Introdução - Parte Importante!
24 de dezembro de 1994, 8h00
Torneio Tribruxo: Maldito seja...
Pois sim, estamos na época do Tribruxo e de uma torrente de problemas. O nome de Harry sendo cuspido do Cálice, a decisão do diretor de deixar Potter continuar por conta das regras ministeriais impostas por Bartô, quatro pessoas quase virando chiclete por conta de poderosos dragões e um Baile de Inverno repleto de tradições a serem seguidas.
Já quase na hora do início Baile com campeões impostos um atrás do outro, em fila dupla, cada um com seus pares do lado de fora, podemos notar do alto um pontinho de vestes verde-esmeralda se deslocando por trás da multidão já arrumada no meio do enorme espaço branco-prateado do Salão Principal. A professora McGonagall, acabando de sair de perto dos campeões após arrumá-los em suas posições, caminhava em passos curtos e apressados junto a um tec-tec seco de seus sapatos de salto alto, que ela já estava achando muito irritante depois de tanto vai e vem.
Enquanto cortava a aglomeração ao redor da pista de dança, ela passava raspando a barra de seu vestido nos calcanhares de qualquer um por quem ela passa-se apressada para chegar ao melhor amigo, que no momento se encontrava a frente de toda a multidão. Depois de inúmeros pedidos de desculpas e com licença's, contantemente repetidos a cada passo que a deslocava, finalmente ela consegue alcançar a pessoa que queria.
- Ah, Minerva... Que bom que chegou a tempo - falou Dumbledore ao sentir ela parar ao seu lado, em tom leve de alívio.
- Desculpe, Albus - apressou-se a dizer - mas parecia que todos os estudantes queriam falar com a Srta. Delacour e com o Sr. Diggory ao mesmo tempo...
- É incrível - continuou ele, agora fitando as portas altas de carvalho do Salão - como eles são conhecidos atualmente, concorda?
- Plenamente - respondeu sem devaneios, causando um risinho e um cochicho de algum aluno atrás dela.
- Não imaginam quanto...
No instante seguinte, uma enxurrada de palmas soou por todo o Salão Principal, acolhendo do modo mais caloroso que puderam os quatro campeões e seus pares que haviam finalmente entrado por um caminho formado pela aglomeração.
Fleur Delacour, que era a primeira da fila com seus par corvinaliense, parecia estar se sentindo a estrela da semana, ao julgar pelas maçãs rosadas de seu rosto e como seu sorriso parecia estar sendo forçado a ficar o menor possível.
Cedrico Diggory parecia agir naturalmente, ou seja, sempre olhando para o chão com um sorriso branco e forçando o olhar de vez enquanto para olhar as pessoas a sua volta e a sua frente, ao mesmo tempo que sua acompanhante, Cho Chang, se dirigia a frente sem a menor dificuldade.
Já o búlgaro Vitor Krum, com um raro sorriso estampado em seu rosto, deixava um enorme rastro de queixos caídos, olhos arregalados, olhares de desprezo de várias garotas e várias conversinhas paralelas. Mas não por conta dele próprio, mas sim pelo par que arranjara: Hermione Granger.
Com uma aparência maravilhosa causadora de quarenta e cinco por cento dos queixos caídos e olhos arregalados, Hermione conquistou a inveja de um número espantoso de garotas, tanto das quatro casas de Hogwarts quanto de Beauxbatons (preciso dizer de onde vinham os olhares de desprezo?)
Já Harry Potter, campeão fora do script que fechava a fila, conseguiu fazer a professora McGonagall sentir uma rara pena dele. O coitado estava lá, parecendo mais duro e atrapalhado do que uma pedra com perninhas e seus braços pareciam estar mais colados ao corpo do que qualquer outra coisa que se pudesse imaginar, por mais que uma Parvati Patil exaltada segura-se em seu braço enquanto acenava confortavelmente para os amigos pelo caminho.
Quando finalmente os felizardos chegaram ao centro do Salão, ouviu-se uma pequena batida da batuta do maestro, um ruído de intrumentos sendo pegos, e por fim, a tão esperada música.
Ao som de uma valsa inicial, os quatro presentes na pista começaram a dançar da melhor e mais natural forma que puderam, alguns perfeitamente, outros nem tanto, porém, pelo sim, pelo não, vê-los dançar daquela forma fez brotar um sorriso, raro como se achar um diamante em pleno deserto, no rosto da professora McGonagall. Não se sabe se estava reprimindo um riso ou se apenas sorria, no entanto ela parecia pensar algo. E, é, estava. Estava, ao mesmo tempo que os via dançar, se pudesse ajudá-los em alguns passos que ela notava dificuldade dançando junto ao seu...
Um martelo pareceu bater com força na mente da professora. Ah, não! O par! O bendito par dela, tinha esquecido! Como ela pode? Tão bem sabia que era tradição que o corpo docente, principalmente o diretor e sua substituta, dançasse a cada Baile realizado no Torneio Tribruxo, e ela tinha se esquecido plenamente.
Ah, como que ela detestou tradições nessa hora... E agora? O que ela iria fazer? Hora ou outra teria de se dirigir à pista de dança, tanto para passar uma boa impressão às outras escolas quanto para dar exemplo aos seus alunos. Mas, diabos, como ela iria fazer isso? Quero dizer, não se podia chegar à qualquer pessoa e perguntar de repente, como se fosse a coisa mais natural do mundo...
- Quer dançar?
A voz tranquila de Dumbledore pegou-a de surpresa com um pedido ainda mais espantoso. Paremos para pensar: Albus Percival Wulfrico Brian Dumbledore estava convidando Minerva McGonagall para dançar do nada, sem aviso algum e de modo reto e direto? Ok, aquilo não era normal.
- O quê? - perguntou ela confusa, certa de que não ouvira direito.
- Perguntei se gostaria de dançar - repetiu ele amigavelmente, os olhos azuis cintilando por trás dos óculos de meia-lua, ao mesmo tempo que um sorriso clareava seu rosto e oferecia uma de suas mãos para ela.
- Mas...
- Já tens par?
- Não.
- Então? - persistiu sorrindo - Aceita?
- Ai, eu... eu... Ah, está bem, aceito - e colocou sua mão magra sobre a dele.
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