above all. - único.
Para Bernardo Marra (L’
I. Eles eram crianças.
Azul. Essa era sua nova cor preferida. (ontem era preto, mas e daí?) A pequena Weasley indicou com uma de suas delicadas mãos o garotinho que tinha cabelo azul berrante em combinação meteórica com seus olhos límpidos.
Teddy Lupin.
Largou a bonequinha de porcelana – seu presente de aniversário de 7 anos – e andou (correu) na direção do menino de cabelos espetados. (os olhos dele estavam da mesma cor que o céu? Uauuu!)
Ele abriu um sorriso tímido e em alguns segundos os dois já haviam começado a correr como loucos pela casa.
II. Eles eram adolescentes.
O inverno mal começara e a garota já sentia como se estivesse congelando. (Deve ser a neve lá fora). Abraçou seu próprio corpo mais uma vez e mexeu-se desconfortavelmente no sofá dos aposentos dos Monitores.
Seu olhar ainda estava preso na fogueira desde que havia posto os pés naquela sala (No que ela tanto pensa?).
Talvez a amiga estivesse distante pelo recente término de um longo (até demais) namoro.
Mas tudo bem, Aquilo era apenas uma fase. Além do quê, ele sempre soubera que Longbottom era um completo imbecil, cujo namoro acabaria mais cedo ou mais tarde. Ele só não esperava que fosse tão cedo.
(Tem certeza?)
Também sentia frio, é claro. Mas essa era uma sensação insignificante. Os traços delicados de Vick somados as mexas de cabelo loiro em tons escuros a tornavam diferente. E os olhos? oh Merlin, os olhos dela eram tão profundos que às vezes ele temia não mais despertar do torpor.
Ela era hipnótica. Ponto. Merda.
- ainda com frio? – Ele ousou perguntar, ciente da resposta.
Ela estremeceu sob o silêncio recentemente quebrado, aninhando-se a ele.
O ruivo passou seus braços ao redor da amiga, como se a abrigasse. Agradeceu aos céus que houvesse uma boa desculpa para tocá-la. (Ela parecia tão indefesa).
Ela encaixou-se no amigo, permitindo a si mesma fechar os olhos. Sentiu pequenos choques elétricos, quando o polegar do ruivo começou a afagar sua pele.
(As mãos dele são tão quentes).
III. Eles eram amigos.
A garota lhe enviou uma piscadela sedutora e ainda assim angelical. (Se isso não funcionar, nada vai dar jeito).
Teddy revirou os olhos mantendo indiferença forçada. Não que não soubesse das inocentes intenções da garota, mas resistir (Ou fingir resistir) a ela, já estava de bom tamanho.
- O que quer, Vick? – Perguntara. Seus lindos olhos foram escurecendo aos poucos, até assumir um tom ‘cor de mel’.
Os raios solares ultrapassavam as frestas entre as folhas da árvore em que estavam sentados e o ruivo não conseguiu deixar de notar que ela parecia de alguma maneira iluminada, com a pele macia e branca tocada pela luz.
A garota sentiu que prendera o ar sob a análise de Teddy. (eu não tenho culpa se ele fica MUITO gato com essa cara de insensível, dã).
- Hm, é que... Eu meio que preciso de companhia pro Baile de Inverno, então... se não se importar de, sabe como é, né...
- Isso é um convite? – Ele perguntara, com um pequeno sorriso formando-se no canto de seus lábios.
Os olhos dele mudaram de tonalidade novamente, dando a impressão de que eram líquidos. (Azuis? hm, bom sinal, bom sinal. Ele deve estar se divertindo com a minha cara, então).
A expressão cínica do garoto o deixava ainda mais bonito. OH DROGA.
A Weasley, cujo olhar parecia preso ao do garoto, sentiu seu rosto queimar. (Não, não acredito que eu tô corando agora. Merda, merda, merda)
- Não, é claro que não, Sr. Luppin. É apenas um favor de conveniência, imbecil. – tratou de esclarecer, o que não deixava de ser verdade.
Grande parte da população masculina de Hogwarts tentava convidá-la incessantemente, a coisa estava se tornando tão insuportável (Maldito sangue Veela, hmpf!) que a única solução que conseguiu passar por sua cabeça foi ir até essa droga de festa com seu melhor amigo. Bem, ao menos esperava que ele não tivesse planos.
- Aham, sei, sei... – Ele ironizou, com uma expressão arrogante.
IV. Eles eram insanos.
Havia sido um drink. Logo no início, é óbvio. Estavam tão irritados com aquela coisa de grande parte de Hogwarts achar que estavam saindo – tipo, como namorados e tals – que a primeira coisa que sentiram vontade de fazer foi virar aquelas taças. Pra acalmar os ânimos, sabe.
A festa estava fervendo. (Ou é impressão minha, tsc?) Pelo menos era assim que se sentiam cada vez que uma nova dose de Vodka era renovada em seus copos e descia em suas gargantas.
A festa estava muito boa. Tão boa que depois da 9ª taça, eles haviam tomado um caminho mais perigoso: entre os corredores escuros, portas, fechaduras, barulhos, e camas.
- Espera, espera... – Dissera a loira, com a voz ainda lúcida. – O que estamos fazendo aqui mesmo? – Perguntara, ao sentar-se em dos sofás que faziam parte do aposento dos monitores Chefes.
- Não faço idéia. – O garoto respondera, afrouxando o nó da gravata borboleta, enquanto sua atenção estava focada em desabotoar a merda da blusa formal, que tanto odiava.
Ela mudou o foco de direção. (Isso é algum tipo de tortura, por acaso? Que merda, TEDDY!).
Fechou os olhos e deixou-se tomar pelo cansaço. Afundou no sofá, até se dar conta que ainda usava o vestido de gala ridículo. (Que saco. Por que as roupas não se tiram sozinhas, hã?). Levou uma das mãos até o zíper da parte de trás da roupa, puxando-o com força e sem sucesso. (ah não, era só o que me faltava...).
- Teddy? – estranhou o som agudo da sua própria voz.
- Hm? – Ele murmurou também de olhos fechados, no sofá ao lado do seu.
- Pode me dar uma mãozinha aqui? – Dissera, indiferente. (Maldito vestido! Gr!)
Não reparou no flamejo dos olhos dele, ou na cor escura que haviam adquirido automaticamente.
V. Eles eram mais que amigos.
Eles permaneceram algum tempo encarando-se. Estavam tão próximos que as respirações colidiam contra o rosto um do outro.
Ela quis entender porque não conseguia pensar em nada com sentido, exceto desejar desesperadamente que ele a beijasse. Mas ele não beijou. Não.
Os olhos de Teddy antes escuros, retornaram ao azul original, e ela sentiu como se ele estivesse penetrando na sua alma, e todo o caos existente lá fora fosse uma partícula em desconjunção com as ondas de paz que a faziam perder a coerência.
Ele aproximou seus rostos e roçou seus lábios nos dela, ciente das pequenas faíscas que o contato causava.
O cheiro de lavanda da garota o entorpeceu, o que despertou em si uma vontade maior de tocá-la.
Ela fechou os olhos, pouco antes de contar as pequenas sardas ruivas que ele possuía no rosto.
Teddy a puxou pra si com as mãos trêmulas, enquanto ela levava os próprios braços à nuca do garoto.
Os beijos sedentos guardavam pequenos gemidos que nenhum dos dois conseguia evitar, enquanto suas línguas exploravam fundo, além da sanidade ou do desejo.
Eles soltaram-se à procura de algum ar, e riram durante um novo beijo quando o ruivo mordiscou o lábio inferior da garota.
Ele sentiu as unhas dela arranhando de leve sua nuca e mudou a direção de seus beijos.
Vick tremeu quando os lábios dele dirigiram-se a curva de seu pescoço, e uma série de arrepios tomou conta de ambos, enquanto a língua quente dele tocava a pequena área de pele que era sugada.
Tempo depois, voltaram a se beijar. Não conseguiam pensar em mais nada, porque não havia nada entre eles.
VI. Eles eram...
Os pensamentos corriam em sua mente. As pequenas palavras se formavam, letra por letra. Os batimentos cardíacos acelerados não estavam ajudando MESMO. (Droga, droga, droga!)
Ele a encarou com profundidade pela sabe-se-lá-que-vez naquele dia, antes de falar, os olhos assumindo um tom verde esmeralda:
- eu te amo, Vick. - (Não acredito que disse isso!)
Ela sentiu como se as suas emoções tivessem vida, e um pequeno embaraço tomou conta do seu estômago. Era uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo, como um lembrete. Ela não sabia explicar. Ela só sabia sentir. (Ah não, borboletas não!)
- eu também te amo, Teddy. – Respondeu-lhe, com um sorriso pequeno crescendo na mesma hora.
VII. ...Tudo.
Fim.
~
n/a: eu não sabia bem o que escrever, eu tinha uma tarde livre e uma prova de física amanhã... Passei uns minutos pensando em um milhão de coisas.
É estranho quando escrevemos alguma coisa e nos tornamos parte de ficção, porque no fim das contas, não existe ficção, existem cenas que a nossa mente expõe sobre outras pessoas, existem pensamentos tão constantes que a gente não sabe evitar.
Essa fanfiction é um daqueles devaneios bons, que a gente sorri enquanto escreve.
E putz, às vezes a realidade parece mais irreal que uma fanfiction, quando as coisas acontecem, a gente não sabe o que fazer.
Eu sempre acreditei em amor, sei lá, eu acreditava da mesma forma que todo mundo intimamente acredita.
Mas viver um amor, cara, eu nem sei como explicar. Aliás, eu nem costumo fazer grandes considerações sobre as merdas que eu escrevo, ou seja:
eu devo estar insana, oi *-*
O fato é: Eu te amo Bernardo (Jack), essa fanfiction é pra ti, besta. Espero que tenha gostado. (L’
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