Capitulo 11
Capitulo 11
- Gina, você está bem mesmo?
- Estou ótima, vovô. - Gina murmurou, virando-se para que ele não visse suas lágrimas.
Ele chegara inesperadamente naquela manhã, logo após Harry ter ido até os estábulos, ansioso para verificar ele mesmo como estava a neta.
- Não é verdade. - ele insistiu, aproximando-se e virando-a. - Você está chorando. O que há de errado? - ele indagou sério.
Gina mordeu o lábio. Ainda estava magoada e envergonhada com as lembranças da noite anterior, e não tinha motivos para culpar Harry. Fora ela que provocara os fatos, mesmo que tenha sido ele a agir e levar ambos a um ponto... um lugar... que jamais imaginara existir.
Estava furiosa consigo mesma por sua fraqueza, incapaz de aceitar o próprio comportamento. Como pudera ceder à tentação? Por que não conseguia deixar de amá-lo, principalmente quando sabia que não havia futuro para eles, que não podia confiar nele?
Harry não a amava. Ele retornara cedo da viagem de negócios, fizera amor com ela na noite passada... até esperou que adormecesse, mas nunca procurara conversar com ela, dizer-lhe que...
Dizer o quê? Que a amava? Mas Gina já sabia que não havia amor... Ela já sabia que ele fora obrigado a casar-se com ela.
Encontravam-se presos a um casamento que só poderia trazer tristezas a ambos. E agora, graças ao seu comportamento na noite passada, poderia haver ainda mais complicações. E se dessa vez ela tivesse engravidado?
- Você não está feliz. - o avô insistia. - Está magra... pálida demais. Não foi isso que imaginei quando vocês se casaram. Vocês combinam tão bem... - O semblante dele tornou-se ainda mais grave.
Gina o fitou. Combinar bem! Como ele podia pensar isso?
- É o que você pensa. - tornou ela, pesarosa. - A verdade é que nunca deveríamos ter casado. Harry não sente nada por mim. Ele não me ama e...
- Gina, que bobagem é essa? - o avô a interrompeu. - É claro que ele a ama, não há dúvida sobre isso. Os sentimentos dele estão claros quando fala de você, nas coisas que faz para você.
- Não! Você está enganado. Como pode dizer que ele me ama? Ele só se casou comigo porque... precisava.
- Precisava?
Consternada, Gina ouviu a risada do avô.
- De onde tirou essa idéia? Claro que não foi nada disso. É verdade que se esperava que casassem, já que passaram tanto tempo juntos sozinhos, mas posso lhe assegurar que Harry só se casou porque quis. E posso afirmar que essa vontade foi provocada pelo amor que sente por você. - Ele balançou a cabeça. - E, além disso, Harry nunca se envolveria numa situação tão comprometedora se não estivesse loucamente apaixonado.
Gina ficou estarrecida diante de tamanha convicção.
- Há somente um motivo para que Harry se casasse com você, Gina. - ele repetiu. - O amor que sente por você.
- Se isso é verdade, por que ele nunca se declarou? - ela indagou, exaltada, relutante em acreditar no que ouvia.
- Você lhe disse que o amava? - o avô a desafiou com delicadeza.
Mordendo o lábio, Gina confessou que nada dissera.
- Mas você o ama, não é? - ele insistiu.
Gina não conseguiu responder e percebeu o cenho franzido do avô.
- Você precisa me contar se me enganei em relação aos seus sentimentos. - ouviu-o dizer com firmeza. - Por mais que eu goste e respeite Harry, você é minha neta. Se descobriu que não o ama, se é infeliz, volte para casa comigo. Se quiser, posso falar com seu marido.
Uma sombra de emoção anuviou o olhar de Gina.
- Estou tão confusa. Há tanta coisa em que acreditava... que pensava... - Ela parou e respirou fundo. - Pensava que Harry havia se casado comigo por causa dos benefícios financeiros que o casamento lhe traria. - confessou, explodindo em lágrimas.
- Benefícios financeiros? - o avô repetiu, divertido. - Gina. - ele começou, sendo interrompido pela torrente de palavras da neta.
- Saud me contou tudo, vovô. Não se zangue com ele. Ele não sabia que eu desconhecia o plano para que Harry e eu nos casássemos, quer eu quisesse quer não. Saud o idolatra de tal modo que imaginou que eu ficaria feliz e impressionada. Eu sei de tudo... Até meu padrinho pensou que fosse uma boa idéia. Tanto que me abandonou aqui sem meu passaporte para que eu não pudesse partir.
- Gina, minha querida menina... Por favor! Você está se angustiando à toa.
Gina se calou ao sentir a dor na voz do avô.
- Venha, sente-se ao meu lado. - ele ordenou com suavidade.
Gina obedeceu relutante.
- É verdade que alguém sugeriu que vocês se conhecessem e achou que ambos tinham muito em comum. Mas você precisa entender que tudo não passou de uma sugestão feita em tom de brincadeira. Parece que Saud ouviu essa conversa e tirou suas conclusões... erradas. - Seu olhar ficou sério. - Pode ter certeza de que vou ter uma conversa séria com ele sobre esse comportamento e por ter lhe contado suas suposições totalmente infundadas. Como você mesma disse, ele admira muito Harry, mas posso lhe garantir que seu marido rejeitou a sugestão imediatamente. Harry é orgulhoso e independente demais, assim como você, para permitir que alguém tome esse tipo de decisão por ele. - o avô garantiu pesaroso. - Quanto ao seu padrinho, - ele continuou, dando de ombros - ele é um político e um diplomata, quem sabe o que passa pela cabeça de homens como ele? As intrigas fazem parte de seu dia-a-dia. Se não existem, eles as criam.
Gina teve de reconhecer que havia um fundo de verdade no que o avô dizia sobre seu padrinho, mesmo que sua descrição fosse um tanto cínica demais.
- Depois de perder Molly, eu não quis repetir o erro que cometi com ela. - ele prosseguiu, balançando a cabeça. - Só houve um motivo para que eu a quisesse aqui em Zuran. Você é minha neta e eu estava morrendo de saudade.
- Vovô, sei que você e Harry têm negócios juntos, e que ele depende do patrocínio da família real. - Gina insistiu. - Sei que houve razões diplomáticas...
Gina olhou para o avô quando ele desatou a rir.
- Por que você está rindo? - ela quis saber ofendida.
- Gina, Harry é multimilionário por causa da herança deixada pelo pai. Temos interesses comerciais em comum, é verdade e, naturalmente, a família real é grande admiradora de seu trabalho. Mas Harry não depende do patrocínio de ninguém.
Balançando a cabeça, ele acrescentou:
- Gina, magoei muito a sua mãe e vou passar o resto de minha vida pagando o preço por isso. Não há um dia sequer em que não me lembre dela ou que não lamente sua perda.
Gina piscou, os olhos úmidos por novas lágrimas. Ela sabia que o avô estava dizendo a verdade.
- Ainda está infeliz? Quer voltar para casa comigo? - ele indagou. - Se quiser, falo com Harry. A decisão está em suas mãos, mas acho uma pena que duas pessoas que combinam tão bem se separem por mera questão de orgulho, falta de comunicação e confiança.
Seu avô fazia tudo parecer tão fácil...
- Não, não quero que converse com Harry... Eu mesma falo com ele... - Gina respondeu, corando diante do sorriso do avô.
- Sei que não devo interferir, mas você é minha neta. Parece-me que você e Harry formam um belo par. Vocês dois são determinados, orgulhosos e independentes. São qualidades boas, mas que, às vezes, podem levar a uma auto-suficiência exagerada, não porque a pessoa queira, mas para se proteger. Talvez você e Harry não queiram admitir o grande amor que sentem um pelo outro com receio de serem vistos como fracos e carentes.
Gina ficou atordoada ante a capacidade do avô de desvendar seus sentimentos mais profundos e secretos.
O medo da intensidade do amor que sentia por Harry fora parte do motivo que a fizera resistir a ele. Será que Harry sentia a mesma coisa?
Reconhecia que ainda tentava aceitar o fato de que cometera um erro de julgamento quanto às razões que o levaram a se casar com ela, mas, por outro lado, ele não procurou se defender.
Teria sido por orgulho? Ou porque ele não se importava com o que Gina pensava e a enganava sobre quem realmente era?
- A vida às vezes nos testa em nossos pontos mais vulneráveis. - continuou o avô. - Há muitas formas de mostrar nossa força, várias razões para sermos orgulhosos. Só você pode decidir se vale a pena lutar pelo amor de Harry, se vale a pena arriscar-se e aproximar-se dele, aberta e honestamente. Harry já assumiu esse risco. Lembre-se de que ele se casou de livre e espontânea vontade. Talvez agora seja o momento de você se arriscar.
Gina assimilou aquelas palavras em silêncio. Seu avô lhe mostrava um retrato da mente e do coração do marido que não conseguira enxergar, e as possibilidades que se revelavam a partir daí criavam para ela uma imagem deliciosa, inebriante e irresistível do que poderiam partilhar juntos.
- E também me pediram para lhe dar isso. - o avô continuou, mudando de assunto. Ele lhe entregou um pacote oval ricamente embrulhado.
- O que é? - Gina indagou intrigada.
- Abra e veja. - ele retrucou com um sorriso.
Ela obedeceu, hesitante, o olhar demorando-se sobre a carta que acompanhava o pacote antes de voltar a atenção ao presente e desembrulhá-lo.
- É uma carta do pai do garotinho, aquele dos estábulos. - ela esclareceu. - Ele escreveu para agradecer e... - O som de sua voz diminuiu e ela sufocou um grito ao se deparar com o conteúdo do pacote.
- É um certificado de propriedade de... um cavalo... um filhote de um ano...
- Criação dos estábulos da realeza. - o avô explicou. - Eles lhe são muito gratos pelo que fez, Gina. Você salvou a vida de uma criança muito especial arriscando a própria.
- Mas um cavalo!
- Não é um cavalo qualquer, mas um potro que algum dia poderá lhe conquistar uma vitória no campeonato de Zuran. - o avô corrigiu com um “sorriso”.
Da sacada da suíte presidencial, Gina podia observar a praia. A semana de competições e todo o entusiasmo que a acompanhava tinham passado. Ela e Harry haviam se despedido dos últimos convidados e deixariam o hotel pela manhã, com destino à vila.
O cavalo de Harry conquistara um respeitável quarto lugar e o avô dela provocou-o, dizendo-lhe que em breve o cavalo da esposa poderia estar competindo com o dele.
Não houve oportunidade para que ficassem a sós desde a noite em que Harry fizera amor com ela, ou para que Gina tocasse no assunto que a deixava tão ansiosa.
Segundo seu avô, Harry a amava!
Seguindo um impulso repentino, Gina deixou a suíte e correu para o elevador.
Anoitecia, as cadeiras à beira da piscina encontravam-se vazias e a praia, fora uma ou outra figura solitária, estava deserta.
Mas de repente avistou Harry, o que tomou-a de surpresa e deixou-a sem fôlego. Sua intenção fora descer e refletir um pouco, mas talvez o destino resolvera interferir nos acontecimentos.
A areia abafava-lhe os passos, porém mesmo assim algo pareceu alertar Harry de sua presença, pois ele se virou e a fitou em silêncio.
Ele se livrara das roupas formais e vestia jeans e camiseta.
Tentando controlar o nervosismo, Gina caminhou até ele. O silêncio dele a amedrontava, e ela umedeceu os lábios com a língua, o rosto enrubescendo quando o olhar de Harry flagrou o movimento revelador.
- Tenho uma... proposta a lhe fazer. - ela começou, cruzando os dedos atrás das costas, supersticiosa.
Como ele reagiria? Iria se afastar? Iria ignorá-la ou lhe daria atenção? Gina sabia muito bem que reação gostaria que ele tivesse.
- Uma proposta?
Bem, pelo menos ele estava respondendo, apesar de ela perceber uma ponta de cinismo em sua voz.
- Que tipo de proposta?
- Eu tenho um problema e acho que você é a pessoa ideal para me ajudar.
Felizmente a noite caíra por completo e Harry não podia ver-lhe o rosto, embora ela suspeitasse que ele conseguia sentir-lhe a ansiedade e a incerteza na voz. Se ficara nervosa na primeira vez que lhe fizera uma proposta, agora sentia-se muito pior.
Naquela época, era sua liberdade que estava em jogo, agora, era toda a sua vida, seu amor... tudo!
- Preciso que me ajude a descobrir se o homem que amo também me ama. Até hoje, achava que não, mas parece que estava enganada.
- O homem que você ama? - ele indagou, a voz com um quê diferente que fez o sangue de Gina correr mais rápido nas veias.
- Sim. Eu o amo tanto que até tenho medo de admitir, até mesmo para mim, e pensei que...
- Sim?
Ele se movera tão rápida e silenciosamente, e Gina estava de tal modo ansiosa que sua proximidade repentina a pegara desprevenida.
- Acho que você pode me mostrar como agir com ele... - ela murmurou, a voz rouca.
- Ah, você acha, não é mesmo? E como pretendia pagar por minha cooperação? - Harry retrucou, a voz rouca também, o que fez Gina relaxar um pouco.
- Bem... - ela murmurou, fingindo refletir. - Eu estava pensando num pagamento em espécie...
- Ora, ora...
Seria aquela sua única resposta? Nada mais positivo e encorajador? A incerteza tomou conta de seu ser.
- Se você não está interessado...
- Eu não disse isso. - Harry replicou, aproximando-se ainda mais.
- Não. - ela admitiu. - Mas...
- Se você realmente quiser provar que o ama, acho que este seria um ótimo lugar para começar. Bem aqui, nos braços dele, assim...
Os braços dele a envolveram com força, e uma sensação de alívio a invadiu.
- Assim?
Aquela voz trêmula era realmente dela?
- Sim... E então você pode mostrar a ele que está gostando colocando os braços ao redor de seu pescoço, olhando-o nos olhos e...
- Desse jeito, você quer dizer? - Gina sussurrou.
- Mais ou menos... Você está no caminho certo, mas seria ainda melhor se fizesse isso... - Harry continuou, mostrando o que queria dizer, roçando os lábios levemente na boca de Gina.
- Hum... E se eu quiser dar-lhe um beijo de verdade?
- Bem, então eu acho que deve ir em frente. Mas saiba que então ele poderá querer...
Às vezes, os gestos são muito mais eloqüentes do que as palavras, e Gina silenciou as instruções de Harry com a leve pressão de sua boca contra a dele.
Passou-se muito tempo antes que quisessem falar novamente, porém, quando conseguiram parar de beijar-se, Harry sugeriu:
- Acho que nossas negociações seriam mais bem-conduzidas em um lugar mais... reservado.
- Ah... - Gina murmurou com um olhar malicioso. - Você pensou em algum lugar em especial? Só eu estou hospedada no hotel.
- Eu pensei... - Harry respondeu com suavidade, o erotismo em sua voz despertando-lhe ainda mais a excitação - Numa cama muito grande, de preferência num quarto à prova de som para que ninguém, além de mim, possa ouvir seus gritos de prazer...
Como ele entremeava cada palavra com uma torrente de beijos em seu pescoço e um leve roçar de lábios em sua boca, Gina não se via em condições de se concentrar em detalhes, embora as palavras cama e prazer tivessem conseguido penetrar na estonteante névoa de euforia que a dominava.
Quando os lábios de Harry subiram-lhe pelo pescoço e atingiram o lóbulo da orelha, ela perguntou, a voz rouca:
- Então, é verdade, você me ama?
Harry soltou-a bruscamente, deixando Gina atônita. Por um instante, viu-se invadida pelo medo, porém então notou-lhe a expressão do olhar.
- Me apaixonei por você aqui nesta praia, na noite em que me fez a proposta. - ele contou tranqüilo. - Até aquele momento, você era apenas um nome que estava ligado ao seu avô, alguém com antecedentes semelhantes aos meus. - Harry deu de ombros, fingindo indiferença. - E então você me abordou aqui e me contou a louca história sobre ser forçada a se casar com um homem que eu mesmo, admito, comecei a desprezar, depois da descrição que fez dele. E eu pensei que Saud gostava de mim. - ele concluiu, divertido.
- Meu avô me disse que entendi tudo errado e que Saud compreendeu mal o que ouvira. - ela se desculpou com um olhar envergonhado.
- Um comentário sem importância entre parceiros de negócios que nunca deveria ter sido levado a sério. Por causa da preocupação de sua família com a saúde de seu avô e o efeito que sua visita teria nele, me ofereci para mostrar tudo a você. Mas em nenhum momento fiz isso com a intenção de verificar se seria uma esposa adequada.
- Você se apaixonou mesmo por mim naquela noite?
- Quando perguntei que tipo de homem queria e você me disse... - ele fez uma pausa e desviou o olhar por um instante. - Sou um homem muito rico, Gina e, é claro, fui perseguido por mulheres que enxergam no homem apenas os benefícios financeiros que podem conseguir dele. Quando você falou tão apaixonadamente de seus sentimentos e opiniões, do que esperava da vida e do amor, vi que eles eram iguais aos meus e que não poderia deixar você partir. E então a beijei.
- E então você soube...
Gina sentiu a voz tremer e soube que Harry podia perceber claramente sua alegria e incredulidade, mas não mais via necessidade de ocultar os sentimentos ou de envergonhar-se deles.
- Sim. - Harry admitiu. - Eu soube e estava determinado a cortejar e conquistar você, mas infelizmente não contei com sua teimosa determinação em não se apaixonar pelo homem que imaginava que eu era. Comecei a entrar em pânico e tive medo de perdê-la. Então, você descobriu quem eu era e acreditei que tudo estava perdido. Não podia deixar isso acontecer, principalmente quando sabia como as coisas podiam ser maravilhosas entre nós.
- Então você pôs na cabeça que eu o amava, certo? - Gina indagou, lançando-lhe um olhar divertido.
- Porque eu simplesmente não poderia suportar uma vida sem seu amor.
Aquela confissão desfez todas as suspeitas quanto à falta de respeito por seus sentimentos, e Gina fitou-o com suavidade.
- E eu esperava, sobretudo depois de você se entregar a mim com tanta paixão e ardor, que você realmente me amasse. Mas eu sabia que meu tempo estava se esgotando, que não poderia ficar viajando a negócios para sempre. Então, viemos para o deserto.
- Onde você não conseguiu tirar os olhos da dançarina do ventre. - Gina lembrou desafiadora.
- Eu a conheço, ela é uma funcionária do hotel e sabia quem eu era. Tive medo de que ela acabasse me denunciando sem querer. E então você me procurou... em minha cama... e eu soube que tinha que arriscar e encontrar um meio de mantê-la na minha vida para sempre. Quando você foi até a suíte do hotel para me enfrentar, vi a oportunidade de pedi-la em casamento.
- Mas você não disse nada, Harry... Você foi tão frio, tão indiferente...
- É verdade, eu me sentia culpado. Levei você a um casamento para conseguir o que queria e sabia que não deveria ter agido assim.
- Há muitas coisas que não deveria ter feito. Principalmente me colocar numa suíte separada e me atormentar com a idéia de que não se importava comigo.
- Mas agora você sabe que eu me importo. - Harry sussurrou. - Você é o oásis de minha vida, Gina, a água fresca no deserto escaldante. Só você tem o poder de fazer meu coração florescer.
Gina o ouvia, enlevada.
- Quero ir para casa, Harry. - ela pediu trêmula.
- Para casa? - Ele não tentou ocultar a aspereza da voz e a dor profunda no olhar. - Você quer me deixar... Depois de tudo o que fiz, eu acho que mereço, mas não posso deixar você ir. Por favor, só me dê uma chance de lhe mostrar o quanto quero fazê-la feliz, o quanto a amo. Se você não é feliz em Zuran, podemos viver em outro lugar, qualquer lugar que você escolher, contanto que me deixe estar com você.
Gina percebeu que ele entendera mal o que dissera, mas sua reação era a prova que poderia querer do imenso amor que sentia por ela.
- Eu quis dizer ir para casa com você, a sua casa. - ela corrigiu. - Para nossa casa, nosso quarto, nossa cama... Ir para casa junto de você, Harry. Você é meu lar e só serei feliz onde você estiver. - ela confessou sincera.
Quando ele a abraçou e recomeçou a beijá-la com intensa paixão, Gina pôde sentir o leve estremecer do corpo dele.
- Você sabe que nunca, nunca vou deixar você partir, não é? - Harry murmurou ao seu ouvido. - Você é minha, Gina. Minha mulher, meu amor, minha vida!
Fim.
Agradecimentos especiais:
gilmara: ultimo capitulo postado e acredito que ele responde a todas as duvidas, Harry não se arrependeu de nada. Vou confessar para você, cada vez que eu começo uma adaptação eu anoto os nomes dos personagens que eu estou mudando e o nome da historia em uma folha de caderno, então sempre que vou preparar um capitulo pego minha colinha básica. Beijos.
nath krein: A Gina se machucou bastante mesmo, mas no fim ela conseguiu superar as barreiras e descobriu que Harry a amava. Infelizmente a fic terminou. Beijos.
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