Segundo Ano
Praticamente um ano havia se passado depois que Pedro Pettigrew uniu-se ao grupo que agora, mais do que nunca, já se tornara incrivelmente popular. Não apenas a Grifinória os conhecia em peso como também a Sonserina, colega em praticamente todas as aulas, o que já estava perturbando para ambos os lados. Sempre havia alguma coisa para Tiago, ou Sirius, ou Remo ou até mesmo Pedro fazer de implicância com um dos sonserinos. Severo Snape era o favorito de Tiago. Dolohov se tornara o arquiinimigo de Pedro. Lúcio continuava odiando os quatro de igual forma, mas se indignava com a inteligência de Remo, que sinceramente o achava um oponente bem fraco diante da ameaça real que para ele era, justamente, a prima de Sirius: Belatrix Black. Agora o próprio Sirius, até o primeiro ano julgava os irmãos Aleto e Amico Carrow – uma dupla quase gêmea, de cabelos negros em tranças, olhos ainda mais prateados que os de Sirius – um par de inimigos a altura, porém, teve de mudar bruscamente de opinião quando chegaram naquele segundo ano de Hogwarts. Um novo aluno adentrara a Sonserina como calouro, contudo, apesar de primeiranista, logo naquele primeiro trimestre já se mostrara bem mais ousado e astuto do que se esperava. Sirius agora ganhara um novo rival, ninguém menos que...
Régulo Black, seu próprio irmão.
Sozinho o menino era realmente o que Sirius sempre viu em casa, um garoto mimado e indefeso, entretanto esta era a grande diferença. Régulo nunca estava sozinho, vivia andando com os colegas da Casa mais velhos, como Narcisa e o primo distante Rodolfo e até mesmo com os irmãos Carrow. Simplesmente não dava para suportar sua presença. Sirius a cada dia que passava se via cada vez mais tentado a jogar o irmão do último andar do castelo. Caso alguém perguntasse, ele diria apenas que estava lhe ensinando a voar sem vassoura.
Havia acabado a última aula do dia, onde todos recebiam o resultado de um exame surpresa que haviam feito na semana passada. Transformações, completamente ao contrário de Poções, era a matéria preferida dos quatro. Além da Profª. McGonagall lecionar perfeitamente, era uma das aulas mais práticas do que teóricas, mantendo assim quase todos acordados. Os meninos saíam agora com seus exames em mãos como se fossem troféus, todos eles haviam gabaritado, o que sempre levantava comentários uma vez que os quatro eram os que mais conversavam e brincavam dentro de sala.
- Primeira avaliação do ano e uma nota dessa. Cara, eu sou demais. – Tiago dizia, como era de costume, seguindo na frente dos outros três, assumindo sem querer desde o ano passado um ar de liderança. Sirius até pensara em assumir por livre e espontânea vontade esse título, porém, sabia que quando a situação de engraçada passava a ser perigosa, Tiago era o mais rápido e preciso nas respostas, conseguindo assim livrar todos de uma detenção.
- Você colou do Remo na maior cara dura, Tiago. O que está falando? – Pedro alfinetou, desde que começara a andar com os meninos, parecia que Tiago de fato profetizara, ele nunca mais foi o mesmo. Mesmo com algumas raízes de introversão, Pedro hoje sabia zombar dos rivais e defender os amigos, sem contar que as pessoas agora falavam com ele. Não tantas garotas como era o caso dos outros três, algo óbvio também pela beleza deles, porém o menino sentia-se realizado como estava.
- Eu não colei. O Remo quem quis compartilhar algumas informações comigo, aliás, ele insistiu em me passar. Eu simplesmente fui... obrigado a aceitá-las. O que eu poderia fazer?
- Não sei como você conseguiu copiar alguma coisa do Remo, Tiago – Sirius começou – A última vez que eu tentei, no dever de sala de História da Magia, o que consegui ler do pergaminho dele foi – e então o menino fez aquela cara de indiferente o qual todos já conheciam e previam o que iria dizer – A amizade vale muito, para mim pode ser até o seu favor; porém... porém... porém eu me esqueci do resto.
- “A amizade vale muito, para mim pode ser até o seu favor, porém é difícil ser amigo... de quem se espera um amor” – Remo interveio cheio de vontade em declamar aquele verso de sua autoria – Era isso que você estava tentando dizer, Sirius, meu grande fã?
- Era, só que de uma forma mais máscula e viril, sabe. – ele respondeu passando um braço nos ombros do amigo e bagunçando os cabelos dele com a mão, um gesto de carinho típico só seu, que abusava por não precisar de tanto trabalho para organizar os seus cabelos uma vez que de tão lisos, apenas uma mexida com a cabeça resolvia.
Voltaram a rir descontraidamente, um tapeando o outro, quando uma garota de voz peculiar chegou dizendo:
- Vocês abusam da mágica para conseguir uma nota como essas.
- Lílian! – Remo a saudou sorrindo, conseguira se tornar ainda mais íntimo com a menina que o próprio Sirius, quem a havia conhecido primeiro que todos os quatro. Deveria ser pelos constantes trabalhos em dupla que ambos fazia, agora um pouco menos que antes, visto que Remo generosamente dava mais oportunidade a Pedro – Como sempre, bem acompanhada.
Ele acrescentou logo que viu as duas amigas inseparáveis de Lílian, Maria McDonald e Alice Longbottom. A primeira possuía os cabelos encaracolados, sobre um rosto meigo e sempre sorridente, seu carisma aumentando com eficiência o nível de sua beleza. Já Alice, mesmo dormindo poderia se dizer bela, apesar de um pouco pálida. Tinha longos cabelos escuros, usando sempre um laço que lhe dava um ar gracioso, assim como muita graça havia em seus olhos cor-de-mel.
- Não mude de assunto, Remo. Me diga de uma vez por todas, qual é o grande segredo de vocês? – Lílian insistiu, fingindo uma falsa postura de autoridade, não conseguindo deixar de rir. Ela já aprendera com o decorrer do tempo que o único método de comunicação com aquele grupinho era usando algum tom cômico.
- Tudo bem, Lily, você venceu – Sirius quem respondeu, usando um semblante de derrotado, pondo seu braço nos ombros da menina e a levando para o lado – Nós somos uma seita canibal. Toda noite um come o outro, e, por favor, não leve isso na maldade. Nos matamos de estudar em Transformações para poder recriar nossos membros perdidos. Até que não é tão ruim, hoje meu membro é bem maior que antes.
- Que isso, menino?! – ela exclamou assustada, tentando em vão se desvencilhar do braço do garoto.
- Está vendo, vocês garotas certinhas têm uma mente muito poluída. Eu falei que não era para levar na maldade – ele replicou fazendo uma cena de ofendido perfeita – O membro o qual eu me referia era o meu pé, o esquerdo.
- Por Merlin, Sirius! Você não presta mesmo! – Maria falou então, a única conseguindo segurar o riso.
- Será mesmo que eu não presto? Você poderia provar...
Os outros garotos comemoraram como se ele tivesse acabado de ganhar a Taça de Quadribol, diante da expressão que Maria não conseguiu disfarçar, perdendo totalmente suas palavras, encarando o menino parecendo hipnotizada.
- Eu disse que seria uma má idéia tentar argumentar com eles, Lílian, mas você ainda insistiu, não sei porque. – Alice disse enfim, sua voz suave e encantadora, enquanto pe
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