Depois



Narrado por Lily


 


-Aí o mostro era abatido por uns caras, sendo que um era muiiito gato, o Six ficou morrendo de ciúmes. Li? Lil’s? Lily? – eu ouvi Lene me chamando.


 


-Oi? – eu respondi.


 


Desde o momento em que James havia me trazido ele não saia de minha cabeça, fazia tempo que eu não era arrebata por um sorriso como o dele, fazia tempo em que não em apaixonava. NÃO EU NÃO PODIA ESTAR APAIXONADA. Apaixonar-se era algo tão insensato e maluco, eu odiava isso, sentir amor, paixão por alguém, eu preferia manter um relacionamento bem de aparência onde fingíamos nos amar, mas que na real era só pra ter alguém.


 


-Você prestou atenção no que falei nos últimos dez minutos, desde que você chegou? – ela me perguntou.


 


O que diabos ela deve ter falado? Ela foi no cinema ver um filme com o namorado e os amigos, o que posso concluir??


 


-Claro que sim, você comentou sobre o filme e que tinha um carinha muito gato que o Sirius sentiu ciúmes. – eu disse, chute...


 


-Isso mesmo Lil’s. Como sou boba jurei que você não estava prestando atenção. – ela me disse.


 


GOLAÇO LILY. Você é demais, eu consigo me superar hein, chutaço no gol, não na trave, eu devia fazer parte do time de futebol, será que dá pra ver os meninos tomando banho? Tem uns corpos sarados, ou melhor, tem o JAMES POTTER SARADO...


 


-Sabe o que achei estranho foi James não ter ido dizendo que tinha outro compromisso, o Sirius disse que ele foi ao bar onde tu trabalha, tu não viu ele com ninguém? – ela me perguntou.


 


Ferrou, eu não sou boa em mentiras, ou melhor, eu não sei mentir pra Lene quando omito informações.


 


-Ele foi ao bar, mas não estava acompanhado de nin-nin-ninguém. – MARAVILHA GAGUEJEI NA ÚLTIMA PARTE.


 


-Lily, está me escondendo algo? – ela me perguntou...


 


-Mais ou menos. – eu disse. Uma frase sem mentiras. UAU. Ta melhorando Lily.


 


-Confia em mim? – ela me perguntou.


 


Eu confirmei com a cabeça, peguei e fui até a porta trancá-la.


 


-Pode me contar. – ela me disse.


 


O que eu mais queria era conversar, desabafar um pouco.


 


-Eu saí com JAMES. –eu falei, dando ênfase ao nome.


 


-OMG! Tu traiu meu irmão! – ela me saiu gritando.


 


-Lene tu é louca de grita isso? – eu perguntei braba.


-Desculpa, me empolguei, é bom saber algo bom nos últimos dias. – ela disse sorrindo.


 


-Nem sei se vai dar certo, ele admitiu que gosta de mim, mas tenho medo de me machuca pois sei que ele é galinha. – eu disse.


 


-Vai com tudo prima. – Lene me disse.


 


[JAMES POTTER]


 


Amanhã é aniversário dela... chama-la pro meu apartamento, foi algo muito, mas muito precipitado, ela deve ta pensando que eu sou galinha, porque eu fui fazer merda justo com ela?


 


Ao me deitar, não parava de pensar o quão grande foi a besteira que fiz, fui a geladeira peguei e tomei, uma, duas, três, nove, dezessete latinhas de Coca Cola durante toda a noite, eu não conseguia dormir tinha medo de que algo havia dado errado. Era a primeira vez que alguém despertara um sentimento tão forte dentro de mim, e eu não sabia exatamente o que fazer, o que falar, como agir, como ser, eu perto dela era pior que um tímido em apresentação pública.


 


-Hey Six, tu vai busca a Lene hoje? – eu perguntei, fingindo interesse.


 


-Vou, mas to sem carro. – ele me disse.


 


-Então nem te preocupa, passo aí na tua casa, e pegamos a Lene... – eu disse, não queria deixar que minhas intenções ficassem claras.


 


-Porque eu tenho impressão que você quer isso por outro motivo? – ele me perguntou.


 


-Que outro motivo teria? – eu perguntei fingindo.


 


-É, realmente tem outro motivo. – Sirius disse.


 


Que roupa eu uso pra busca-la? Bermudão, camiseta e boné, estilo skatista? Camisa social e arrumadinho? Eu tenho tantas dúvidas... TO PARECENDO UMA MENINA. PORRA VIRA MACHO JAMES;Coloquei minha calça jeans surrada, uma camiseta verde estampada e baguncei mais um pouco o meu cabelo.


 


-Vamos lá James! -  eu disse olhando-me no espelho.


 


Dez minutos depois estava na casa do Sirius, ele estava possesso, pois esperava que eu chegasse um pouco mais tarde, mas antes de ir pra aula, precisava comprar algo.


 


-Porra James, tudo bem vir buscar e dar carona pras meninas, mas precisava vir cedo? – ele não parava de repeti.


 


-Claro que precisava, eu tenho que comprar um presente. – eu disse.


 


-Presente? James a Lily é comprometida, e parece-me muito correta e não trairia o irmão da Lene. – Sirius me disse.


 


Não era ele que sempre dizia “As santinha são sempre as piores, principalmente as que aparentam e tem atitudes corretas” agora provava que estava correto, ela não era tão certinha quanto aparentava.


 


-Eu sei, tenho quase toda certeza que ela não trairia ele, mas é aniversário dela e quero comprar algo legal pra ela. – eu disse.


 


-Vamos então. – Ele me disse.


 


O caminho da casa das gurias, passava-se pelo centro, onde procurei uma loja que fizesse mais a cara dela. Flores? Tão comum. Bichinho de Pelúcia? Gay demais. Jóia? Coisa de Namorado. Vale-Presente? Frio demais. Cesta de café da manhã? Tarde demais. Mas um cesta com tudo que ela parece gostar... IDEIA!


 


Sirius ficou me olhando enquanto eu saia correndo e gritando:


 


-Fica aí que eu já volto.


 


Peguei e corri ate o shopping, ao restaurante, pedi pra eles fazerem um favor pra mim, como se fosse um vale, mas eu mudei-o, fiz um vale-jantar-italiano-com- James-Potter. Minha mente continuava voando. Voltei a floricultura que faria a cesta e pedi:


 


-Quero fanta uva, nutella, kinder ovo, alpino, uma lata de coca cola, coloca essa vale aqui dentro, que eu vou entregar isso por volta do almoço, então eu buscarei umas 11:10.


 


A mulher prontamente me atendeu. Eu e Sirius saímos e fomos em direção ao meu carro, Sirius assustado com minha loucura súbita, queria dirigir, mas não deixei, por ele não ter carteira. Em 10 minutos chegamos na casa da Lene, onde as duas esperavam o ônibus.


 


-hey, querem carona? – eu perguntei.


 


As duas se olharam e abriram um sorriso e correram até o carro. Lene entrou e cumprimentou Sirius com um beijo, Lily me mandou um discreto beijo.


 


-Ah não o meu irmão ta saindo. – disse Lene.


 


Todos olhamos pra porta que estava se abrindo, quando pisei no acelerador e saímos com o carro, antes que o irmão mala da Lene viesse junto.


 


-Hey, hoje sinto algo bom no ar. – disse Lily sorridente.


 


Sirius olhou para mim, eu o olhei, Lene olhou nossa troca de olhares, e falou:


 


-Sirius é aniversário da Lily.


 


-Parabéns Lily. – disse James.


 


-Parabéns Lil. – disse Sirius.


 


-Brigado guris. – ela disse. Ela estava estonteante, ah como eu odeio isso nela, ela sempre bonita e eu não podia abraça-la ou beija-la.


 


Fomos em silêncio até a escola. Chegando lá, vimos alguns, poucos, lá parados. Lene e Sirius desceram do carro e deixaram eu e a Lily sozinhos. Foi o momento que tive para conversar com ela.


 


-Eu não sei exatamente que imagem passei a ti quando convidei para morar no apartamento que tenho, ou qual impressão deixei por te fazer trair o namorado, mas eu não sou tão galinha quanto você possa vir a pensar. – eu disse.


 


-Eu por incrível que pareça  eu pensei isso no ínicio, mas após conversar com a Lene...


 


-Tu contou pra Lene? Eu não contei nada, absolutamente nada pro Sirius, pois achei que você não ia gostar. – eu disse interrompendo-a.


 


-Eu não consigo mentir para quem eu realmente gosto, eu fiquei conversando com ela até perceber que na verdade você não é assim. – ela terminou de dizer.


 


Eu havia gostado do que ela tinha me dito, e agora era a hora de continuar meu plano.


 


-Lil’s, antes de sair... – eu disse me aproximando até beija-la, sendo correspondido pela mesma intensidade por ela.


 


-Tchau James. – ela me disse saindo do carro, enquanto eu abria um sorriso, mas o sorriso.


 


Sirius e Marlene estavam em um banquinho namorando, e eu como adoro atrapalha-los fui até lá, para tirar algumas dúvidas que era, necessárias.


 


-Sirius, tu vai faltar aula comigo e Lene preciso tirar algumas dúvidas.


 


-Tudo bem. – disse Sirius, supe feliz que mataria aula.


 


-O que tu precisa James? – me perguntou Marlene.


 


-Cor, tamanho de calça, camiseta, tênis, animal preferido, flor preferida, objeto que mais, gosta, esporte que curte, tudo sobre ela, tipo de óculos preferido, matéria favorita, qual é autora que ela mais gosta... – eu comecei.


 


-Cor: vermelho, tamanho de calça:38, camisa: M, animal preferido: cervo,corsa, lhamas, unicórnios, ornitorrincos. Flor: orquídeas mas o perfume de lírios, objeto que mais gosta?tênis e óculos. Esporte: ela odeia jogar, mas adora jogadores de futebol..., tipo de óculos? Qualquer um James, ela ama óculos demais, Matéria? História. Autora? Depende do dia, compra um romance com ficção. Mais alguma pergunta? – ela me disse.


 


-Signo, tipo de tênis e o que tu quis dizer com “ama jogadores de futebol”? – eu perguntei curioso.


 


-Signo, hum não sei :s, e tênis, o vício dela all star. Jogador de futebol, pensa James... quem é jogador de futebol que tu conhece? – Lene falou...


 


-Eu, Lily me ama. – disse Sirius.


 


Nesse momento eu e Lene pegamos e acertamos Sirius pela besteira.


 


-Valeu Lene, eu prometo que te recompensarei. Agora vamos Sirius? – eu disse.


 


Ele fez uma cara de quem havia se sentido magoado e disse:


 


-Pode esperar eu me despedir da Lene? - eu concordei, já os havia atrapalhado.


 


Fiquei esperando pelos 10 minutos até que Sirius apareceu com a boca vermelha e a camisa sendo arrumada.


 


-Tá quente hein Sirius? – eu perguntei me arriando.


 


-Oh... – ele falou.


 


Enquanto dirigia eu ia repassando todos os meus passos, para montar o presente de Lily, passaríamos numa loja de roupas, calçados, flores... tudo ia sendo repassado aos poucos para eu decidir todos os meus atos. Não muito tempo depois Sirius e eu chegamos ao shopping, enquanto eu ia contando tudo pra ele, ele ria de mim por “ser um bobinho apaixonado” mas não era bem eu o apaixonado na história.


 


Lojas e mais lojas, eu já havia definido onde iria comprar a blusa e a calça, o tênis, as flores, o perfume, o ursinho de pelúcia... tudo basicamente, mas eu pensava em como encaixar cada um desses na cesta.


 


-Primeiro vamos à loja comprar o Jeans e a blusa. – Eu disse apontando para uma loja. Sirius me olhou, pois sabia que não sairia barato tudo isso, mas eu não via problemas.


 


-olá, o que gostariam? – perguntou uma loira que era atendente, parecia ter uns 20 anos, mas não deixou de arrastar asa pro Sirius.


 


-Eu quero uma skinny 38 e quero ver uma blusa vermelha. – eu disse enquanto ela olhava e lançava um olhar como “tão bonitos e gays”.


 


-É para uma amiga que está de aniversário. – disse Sirius, piorando nossa situação.


 


-Ok, bom, ali nós temos os modelos de skinny. – ela me mostrou. Eu via cada peça atentamente e imagina como ficaria na Lil, por isso decidi por um claro, com as barras dobradas e bem simples, o que me lembrava muito o jeito dela.


 


-E a blusa, querem como? – a vendedora me perguntou.


 


Ela começou a me mostrar todas as blusas que ela tinha na cor vermelha tamanho M, cada um mais chamativa e a que eu queria era uma mais simples, até que vi uma verde esmeralda, a cor dos olhos dela, transpassada, que eu tinha certeza que nela ia ser como parte do corpo.


 


-Eu quero aquela. – eu disse apontando.


 


-Mas não é vermelha, e não temos nenhuma igual a essa em vermelho. – a mulher me disse.


 


-Não me importo eu quero aquela. – eu disse.


 


Peguei as compras e sai a buscar tudo que Lily gostava. Um All Star verde, tudo estava sendo colocado dentro da cesta, cada vez estava mais próximo do almoço. A atendente demorou, pois era muita coisa pra colocar na cesta e em pouco espaço.


 


-Lil’s. – eu a chamei.


 


Martin estava abraçado a ela, quando ela soltou-se do abraço e correu pra conversar comigo, todos no salão ficaram espantados com a atitude dele. Eu e Sirius chegamos trazendo uma enorme cesta, pesada que nos dois carregávamos. Ela olhou aquela cesta e começou a rir. Ela demonstrava o maior sorriso do mundo.


 


-Que achou do meu presente? - eu perguntei.


 


Ela simplesmente não respondeu, havia muitos cochichos e pessoas falando sobre minha atitude, nunca havia sido visto dando um presente para uma menina, e eu apareço com uma enorme cesta pra uma menina comprometida.


 


-Realmente preciso dizer algo? – ela me disse humildemente.


 


-Quem é você pra dar um presente pra minha namorada? Lily, devolva esse presente, e venha comigo. – Martin disse.


 


Ela ficou olhando para ele com um ar de raiva. Ela odiava quando mandavam nela.


 


-Agora que não vou e nem devolvo, pois esse foi um ótimo presente, muito melhor que os Crisântemos que tu me deu e que eu sou alérgica. – ela disse.


 


-isso não é hora de fazer birra. Vamos. – ele disse puxando-a pelo braço.


 


Marlene olhava chocado pro irmão pelo abuso que ele estava fazendo.


 


-Martin solta ela. – Lene disse.


 


Lily não conseguia dizer nada, estava com o braço machucado, ele estava fazendo ela sentir dor, e ela estava em estado de choque por tal atitude do namorado, que agora era ex.


 


-Não soltarei, sempre achei que essezinho amigo do teu namorado fosse aprontar uma, e aqui está a prova, mas nunca esperei atitudes de vagabunda vinda de ti Lily. – ele disse


 


Meu sangue ferveu ao ouvir a palavra vagabunda se referindo a Lily, a única reação que esbocei foi de um soco bem dado nas fuças daquele animal, pois ele era um animal. Caído no chão, ele tentava se reerguer, e Lene nada ajudava, Lily quando solta, foi se apoiar em mim, me abraçando firmemente e  se acalmando, ela não queria que isso tivesse acontecido com ela, mas infelizmente aconteceu.


 


-Obrigado James, por tudo. – ela me disse, um pouco mais calma, e saindo com Lene pra casa.


 


Será que ela ainda se lembrava do encontro hoje? Será que ela já tinha visto?


 


---------------------------------x---------------------------------


 


Já eram 20:30,a hora que eu tinha colocado na cesta e eu estava na frente da casa da Lene, tudo no mais puro escuro eu tinha medo de bater na porta e ser mal recebido, tinha medo de muitas coisas que pudessem vir ocorrer, imagine se ela voltasse com os pais quando eles viessem do casamento da irmã dela. De repente, ela sai da porta e eu a fico observando, no canto, ela se dirige ao balanço na árvore, que pelo me constava, lembrança da infância da Lene. Desci do carro e me dirigi a ela.


 


-Quer um empurrão? – eu a perguntei.


 


Ela olhou em meus olhos, e eu pude ver como eram belos aqueles olhos, verdes, esmeraldas, grandes e lindas, que combinavam tão perfeitamente com aquela ruiva do céu.


 


-Podemos sair? – ela me perguntou.


 


-Claro, minha rainha, seu desejo é uma ordem. – eu disse a ela.


 


Ela sorriu abobadamente, e eu retribui esse sorriso.


 


Éramos dois apaixonados.


 


E o que sentíamos não há  palavras pra definir, mas nossos olhos desde o primeiro momento em que se encontraram nos mostraram que surgirá um sentimento, ela uma princesa de conto de fadas que amava fanta uva que procurava seu príncipe num cara com imagem de perfeito que demonstrou ser o idiota, e que conheceu o bandido, safado e galinha que se mostrou perfeitamente apaixonado e bobo por ela e eu um bandido de um conto de fadas, com muita fama e galinhagem, que quando encontrou uma princesa procurando no príncipe errado começou a buscar um novo vício, largando sua coca cola e se apaixonando perdidamente por uma princesa.


 


 


N/A: Amei escrever a última parte, o início dela eu tava odiando, mas agora eu achei o final perfeito demais. A história ficou tipo sem um final exato, como se vocês pudesse imaginar como eles terminaram. Como se vocês contassem a história na versão deles. Se alguém quiser, nem me importo. Beijos pessoal e comentem


.nath krein

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.