O Assassinato de Gina Weasley

Harry deixou Hermione no sofá da sala comunal, meia hora mais tarde para subir ao dormitório. Ela não lhe revelou que beijara Malfoy. Harry ficou apenas com a impressão que de Draco a tinha ofendido mais uma vez. Hermione estava confusa e cansada com os últimos acontecimentos e, tentando ordenar os pensamentos, acabou adormecendo sem perceber deitada sobre o sofa.

Ela começou a ter um sonho muito estranho: sonhou que estava enfrentando um lobisomem que a atacava na floresta proibida. Ele investia cada vez mais e mais sobre ela e tentava feri-la. Ela teria que se defender ou morreria. Temerosa e desesperada, Hermione sacou a varinha e, apontando para a criatura, executou a pior das maldições imperdoáveis: - AVADA QUEDAVRA!

Em seguida, uma sucessão de acontecimentos fez com que despertasse de seu sonho: escutou um grito agudo de dor, como se uma criança gritasse. Ela não estava na floresta proibida e sim no centro da sala comunal, a varinha nas mãos e a sua frente o corpo de Gina Weasley jazia inerte no chão.

Do alto da escada para o dormitório masculino um outro grito fez-se ouvir: era Rony Weasley que assistia a cena, aturdido. Ele desceu as escadas correndo e se ajoelhou do lado de sua irmã tomando-lhe o pulso.
Harry, Neville, Simas, Dino e outros meninos desceram a escada em seguida. Por mais que quisesse, Hermione não conseguia se mover.

- ELA ESTÁ MORTA! – constatou Rony, os olhos marejando de lágrimas. – VOCÊ A MATOU, HERMIONE, VOCÊ MATOU A MINHA IRMÃ!

Não, não podia ser! Ela nunca feriria Gina. Ela estava se defendendo do lobisomem e não de Gina, como ela podia ter feito aquilo.

Rony, nervoso e desesperado, levantou-se de um salto e se jogou sobre Hermione sacudindo-a violentamente.

- VOCÊ MATOU GINA! POR QUE? POR QUE, HERMIONE?

- Calma, Rony, calma! – Harry puxou Rony para longe e ficou entre eles, protegendo Hermione que estava em estado de choque. – Tenho certeza que Hermione tem uma explicação para o que aconteceu aqui. Mas agora precisamos procurar a professora Macgonagal e o prof. Dumbledore, talvez eles possam fazer alguma coisa.

Neville e Dino saíram da sala apavorados a procura dos diretores. Rony voltou para o lado da irmã e a abraçou, os braços balançando do lado do corpo inertes.

- Gina! – Rony choramingava.

- G-gina – Hermione balbuciou, os lábios tremendo.

Harry virou-se para contemplar Hermione, tirando a varinha que ela tinha nas mãos.

- O que aconteceu, Hermione? – Harry perguntou, segurando sua mão e tentando mantê-la calma. Você pode confiar em mim.

- Eu não sei, Harry, eu não sei... Isto é um pesadelo, só pode ser...

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