Magia. Pura Magia
Mais uma vez, Harry e Hermione se viam nas tão famosas ruas de Godric's Hollows. A paisagem agora, era um tanto quanto diferente. Não havia mais neve, as luzes de natal foram substituidas por arranjos de flores nas janelas, e por telhar laranjas no telhado. O sol já iluminava as pequenas casinhas desiguais da cidade e os três bruxos continuavam imperceptíveis.
Avistaram o Jacarandá, a qual fez menção Alvo Dumbledore, há poucos minutos. Andando impertigados, avistaram um portão de ferro, totalmente enferrujado, que separava a rua de um terreno abandonado, quase um ferro-velho. Reconheceram a discrição do ex diretor. Hermione sacou sua varinha e escreveu as palavras ditas por Dumbledore na base do portão.
De repente, uma luz azulada atingiu os três. Não havia mais portão, muito menos ferro velho. Agora o espaço era ocupado por um jardim enorme, cheio das mais diferentes flores que Harry já vira. Três placas ocupavam uma pequena horta, do lado esquerdo do jardim, logo embaixo de uma janela da casa. Em cada uma das placas de madeira, havia um nome escrito em letras rebuscadas, gastas e douradas:
Aberforth, Ariana e Alvo.
Harry pode perceber que aquela seria uma família normal. Se não fosse pelas varinhas e outras tantas magias. A casa em si emanava uma energia tenebrosa. Várias rachaduras enraizavam as paredes externas do lar dos Dumbledore. A Porta já não possuia uma brilhante maçaneta.
Os meninos ouviram um ruído, e reconheceram a voz Hermione, que estava lançando um feitiço, e eles puderam ver, um portão de ferro opaco reaparecer.
Logo após realizar tal magia, Hermione reapaeceu, com a varinha apontada para a cabeça e dizendo:
-Vocês dois façam o favor de ficar na minha frente, ou nunca mais apareceram.
Mais do que depressa, os garotos se posicionaram em frente a bruxa, que os sentiu com um toque de mãos e desfez o feitiço da Desilusão.
-Que Alívio! Estava começando a achar que ficaria assim pra sempre. Sei lá, né? Foi ela que lançou o feitiço- disse Rony, com uma risada na face-.
-Deveria deixá-lo assim mesmo seu...seu...
-Chega de elogios. Os dois!
-É brincadeira, Mione. Disse calmamente. Olhou para Harry e disse sussurrando:
-É Leviousa, e não Leviosááá!
-Nossa, impressionante como não cresce, Ronald.
-Impressionante como eu te amo né srta. Granger.
Os dois fizeram menção de se aproximar, mas foram interrompidos por um grunhido indefinido de Harry Potter.
Vamos entrando. Vamos precisar de paciência para aturar mais um tempo sem nada.
-Sem nada não Harry. Eu sou super contra essa utilização, mas já que é necessário, segundo o próprio Dumbledore, chame Monstro.
-Monstro. Apareça aqui por favor!
Um crack ecoou pela cidade e Harry ficou pensando o que os moradores trouxas pensariam que fosse. Um ser com menos de um metro de altura apareceu diante de seus pés, com uma cordial reverência:
-Os senhores não voltaram, mestre.
-Desculpe monstro. Fomos capturados por alguns comensais da morte e não conseguimos voltar.
-Eu sei. Aquele brutalhão do Yaxley apareceu lá no Largo Grimmaude. Consegui aparatar para as cozinhas de Hogwarts antes dele me capturar. " que os feitiços do Alastor ainda funcionavam. Fui embora ao som de gritos desesperados.
-O importante é que esteja bem depois da batalha que aconteceu. Os elfos foram de extrema importancia.
-Ora, ora Harry. Vamos entrar, não queremos ficar a mercê de um simples Feitiço Fidelius, que pode estar caducando. Disse Hermione
Ao chegarem no batente da porta, um tijolo saltou do chão para a frente deles. Esse tijolo continha algumas palavras:
"Você que é errado e ousa por esta porta passar, busca na sabedoria a forma de se livrar da dor que sentirá, caso tente ilegalmente passar"
Hermione olhou aquilo abismada e os quatro seres que se encontravam na beira da porta se entreolharam curiosos. O que significava aquilo? Não é possível que estejam ali ilegalmente, quer dizer, Alvo os ensinou como entrar. E também não tinham com o que se preocupar. Não era errados e estavam ali por ordem de um verdadeiro Dumbledore.
A garota, mais exautada, estendeu a mão até a maçaneta da porta. Ao tocá-la teve duas reações.
Seu tato permitiu sentir como se seu corpo virasse gelo, e um choque elétrico percorresse cada centímetro do seu corpo. Não conseguiu gritar, muito menos soltar a mão da maçaneta. A sua cabeça foi invadida por uma sensação de sufoco, sua voz, parecia dizer dentro de sua cabeça "Sabedoria" ou "Sorte".
Harry percebeu que a menina ficou imóvel durante uns dez segundos e por isso a puxou da maçaneta.
-Muito Obrigada, Harry. E desmaiou em seus braços
-Hermione, gritou Rony. O que está havendo Harry, Monstro.
-Não é óbvio. Isso é o Feitiço Repellum. Garanto que Dumbledore os ensinou a passar disso, não?
-Claro que não seu elfo desagradável. Olha o que houve com minha namorada. E é com esse desdém que você nos trata. Precisa rever seus conceitos de como tratar alguém. Seu bicho estúpido.
-Calma, Rony. Me ajuda a sentar Hermione no chão para que possamos pensar o que fazer.
-Mas será que meu amo não tem a cabeça boa. Minha senhora costumava utilizar o Feitiço Repellum pra impedir que seu filho imprestável trouxesse visitas indesejáveis.
-Como passaremos disso, Monstro?
-Não é óbvio. Façam o Juramento de Morgana.
-Juramento de Moragana? Disse Rony. Essa é boa. Você realmente acha que eu presto atenção em aulas de História da Magia?
-Ainda que se fosse em História da Magia que aprendessem esse juramento. Nunca ouviu falar de Morgana, a grande feiticeira medieval?
-Claro que já. Comi vários sapos de chocolate com a figura dela.
-Parem de briga, os dois. Vou acordar Hermione e ver o que ela sabe sobre isso.
"Enervate"
Os olhos da garota foram se abrindo aos poucos. Com alguns gemidos de dor a menina acordou e com olhar assustado correu os olhos pela varanda da casa.
-Foi horrível, disse.
Seu corpo tremia por inteiro e ela pôs as mãos no cabelo.
Depois de algum tempo ela foi recuperando a cor, e a tremedeira passou. Rony afagava seus cabelos com um toque sensível.
-Hermione. O que é esse Juramento de Morgana. Monstro disse que é a única maneira de passar por essa porta e pelo Feitiço Repellum.
-Não pode ser. O Juramente de Morgana tem que ser feita por um grupo e inclui sangue.
-Infelizmente é o que dever ser feito, minha cara menina, disse o elfo.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!