professor não notasse.


 


–         Hm? Ata! Não não. Eu tinha que vir pro inglês.- respondeu ele no mesmo tom – Se me mãe vó descobre que eu faltei o inglês de novo eu sou um cara morto. – hm.. É mesmo! O Nev mora com a avó! Os pais dele morreram quando ele era pequeno... ele nunca fala muito sobre isso.


 


–         Hm.. é realmente. Mas você vai lá depois daqui? Agente pode ir junto.


 


–         Ta certo então.


 


–          Now, pay attencion here, class. “ I would’ve gone to New York if I had had money” repeat! – e assim se seguiu durante 1:30 h de aula.

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