Prólogo



Prólogo


~ Ano 1254, Sul da Itália


Há quanto tempo ela estava sendo mantida no escuro? Séculos, dias? Havia perdido completamente a noção do tempo. Havia perdido a conta de quantas vezes seu corpo havia sido perfurado, sangrado e curado por aqueles malditos bruxos. Monstros! Mereciam a morte e o inferno para toda a eternidade. Demônios! Mas um dia o feitiço viraria contra o feiticeiro e seus corpos queimariam em uma vã tentativa de purificar suas almas, mas nem mesmo assim o paraíso os receberia. Deus era piedoso, mas não ridículo.


A porta se abriu violentamente.


- Venha aqui, sua trouxa! Vadia! Isso vai ensinar-te a respeitar aqueles que são mais poderosos! Vamos, sua sangue-ruim! Levante-se! - gritou o homem alto e forte que parecia ter uns cinqüenta anos. - Imperio! - disse ele e o corpo magro, que antes jazia imóvel no chão, se levantou e caminhou em passos vacilantes até ele. - Então tu ainda tens força para resistir, não é? Crucio! - a mulher de pele escura gritou de dor e caiu no chão imediatamente contorcendo-se.


Quando ela já nem conseguia lembrar do próprio nome a dor parou e ela sentiu o corpo sendo carregado. Mais uma série de torturas começava.


O sangue banhava aquele trapo branco que ela vestia. A mente não assimilava nada. A frieza daqueles metais cortantes já não eram sentidas. Seus olhos não viam nada, estava completamente cegada pela luz branca que emanava da varinha do bruxo. E como já fazia há tempos, ela não resistiu, não lutou. Apenas esperou.


Continuava sem a menor noção de tempo quando tudo parou. A luz se apagou. Tudo ao seu redor estava escuro. A dor ainda a inundava, a ardência dos cortes a enlouquecia.


- Isso foi para ver se tu aprendes que sangues-ruins não são nada, sua nojenta. - disse o homem em um tom doentio.


As feridas não foram curadas como da ultima vez. E a ultima coisa que ela sentiu foi seu corpo rolando cada vez mais rápido até bater em algo duro. Dessa vez ela desmaiou.


†::†::†


O estado daquela humana era simplesmente deplorável. O corpo estava extremamente machucado. Os torturadores não haviam sido capazes nem de poupar-lhe o rosto. Ele nem imaginava quem seriam as pessoas capazes de tal ato. Nesse instante sua cabeça se elevou e seus olhos se depararam com a casa no alto daquela colina sem árvores. Bruxos moravam lá. Nesse momento ele entendeu. Aquela pobre garota devia ser uma trouxa, como eles diziam. Devia pertencer a alguma família que praticava o chamado Santo Ofício.


O homem de cabelos ondulados e loiro escuros ergueu-a no colo e começou a correr para no norte, desaparecendo em uma floresta. Ela não merecia um fim daquele.


†::†::†


Adrastéia sentiu a consciência voltar-lhe aos poucos. Sentiu também que o corpo dolorido estava deitado em algo macio e confortável. Abriu os olhos e olhou ao redor não entendendo nada. Que quarto era aquele? E porque ela estava em uma cama? Aqueles bruxos nojentos sempre a jogavam no chão de pedra daquele quarto escuro e pequeno. Observou os próprios braços. Não havia uma marca sequer de todas aquelas agressões. Notou, perplexa, que sua pele escura, da cor do chocolate, estava mais clara, um tanto pálida até.


Olhou ao redor novamente, dessa vez prestando mais atenção. Levantou-se da cama num salto e foi até um espelho. Seu reflexo deixou-a com o queixo levemente caído de espanto. Ela estava tão linda! Passou vários minutos examinando com cuidado cada parte do corpo. Levou um susto quando a porta se abriu.


- Vejo que aprecias sua nova condição. - disse o homem pálido observando o brilho de satisfação nos olhos da garota.


- O-o que é-é tudo isso? - gaguejou ela ainda deslumbrada.


- Tu estavas morrendo eu dei-te a vida novamente, querida.


Ele se aproximou e acariciou de leve o rosto dela.


- Mãos frias... - sussurrou a jovem.


- Logo tu serás fria como eu. Ainda não se transformou completamente.


- Transformar...? - perguntou completamente confusa.


- Te fiz vampira. És minha filha agora.


- Q-quem é você? - perguntou ainda tentando entender tudo aquilo.


- Meu nome é Nikolai e isso é tudo que você precisa saber. - fez uma pequena pausa e observou o rosto moreno da ex-humana. - Tenho uma pergunta, minha jovem.


- Faça. - murmurou ela.


- Para completar a transformação tu precisas ingerir sangue, caso contrário voltarás a ser humana dentro de alguns dias. Aceitas caçar comigo?


Tudo que Adrastéia queria no momento era não ser uma trouxa comum. Tudo que ela queria era esmagar aqueles bruxos com as próprias mãos. Estava decidido.


- Vou poder matá-los se completar a transformação? - perguntou ela com ódio brilhando em seus olhos.


- É claro que vais. Vais poder matar todos que quiseres quando deixares de ser uma frágil humana. - disse ele com um leve tom ansioso na voz.


- Eu vou.


Nikolai nem imaginava o que estava criando naquela noite. Ele sequer previa o dano que seria causado no futuro.


Aquele vampiro secular havia criado a própria sentença de morte ao fazer de Adrastéia sua nova pupila.

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Ok.. Essa é a minha segunda fic de Harry Potter e a minha primeira de aventuraa. :3 hehe Também posto ela láa no FanFiction!
 Eu simplesmente aaaamo vampiros, aí do nada veio a idéia pra fic eu eu já escrevi até o capítulo 3.. *-*
Espero sinceramente que vcs gostem e que deixem comentários. :DD uahsauhs E não se preocupem, pq Harry & Cia já vão aparecer no primeiro capítulo. ^^

Beeijos, até o próximo! 

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