A confusão,e o Sr. Despenteado



Isabella dormia,estava pacifica,completamente por fora do que aconteceria com ela dali a alguns momentos.Acordou,esticando-se toda na cama,e olhando rapidamente pra uma janelinha no quarto. Era minúscula,tinha uma cortina de setim creme,e fracos raios de sol da manhã atravessavam por ela. Foi diretamente abri-la,sentindo a brisa da manhã soprar seus cabelos,agora todos completamente ondulados,chegando quase a ser cacheados. Se pôs a penteá-los,os deixando levemente ondulados,e brilhosos. Despiu o pijama,apanhou em seu malão meia-calça branca,saia xadrez marrom,com rosa e um bolero igual,uma camiseta rosa claro e uma touca estilo boina bege,vestiu-os rapidamente,calçou os sapatinhos estilo boneca,pretos,e saiu do quarto,jogando nos ombros,uma capa marrom.
O corredor estava deserto,e Isa descobriu uma outra escada,que "pulava" a passagem pelo movimentado segundo andar. Ela descia as escadas,quando pôde ver um grande tumulto na sala,os alunos berravam,e Nick tentava colocar tudo em ordem,inutilmente é claro. Então quando parou perto do grupo,perguntando-se o motivo de tanta bagunça,um rapaz,dois anos mais velho que ela berrou:
- É ela,é ela. - anunciou,apontando descaradamente para Isabella.
A turma avançou,e Isa,deu para trás,procurando apoio. Pareciam fanáticos,chocólatras atrás de um ovo de páscoa gigante,e a garota sentiu-se completamente indefesa,quase dando um berro ao ser puxada de algum lugar,e sumir da vista de todos. Sua respiração ofegava,e ela parecia se debater,parando logo em seguida ao ver o contorno de um rosto magro e pálido,cabelos desgrenhados e óculos redondos,ficou pasma,era ... era ...
- Por Merlim! - exclamou surpresa,boquiaberta. - Você é o ... o ... quem eu estou pensando que é? 
- Depende,acho ... - respondeu ele,meio em dúvida.
- Você é Alvo Severo Potter? - interrogou,incrédula do que via a sua frente.
- É ... - ele fez uma pausa,como se estivesse pensando e prosseguiu - Sou.
- Nossa,prazer em conhecê-lo. - cumprimentou Isabella,com uma cara de boba.
Alvo devia ter a mesma idade que ela,era um pouco mais baixo,já que Isa,era bastante alta para meninas de sua idade.
- O prazer é meu.
- Mas,se me permite, não entendo,por que estão atrás de mim?  
- Estão dizendo,que ontem a noite,você bagunçou toda a cozinha ... já que estava perambulando pelos corredores depois do toque. - respondeu ele de prontidão,meio inseguro de suas palavras.
- Então ... foi isso. - exclamou.
 - Seu primo está tentando dar um jeito,mas eles não entendem. Principalmente o meu irmão ... - Alvo franziu a testa,não parecia ser um garoto lá muito corajoso. - Mas sei que não foi você.
- Obrigada,por bem,acreditar em mim. - agradeceu ela,muito sem graça mesmo. - Mas,Alvo,por que você me ajudou?
 - Apesar de achar que eu nunca saberia que você existe Isabella...já que vivo cercado de meninas interesseiras na história do meu pai,mãe,tio,tia e familia,eu presto atenção...e você não tem como não ser notada,mesmo com a Rosa por perto. - explicou ele,fazendo uma pequena pausa. - Também não acho justo a julgarem assim,já que muitos desobedeceram o toque ontem.
- Nossa,obrigada mesmo. - Isa sentiu-se mais sem graça ainda,abrindo um sorriso meio tosco.
- Agora,acho bom sairmos daqui... Amigos? - perguntou,estendendo a mão com insegurança em ouvir um sim ou não.
- Amigos. - finalizou ela,apertando a mão do rapaz.
Ele então a puxou,guiando-a pelo pequeno cômodo. Alvo era bastante desligado do mundo,assim como Isa,inseguro,meio medroso,mas a guiou com firmeza,chegando a uma salinha apertada,bastante aconchegante.
- Bom,acho que vou direto ao assunto. - disse,lançando a ela um olhar penetrante. - Desde que vejo você,vagamente,já que pelo que percebo não gosta muito de ser o centro das atenções,percebi que tem aptidão para encrencas,e acho que a de hoje já serve de exemplo ...
- É ...
- Então,depois de pensar e repensar,e como esta é a oportunidade perfeita,eu vou te fazer um convite,e por favor,pense. - agora a voz de Alvo estremeceu,parecia que iria pisar em um terreno desconhecido,e qualquer passo em falso poderia condená-lo. - Você ... gostaria de bem,fazer parte,dos Novos Marotos?
- Marotos? Aqueles,marotos? - perguntou incrédula,arregalando os olhos.
- É,aqueles antigos marotos. Pontas,Aluado,Almofadinhas e o Rabicho. - respondeu,meio desanimado ao falar.
- Uau! Merlim,que honra. - ela suspirou,desacreditando da propósta.
- Bom,já tem eu,Despenteado,e Lilian,a minha irmã,que é Trancinhas. - resumiu ele,levantando uma sobrancelha,aguardando a resposta nervoso.
- Seria ... - ela fez uma pausa - uma honra.
- Posso aceitar como sim? - perguntou,e ela,acenou afirmativamente com a cabeça.
- Mas,qual seria meu apelido? 
- Flutuante?
- É ... gostei,Flutuante.
 Uma conversa se passou dali em diante,riram,estremeceram,Isabella e Alvo pareciam se dar bem,mas enquanto estavam ali, tranqüilos,Nicholas tentava segurar os alunos,completamente enfurecidos.
Nick berrava,esperneava,mais de nada adiantava. Os alunos pareciam cada vez mais furiosos,e berravam,cada vez mais alto. Tiago Potter,um rapaz de cabelos cor de cenoura,parecia nervoso,tinha o rosto vermelho,e o olhar enfurecido,uma personalidade forte e indomável escondia-se atrás do rapaz,mas talvez,lá no fundo,uma criança habitava o seu ser.
Nicholas,desistiu. Simplesmente,passou pelos alunos correndo,e se enfiou em uma portinha,que ao se fechar,sumiu.Os adolescentes,ficaram e total confusão." Como sumiu? ",era a pergunta que mais se repetia entre eles,e toda aquela concentração,logo se desfez. Pareciam ter desistido,pois simplesmente,se espalharam pela casa,em grupinhos.Um grupo no entanto,chamou muita atenção,umas sete meninas vestidas de rosa,conversavam alto,eram muito bonitas,duas loiras,uma ruiva,e as outras quatro,morenas.Todas identificadas por um broche,com um laço rosa,muitíssimo charmoso.E os rapazes que as rodeavam então ... pareciam mais urubus ao redor de carne,pois só faltava babar por elas.
E onde estava Nick? Bem,ele estava andando por um corredor curioso.O piso,era de pedras íngremes,cobertas de muito pó. As paredes,também eram assim,mas,cobertas de teias de aranha. A luz trêmula de um lampião,era a única fonte de luz do corredor,o que o tornava bastante sombrio.Mas isto,não parecia surpreender o rapaz,que seguia em frente,parando para olhar algumas vezes.

-----------------------------------------------------------------------------------                     - Boa Leitura - Espero que Gostem -

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.