Razões, tréguas e entrega.
Capítulo dedicado a uma amiga, BlackRose, que segundo ela está a gostar muito da fic . Obrigada querida, continua a ler :)
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- Houve uma razão para o que eu fiz naquela noite.. Hermione. - disse o loiro carinhosamente.
- Qual? Gozar-me à frente de todos os teus amigos? Humilhar-me por ser uma sangue de lama? Destruir a minha reputação? Espalhar por todos que eu tinha cedido aos teus desejos masculinos? - a raiva e a mágoa que Hermione havia mantido dentro de si saía toda para fora enquanto falava. - SINCERAMENTE NÃO CONSIGO VER QUAL É A RAZÃO PLAUSÍVEL DE TERES FEITO TUDO AQUILO DRACO MALFOY! - Hermione elevava a voz.
- Hermione . Não grites, por favor. Eu entendo que estejas magoada, mas dá-me uma oportunidade de falar... por favor - Draco suplicava num sussurro carinhoso.
- Está bem , podes falar , Draco. - Hermione cedeu, baixando a voz.
- Então foi assim... - Draco começara a explicar.
FLASHBACK
- Hey Draco! O que achas de hoje nos divertirmos um pouco depois do baile? - perguntava Flint com um sorriso malandro no rosto.
- Como assim? - Draco perguntava confuso.
- A Parkinson teve uma ideia digamos...tentadora. Ela tem alguns contactos com umas lojas que vendem produtos que não são propriamente legais. - Flint explicava.
- Não são propriamente legais? - Draco erguera uma sobrancelha olhando para Flint. - E que ideia tentadora é essa?
- É simples.. como tu sabes, a Parkinson não suporta a Granger desde que ela começou a fazer sucesso entre os rapazes. - Flint começara a sorrir desdenhosamente.
- Sim, continua. - Draco estava a achar tudo muito estranho.
- Então, ela encomendeu uma poçãozinha que é capaz de provocar nas pessoas um efeito do género Maldição Imperius. - Flint estava a adorar transmitir a Draco a ideia de Pansy.
- Acho que já estou a entender. Ela quer utilizar essa ... poçãozinha na Granger, não é? - o loiro mantinha a sobrancelha erguida enquanto falava.
- Exactamente! Assim a Granger estará sobre o nosso TOTAL controlo durante, segundo a Pansy, umas 6 horas. Não é espectacular? - Flint estava excitadíssimo.
- Flint, eu não quero fazer nada de mal à Granger... - disse Malfoy, calando-se em seguida ao ver o olhar de Marcus Flint.
- DRACO? TU ODEIAS A GRANGER! TU MESMO ESTÁS SEMPRE A DIZER QUE ELA MERECE UMA LIÇÃO POR SER ASSIM COMO É! - Flint ficara espantado com as palavras do loiro.
- Sim, mas daí a pô-la a fazer o que nós queremos... e se descobrem? - Malfoy estava assustado.
- Não descobrem, a poção não deixa vestígios. Nem acredito que vou poder fazer da Granger o que eu quiser - Flint estava visivelmente excitado - ela está bem boa agora! Viste o decote que ela levava na aula de Encantamentos? Demais.
- Calma aí Flint! Eu posso achar a ideia tentadora, mas não vou alinhar! Posso odiar a Granger, mas não tenho coragem de lhe fazer isso! - Malfoy recusara a ideia de Flint.
- Uma oportunidade única Draco! Se não queres, quero eu! - Flint respondera, e dito isto virou costas.
Draco deu de ombros e virou-se, encontrando uma Pansy enfurecida à sua frente.
FLASHBACK
- Então, quando vi que ela estava à minha frente a olhar-me daquela maneira... apercebi-me que ela tinha ouvido a minha conversa com o Flint. - Draco continua a explicação, Hermione assentia com a cabeça. E então...
FLASHBACK II
- Draquinho! Não consigo acreditar no que ouvi! Defendeste aquela paspalha, aquela morsa da Granger? - Pansy fazia beicinho enquanto falava isso.
- Não a defendi. Simplesmente, és tu que tu queres vingar, não eu. Não me metas nisto, eu não gosto NADA dela, mas não quero fazer uma coisa que coloque a minha integridade física... em risco. - Draco espantara-se consigo mesmo.
- A TUA INTEGRIDADE FÍSICA ? - Pansy ria. - Por todos os feiticeiros, dá-me uma desculpa melhor!
- Não tenho que te dar alguma satisfação. - Draco dissera de uma só tirada e virara costas, deixando Pansy plantada no meio da Sala Comum.
- ELE PAGA-ME! VAIS VER SE NÃO VAIS FAZER TUDO O QUE EU QUERO DRACO LUCIUS MALFOY! - Pansy estava irritada, mas não fazia ideia de que Draco ouvira tudo.
FLASHBACK II
- Acredita Hermione, quando ouvi tudo aquilo.. sabia que ela era maluca, mas nunca pensei que ela fosse fazer o que fez! - Draco falava e Hermione pode ver no seu olhar desprezo quando falava o nome de Pansy.
- Continua que eu estou a ouvir. - Hermione dizia, fitando um ponto acima da cabeça do loiro.
- E então, foi desta maneira que ela me fez fazer-te aquilo ... aquela porca! - Draco fazia uma cara de nojo, e Hermione viu que ele estava a ser sincero.
FLASHBACK III
- Bom dia , Draquinho! - dizia Pansy, sorrindo falsamente.
- Ah, és tu. - Draco dissera secamente.
- E quem haveria de ser? Mais alguém te chama Draquinho, além de mim? Quem é a galdéria? Diz-me Drazinho! - Pansy fazia beicinho.
- Não é ninguém. Simplesmente estava distraído, desculpa. - Draco tentava desculpar-se.
- Está bem queridinho. Bebe sumo de abóbora, hoje está especialmente delicioso. Aqueles elfinhos adoráveis capricharam! - Pansy apontava para uma taça de sumo.
- Porque me puseste o sumo num copo? Nunca me fazes isso. - Draco fitava-a com um olhar duvidoso.
- Por nada Draquinho, estou feliz! Afinal, o dia do baile chegou! - Pansy fingia contentamente devido ao baile.
- É, está bem. - dizia Draco distraído. A sua cabeça estava noutro lugar, que não era a mesa dos Slytherin. Colocou o copo na boca e bebeu. E de repente, percebeu tudo. Pansy colocara poção no seu sumo. Como podia ter sido tão burro? Estava tudo perdido.
- Vem cá Draco, beija-me loucamente e diz que me amas, mas para que toda a gente ouça! - Pansy olhava-o com um olhar falsamente sedutor.
E Draco beijou-a. Apesar de não sentir vontade beijou-a, loucamente de forma possessiva. Todas as caras no salão se haviam virado para eles. Estavam deitados sobre a mesa dos Slytherin, sobre o olhar duvidoso dos amigos.
- EU AMO-TE PANSY PARKINSON , MEU GRANDE AMOR! - Draco gritava, e todo o Salão explodiu em risos.
- Já viram a cena triste que o doninha está a fazer? Acho que bebeu Whisky de Fogo, não sumo de abóbora! - Ron falava, enquanto que a mesa de Gryffindor ria às gargalhadas.
- Mas.. ainda há pouco tratou a Parkinson abaixo de cão - Hermione era a única que via a estranheza da cena.
- E o que interessa isso? Só sei que ele está a pôr-nos todos a rir com as suas cenas ridículas! - Harry ria com gosto.
- É no mínimo estranho ... - Hermione continuava com dúvidas.
- Hermione, é Natal! - Ron falava para a amiga, sem deixar de se rir.
- Pois, talvez. - Hermione continuava a achar que aquilo era estranho demais.
FLASHBACK III
- Lembras-te Hermione? - perguntava Draco.
- Lembro-me. Eu fui a única que estranhei aquilo. Antes, ignoraste a Parkinson completamente, mas depois de beberes o sumo começaste aos gritos a dizeres que a amavas e beijaste-a de uma forma estupidamente louca. - Hermione sorria ligeiramente.
- Pois foi. - Draco ficara ligeiramente envergonhado.
- Mas, a poção não durava só 6 horas? - perguntou Hermione.
- Sim, mas como eu estava sobre o efeito, ela obrigou-me a beber mais. Aquela burra não sabia que a poção tinha um senão... as vítimas lembram-se de tudo o que acontece, ao contrário da Imperius. - Draco sorria.
- A grande falha no plano. - Hermione dizia, olhando Draco nos olhos.
- Pois foi. Então, eu sobre o efeito daquela poção, ela mandou-me procurar-te e tentar... fazer-te mal. - Draco libertara a cintura de Hermione e tapara a cara com as mãos. - Tenho nojo de mim próprio! - dizia, dando murros na parede. - Eu ia fazer uma coisa horrível, na presença dos meus amigos ! Que nojo, eu sou HORRÍVEL! Não sei como me deste a oportunidade de falar! - Draco olhava para Hermione com um olhar de profunda culpa. DESCULPA HERMIONE!
- Draco.. eu entendo. Só há uma coisa. - Hermione olhava para o chão.
- O quê? - o loiro aproximava-se de novo.
- Porque é que nunca me pediste desculpa antes? - Hermione dissera. A sua maior dúvida iria ser agora desfeita.
- Porque... sempre que falávamos acabávamos por nos insultar. E eu sabia que tu nunca tinhas esquecido. Além de que estavas sempre acompanhada por aqueles dois. - Draco irritara-se ao referir-se a Harry e Ron. Ainda por cima, foi o Weasley que te salvou da minha estupidez, e ele não me podia ver nem pintado de ouro. DESCULPA HERMIONE, POR TUDO O QUE TE FIZ PASSAR! Pelas vezes que te fiz chorar, pelas noites de sono que te tirei, pelas notas que te baixei, pela auto-estima e confiança que te retirei... desculpa Hermione! Por tudo. - Draco agarrara de novo a cintura de Hermione, e dizia olhando nos olhos da rapariga.
E então, ela percebeu. Draco estava a ser sincero. Como poderia ele saber tudo o que ela havia passado? Não interessava, Draco fizera-lhe o mais lindo pedido de desculpas que alguém alguma vez havia feito e sentia-se arrependido. Hermione via nos seus olhos!
- Estás desculpado, Draco. Acho que qualquer um de nós, sobre aquele efeito, faria o mesmo ou ainda pior. - Hermione sussurrava.
- Tu de certeza que não, não eras burra ao ponto de cair nisto! - Draco olhava-a apaixonadamente.
- Não sei.. - Hermione sorria, ligeiramente envergonhada pelo elogio.
- Sei eu, tenho a certeza. - Draco falara a uns centímetros de distância de Hermione.
Hermione limitou-se apenas a sorrir. Draco Malfoy não era insensível, muito pelo contrário. Agora percebia porque razão tantas raparigas o procuravam. Draco Malfoy era carinhoso, meigo e chegava mesmo a ser romântico. A frieza e sarcasmo haviam sido deixados noutro lugar, que ela não queria saber qual era.
Draco empurrava Hermione ligeiramente, sem desviar o seu olhar do dela.
Quando avistou a parede e sentiu que Hermione estava encostada nela, colocou os seus lábios sobre os dela.
E então, beijaram-se. Não foi um beijo frio e fugaz. Foi um beijo quente, romântico e apaixonado. A língua de Draco brincava com a de Hermione. O rapaz podia sentir o seu perfume suave, os seus cabelos a esvoaçar levemente, embatendo na sua cara. Mas não se importou. E tudo deixou de ter importância para Draco Malfoy. A monitoria, o sangue, a reputação. Tudo o que o vinha impedindo de ser feliz ao longo dos anos. Já beijara as raparigas mais experientes de Hogwarts. Mas nenhuma delas o havia satisfeito como Hermione fazia. Podia ser um pouco inexperiente, mas proporcionava-lhe sensações que nem Pansy, nem Parvati, nem alguma haviam proporcionado. Ele sabia que a rapariga havia curtido com Victor Krum, por isso não era totalmente inexperiente. Mas nada disso lhe interessava nesse momento. Apenas aquele beijo. O resto eram detalhes.
Hermione podia sentir o perfume masculino de Draco. As mãos do loiro estavam divididas entre a sua cintura e o seu cabelo aos caracóis. O seu corpo forte, tonificado pelos árduos treinos de Quidditch, haviam feito um bem maravilhoso ao sensual rapaz. A forma com os seus cabelos loiros estavam dispostos pela cabeça deixaria qualquer uma louca. Ligeiramente despenteados e rebeldes, davam-lhe um ar verdadeiramente sexy. Hermione abriu ligeiramente os olhos, e viu que Draco mantinha os seus lindos olhos azuis fechados enquanto que a beijava de uma forma cada vez mais melhor. A rapariga sentiu que o beijo estava a ser cada vez mais aprofundado, e entregou-se completamente. Colocou uma mão na cabeça do loiro e despenteou os seus cabelos, mais uma vez. A sua outra mão estava no pescoço do rapaz. Ele pareceu gostar deste gesto, pois puxou Hermione ainda mais para si. Pareciam apenas um só. A boca de Draco Malfoy encaixava perfeitamente na sua, parecendo feita exclusivamente para ela. O beijo de Draco Malfoy completava-a de uma forma que Victor Krum nunca conseguira. E então, uma imagem de Ron Weasley formou-se na sua cabeça. Mas ela não ligou. Ron já tinha uma pretendente, e parecia estar a gostar muito disso. Lavender Brown não desgrudava dele, e Hermione decidiu que era altura de seguir em frente.
E juntamente com Malfoy, percebeu que havia feito isso mesmo. Draco não a deixava escapar-se nem por um segundo. Beijava-a de uma forma cada vez mais intensa.
Quando se largaram, lentamente e de uma forma carinhosa, para conseguirem retomar o fôlego, não sabiam quanto tempo haviam passado. Talvez um minuto, dez, uma hora ou vários dias. O tempo era algo que não tinha lugar ali. Então olharam-se profundamente, mergulhando completamente nos olhos um do outro. E Draco voltou a encostar os seus lábios nos de Hermione e voltaram ao beijo tão profundo e quente.
E foi nos lábios de Draco Malfoy que Hermione Granger encontrou o pedido de desculpas pelo qual ansiara durante todo o tempo.
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N/A : Quarto capítulo! Não está tão grande como eu idealizei mas como esta fic não é de apenas 4 capítulos, poderei dividir a história entre vários capítulos.
Espero que estejam a gostar.
Prometo que escreverei rapido o 5º capítulo.
Continuem a ler e comentem também!
BEIJO :)
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