Vem, por favor, não evites
Ela em nenhum momento questionara as atitudes de seu amado quando terminara com ela para partir em busca de sua missão. Não. Ela não concordara com aquilo nem por um minuto, muito menos considerava necessário terminar o relacionamento. Mas sabia que ele desejava deixá-la livre e segura quando tomou aquela decisão. E ela não podia negar que essa atitude, como todas as outras de Harry Potter, não causava-lhe outra reação além de aumentar sua admiração e amor por ele.
Os olhos agora cerrados nos ombros da mãe ainda minavam lágrimas quentes e dolorosas por tudo. Ela também sofria por tantas mortes. Todas de pessoas a quem ela amava intensamente, nenhuma totalmente estranha a ela, nem a ninguém. Todos compactuavam dos mesmos sentimentos. A alegria da vitória e da libertação, o alívio, e a dor, muita dor, por todas aquelas mortes estúpidas.
E ela se sentia aconchegada e protegida no colo sofrido daquela mãe do tamanho do mundo que ela sabia que tinha. Mas ainda assim não deixava de sentir a expectativa pelo momento em que poderia se aninhar em outro colo, em outros braços. Haveria momento para isso, por hora bastaria abrir os olhos e ver aquele homem que ela tanto amava. Homem, um dos melhores que ela conhecera durante toda sua vida, mas ainda assim um menino, o menino que conhecera há sete anos e amara desde o primeiro olhar. O menino que sobreviveu para ela. Mas ela não o encontra no salão. Nem seu irmão e Hermione. Os três sumiram. Pegou-se ansiosa por saber onde se encontravam, mas não a ponto de sair correndo a procurá-los. Sabia que enquanto não pudesse estar a sós com ele seu coração não cessaria de chamá-lo para si, para seu colo. Mas por hora, sabia que, onde quer que estivessem, os três mereciam aquele momento.
Vem, por favor, não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
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