Capítulo I
"A Morte talvez não tenha mais segredos
a nos revelar que a vida."
Gustave Flaubert.
Para explicarmos essa história teremos que voltar um pouco no tempo, para o ano de 1944, quando em um vilarejo muito, muito distante uma mulher segurava a mão de seu filho com força.
Devemos entender que seu marido não estava nessa hora tão importante de suas vidas, pois este havia ido comunicar aos seus pais que sua mulher estava quase dando a luz de seu segundo filho.
A mãe ou esposa, chamem-na como desejarem, gritava de dor.
- Mãe... Agüente firme, ele já esta chegando. – Falou o garoto, suando frio.
A mãe colocou sua mão direita sobre sua barriga, ela tinha uma expressão de dor. Logo começou a gritar, novamente.
- Seu pai não chegará a tempo... Chame um médico, rápido!
O menino largou a mão de sua mãe, correndo em direção a rua da cidade. Seus pés estavam descalços, sendo arranhados pelos pedregulhos da estrada de areia.
O vilarejo não era muito grande, todas as pessoas se conheciam. As casas eram pequenas, mas muito confortáveis e bonitas. Nesta época, perto do fim da guerra trouxa, vários soldados que tentavam uma nova vida, distante de toda aquela destruição e morte, iam para aquele pequeno vilarejo que não fora afetado pela guerra.
De certo modo o vilarejo era monótono, eles não tinham nenhuma notícia que abalassem os moradores há muitos anos.
Mas era total satisfatório para quem necessitasse de paz.
Agora, devemos voltar para a história do garoto de sua mãe.
O menino parou em frente a uma casa em formato triangular, começou a bater freneticamente na porta. Uma mulher gordinha, vestida com um roupão de seda abriu a porta.
- Algum problema? – Perguntou a mulher, petulante.
- Preciso falar com o Dr. Sebastian... Minha mãe esta tendo o bebê! – O menino falou, ou melhor... Gritou, já perdendo a paciência.
A mulher arregalou os olhos, entrou na casa, gritando. Segundos depois o pobre menino via-se rodeado de vários curiosos e do médico, enquanto corriam para sua casa.
Como eu havia dito o vilarejo era pequeno e monótono, fazendo com que seus moradores ficassem excitados com qualquer ‘acontecimento’.
O médico entrou apressado, seguido de seus ‘ajudantes’ e do menino. Os curiosos tentavam entrar na casa, mas foram barrados pelos empregados.
- Minha mãe ficará bem, não é? – Perguntou o menino, agoniado.
- Sim, é claro que sim. – Disse uma empregada, tirando-o de perto do quarto em que sua mãe estava.
- Emily, prometa-me que ela ficará bem! – Ele ordenou de modo insolente.
A criada abaixou-se, para ficar do tamanho do garoto. Um sorriso doce e reconfortante nasceu em seus lábios, deixando ele mais calmo.
- Aaron, querido, sua mãe ficara ótima, eu prometo.
O menino abraçou a criada.
Emily era apenas uma empregada, mas para Aaron ela era mais que isso... Era como uma irmã mais velha, ela lhe dava proteção e amor, quando nem ao menos seu pai poderia dar-lhe isso.
Aaron era pequeno demais, inocente demais para entender o que seu pai lhe dizia. Para ele aquelas palavras eram vazias e sem fundamento.
Em um dia frio e nevoado, dois anos antes de 1944, ele ousou dizer isso para seu pai.
“Bem, você é apenas um garotinho de nove anos de idade, você não entende nada”, foi o que seu pai lhe respondeu.
Desse dia em diante, Aaron não ousava olhar para seu pai, não ousava falar com seu pai, não o considerava seu pai. E isso pelo simples motivo de ser orgulhoso, de odiar-se por ser igual ao seu pai, mas principalmente... Por ter ódio de ser o único a não saber do passado de seu ‘precioso’ pai.
Pelos boatos, o menino acreditava que seu pai sofrera algo muito, muito ruim em seu passado e por culpa de tal coisa se tornara assim, frio, frívolo, orgulhoso... Um homem infeliz. Acho que podemos resumir tudo nestas palavras.
Aaron achara por um bom tempo que sua mãe havia se casado com aquele homem porque fora obrigada, pois não conseguia entender como uma mulher doce, bonita e gentil podia se apaixonar por um homem como seu pai.
- Mãe... Por que você se casou com aquele homem? – O garoto perguntara a sua mãe em um dia que seu pai não estava em casa.
- Porque eu o amo. Aaron prometa-me que voltará a falar com seu pai... Ele sofreu muitas coisas ruins... Você tem que entender que não é você o ignorando, ou fingindo que não tem pai que você vai fazê-lo pedir desculpas a você. Ele se tornou um homem orgulhoso... Mas ele é um homem bom e lhe ama muito, mesmo tentando não demonstrar isso. - Foi o que sua mãe respondeu.
Seu pai chegou à noite daquele dia. Aaron havia prometido a sua mãe que voltaria a falar com seu pai. E assim fez.
Quando o homem que mais parecia seu futuro – Aaron e seu pai eram idênticos, ambos eram bastante bonitos, a única diferença era que Aaron era loiro e seu pai era moreno, sua mãe dera graças a Deus por o garoto ter nascido parecido com o pai e não com ela. – sentou-se a mesa para jantar, o garoto cumprimentou-o, deixando o pai extremamente surpreso, mas além de tudo... Feliz.
Foi uma surpresa para todos, quando em apenas um jantar tudo mudara em suas vidas... Seu pai ficara mais feliz... Ele sorrira pela primeira vez depois de anos, sua mãe comunicara que estava grávida novamente e Aaron vira sua casa, antes escura e infeliz, virar uma casa clara e radiante.
Foi uma grande mudanças em suas vidas. Mas seu pai não conseguia demonstrar todos os seus sentimentos, com o tempo o garoto teve que acostumar-se com isso.
Aaron soltou-se do abraço de Emily, encarando-a. Emily sorriu, pegando a mão do garoto e levando-o para seu quarto.
O quarto de Aaron era muito bonito, mas a ‘decoração’ que Aaron colocara deixara o quarto mais parecendo um laboratório, do que um quarto em si. Havia varias estatuetas e barquinhos de madeira, mas principalmente quites de química, vidrinhos com líquidos estranhos e anotações. Emily sempre se surpreendia de como o pequeno ‘cientista’ era inteligente.
Como ele pode ser tão inteligente com apenas 11 anos? A empregada se questionou mentalmente.
- Um dia você se tornará um grande cientista, Aaron. – Emily disse com doçura.
Os olhos do garoto brilharam apenas por pensar na idéia. Mas a criada percebeu que o vínculo de preocupação ainda não havia sumido do rosto do garoto.
Emily achou que seria melhor se Aaron dormisse, pelo menos um pouco. Mas os gritos da mãe de Aaron eram ensurdecedores.
- Aaron... Acho que o melhor que você tem que fazer agora é dormi. – Ela disse, tentando aparentar estar mais relaxada do que estava.
O garoto coçou os olhos.
- Não estou com sono. – Ele falou.
- É claro que não. – Ela falou, sorrindo.
Ele se deitou na cama, colocando sua cabeça apoiada no colo de Emily.
Segundos depois, ou assim pareceu para Aaron, ele escutou um barulho estrondoso vindo do andar de baixo. Emily se mexeu suavemente, tentando não ‘acordar’ Aaron.
O garoto mantivera os olhos fechados até ter certeza que Emily não estava mais no quarto. A empregada estava certa, Aaron era muito inteligente para sua idade... Mas não era só isso que o ajudava, sua astúcia e habilidade de deduzir tipos de situações eram realmente vantajosas.
Ele se levantara da cama rapidamente, tentando agir silenciosamente. Postou-se logo a seguir Emily, descendo as escadas... Aliás, ele estava curioso para saber o que fora aquele barulho.
Um homem miúdo e magricela, extremamente sujo tentava entrar na casa, mas fora impedido pelos criados, ele gritava algo que Aaron não conseguiu entender.
Emily finalmente percebeu que o garoto assistia a cena, tentou tirá-lo dali, mas já era tarde o homem magricela já havia visto o garoto. O homem ajoelhou-se aos pés de Aaron.
- Deixe-me contar para sua mãe o que acontecera! Mande-os me deixar entrar... Por favor. – O homem gritava. – Você também deve saber.
- Ele é só uma criança, ele não deve saber isso agora, em um momento tão difícil! – Emily gritou.
Aaron a olhou com raiva, ele odiava ser chamado de criança, odiava que achassem que ele não poderia agüentar alguma notícia.
- Deixem-no entrar. – Aaron falou por fim.
Os empregados abaixaram a cabeça, deixando que o homem adentrasse na casa. O homem andava em direção a Aaron, quando de repente se deteve, olhando para a escada. Um homem vestido de branco, com algumas manchas de sangue estava parado, olhando para todos. O médico suspirou, tristemente.
- Médico eu já posso ver minha mãe? – Aaron perguntou.
Neste momento Aaron havia esquecido totalmente de seu irmãozinho ou irmãzinha. Mas não tomem conclusões precipitadas, achando que Aaron estava sendo egoísta. Ele amava sua mãe mais que tudo em sua vida, pois ela ao contrário de seu pai – que Aaron ainda aprendia a amar – sempre o amara, sempre fora uma mãe de verdade, lhe apoiando em suas pesquisas e experimentos, enquanto os outros apenas lhe diziam que ele deveria fazer algo mais útil e não brincar de cientista. Então a única coisa que pensava era se sua mãe estava bem.
- Sua mãe está fraca... Mas acho que ela poderá receber sua visita, só que...
O médico não pode terminar de falar, pois Aaron saiu correndo escada a cima.
O homem sujo o seguiu. Aaron abriu a porta do quarto com força, sua mãe estava deitada na cama, rodeada pelos assistentes do médico. O garoto se ajoelhou ao lado da cama.
O lençol estava encharcado de sangue.
- Mãe... Como você está? – Aaron perguntou baixinho.
- Estou... Bem. – Ela falou, insistindo que um sorriso doce surgisse em seus lábios.
Aaron alisou os cabelos da mãe.
- Você ficará bem, não é mãe? – Perguntou.
- Sim. – Ela respondeu com uma voz fraca.
A mulher deitada em seu leito tentava manter seus olhos abertos, mas eles estavam pesados, pedindo descanso.
O homem sujo pigarreou para chamar a atenção.
Aaron e a mãe olharam com um pouco de nojo para o homem, mas logo a mulher se recompôs, olhando-o com doçura.
- Quem é você? – Ela perguntou, com a voz fraca.
- Eu fui mandado aqui pelos vizinhos da casa de seus sogros, ouve um... Acho que essa não é à hora certa para dizer... – O homenzinho abaixou a cabeça, desolado.
A mãe arregalou os olhos, Aaron não entendera.
- Por favor... Não diga que aconteceu algo com meus sogros... Ah, meu marido ficará tão...
- Não senhora, tu não entendeu... – O homenzinho falou, abaixando a cabeça com pena. – Teus sogros foram assassinados, teu marido também estava na hora... Ele também foi assassinado.
Um pavor surgiu nos olhos da mulher, ela começou a ficar pálida, a respiração falha.
Aaron olhou para a mãe assustado, com lágrimas em seus olhos.
A loira colocou sua mão direita sob seu peito, sua pele branca começou a ficar em uma tonalidade roxa. Os ajudantes do médico começaram gritar. Depois disso foi tudo muito rápido, o homenzinho saiu do quarto enquanto Emily e o médico tentavam tirar Aaron de lá.
Aaron tinha os olhos marejados, ele gritava dizendo que queria ficar com sua mãe.
Emily se abaixou, segurando o rosto do garoto firmemente, seus olhos também estavam marejados.
- Se você quiser que sua mãe viva... Deixe-os cuidar disso em paz! – Ela falou, com a voz falha.
- Você me prometeu que ela ficaria bem... Você me prometeu! – Aaron gritou, chorando.
A criada o abraçou, levando-o para sala, enquanto Aaron falava baixinho “Você prometeu”.
O homenzinho estava sentado, encarado outros criados que pediam que ele lhe contasse como aconteceram os assassinatos. O homenzinho disse que ele não sabia muita coisa, pois a polícia estava investigando o caso, mas parecia que não havia tido danos físicos.
-... Mas posso dizer com toda a certeza... Que quem quer que fizera isso... Não acabou por ai. – Ele terminou de falar, pálido, olhando de esguelha para Aaron.
Passaram-se alguns minutos... Todos estavam em silêncio, pálidos com os acontecimentos. Aaron não chorava mais, seu rosto tinha uma expressão fria, vazia.
Um barulho foi ouvido no andar de cima. O médico, completamente sujo de sangue descia as escadas, com uma expressão triste em seu rosto. Aaron olhou para ele, o médico balançara a cabeça negativamente.
Aaron não chorou. Simplesmente se levantou, seguindo em direção aos jardins, sem dizer uma única palavra. Ele se sentou na grama, tentando ficar o mais longe possível da casa. Lágrimas caiam de seus olhos lentamente. Ele olhava para a escuridão, deixando que o vento gélido da noite batesse em seu rosto.
Pela primeira vez na vida Aaron percebia que estava sozinho, ele não tinha mais sua mãe, muito menos seu ausente pai. O que ele faria agora?
Mas por que seu pai fora morto? Se isso não houvesse acontecido talvez sua mãe ainda estivesse viva. Seu pai não tinha muitos inimigos... Não que Aaron soubesse pelo menos. Digo, seu pai era um homem um tanto estranho, mas sua mãe sempre dissera que fora pelo que ele sofrera no passado... Mas o que exatamente ele sofrera? Nunca haviam contado para o garoto o que havia acontecido com seu pai. Mas e se a morte dele tivesse acontecido por culpa disso, por culpa do que seu pai fizera no passado?
“Mas posso dizer com toda a certeza... Que quem quer que fizera isso... Não acabou por ai”, foi o que o homenzinho sujo dissera... Então quem matou seu pai iria atrás dele agora? Mesmo que Aaron não tivesse conhecimento do que seu pai fez ou deixara de fazer?
A idéia de morrer sem saber o porquê da morte de seu pai – e ocasionalmente a de sua mãe – foi demasiada insuportável para o garoto.
Uma mão tocou seu ombro.
Aaron tomou um susto. Ele ergueu a cabeça, percebendo quem Emily o olhava, analisando-o com os olhos inchados e vermelhos.
O menino parou de encará-la, pois ela lembrava sua mãe. Ao pensar em sua mãe, Aaron finalmente percebeu que havia se esquecido de algo.
- E o bebê? – Ele perguntou, encarando a escuridão.
Emily se sentou ao lado do garoto, seus olhos começaram a arder.
- Era uma menina... – Ela falou baixinho. – Mas... Ela nasceu morta.
O garoto assentiu.
Não posso dizer que ele estava lidando bem com a situação, mas a morte repentina de seus pais fora um choque muito grande, fazendo com que a morte de alguém que ele ao menos conhecia fosse um choque muito menor.
Emily o analisava. Ela era o tipo de pessoa bastante sensível, apenas de olhar alguém ela podia decifrar o que essa pessoa sentia e pensava, mas neste momento Aaron era indecifrável, ela não fazia a mínima idéia do que acontecia na mente do pequeno.
Ela passou um braço pelas costas do menino, abraçando-o, como uma irmã faria.
- Você esta vendo a lua? – perguntou.
Aaron levantou a cabeça, olhando para onde Emily apontava. Seus olhos encararam a lua, ela estava cheia.
- Sim. – Respondeu.
- Hoje foi um dia realmente ruim, mas você perceberá que a vida é como a lua... Sempre mudará. Hoje não foi um dia bom, mas amanhã será diferente, os dias, a vida, nunca serão iguais.
Eles passaram alguns minutos em silêncio, ambos sem desviar os olhos da lua. Naquele momento, Aaron desejou que tudo que Emily dissera fosse verdade. Que daqui pra frente tudo mudasse, que a vida fosse como a lua.
Sua mente começou á trabalhar, percebendo que toda aquela tristeza, e dor que ele sentia agora, não o ajudaria em nada futuramente.
Ele se virou para Emily, encarando-a.
- Emily, amanhã eu quero que você me leve para um lugar onde eu possa mudar meu sobrenome. Depois disso, quero saber se você virá comigo... Eu irei me mudar, para longe desse lugar. – O menino disse com firmeza.
- Aaron... Por que você quer mudar seu sobrenome? – Ela perguntou. Um pouco surpresa com a abordagem repentina. – E... E o enterro de seus pais?
- Eu não quero que a minha última imagem dos meus pais seja deles em um caixão. E você ouviu o que aquele homem disse... Quem matou meu pai, provavelmente virá atrás de mim. Eu realmente não quero que meu sobrenome denuncie quem eu sou.
- Mas então... Qual será seu sobrenome daqui em diante?
- O da minha mãe, quando ela era solteira.
Emily começou a pensar, tudo que o menino falara fazia sentido. Se ele continuasse com o sobrenome de seu pai, provavelmente ele também seria assassinado... Mas se caso ele mudasse esse nome e continuasse no povoado, todos saberiam quem era ele, podendo assim dar pistas para o assassino... O melhor a se fazer era sumir do mapa.
Apenas em pensar que aquele garoto que ela vira crescer, que pegara no colo quando ela mesma ainda saia das fraudas, poderia ser assassinado... Isto fazia seu coração doer bastante. Era uma idéia insuportável. Mas pensar que ele poderia ir embora sozinho, sem ninguém para cuidar dele, também era uma idéia absurda.
- Eu irei com você... – Ela disse lentamente, tentando distinguir suas próprias palavras.
- Eu sabia que você diria isso. – O garoto falou.
- Vamos... É melhor nós irmos dormir, amanhã nosso dia será longo.
No dia seguinte após falar com a polícia e com o contador da família, Aaron conseguiu mudar seu sobrenome. O garoto também descobrira que era dono de toda fortuna de seus pais, e como agora Emily seria sua responsável ela cuidaria do dinheiro até que ele fosse maior de idade.
Algumas horas depois eles dispensaram todos os empregados, dizendo-lhes que aquela casa agora seria deles, Aaron lhes pediu que eles fizessem aquela casa de abrigo para quem necessitasse. Após fazerem o que tinham que fazer, ele e Emily ajeitaram suas coisas e pediram que o motorista da família levasse-os para Oxford.
Eles não ficaram muito tempo naquela cidade, eles se mudaram muitas vezes, realmente não poderia falar o nome de todas as cidades que eles passaram. O que posso dizer é que em uma dessas cidades eles ficaram mais tempo, pois Emily dissera que se Aaron quisesse que seu sonho de ser cientista se concretizasse ele precisava estudar. Esta cidade foi Bucareste, na Romênia.
Quando Aaron completou quinze anos, Emily que estava com vinte e oito, se casara. É claro que quando Emily fora morar na casa de seu marido, Aaron também fora.
Alguns anos se passaram, Aaron voltara para Oxford, pois ele teria de fazer universidade. Após se formar ele fora para a Bulgária, pois ele iria fazer pesquisas sobre um veneno de cobra que poderia curar doenças.
Alguns dias após chegar à Bulgária, Aaron conheceu Sophia, uma garota francesa. E lhe contou o que acontecera em sua infância, Sophia lhe ajudou a procurar pistas sobre o que acontecera, eles tentaram desvendar o passado do pai de Aaron. Alguns anos depois, eles se casaram.
Em julho de 1959, Sophia engravidou. Suas vidas chegaram a um ponto em que Sophia decidiu contar a verdade a Aaron, revelando que além do mundo que eles viviam existia outro, o mundo a qual ela pertencia; O mundo Bruxo. Ao contrário do que ela esperava, Aaron reagiu muito bem à notícia, pois começou a compreender algumas coisas que aconteciam e até coisas estranhas que a própria Sophia fazia.
Sophia contou em detalhes tudo que ela sabia e conhecia do seu mundo, entre essas coisas ela revelou o preconceito de alguns bruxos com os trouxas e nascidos trouxas, e como sua família era importante no mundo bruxo.
No dia treze de março de 1960 uma pequena garotinha Francesa de cabelos loiros amendoados e olhos azuis esverdeados, nasceu. Sophia e Aaron souberam apenas de olhar aquela pequena garotinha e pelo parto que fora um tanto estranho, que ela era mágica. Eles decidiram que para a menina não sofrer os preconceitos do mundo bruxo, ela não teria o sobrenome de Aaron e sim o importante sobrenome da família de Sophia...
Um trovão soara a noite, enquanto a pequena Dorcas Meadowes dava seu primeiro sorriso, não fazendo idéia do que o destino lhe reservava.
N/B:. Gente, está ai o primeiro capítulo! Sério... Quando a Lúh me disse que já tinha acabado esse cap. eu realmente fiquei surpresa, porque foi rápido demais! Bem, eu adoooorei esse capítulo! No proximo capitulo, pelo que a Lúuh me contou, vai mostrar Dorquithas em Hogwarts. Ei, será que ela conhece os marotos já no primeiro ano?A Lils e a Lene eu tenho certeza que sim... Mas e os marotos?! Ah, Lúh, que saco! Você adora me deixar curiosa. ¬¬
N/A:. B. Eu realmente não posso fazer nada. Gente, eu já estou em andamento com capítulo dois. E eu realmente queria fazer esse capítulo um contando mais superficialmente da história de Aaron, mas Brendinha disse que era melhor não. Mas como vocês viram, para o cap não ficar mais gigante do já está, eu simplesmente relatei o que aconteceu com Aaron depois da morte de seus pais.
Beijos.
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