Uma brincadeira inocente



        Tamanha foi a surpresa dos Potter e Weasley quando descobriram que a viagem tão esperada, contaria com a presença de seus inimigos. “Uma brincadeira de muito mau gosto” as famílias pensaram, onde estaria o juízo da rainha em realizar esse joguinho, a vontade de ambos era voltar para a casa levando consigo o desapontamento para com a rainha. Só que o responsável por tal atrevimento não fora quem pensavam, e sim o conselheiro real. Dumbledore tinha um jeito único de convencer as pessoas, e com argumentos deverás plausível, conseguiu fazer com que tanto os Potter quanto os Weasley permanecem no local, com a condição de que ficariam a uma distancia considerável um do outro, e se fosse possível queriam evitar encontros pela casa, coisa que não seria difícil, já que o lugar era imenso.


        Molly Weasley arrumava seus pertences em seu quarto provisório, ela praticamente arremessava seus vestidos no guarda-roupa enquanto resmungava de sua falta de sorte em ter seu final de semana estragado. Há de se concordar que ela tinha razão em se sentir dessa maneira, já que não é fácil conviver em um certo local, mesmo que em curto prazo de tempo, com alguma pessoa a qual detesta, ainda mais se é a família inteira.


- Ora mamãe seja relevante com Dumbledore, tenho plena certeza de que ele não fez por mal, a Senhora tem que se ater ao fato de que ele não esteve em Hogwarts por muitos anos, não sabia até que ponto nossa relação com os Potter chegava. – Gina, que não se enraiveceu tanto quanto deveria e por motivos lógicos, tentou acalmar sua mãe.


- Isso não justifica nada Gina, mesmo que Dumbledore não tenha estado presente esses anos, ele bem sabia de nossa situação quando deixou o reino. – a mãe mal olhava para sua filha, parecia um ritual jogar as roupas no guarda-roupa, talvez assim sua raiva fosse controlada.


- Só que agora é tarde para se consumir de cólera. – Fred argumentou – Agora deixe de neuroses mamãe, eu, a Gina e o Jorge queremos passear pelos jardins.


- Já disse que não saíram de perto de mim, não quero correr o risco de que se metam com aquela família de mentirosos. – nesse ponto Molly parou seu ritual e olhou para cada um dos três ruivos, os garotos notaram a cor vermelha do rosto da mãe, parecia que iria explodir a qualquer instante.


- Mais a Senhora disse que não pretende sair do quarto. – Jorge protestou – Deixe que pelo menos um de nossos irmãos mais velhos fique conosco.


- Seus outros irmãos estão ocupados com os próprios assuntos, o que deixa claro que só poderão ficar comigo, e acho até melhor que fiquemos no quarto, pelo menos não vamos correr o risco de nos deparar com alguém daquela família.


- Mamãe não seja injusta, a Senhora mesma nos fez ter esperanças de um passeio maravilhoso por essa residência da rainha, e agora nos tira o gosto da diversão. – Gina se aproximou cautelosa de sua mãe, queria convencê-la e para isso tinha que ser gentil – Agnes pode nos acompanhar e ainda tem o Dino, a Senhora o fez vir dizendo que era uma chance bastante propícia para um passeio romântico com a noiva e depois estraga os planos dele só por causa dos Potter.


        Molly pareceu considerar a questão, era verdade que seria um incômodo estar tão próxima dos Potter, porém havia arquitetado a viagem inteira para que Dino e Gina pudessem se aproximar mais, não era bem visto iludir tanto o noivo de sua filha dessa forma. Para a felicidade dos filhos ela permitiu que eles passeassem na presença de Agnes e alertou aos meninos que não aprontassem nada com Dino enquanto ele estivesse com a irmã, já que os gêmeos eram ciumentos e ela temia que eles fossem um obstáculo na vida de Gina e Dino e com isso pudessem afastar o tão estimado noivo.


 


 


 


       Mesmo na situação em que se encontravam de grande hostilidade, os jovens não se deixaram desanimar, mesmo não estando tão dispostos a essa viagem a princípio, o lugar conseguiu contagiá-los, apesar dos três Weasley estarem com escolta, não se abateram por tal coisa, já que quem os acompanhava era sua doce e amada Agnes, que sempre encobria as travessuras dos mais novos, e Dino que por ser noivo de Gina não iria se arriscar em perder o cargo indo dar com a língua nos dentes. Dino andava ao lado da noiva e fazia elogios a paisagem, coisa que fazia de forma muito exagerada na opinião de Gina, os gêmeos escutavam atentamente as palavras do rapaz poeta dando risadinhas e toda vez que o noivo da irmã não estava olhando eles imitavam seus gestos.


       Perto de uma grande árvore, o grupo avistou Harry, Rony, Hermione e Cho, os quatros estavam sentados em bancos e falavam animadamente.


- Vou dar um “olá” para Hermione. – Gina falou, mas foi detida por Agnes.


- Nada disso senhorita, sua mãe foi bastante clara quando disse que não os quer perto de nenhum Potter. – Agnes enfatizou as últimas palavras, entendia perfeitamente bem as intenções de Gina.


- Mas a Hermione não é uma Potter, ela é uma Granger, e minha mãe não falou nada sobre eles. – Gina ignorou o olhar significativo de sua ama.


- Escute sua ama minha noiva, não acho prudente desobedecer as ordens de sua mãe. – Dino falou.


- Discordo disso, não vejo mal nenhum Gina falar com uma amiga, que culpa nossa irmã tem se ela também é amiga dos Potter. – Jorge se intrometeu.


- E além do mais, aqueles três estão sentados em um lugar que desde antes eu queria me apoderar, não vou me desapegar de minhas vontades só por um exagero da mamãe. – Fred completou. Não que estendessem o desejo de Gina, mas a defenderam simplesmente pelo desafio de desobedecer as ordens da mãe.


- Agora os três rebelados prestem atenção: não vou me meter em apuros com minha patroa só por um capricho. – Agnes apoiou as mãos na cintura.


- Mamãe não saberá disso, e depois se descobrir você sabe que ela não faria nada contra você, já que ela nos conhece perfeitamente bem para saber que ninguém nos detém quando queremos algo. – Gina falou.


- É verdade Agnes e será por poucos minutos. – Fred disse.


- Não seja tão difícil ama querida, não vê que nos agonia ter que ficar fugindo toda vez que um Potter aparecer. – Jorge deu seu golpe de mestre.


- Maldito dia em que me trouxeram para trabalhar para a família Weasley. – Agnes revirou os olhos – Será por poucos segundos. – os sorrisos dos jovens se abriram e eles abraçaram e beijaram a ama – Senhorita Weasley minha atenção é exclusiva a você.


        Gina assentiu ao aviso, porém não o levou em consideração e apressou-se para conversar com a amiga.


 


 


 


        O coração de Harry disparou quando ele viu o grupo que se aproximava, o seu anjo ruivo caminhava lentamente em sua direção, sorriu quando ela parou e lhe cumprimentou, era certo que a menina se deteve em Hermione, mas tê-la perto já era mais que suficiente para se sentir bem. Já outra pessoa não gostou nada da presença de Gina, a noiva do rapaz não fez nem questão de disfarçar seu descontentamento.


- Não me entendam mal, mas não acho uma idéia inteligente vocês se juntarem a nós. – Cho falou em um tom azedo.


- Eles já estão advertidos sobre isso Senhorita Chang. – Agnes foi quem respondeu, a ama não simpatizou com a jovem e mesmo que a menina estivesse certa, não permitiria que a mesma ofendesse seus patrões.


- Agradeço a preocupação Senhorita Chang, mas eu os vi de longe e não pude perder a oportunidade de entregar o prêmio de nossa aposta. – Gina disse.


- Eu não estava ciente de que havia preparado o presente minha noiva. – Dino se surpreendeu.


- Não quis importuná-lo com essa tolice, fui eu quem deu prosseguimento a aposta, então achei que eu mesma teria que pagar o prêmio. – Gina disse docemente, e para quem a conhecia o tom de voz da menina tinha um toque de falsidade.


- Já não era sem tempo, fico contente em saber que não fugiu de seu compromisso, achei que consideraria a tarefa árdua demais para alguém tão nobre. – Cho interrompeu Dino antes que ele continuasse a argumentar.


- Sou uma mulher de palavra Senhorita Chang. – o fato de Gina não ter se ofendido com os comentários de Cho fez com que seus irmãos e sua ama desconfiassem dos propósitos da ruiva.


        Gina deu um largo sorriso, daqueles que uma criança dá quando está prestes a concretizar uma travessura. Do bolso do vestido ela retirou um pequeno embrulho e o entregou a Harry, o rapaz teve que conter o riso quando conseguiu ver o presente da sapeca. Cho se inquietou e pediu que o prêmio lhe fosse entregue logo, e Harry assim o fez, o melhor adjetivo para a pulseira feita por Gina era com toda certeza é a palavra grotesca, era feita com linha frágil, ela usou pedras de tamanhos diferentes como pingentes e cada uma com aparência mais rude que a outra, os espaços que separavam as pedras uma das outras não eram nada calculados, concluindo assim um objeto que nenhuma moça da alta sociedade gostaria de usar.


- Que espécie de brincadeira é essa? – Cho retirou a mão antes que Harry pusesse aquela coisa horrenda em seu pulso.


- Perdão? Não é uma brincadeira, fiz essa linda pulseira usando toda minha criatividade. Estou certa de que ficará adorável na Senhorita. – mesmo que quisesse rir junto dos outros, Gina se esforçou para manter a cara de inocente.


- Não vejo graça nenhuma nisso. – Cho se consumiu da raiva – Você ainda me deve o prêmio da aposta e tenha certeza de que vou cobrar. – dizendo isso Cho tomou a pulseira de Harry e jogou-a em Gina, a menina se retirou do grupo e rumou para dentro da casa.


- O tempo de vocês acabou, me entristeço em ver essa sua atitude de moleca patroazinha. – Agnes falou para os Weasley – E quanto ao Senhor Potter, se me permite opinar, acho que deveria ir atrás de sua noiva.


        Apesar dos protestos de Fred, Jorge e Gina, Agnes não voltou com sua decisão, sem permitir questionamentos ela os obrigou a se separarem dos outros três jovens.


 


 


 


        Por mais que tenha provocado irritação em sua ama, Gina se sentia em uma alegria imensa, toda vez que se lembrava da cara pasma de Cho perante seu presente ela tinha vontade de rir, se a noiva de Potter acha que pode atormentá-la sem que ela revide a pobre menina estaria muito enganada, Gina sabia ser bem perversa quando queria.


        Com a intenção de melhorar o humor dos garotos, Agnes propôs que andassem a cavalo, assim teriam mais coisas em que pensar do que os Potter. Como ainda era cedo eles foram autorizados a adentrar a floresta que cercava a residência, mas teriam que retornar antes do almoço, pois o céu dava indícios de uma possível chuva.


- Queria ter tido tempo para trocar algumas palavras com Rony, mesmo que tivesse sido só um “oi” ou “tchau”. – Fred se lamentou.


- Você achará outra chance de fazer isso quando a nossa guardiã permitir um pouco de diversão. – Gina olhou de esguelha para sua ama.


- Conseguem se divertir sozinhos. – ao contrário das outras criadas, Agnes não se deixava influenciar pelo gênio da Weasley mais nova.


- Agnes está coberta de razão, não precisamos deles para nos divertir, e não seria sensato comentar esse tipo de coisa ou irão irritar a mãe de vocês. – Dino falou.


- Faço gosto no casamento de você e da Gina Senhor Thomas, nota-se que é um rapaz de juízo, e nisso minha patroazinha está em falta. – Agnes sorriu para Dino.


- E essa é uma das qualidades que deixam minha noiva ainda mais intrigante. – Dino correu com o cavalo para se postar à frente de Gina e ajudá-la a atravessar um tronco solto de uma árvore, coisa que deixou Gina incomodada, já que a moça não gostava nem um pouco de pessoas que lhe guiassem como se ela fosse uma criança.


        Os gêmeos observaram acena e trocaram um olhar maquiavélico, precisavam de alguma travessura para se sentir satisfeitos com o passeio, e nem mesmo o fato de Dino ser noivo da irmã seria motivo necessário para poupá-lo.


- Sabe Senhor Thomas também faço gosto na sua união com minha irmã, notá-se que é muito dedicado a cuidar da Gina, bom ver que estamos a deixando em boas mãos. – Jorge começou.


- Concordo perfeitamente, e principalmente pelo fato de estar sempre a agradando. – Fred continuou – A propósito, cavalgando por esse local me veio a cabeça uma coisa. – ele se virou para o irmão – Jorge você se lembra daquela planta que Gina sempre sonhou ver e que nunca teve oportunidade? – Jorge o olhou sem entender, mas após uma piscadela de Fred ele concordou.


- Você diz aquela roxa e com o cabo vermelho? Claro que me recordo, pena que nunca tenha tido chance de encontrá-la.


- E se não estou errado há uma muda dessa planta mais ao fundo da floresta. – Fred tentou se mostrar sério.


- Do que estão falando? – Gina perguntou já prevendo o que viria a seguir.


- Você não deve se lembrar muito bem, era pequena quando falava nessa planta. – Fred a cortou – Mas o Fred lembra o quanto você queria ver uma dessas, seria muito agradável se encontrássemos ela, mas é uma pena que tenhamos que voltar para junto da mamãe. – Jorge fingiu lamento.


- Não seja por isso, vocês retornam para a Senhora Weasley e prometo a você minha noiva que encontrarei sua planta. – Dino sorriu triunfante, com um ar de quem está se dirigindo para uma batalha.


- Esses garotos estão de chacota com o Senhor, não caia no joguinho deles. – Agnes o alertou e olhou severamente para os gêmeos.


- Diz isso porque Gina nunca lhe falou dessa planta, mas nós sim presenciamos o grande desejo dela possuir essa planta. – Fred falou – Mas compreenderei se o Senhor Thomas se recusar a atender um sonho de infância.


- Já disse que procurarei pela planta, e só irei retornar quando a tiver encontrado. – colocando a mão no peito como se estivesse fazendo um juramento Dino se despediu e adentrou mais a floresta.


- Mamãe arrancará os cabelos por isso. – Gina observou a partida do noivo, se sentiu nauseada por Dino ser tão fácil de comandar.


- Queremos uma recompensa por retirar ele do seu caminho durante o resto do dia. E não há razões para alarme, mais tarde nó o procuramos. – Jorge acalmou Agnes antes que ela se desesperasse.


- Isso se ele não se cansar de procurar a planta inexistente. – Fred não conteve o riso.


        A hora do almoço havia chegado e nada do Dino aparecer, por mais que achasse graça na brincadeira dos irmãos, Gina achou prudente ir atrás do noivo e lhe contar a verdade, a moça avisou os irmãos o que pretendia e pediu para ir sozinha para dentro da floresta, mesmo com as insistências de Agnes, a menina conseguiu escapar, não queria uma pessoa resmungando sobre sua desatenção para com o noivo.


        Após algumas horas de espera, os gêmeos e Agnes avistaram Dino, ao questionarem sobre Gina ele disse que não havia se encontrado com ela. Agnes ficou apreensiva e resolveu contar o fato para sua patroa.


 


 


 


* Flavinha tá aí o capítulo do final de semana... Então.... Me diz o que achou desse capítulo, tá meio vago, mas é para dar mais ênfase para o próximo....


* Bjussss


* Bye

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