4. Como viver agora?



O sol encontrava-se brilhando sobre um céu azul e límpido, quem visse tal cena nunca imaginaria que no dia anterior o clima e a paisagem eram de um céu cinza e que uma chuva intensa caia sem dó nem piedade. Aos poucos a luminosidade que saia fortemente do sol iam em direção aos olhos de Harry, que ainda encontrava-se no enorme jardim de sua mansão, aos poucos abria seus olhos lentamente no começo sua visão fica um pouco embasada e a forte claridade fez com que seus olhos ardessem mas depois de um tempo eles finalmente se acostumam fazendo com que sua visão torna-se nítida. Ele olha desnorteado ao seu redor, até que aos poucos as lembranças do que havia acontecido no dia anterior invadem sua mente impiedosamente, infelizmente não havia sido um pesadelo havia sido real e sabia disso. Novamente seus olhos se enchem de lágrimas, sentia que nada no mundo poderia fazer com que sua dor sumisse ou que o vazio ao qual o dominava não poderia ser preenchido novamente. Sua vida parecia não ter mais significado e seu futuro não parecia ter mais propósito e nem sentindo. A amava demais, ela era tudo, sua base, seu exemplo, um modelo a ser seguido e sua confidente, ela era a pessoa mais maravilhosa que havia conhecido em toda sua vida, sim tinha muito orgulho de ter tido uma mãe que sempre tentava ajudar as pessoas que precisavam que era amorosa e carinhosa com todos os seres que a rodeava que não importava a situação estava sempre pronta para ajudar e que prezava seus princípios acima de tudo e principalmente que sempre lutava contra as injustiças fossem elas pequenas ou grandes feitas contra ela ou com qualquer outra pessoa. Sem dúvidas Lílian havia sido um exemplo de ser humano, e de mulher e mãe, pois apesar de tudo havia se dedicado de corpo e alma para ver sua família feliz. Sentiria muito sua falta, não tinha como negar. Com esses pensamentos rondando sua mente, ele se põe de pé na grama, sentia-se sujo e molhado graças à chuva que havia caído, havia ficado a noite toda deitado chorando, sem se importar se chovia ou não, e no fim acabou adormecendo. Não tinha a mínima dúvida de que mais tarde ficaria doente, mas isso não importava. Então passa as mãos rapidamente pela roupa tentando tirar um pouco de sujeira, sabia que era inútil, pois a roupa já se encontrava em um estado deplorável, toda coberta de lama e grama sem contar que se encontrava totalmente encharcada. Desistindo de tentar tirar a sujeira de sua roupa, ele avança lentamente para a porta que o levaria em direção a cozinha, estava com muita fome, já que não havia almoçado e muito menos jantado.


 - Harry o que aconteceu? – Pergunta Pierre horrorizado assim que o vê entrando pela porta.


 - Não é dá sua conta! – Exclama Harry carrancudo, puxando uma cadeira violentamente e sentando-se na mesma, pondo seus pés em cima da mesa. – Eu quero panquecas, ovos mexidos com bacon e um suco de laranja. – Ordena olhando-o nos olhos. – E é para hoje! – Exclama rudemente quando o vê estancado sem ação a sua frente o olhando assustado.


 - Sim, senhor Potter. – Afirma Pierre fazendo uma reverencia e correndo para frente do fogão para começar a preparar o café da manhã de Harry.


 - E onde está meu pai? – Pergunta Harry fingindo desinteresse.


 - O senhor Potter, saiu cedo para cuidar do velório e do enterro de vossa mãe. – Responde pesadamente.


 - Claro! – Afirma mais para si mesmo como se fosse a coisa mais obvia do mundo.


 - Senhor o café vai demorar um pouco para ficar pronto, o senhor não gostaria de subir para seu quarto tomar um banho ou descansar um pouco? Assim que ficar pronto pedirei a algum empregado para avisá-lo. – Sugere Pierre Temerosamente.


 - É uma boa idéia! – Exclama Harry levantando-se da cadeira e seguindo em direção a porta, até que estando a alguns centímetros de distância de ultrapassar a mesma ele se vira novamente para Pierre e diz. – Me desculpe pela maneira que eu agi antes, tente me entender ainda não consegui aceitar a idéia que nunca mais poderei ver minha mãe. Sei que não é desculpa, mas está sendo muito difícil. – Responde educada e tristemente dando um pequeno sorriso, para tentar demonstrar que estava sendo sincero.


 - Eu o entendo senhor, e não tem problema nenhum não tenho o que desculpar. – Afirma Pierre calmamente retribuindo o sorriso.


 - Obrigado por tudo. – Diz Harry se virando novamente para a porta e desaparecendo pela mesma.


 Enquanto seguia em direção a seu quarto, muitas coisas se passavam por sua mente, sabia que havia feito muitas coisas erradas as quais concerteza sua mãe se decepcionaria profundamente, a esse mero pensamento sentiu um arrepio percorrer por seu corpo, sempre odiou ver nos olhos de sua mãe decepção e mesmo ela estando morta isso não muda o fato de saber que onde quer que ela esteja não aprovaria as escolhas que havia feito, tinha que mudar muito e rápido. E com esses pensamentos ele entrou no seu banheiro e tomou um longo e relaxante banho, vestindo logo depois um pijama quente e confortável, caindo na cama logo depois. Estava muito cansado tinha que admitir, e aproveitaria que o café ainda não estava pronto para poder se recuperar um pouco, se quisesse estar inteiro para ir ao enterro. Depois de alguns minutos ao qual ele se encontrava quase dormindo, ele ouve alguém batendo na porta, ele bufou e com muito custo falou.


 - Pode entrar! – Exclama o moreno sentando-se na cama.


 - Senhor Potter eu vim avisá-lo de que o café já está servido. – Avisa George apreensivamente um de seus inúmeros empregados.


 - Obrigado George, e será que você podia trazê-lo até aqui? – Pede Harry educadamente.


 - Claro senhor, é para já. – Afirma ele saindo pela porta no mesmo instante.


 - Aqui está senhor. – Exclama ele algum tempo depois, trazendo em suas mãos uma enorme e brilhante bandeja.


 - Muito obrigado George. – Agradece Harry calmamente.


 - De nada senhor, precisando de alguma coisa é só chamar. – Afirma ele mecanicamente, fazendo uma reverencia e saindo do quarto logo em seguida.


 Harry dedica-se a comer tudo o que estava na bandeja, não podia dar-se ao luxo de desmaiar no momento em que prestaria a última homenagem de sua mãe por causa da má alimentação. Assim que bem alimentado, ele deixa a bandeja em cima de sua escrivaninha, e segue em direção a seu guarda roupa já que não ficaria nada bem para sua imagem aparecer lá de pijama e depois de alguns minutos de pura indecisão decide-se por uma camisa branca, terno, calça social, gravata e sapatos italianos pretos. E após encontrar-se adequadamente vestido, vai a direção ao banheiro tentar ajeitar seus cabelos com bastante gel, mas inutilmente estressado desiste de tentar ajeita-los e resolve descer de uma vez. Enquanto descia as enormes escadas respirava profundamente, não seria nada fácil, mas sabia que teria de encarar tudo de cabeça erguida, pois ela merecia isso e muito mais. E é com esses pensamentos que ele termina de descer a escadaria e se depara com seu pai de pé o olhando de cima a baixo.


  - Até que enfim resolveu descer! – Exclama Tiago impaciente.


 - Desculpe a demora, mas acordei tarde. – Tenta desculpar-se Harry humildemente.


 - Mas será que nem no dia do enterro de sua mãe você pode chegar na hora? – Pergunta irritadiço.


 - Pai, não é assim e você sabe não está sendo nada fácil para mim ter que me acostumar com a idéia de que nunca mais poderei vê-la. – Responde Harry tristemente e suspirando pesadamente logo em seguida.


 - E por um acaso você pensa que está sendo fácil para mim? – Pede Tiago ironicamente.


 - É claro que não pai, eu sei que você a amava e... – Começa Harry nervosamente.


 - NÃO! EU NÃO A AMAVA! – Interrompe-o explodindo, fazendo com que Harry o olhasse incrédulo. – EU A AMO! SEMPRE PENSEI NELA ACIMA DE TUDO, MAS VEJA DO QUE ADIANTOU NO FIM ELA NEM SE QUER DEU-SE AO LUXO DE PENSAR EM COMO EU FICARIA SE ELA ME DEIXASSE! ELA SEMPRE FOI DONA DO MEU CORAÇÃO DESDE O MOMENTO EM QUE A VI E AGORA ELA LEVOU-O JUNTO COM ELA. NÃO TENHO MAIS CORAÇÃO OU UMA RAZÃO DE VIVER. NÃO TENHO MAIS NADA. MAS MESMO ASSIM EU ACORDEI CEDO E CHEGUEI NA HORA CERTA, ENTÃO NÃO ME VENHA COM A DESCULPA DE QUE ESTÁ SENDO DIFÍCIL PARA VOCÊ, POIS PODE TER CERTEZA DE QUE PARA MIM ESTÁ SENDO BEM PIOR! – Termina ele raivosamente.


 - Tudo bem, já pedi desculpas será que já podemos ir? – Tenta Despistar Harry.


 - Vamos. – Responde Tiago agressivamente abrindo a porta e dando espaço para que Harry passasse pela mesma a batendo fortemente depois de atravessá-la.


 Já dentro do carro, um silêncio perturbador rondava-os Tiago nada fazia a não ser olhar para suas mãos enquanto as mexia freneticamente e Harry observava a paisagem ao qual passava rapidamente pela janela, seus pensamentos a mil todos o lembrando o que seu pai havia dito há alguns minutos atrás, sim sabia que seu pai estava sofrendo muito com a morte de sua mãe, mas nunca imaginaria que ele seria tão egoísta ao ponto de jogar em sua cara que sofria mais do que ele estava sofrendo, realmente nunca esperava por tal reação e isso o havia machucado, concerteza sua relação mudaria muito apartir de agora.


 - Vamos estamos realmente atrasados. – Diz Tiago friamente saindo carro assim que o mesmo para, o tirando de seus pensamentos.


 Harry decide por não falar nada, não sabia se conseguiria manter um diálogo tranqüilo e civilizado com o homem que se encontrava a sua frente, pois aquele sem sombra de dúvidas não era o pai ao qual tanto se orgulhava o homem ao qual aprendeu a amar, respeitar e admirar. E mergulhado em seus pensamentos e reflexões ele sai silenciosamente do carro, fechando a porta e andando lentamente até a entrada de uma casa, Harry parou a poucos passos da porta da frente, examinando o local com um olhar perspicaz dando importância até aos mínimos detalhes. O lugar era uma casa de estilo vitoriano dando a impressão de ser um lugar muito elegante, a casa não era nem grande e nem pequena, ela era do tamanho certo. Realmente era um lugar magnífico, e nem de longe podia se notar de que se tratava de uma funerária, ao pensar nisso o rapaz sente seu coração apertar e sua respiração tornar-se descompassada era naquele belo local que veria sua mãe pela última vez e isso o machucava demais, pensar que nunca mais poderia vê-la, abraça-la, dizer que a amava e a ouvir dizer essas mesmas palavras ou simplesmente poder ouvir novamente seus conselhos e broncas em sua voz suave e doce. Uma lágrima começou a correr em seu rosto, ele tinha que ser forte para ajudar seu pai nessa hora tão difícil, não podia de modo algum demonstrar fraqueza e então com as costas de suas mãos ele limpa rapidamente as lágrimas que ainda insistiam em cair, esse seria o último dia em que choraria principalmente quando se tratasse de uma mulher, apartir desse dia ele iria mudar sim e muito, não teria mais compaixão e nem piedade com ninguém, já que ninguém teve por ele e já que nem sua mãe pensara no quanto o machucaria. Nesse dia nascia um novo Harry James Potter. E foi esses pensamentos que Harry segue a passos pesados e precisos que ele adentrou porta adentro. O lugar era ainda mais lindo por dentro se é que era possível, o interior era em maior parte recoberto por um granito preto, no meio da sala havia um caixão de madeira ao qual a parte de cima se encontrava com a porta aberta, ao redor encontrava-se velas diversas e várias coroas de flores as quais se lia na faixa que as prendiam pêsames, e nos sofás de couro preto que estavam espalhados pela sala encontravam-se diversas pessoas. Harry examinava o lugar cuidadosamente, não conhecia ninguém daquela sala a não ser seu pai ao qual se encontrava ajoelhado ao lado do caixão enquanto tinha sua cabeça baixa e soluçava compulsivamente, concerteza o restante das pessoas ao qual se encontravam no local eram amigos e colegas de trabalho de seu pai que vieram dar os pêsames e tentar passar a ele conforto e o apoiar em um momento tão difícil.


 Ele não sabia se teria forças para conseguir ir em direção ao pai, e também não sabia qual seria a reação dele se o fizesse, na verdade tinha medo que ele fizesse o mesmo que tinha feito minutos antes, mas sentia que precisava tentar, sentia necessidade de estar ao seu lado de abraçá-lo e dizer que não importava o que acontecesse ele estaria ao lado dele sempre e que o amava muito. Então meio relutante ele vai andando vagarosamente em direção do pai, e a cada passo que dava sentia que tinha vários olhos curiosos e apreensivos em cima de si, mas não se importava com isso a única coisa que queria era consolar e ajudar seu pai e mais nada. Quando finalmente consegue chegar ao seu lado, se ajoelha e o abraça fortemente tanto mostrar o quanto o amava e o quanto queria ajudá-lo, aos poucos ele consegue perceber que os soluços desenfreados de seu pai se tornam mais leves e calmos, e aos poucos ele vai levantando sua cabeça lentamente e quando finalmente seus olhos se encontram Harry vê algo parecido com ódio, magoa e raiva, os olhos antes azuis como o céu e doces e gentis de seu pai agora se encontravam vazios e em um azul escuro que lembrava o mar em uma terrível tempestade e isso realmente o apavorou.


 - O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? –Grita Tiago entre dentes.


 - Eu... Eu apenas queria te ajudar. – Responde Harry gagajante.


 - EU NÃO PRECISO DE SUA AJUDA! – Afirma ele. – FOI POR SUA CULPA QUE ELA MORREU! NÃO QUERO TE VER AQUI! SAIA IMEDIATAMENTE DAQUI!


 - Por... Por que você disse isso pai? – Pergunta Harry incerto se fazia bem em perguntar isso numa hora dessas.


 - POR QUÊ? – Pede ele incrédulo. – SE VOCÊ NÃO TIVESSE NASCIDO ELA NÃO TERIA ENTRADO NA DEPRESSÃO PROFUNDA A QUAL ELA ENTRADO, SE VOCÊ NÃO EXISTISSE ELA AINDA ESTARIA AQUI! VOCÊ É UM INÚTIL, UM EMPRESTÁVEL E SÓ VEIO PARA ESTRAGAR NOSSAS VIDAS! – Afirma raivosamente.


 Harry já não conseguia mais conter as lágrimas, ele nunca havia sequer cogitado que seu pai pudesse machucá-lo com palavras ainda piores do que as que havia proferido minutos atrás ainda em sua casa, mas pelo visto se enganara. Seu pai o odiava por simplesmente ter nascido, por existir e isso corria sua alma destroçando o que ainda restava de seu coração. Ele estava tão desnorteado com tudo o que ouvira que não se dava conta do que acontecia ao seu redor. Tiago tentou aproximar-se dele furiosamente, mas felizmente foi detido por alguns homens aos quais se encontravam por perto presenciando a cena chocados, não conseguiam entender como seu melhor amigo tinha a coragem de dizer coisas daquele tipo para seu próprio filho ao qual concerteza encontrava-se muito triste com a morte da mãe, sem dúvidas aquele homem a quem seguravam era um desconhecido, pois o Tiago doce e gentil que conheciam nunca teria coragem de fazer o que aquele homem horrendo e sem coração havia feito. Harry aos poucos volta à realidade, e ao ver o que acontece ao redor e fica ainda mais chocado ao ouvir seu pai continuar seu discurso só que dessa vez com a voz ainda mais carregada de ódio, dizendo o quanto o odiava e o quanto se arrependia por não ter pedido a Lílian que tivesse abortado. Seus olhos ardiam, concerteza por causa das inúmeras lágrimas que começavam a subir e que agora caiam livremente, suas forças haviam se esvaído a muito e sua fala se encontrava presa na garganta, a única coisa a qual podia fazer naquele momento era chorar. Depois de alguns minutos assim, ele aos poucos consegue recuperar um pouco de suas forças e lentamente vai se arrastando para longe daquele lugar que só trouxera tristeza e sofrimento para ele, e quando finalmente consegue sair daquele local, ele levanta-se rapidamente do chão e começa a correr até o carro, abrindo a porta e adentrando a mesma rapidamente.


 - O que houve senhor Potter? – Pergunta o motorista assustado com o estado em que Harry se encontrava.


 - Não... Não foi na... Nada Eduardo apenas me... Tira-me da... Daqui. – Responde Harry com certa dificuldade por causa dos soluços que teimavam em sair.


 - Tudo bem senhor, para onde quer ir? – Pede ele nervosamente.


 - Para o cemitério. – Afirma ele agora um pouco mais calmo.


 A viagem até o cemitério foi silenciosa sendo apenas cortada pelo choro compulsivo de Harry, não ele não se importava de chorar na frente das outras pessoas, ele estava sofrendo demais e pouco se importava com que as outras pessoas podiam pensar nada mais importava já que sua mãe estava morta e seu pai o odiava. Por que ir ao cemitério? Pois apesar de tudo queria prestar uma última homenagem a sua mãe a qual foi uma das mulheres mais importantes de sua vida, apesar de estar magoado com ela por não ter pensado nele e em como ele ficaria sem ela, ela continuava sendo sua mãe e continuava e continuaria a amando. Sabia que corria o risco de seu pai o ver, mas correria o risco por sua mãe, ela merecia isso. Assim que chegaram ao cemitério Harry agradeceu ao motorista e pediu que o mesmo voltasse para casa, pois logo após o enterro voltaria a pé, pois precisava de um tempo sozinho para pensar e refletir um pouco, e assim aos poucos ele acompanha o carro com os olhos se afastando até que finalmente o perde de vista quando o mesmo vira em uma rua. Ainda era cedo, mas mesmo assim preferiu por procurar o local em que a enterrariam e depois de alguns minutos procurando, ele finalmente encontra um buraco aberto com uma lapide de granito branco onde se lia: “aqui jaz Lílian Potter adorada filha, esposa, amiga e mãe!”.  Ao terminar de ler Harry sentiu novas lágrimas rolarem por seu rosto, o que faria agora que sua mãe se fora e seu pai o odiava? O que seria dele? Ele não tinha as respostas, mas sabia que só o tempo poderia da-las a ele.


 


 Fim do capítulo.

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