Capitulo 3
Voltando-se, Harry sorriu para Madison, sua filhinha de três anos, que se aproximava correndo. Nos braços, a garotinha carregava Baby Fifi, sua boneca preferida.
— Já acordei — ela anunciou, com um largo sorriso.
— Oh, isso deu para perceber. — Harry tomou-a nos braços, beijando-lhe os cabelos negros e cacheados.
Como resposta, a criança beijou-o carinhosamente, na face. Então, com uma expressão de curiosidade nos olhos azuis, apontou Gina, enquanto perguntava:
— Esta é...
— A srta. Gina Weasley, querida — Harry completou, colocando a menina delicadamente no chão. Em seguida voltou-se para Gina: — Esta é minha filha, Madison Potter.
Abaixando-se, para ficar na mesma altura que Madison, Gina estendeu a mão:
— Como vai, princesinha? Você tem um lindo nome, sabia?
— Você acha? — a garotinha perguntou, retribuindo o cumprimento.
— Sim — Gina respondeu, com um sorriso. — Madison é um de meus nomes favoritos.
— Gina também é bonito... — Madison comentou, sorrindo de volta.
"Ela a conquistou", Harry pensou, contrariado.
Sabia que a filha não fazia amizade facilmente. Poucas pessoas conseguiam despertar-lhe tanta simpatia, como Gina acabava de fazer.
— E a outra, papai? — Madison perguntou, interrompendo-lhe os pensamentos.
— O que disse, querida?
— Cadê a outra moça?
— Que outra, querida? — Harry indagou, sem entender.
— A dor-de-cabeça, oras... — Antes que Harry pudesse retrucar, a garotinha acrescentou: — Você falou que ia chegar uma moça muito chata, que ia ser uma dor-de-cabeça...
— Já chega, filhinha — ele a advertiu, embaraçado.
Mas a verdade já tinha vindo à tona.
— Que bela opinião você fazia a meu respeito, antes mesmo de me conhecer — disse Gina, num tom de reprovação. — Isto se chama preconceito, sabia?
— Eu... — Harry tentou se defender, mas já era tarde.
— Quando a outra moça vai chegar, papai? — Madison, que nunca desistia de uma pergunta, insistiu.
— Não há outra moça, querida — Harry explicou, pacientemente.
— Quer dizer que a dor-de-cabeça... — Madison olhou para Harry e depois para Gina, antes de completar: — é ela?
— Parece que sim — Gina respondeu, sorrindo. Olhando para Harry, comentou: — Sabe, eu deveria ficar furiosa. Mas, para ser franca, estou me divertindo com seu constrangimento. E melhor pensar duas vezes, daqui por diante, antes de falar na presença de sua filha.
Longe de compreender a situação que havia provocado, Madison disse ao pai:
— Mas Gina não é feia, nem horrorosa, nem chata e nem...
— Basta, querida — Harry a interrompeu, exasperado. — Vamos mudar de assunto, está bem?
— Ela é muito bonita, isso sim — Madison opinou, tocando os cabelos ruivos de Gina.
— Obrigada, querida — Gina se ergueu. — Agora, conte-me, quantos anos você tem?
— Três — a garotinha respondeu. — E você?
— Vinte e sete.
Voltando-se para Harry, Madison perguntou:
— E você, papai?
— Trinta e dois, meu bem. Agora, que tal irmos até a cozinha, pedirmos a Steve para fazer um lanche bem gostoso para você?
— Não estou com fome — Madison respondeu. E com a espontaneidade natural das crianças, entrou na cabine de Gina.
— Espere um momento, mocinha — Harry a advertiu. — Esta cabine não é sua.
— Deixe-a à vontade — disse Gina. — Não há nada com que ela possa se ferir, aí dentro.
— Mas você não sabe o que aquelas mãozinhas curiosas são capazes de fazer.
— Posso imaginar. Mas, mesmo assim, não me importo.
— Nem mesmo se ela entornar todo o conteúdo de seu creme dental no frasco de xampu?
Gina riu:
— Ora, não exagere.
— Bem, depois não diga que não a avisei — ele retrucou. No fundo, porém, estava impressionado com o riso cristalino de Gina Weasley... Aquela mulher sabia ser encantadora, além de bonita.
Mas isso, obviamente, não importava. Aliás, nada no mundo, o faria desistir de convencer Gina Weasley a ir embora do Xmarks Explorer. Nada mesmo.
— Bem, onde estávamos, capitão? — ela indagou, cruzando os braços. — Se não me engano, tentávamos uma trégua...
Tomando fôlego, Harry declarou:
— Na verdade, vim até aqui para lhe fazer uma proposta.
— Sim? E do que se trata?
— Bem, eu sei que você tem um papel burocrático, a desempenhar na busca do Isabella...
— De modo algum — ela o interrompeu, com veemência. — Meu papel será vital para o sucesso da expedição.
— Eu não apostaria nisso.
— Pois eu, sim. — Ginaa ergueu o queixo, numa postura altiva. — E sabe por quê?
— Nem imagino — ele respondeu, com ironia.
— Porque eu sei onde está o Isabella... E você, não.
Harry ficou boquiaberto por alguns instantes. Por fim, sorriu, com total incredulidade. Mas sua voz soou muito séria, quase ríspida, ao afirmar:
— Este é o maior disparate que já ouvi, nos últimos tempos.
Gina mordeu o lábio inferior, numa evidente demonstração de nervosismo. Tinha falado demais, ela constatou, já arrependida. Não que sua afirmação fosse falsa. Ao contrário: era absolutamente verdadeira. Mas uma verdade, dita no momento errado, poderia até parecer mentira.
Gina suspirou, inquieta.
O problema era que havia baixado suas defesas, ao ver Harry tratar a filha com tanto carinho.
Afinal, não esperava que aquele homem rude tivesse um lado tão doce... Isso a deixara não apenas surpresa, mas também vulnerável.
— Essa é muito boa! — Harry exclamou, interrompendo-lhe os pensamentos. — Quer dizer então que você sabe exatamente onde se encontra o Isabella?
— Estou falando a verdade — Gina sentenciou, entre os dentes. — Estou, também, muito ofendida com seu descaso.
— Ora, faça-me o favor! — Harry retrucou, denunciando uma forte irritação, na voz. — Para tudo há um limite, Gina Weasley! Passei muito tempo estudando o Isabella. E agora, que finalmente defini a área buscas, você vem me dizer que...
— Suas informações foram parcialmente divulgadas, pela internet — Gina aparteou.
Harry fitou-a com espanto:
— O que está dizendo?
Ginaa repetiu o que havia acabado de dizer. Harry já não a fitava com descaso. Entretanto, ainda parecia relutante em acreditar nela.
— Quem lhe disse isso? — ele indagou, por fim.
— O próprio Sr. Andrews, diretor do Museu de História Marítima de Portland.
— Pois saiba que o Sr. Andrews endossou minha pesquisa e aprovou meu projeto para a expedição de busca ao Isabella — Harry argumentou, intrigado. — Naturalmente, isso foi feito dentro do sigilo que esse tipo de trabalho exige.
— Exato. Mas a informação escapou, através de um funcionário da diretoria, chamado Jay Bruce, que aliás já foi devidamente punido.
— E por que o Sr. Andrews não me contou sobre isso?
— Bem, eu estou lhe contando, não? Afinal, vim como representante do Sr. Andrews e do Museu.
Harry franziu o cenho, com ar intrigado. Por fim, fez um gesto de assentimento.
— Compreendo como você se sente — disse Gina, num tom mais ameno. — Sei que me considera uma intrusa, não é mesmo?
Harry não respondeu. E ela prosseguiu:
— Em seu lugar, eu provavelmente me sentiria do mesmo jeito. Mas tente encarar a situação por outro ângulo...
— Como assim, srta. Weasley? — Uma vez mais, Harry recorria à ironia. — Que tal ser mais explícita?
Ignorando a sutil provocação contida naquelas palavras, Gina respondeu:
— O Sr. Andrews pensou em informá-lo através de um e-mail. Mas como eu já havia sido designada para essa expedição, me ofereci para lhe dar o recado.
— Certo. — Harry parecia transtornado. — Recado recebido. Câmbio e desligo. — Voltando-se, começou a se afastar.
— Espere um momento, capitão — Gina o chamou, indignada. — Não é de bom-tom se retirar assim de uma conversa.
Com um profundo suspiro, Harry virou-se para ela.
— Sinto muito, Gina Weasley... Mas estou abalado demais com a notícia, para pensar em etiqueta ou boas maneiras. O que você acaba de dizer pode pôr em risco o sucesso da expedição.
Gina quis argumentar, mas ele prosseguiu:
— Se essas informações foram realmente divulgadas pela internet, poderão provocar uma verdadeira corrida, até a área onde possivelmente se encontra o Isabella.
— Eu sei, capitão — Gina assentiu, com gravidade.
— Sabe mesmo? — Ele voltou sobre os próprios passos.
Fitando-o com severidade, ela afirmou:
— Se você parasse de duvidar de mim, as coisas ficariam bem mais fáceis.
— Quer que eu acredite no seu vasto conhecimento sobre os segredos do oceano? — ele indagou, num tom sarcástico. — Mas como eu poderia?
— Que tal dar-me um voto de confiança?
— Como vou confiar em alguém que parece não ter a mínima idéia do que acontecerá, se houver uma espécie de corrida do ouro, para descobrir o Isabella?
— Sei muito bem que se um bando de aventureiros resolvesse procurar o Isabella... seria um desastre — Gina declarou, convicta. — E é por isso que estou aqui.
— Não diga! — Harry exclamou, com ar descrente. — E o que você acha que poderia fazer, para impedir essa catástrofe?
— Indicar-lhe o local correto — ela respondeu, com espantosa simplicidade. — Estive estudando suas pesquisas, lá no Museu. O Sr. Andrews me deu acesso a seus relatórios e conclusões sobre o Isabella.
Harry continuava a fitá-la com incredulidade. Mas parecia um pouco surpreso, agora.
— A área de busca que você definiu, para chegar ao Isabella, é muito grande — Gina continuou. — Isso, naturalmente, preocupou os patrocinadores. Pois o custo de cada dia de expedição é muito alto. — Após uma pausa, ela acrescentou: — E como se isso não bastasse, eles ficaram apavorados com o fato de Jay Bruce ter divulgado parte das informações pela internet.
— O que, exatamente, ele publicou?
— Ainda não sabemos, ao certo. Mas a polícia está investigando. Só que a expedição não pode parar.
— Ao menos nesse ponto, ambos concordamos. — Fitando-a no fundo dos olhos, Harry perguntou: — Agora, se não se importa, será que poderia me satisfazer uma curiosidade?
— Claro. O que quer saber?
— Por que você tem tanta certeza de que estou errado, em minhas pesquisas?
— Não há nada de errado com suas pesquisas e sim com suas conclusões.... Mais precisamente sobre o local onde o Isabella se encontra.
— Gina Weasley... — Harry cruzou os braços, com uma expressão severa. — Estou rastreando o Isabella há quase três anos... E você vem me dizer, sem o menor constrangimento, que errei em minhas deduções?
— Sim — ela respondeu, sem se abalar. — Até mesmo os pesquisadores mais brilhantes podem cometer falhas, uma vez ou outra.
— Oh! — Harry ergueu as sobrancelhas, numa expressão de exagerado espanto. — Não me diga que me considera um... pesquisador brilhante.
— Na verdade, pensei em meu pai, ao dizer isso — ela respondeu, com sinceridade. — Ele era um grande amante do mar, além de um estudioso. Passei minha infância acompanhando seu trabalho, aprendendo tudo o que ele podia me ensinar. Acho que, desde que me entendo por gente, sempre soube que daria seqüência aos estudos de meu pai.
Gina baixou os olhos, emocionada. Era sempre assim, quando falava de Arthur Weasley... A pessoa mais incrível que ela já conhecera.
Certa vez, ele lhe dissera:
"Filha, o mar não está apenas em seu sangue, mas sobretudo em sua alma..."
E, do fundo do coração, Gina sabia que isso era verdade.
— O que a faz acreditar que suas pesquisas estão corretas? — A voz grave e pausada de Harry interrompeu-lhe as divagações.
— Ou melhor: por que acha que suas suposições sobre a localização do Isabella são mais confiáveis do que as minhas?
— Por um motivo muito simples, capitão. — E Gina sentenciou: — O Isabella sempre fez parte de minha vida... Acho que desde que nasci.
— Daria para ser mais objetiva e menos romântica? — ele perguntou, impaciente.
Gina sorriu, como se para si.
Lembrava-se de quantas vezes o pai lhe contara histórias fantásticas, sobre o Isabella e os piratas que formavam sua tripulação. Lembrava-se, também, das longas horas em que vira Arthur Weasley sentado a sua escrivaninha, estudando a história do Isabella... Que naufragara havia quase trezentos anos.
O valor da carga que o Isabella carregava, por ocasião do desastre que o levara ao fundo do mar, era incalculável.
Mas Arthur Weasley costumava dizer que isso não importava tanto. De algum modo o Isabella o fascinava. Gina sempre quisera entender esse fascínio.
Arthur ficara famoso por sua incrível capacidade de descobrir navios dados como perdidos e tesouros de grande valor.
— Por que não responde a minha pergunta? — Harry insistiu, interrompendo-lhe novamente as divagações. — Seria porque você não tem, de fato, uma boa resposta?
Gina sorriu, com uma segurança que raras vezes possuía. Em geral, quando as pessoas a questionavam, ela ficava confusa. Mas, com respeito a esse assunto, nada poderia abalá-la... Pois Gina sabia, muito bem, o que estava dizendo.
— Estudei o Isabella durante os últimos onze anos, capitão Harry Potter — ela declarou, após alguns instantes. — Meu pai, juntamente com dois de seus assistentes, perdeu a vida numa expedição de busca ao Isabella. Certa vez, ele me disse: "O mar é tão lindo quanto misterioso... E mesmo um navegador experiente pode perder a vida, por um simples erro de interpretação desses mistérios".
Gina fez uma pausa.
A saudade que sentia de Arthur era muito intensa, mesmo agora, onze anos após sua morte.
— Proféticas palavras... — ela comentou, por fim. — Papai faleceu cerca de uma semana depois de ter me falado isso.
— Sinto muito — disse Harry, com ar compenetrado.
Gina fitou-o com atenção. A ironia e o descaso haviam desaparecido de seu semblante.
— É horrível perder um ente querido — Harry comentou, pesaroso.
— Sim — ela concordou, num fio de voz, levando instintivamente a mão ao pescoço, de onde pendia uma correntinha, com um talismã: o único elo entre ela e o passado.
E em que, exatamente, consistia esse passado?, Gina se perguntou.
Consistia das mais belas lembranças de sua vida devido à presença, tão querida, do pai. Quanto à mãe, era como uma incógnita. Pois Gina nem se lembrava dela.
Afastando para longe as recordações, Gina voltou ao momento presente. Fitando Harry com seriedade, afirmou:
— Passei muito tempo estudando as pesquisas de meu pai. Além disso, li tudo o que se escreveu a respeito do Isabella. Comparei artigos, informações, fiz cálculos, dediquei-me integralmente ao assunto. E há cerca de dois meses, cheguei a uma conclusão exata sobre o paradeiro do Isabella.
— Vejo que o Isabella representa muito para você...
— Muito — Gina repetiu, com ênfase, tocando novamente o talismã que trazia junto ao peito.
— É quase uma obsessão, não?
— É, na verdade, um sonho.
Na verdade, Gina jamais contara a ninguém o motivo pelo qual tanto desejava encontrar o Isabella...
Mas o velho navio naufragado seria sua única pista para desvendar segredos de valor inestimável... Muito mais preciosos do que o maior dos tesouros: segredos a respeito de seu passado.
Mas, naturalmente, ela não poderia contar isso a Harry... Que, com certeza, teria um novo ataque de riso.
— Para mim, o Isabella é apenas um barco a mais, uma aventura a mais, em minha vida — Harry declarou.
— Pois, para mim, trata-se de uma aventura única — disse Gina.
— E em que, exatamente, se baseiam suas conclusões a respeito da localização do Isabella?
— Intuição — ela resumiu. E ante a expressão de espanto do homem à sua frente, acrescentou: — Além de todos os estudos que já fiz, é claro.
— Intuição — Harry repetiu, meneando a cabeça. Estreitando os olhos, numa expressão de censura, afirmou: — Por um momento, cheguei a pensar que você estivesse falando sério, Gina Weasley.
— Oh, mas eu estou, sim! — ela replicou, categórica. Com desgosto, concluiu que Harry novamente duvidava de suas palavras. — Por favor, acredite em mim, capitão — pediu, com veemência.
— Diga-me, Gina, de quantas expedições de busca você já participou? — ele perguntou, de súbito.
— De nenhuma — ela respondeu, sabendo que desse modo só conseguiria aumentar a incredulidade de Harry. Mas, por outro lado, como poderia mentir?
— Nenhuma... — ele repetiu, pensativo.
— Como já lhe disse, passei os últimos onze anos estudando o Isabella. Portanto, não tive tempo de participar de outras expedições. Mesmo porque...
— Já entendi a situação — ele apartou, um tanto ríspido. — O pessoal do Museu está preocupado com o vazamento de informações sobre o Isabella... E os patrocinadores morrem de medo de perder dinheiro. Por isso mandaram você para cá... Uma pesquisadora que nunca esteve numa expedição, antes, e que costuma localizar navios naufragados através do sexto sentido... É realmente o fim!
— Capitão Harry Potter, você está me ridicularizando — Gina constatou, irritada. — Detesto que façam isso comigo.
— Pois quem está se sentindo ridículo sou eu... Por ter perdido tempo nesta conversa infrutífera.
Harry fez menção de voltar-lhe as costas, mas Gina retrucou a tempo:
— Infrutífera ou não, nós ainda não a terminamos.
— Sinto muito, mas minha paciência se esgotou. Portanto, voltaremos a nos falar num outro momento, está bem?
E afastou-se, a passos largos, deixando Ginla boquiaberta.
— Droga — ela resmungou, enquanto uma onda de revolta lhe crescia no íntimo.
Quem aquele homem pensava que era, para deixá-la falando sozinha, quando bem entendesse?
Era preciso dar-lhe uma lição... E rápido.
Com esse pensamento em mente, Gina decidiu segui-lo.
— Cadê o papai?
Voltando-se Gina deparou com a pequena Madison, na porta da cabine.
— Nós já vamos encontrá-lo, meu bem. — Gina estendeu a mão para a garotinha, que aceitou-a com naturalidade. — Venha...
— Minha filhinha adorou sua cabine — disse Madison, enquanto caminhava, levando sua boneca.
— É mesmo? Fico feliz em saber. E como se chama sua filhinha?
— Baby Fifi — a garotinha respondeu, orgulhosa. — Ela não é bonita?
— Linda. — Gina sorriu, esquecendo-se por um instante de sua indignação contra Harry.
"A propósito", pensou, "como um homem tão detestável pode ter uma filhinha assim, encantadora?" Aí estava uma boa pergunta...
Continua...
COMENTEEM ;**
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