Prólogo
Ele não aguentava mais tanta discurssão. Horas já haviam se passado e eles ainda não tinham entrado em um acordo. Sempre foi assim e ele sabia que não havia motivo nenhum para ser diferente dessa vez. Não quando o assunto era tão delicado e extremamente perigoso. Não mesmo. O pior era que eles nem sabiam de toda a história, não ainda. E ele já estava mesmo prestes a explodir. Toda vez que alguém lançava uma ideia, outro ia lá e apontava vários pontos negativos. Isso já estava deixando-o frustrado. Ele fechou os olhos para tentar afastar as vozes de seus irmãos, mas era quase impossível enquanto eles estivessem gritando daquela forma. Estava na hora de intervir e ele já sabia exatamente o que faria:
- Algum problema, mestre? – perguntou uma voz feminina.
Ele abriu os olhos e sorriu para a mulher loira ao seu lado. Helena. Era esse seu nome. Helena sempre foi a mais atenciosa de todos. Nunca deixava nada passar despercebido. Nada jamais escapava de seus lindos olhos azuis.
- Sim, minha irmã – disse ele – Temos todos os problemas do mundo em nossas costas – sorriu fracamente para ela e se levantou.
Não precisou dizer nada para que todos se calassem e se sentassem. Ele olhou para o rosto de cada um ali. Sem dúvida alguma amava cada ser presente naquela sala, mesmo sabendo dos graves defeitos e fraquezas deles. Tendo consciência disso e os conhecendo tão bem quanto conhecida, sabia que seria complicadíssimo fazê-los aceitar. Mas não tinha outra opção. Não quando a situação tinha chagado ao ponto que chegou.
- Meus irmãos – começou ele – Creio que todos aqui estão cientes do que está acontecendo fora de nossos domínios.
- Sim, mestre – disse um homem moreno – Todos nós sabemos. Só não compreendemos o porquê de estarmos aqui debatendo sobre isso. Não é de nossa conta o que eles fazem. Já estivemos no lugar deles, passamos por coisas parecidas. Não nos diz mais respeito o que acontece ou não fora de nossos domínios.
- Você se engana, Marcus – voltou a falar o mestre – O que está se passando lá fora nos diz respeito muito mais do que vocês possam imaginar.
- Explique-nos, então – pediu um segundo homem.
- Farei isso com prazer, Robert – disse ele – Melhor, mostrarei isso com prazer.
Dizendo isso fez um movimento com a mão direita e imagens começaram a se formar em uma das grandes paredes. Todos viraram-se para vê-las.
Ele levantou-se o mais rápido que seu corpo já esgotado permitia. Sua respiração estava acelerada e seus batimentos podiam ser ouvidos facilmente por qualquer pessoa que estivesse a meio metro dele. Em sua testa, sangue e suor se misturavam. Antes de estar completamente em pé, teve que se desviar de um feitiço que certamente acertaria sua cabeça.
Olhou ao redor e achou quem procurava. Pelo que percebeu, ele também tinha o achado. Seguiu na direção do ser mais à frente. Não parou para olhar os corpos ao seu redor. Se parasse, sabia que não conseguiria chegar até o fim.
- Acho que finalmente chegou a hora da profecia se cumprir – falou para si mesmo amargamente.
O que aconteceu em seguida foi a maior luta que já havia tido no mundo mágico. Harry Potter e Lord Voldemort mediram forças em uma luta realmente incrível.
Como era de se esperar, a profecia foi cumprida. Em um momento, Voldemort estava levando a melhor, em outro Harry Potter simplesmente partiu para cima do Lord e lançou um feitiço que nem mesmo o jovem bruxo sabia que era capaz de lançar. E, desse modo, teve fim aquela guerra. O mundo finalmente estava livre de Voldemort.
Agora a sala estava em um silêncio profundo. As imagens na parede aos poucos iam sumindo, mas as pessoas ali presentes não conseguiam desviar os olhos. A última imagem projetada foi a de um menino de cabeços extremamente bagunçados caindo de joelhos no chão.
- Irmãos – disse o mestre – Vocês acabam de presenciar o fim do Lord das Trevas.
Aos poucos eles desviaram os olhos da parede para observar o mestre. Quando eles olharam a face do homem, notaram que havia algo de diferente em sua expressão.
- Então – começou Helena – Acabou, o mundo finalmente ficará bem.
- Ele se foi sim, Lena – disse o mestre- Mas o mundo está longe de ficar bem.
- Como assim? – perguntou uma mulher que aparentava já ter certa idade.
- Tudo foi destruído, tudo agora são cinzas e escuridão. Pessoas perderam suas vidas no momento errado, laços foram desfeitos, mesmo com a derrota do tão temido Lord Voldemort, as trevas venceram – disse ele.
Ninguém ousou dizer nada. Cada qual estava perdido em seus pensamentos. Sentiam que de alguma maneira o mestre estava certo.
- E podemos ajudar de alguma forma? – perguntou um moço jovem.
- Não, Vinícius – disse ele – Vocês não podem – completou.
- E quem pode? – perguntou a senhora de antes.
- Eu posso – falou ele – Eu devo.
- E como pretende fazer isso? – questionou Marcus.
- Magia Profunda – respondeu o mestre – Chegou a hora de quebrar as regras, chegou a hora de mexer com o tempo e com o espaço.
As pessoas ali presentes olharam para o mestre como se ele estivesse louco. Todos estavam momentaneamente em choque para dizer algo. Passaram bons minutos daquela forma. O mestre olhou para cada rosto ali, olhou para cada expressão e então suspirou. Isso bastou para tirá-los do choque inicial.
- Mestre – começou Marcus – O senhor só pode está brincando.
- Não, meu irmão – disse o mestre -O momento não é para brincadeiras.
- Mas senhor – começou Helena – Faz muitos milênios desde que a Magia Profunda foi usada...
- Então já passou do tempo de despertá-la – disse o mestre.
- Senhor – perguntou a mulher – Está certo disso?
- Nunca estive tão certo em toda a minha existência, Matilde – respondeu o mestre.
- E porque essa decisão agora? – perguntou Vinícius – Se me permite dizer, senhor, outras guerras já foram travadas antes.
- Mas nenhuma teve o impacto que essa causou, nenhuma destruiu tantas vidas inocentes – falou ele – Nenhuma teve o peso de uma profecia, nenhuma fez surgir o filho da Luz e da Escuridão.
Se antes as pessoas ali na sala estavam assustadas, agora não existia palavra para descrever o que elas sentiam. Olhavam para o mestre como se ele a qualquer momento fosse rir da cara deles e dizer que aquilo não passava de uma brincadeira, de um teste. Porém, aquilo não aconteceu e aos poucos o peso da verdade caiu sobre eles.
- O garoto, eu achei que estivesse imaginando coisas... – comentou Marcus para si mesmo, mas os outros puderam ouvir.
- Somos dois – disse Matilde.
- Acho que todos nós imaginamos então – falou Helena.
- Sim, meus irmãos – falou o mestre – O filho da Luz e da Escuridão, aquele que há muito tempo foi previsto que chegaria, aquele com o dom de ter em harmonia duas coisas tão contrárias dentro de si, como as trevas e a luz, finalmente apareceu. Ele, o Escolhido, é a pessoa digna de fazer a Magia Profunda ser desperta.
N.B: Gente.... Isa, Isinha do meu coração.. que ideia foi essa que teve, hein??? Está excelente? Filho da luz e da escuridão/ E que mestre é esse? Só me deixando curiosa, não é??? Ainda bem que sou sua beta e vou ler antes. Já aviso: comentários para essa maravilhosa autora ou a fic será seqüestrada!!! Beijos, Ártemis G.
Oi gente! Bem, essa é uma fic completamente diferente das fics que geralmente escrevo. Então peço a vocês que não deixem de comentar. Os comentários são extremamente importantes e são eles que vão me dizer se devo ou não continuar escrevendo essa história.
Ah, como minha beta e amiga Ártemis já declarou: se não houver comentários, a fic será seqüestrada rsrs. Comentem, então.
Nome do próximo capítulo: A Proposta.
Beijos!
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