Atos e Consequências



 N/A: Mais um capítulo no ar. Bem curioso, por sinal.
         Ok, eu não posso ficar divagando muito sobre o cap, já que optei por colocar a N/A no começo da página. Mas vale dizer que foi um capítulo bem complicado de escrever, e o resultado não foi exatamente o que eu gostaria que tivesse sido. Mas paciencia.
         Não recebi muitos comentários nesse meio tempo, e isso desanima demais. Mas cansei de cobrar, pedir, implorar para que vcs comentem. Quem escreve sabe o quanto é importante, e eu tenho cerca de uma dezena de leitores fiéis que comentam com regularidade. A esses, sou muito grata. De verdade. Agora, aos demais, fico feliz por estarem lendo minha fic, estarem interessados, ou até mesmo votarem, esporadicamente. Na pratica, um comentario de duas linhas não gasta muito do tempo de ninguem. Mas a vida segue, e não pretendo mais voltar a esse assunto. Se algum, ou alguns de vocês, decidirem deixar um comentario, saibam que estarão fazendo o meu dia mais alegre. E ponto, já me prolongei o suficiente.
         Agora, eu tenho uma proposta para alguma boa alma que esteja disposta a colaborar comigo e com essa fic: estava pensando em colocar uma capa, mas como não tenho criatividade/tempo/recursos tecnológicos/habilidade no computador para tal, gostaria de pedir a ajuda de algum de vocês. Se estiverem interessados, por favor, entrem em contato comigo pelo meu email: [email protected]
           Falando rapidamente sobre o enredo, a morte desse cap (na verdade, do cap anterior) estava planejada para acontecer desde o início. Acho que é um passo importante para a história em si, e para construção de Harry como personagem. A maneira que ele irá lidar com isso será decisivo no fim.
          Não sei se alguem reparou, mas revisei e re-postei (?) os capítulos 3 e 4. Se estiverem dispostos, deem uma olhada lá e deixem sua opiniao a respeito, que é sempre muito importante.
          Bem...acho que não esqueci de nada. Até o cap 45!

  Giovanna de Paula

     


Capítulo 44


 


      Harry foi despertado rudemente por Madame Ponfrey. Olhou rapidamente a sua volta. Hermione continuava dormindo, porém menos tranquilamente do que quando ele chegara. A maneira com que suas sobrancelhas arqueavam-se davam a nítida impressão de que ela estava tendo pesadelos. Ele pousou sua mão na cabeça da morena. Sua expressão relaxou.


       Examinou o relógio – já passavam das dez da noite. Suspirando, deixou os pergaminhos destinados à Hermione encima da cômoda, recolheu seus livros e foi até a porta de enfermaria, onde Madame Ponfrey o aguardava. Sua expressão parecia angustiada, preocupada. Harry pensou se isso teria algo a ver com o motivo pelo qual fora despertado.


      - Harry – sussurrou ela, aproximando seus lábios de seu ouvido. Ele estranhou ser chamado pelo primeiro nome – A professora MacGonagall quer vê-lo imediatamente em seu gabinete. Ela pediu para que você deixasse seus materiais no salão comunal primeiro.


       - Claro – respondeu Harry, também em um sussurro. A mulher virou-se para ir embora – Madame Ponfrey – chamou, um pouco mais alto – A senhora não saberia do que se trata, saberia? - ela hesitou por um segundo, mordendo a parte interna das bochechas.


        - Receio que não – disse, por fim – Você terá de descobrir por si só.


       O rapaz afirmou com a cabeça e deixou o aposento, ágil. Ela suspirou. Pobre garoto, pensou, penalizada, a vida não cansa de lhe pregar peças.


 


        Os passos apressados que retumbavam pelos corredores vazios do castelo pareciam não pertencer a ele. Ela sabe, pensou, irritado, ela sabe do que se trata. E sabe que não é bom. Um arrepio lhe percorreu a espinha enquanto avaliava suas possibilidades. Hermione estava com ele até a pouco, logo não se tratava dela. Dentro de instantes chegaria ao salão comunal e poderia verificar Rony, Gina e os demais, mas internamente não acreditava em tal perspectiva. Lhe restavam pessoas de fora. Será que algo havia acontecido com algum membro da Ordem?


         Não possuía muitos conhecidos fora da escola, e de certa forma era isso que o preocupava. Não sabia de quem poderia se tratar, pois afinal não havia nenhuma ameaça explicita contra nenhum deles. Ao longo dos anos, Harry aprendera a controlar seus medos, mas nunca fora bom em lidar com o inesperado. Detestava surpresas.


         Assim que a Mulher Gorda lhe deu passagem, ele irrompeu correndo no salão. Alarmado, Rony, Gina e um grupo de amigos levantaram-se de um salto, mas Harry não lhes deu atenção. Constatar que estavam bem era tudo que o interessava no momento. Subiu e jogou suas coisas na cama, sem o mínimo cuidado. Ao voltar-se para a porta, encontrou Rony olhando-o.


        - Algum problema? – indagou o ruivo, sem muita confiança. Harry achou mais conveniente não explicar-lhe nada por enquanto.


         - Não tenho idéia – respondeu, sincero – MacGonagall quer me ver com urgência. Na verdade... – disse, consultando o relógio – Já deveria estar lá, imagino.


       - Ela não disse do que se trata? – perguntou o amigo, acompanhando-o enquanto descia as escadas.


        - Não. Acho que terei de descobrir, não? – murmurou, mal-humorado. Rony compreendeu que era melhor deixá-lo ir, e não fez mais perguntas. Com um aceno de cabeça, Harry deixou o salão quase tão rápido quanto tinha entrado.


 


          Jason aguardava o aparecimento de Harry na frente da gárgula que ocultava o escritório do diretor. Ou diretora, como era o caso, apesar de MacGonagall não representar efetivamente seu papel. Continuava a lecionar e não era segredo para ninguém que as maiores decisões continuavam encargo de Dumbledore. Como ele mesmo havia dito, era arriscado mudar radicalmente a diretoria em tempos tão conturbados. Ele estava muito cansado, dissera, e não via a hora de passar seu cargo oficialmente para a professora. Contudo, ambos concordaram que Hogwarts deveria permanecer íntegra da mesma maneira que fora por todos os últimos anos, até para manter a imagem de porto-seguro que fazia com que o saldo de alunos permanecesse o mesmo. Os pais confiavam na instituição, e desbancar Dumbledore naquele momento parecia uma péssima estratégia. O castelo era, realmente, o melhor lugar para se estar.


         Suspirou diante da notícia que deveria dar a Harry dentro de alguns minutos. Apesar de nunca ter tocado no assunto, Jason imaginou que a ligação dele com os parentes deveria ser forte. Afinal, o haviam criado por todo aquele tempo. Entretanto, Dumbledore havia colocado as coisas de um modo que dava a entender que não haveriam lágrimas.


 


           - Você deve trazê-lo aqui, Jason – dissera Dumbledore, sério. – Não creio ser a melhor pessoa para dar a notícia, mas penso que ele se sentirá mais confortável aqui. Mas é você que deverá fazê-lo, da maneira que achar melhor. Acredito que será um choque, como qualquer morte tão repentina, e ele provavelmente ficará muito abalado. Se bem o conheço, não pela morte em si, mas pelo que ela representa. É um menino muito inteligente.


 


            Franziu as sobrancelhas ao recordar-se do fato. O relacionamento de Harry com seus tios não era da conta de ninguém, e Jason o conhecia a tempo suficiente para imaginar que ele provavelmente iria querer ficar sozinho quando soubesse. Mirou o relógio, inquieto. Quase dez horas. O casal e seu filho foram mortos no fim da tarde. Presumiu que as coisas poderiam ter sido muito piores, se não fosse pelo jovem Draco Malfoy. Demorariam dias até ficar sabendo das mortes, e Voldemort obteria uma vantagem muito grande.


 


             Jason estava no gabinete de Dumbledore, discutindo alguns novos procedimentos de segurança que deveriam ser adotados na semana seguinte, quando ouviu batidas fortes e insistentes na porta. Por questões de praticidade, o auror havia deixado a gárgula afastada, para que não precisasse se preocupar com a senha novamente quando saísse. O assunto que iria tratar era rápido, mas agora ele se perguntara se não fora um erro. Automaticamente, sua mão escorregou até o bolso em que guardava sua varinha. Dumbledore, surpreendendo-o, acenou despreocupadamente com a cabeça e mandou guardá-la. Em seguida, ordenou:


             - Entre, Draco.


             O rapaz que adentrou o gabinete não parecia nem um pouco surpreso por Dumbledore saber de antemão que era ele atrás da porta. Tinha finos cabelos loiros, quase brancos, e uma expressão essencialmente assustada. Jason já o tinha visto uma vez ou duas, e sua mente fez a conexão: Draco Malfoy. Aquele que fora designado por Voldemort para matar Dumbledore, mas que de ultima hora não o havia feito.


             - Professor – disse ele, com respeito – Acho que talvez tenhamos um problema.


            - O que houve, Draco? – perguntou o ex-diretor, curvando-se, atento.


            - Isso – disse, levantando a manga do braço esquerdo até o cotovelo. O que viu não o surpreendeu, apesar de não deixar de assustá-lo. A Marca Negra. E nada mais. Dumbledore, por outro lado, pareceu  ver algo que Jason deixara escapar, pois aprumou-se imediatamente e sua expressão tornou-se muito séria.


            - Quando? – pronunciou, cauteloso.


            - Há poucos minutos. Vim correndo até aqui assim que percebi – respondeu o loiro.


            - Muito bem – disse – Por favor, encontre a professora MacGonagall e traga-a até aqui com urgência – mandou. O garoto imediatamente deu as costas e saiu. Dumbledore virou-se então para um dos quadros na parede. – Filius. Vá até seu quadro no Ministério e peça para verificarem nossos contatos imediatamente – com um aceno, o retrato do ex-diretor também deixou o aposento.


            - Professor, eu não entendo – disse Jason, finalmente – O que há demais na tatuagem do garoto?


            - Você não notou? – indagou ele – A Marca estava saltada, mexendo-se. Entre os comensais, isso significa que ela foi conjurada. Você sabe o que isso significa, não sabe?


            - Alguém foi morto – sussurrou Jason, passando uma das mãos pelos cabelos, preocupado. Voldemort estava agindo.


 


            Obrigou-se a voltar ao presente quando ouviu passos se aproximarem, apressados. Apurou os ouvidos. Em seus anos de experiência, aprendera a identificar certas coisas. Os passos que ouvia pareciam não somente rápidos, mas também tensos. No mínimo, ele sabia que havia algo errado.


               Quando Harry virou o corredor e o viu, intensificou os passos até quase uma corrida. Jason sorriu da melhor maneira que pode, e indicou as escadas até o gabinete. O garoto o olhou com a curiosidade estampada na expressão, mas pareceu compreender de antemão que não adiantava perguntar: Jason não poderia dizer nada a ele ali, sozinho. Então, ele simplesmente abaixou a cabeça e subiu.


               Adentrou no gabinete, olhando ao seu redor. MacGonagall estava lá, sentada em sua cadeira, muito séria. Sua expressão era muito parecida com a de Dumbledore. Harry notou a ausência de três ou quatro ex-diretores em seus retratos, e imaginou se o fato tinha algo a ver com o que tinha acontecido. O que quer que fosse. Jason entrou em seu encalço, e fechou a porta atrás de si.


              - Harry – foi Dumbledore que falou primeiro – Temo ter algumas más notícias para te dar. Jason, por favor.


             O auror franziu as sobrancelhas, consternado. Imaginou que Dumbledore lhe daria ao menos uma introdução mais adequada. Apesar de não compreender o motivo do sábio insistir tão assiduamente em ser ele o encarregado de dar a notícia, acreditava que, de fato, fosse algo significativo. Tinha plena confiança nele. Contudo, havia algo naquela missão que o incomodava tremendamente.


              - É melhor sentar-se, Harry – disse, respirando fundo. Ele rapidamente obedeceu. – Vou lhe contar a história toda, Harry, porque acho que é seu direito saber. Muito bem. Draco Malfoy veio até nós há pouco, preocupado com uma aparente movimentação de Voldemort. Ele acreditava nisso pois a Marca Negra que possui tatuada no braço, como você deve saber, começou a arder. Quando ele chegou aqui, ela estava muito saltada e contorcia-se. Basicamente, isso significa que ela foi acionada, ou seja, que um dos comensais a conjurou. Ficamos muito alarmados, e tentamos nos por a par dos acontecimentos. – ele fez uma pausa, refletindo sobre a melhor maneira de dar a notícia – Chegou a nosso conhecimento, Harry, que houve um assassinato no final desta tarde.


               - Um assassinato? De quem?


               - Sinto ter de te dizer isso, Harry, mas... seus tios estão mortos.


 


                A notícia atingiu Harry como um tapa no rosto. Seus olhos não se encheram de lágrimas e nenhum soluço irrompeu por sua garganta, mas a culpa passou imediatamente a corromper suas entranhas, queimá-lo por dentro. Os Dursleys...mortos. Os mataram, muito provavelmente com o intuito de atingi-lo. De feri-lo. E de mandar um aviso: cuidado. Apoiou os cotovelos sobre a mesa e o queixo nos punhos fortemente cerrados. A pergunta quase infantil, na esperança de amenizar sua culpa, saltou por entre seus lábios antes mesmo que percebesse:


                - Sofreram?


               - Não, não – apressou-se em dizer Jason – Três maldições da morte. E nada mais.


              Harry acenou positivamente com a cabeça, distante. Todos os três presentes no aposento o olhavam com cuidado, absortos em seus próprios pensamentos, e ao mesmo tempo temerosos em dizer alguma coisa. Todos concordavam, silenciosamente, que aquele era um momento muito delicado, e que Harry poderia quebrar a qualquer momento. Todos tinham idade o suficiente para conhecer de perto os horrores de uma guerra. Era demais para um garoto.


               Por mais tiranos, intragáveis, intolerantes e cruéis que seus tios tivessem sido em sua infância, jamais desejara a eles nenhum mal. Não mereciam a morte como forma de pagar por seus pecados. Não tão repentinamente, não assim. Um comensal da morte invadindo sua casa, matando sua família, frio, calculista? Aquele não era o mundo deles, aquela não era um luta que eles deveriam travar. Ainda assim, sua existência, sua insistência em ser quem era, os colocara em meio a algo que não entendiam, que não podiam controlar, não podiam prever. E agora, eram apenas mais três cadáveres dentre os milhares que partiram antes da hora, por culpa sua. E apenas sua.


            Levantou-se, de súbito sentindo-se sufocado dentro daquele lugar. Mirou Dumbledore por alguns segundos. Era ele que ainda estava no comando, como sempre estivera, desde que chegara lá pela primeira vez. Disse:


          - Há mais alguma coisa, professor? Mais algum problema?


         - Por Merlin, Harry, não. Acho que é o suficiente por uma noite, não acha? – respondeu ele, enfático.


         - Sinceramente, professor...me parece o suficiente por uma vida inteira. Mas as coisa não são assim tão fáceis, são?


 


         Hans Müller cruzou o saguão do Ministério da Magia com muita calma, em direção a saída. Era um homem que passava uma imagem de respeito, afinal. Seus cabelos totalmente brancos estavam sempre elegantemente penteados para trás, fixados com uma quantidade considerável de gel. Apesar do problema nos olhos, raramente usava os óculos que trazia pendurados no pescoço: achava que comprometiam sua habilidade de passar mensagens pelo olhar. Aos 67 anos, Hans estava muito bem.


        Tinha orgulho de seus dentes muito brancos, perfeitos e, o que era mais interessante, originais depois de todos aqueles anos. Nunca fizera sequer uma obturação. O corpo era magro e, sob alguns olhares, doentio, mas escondiam uma agilidade e força de fazer inveja a homens de trinta anos. Era baixo e esguio, mas nunca teve problemas em se defender.


        Ao longo de seus primeiros anos de vida, Hans desenvolvera um prazer peculiar: a caçada. Gostava de perseguir por horas insetos de jardim, enquadrando-os, encurralando-os nas armadilhas que havia previamente preparado.  Em sua juventude, concentrara seus esforços em especializar-se cada vez mais em feitiços de combate, até que alcançara o pedestal mais alto entre os bruxos de sua classe: a habilidade de fazer mágica sem uma varinha.


               Quando a Primeira Guerra estourara, seus talentos foram imediatamente requisitados pelo lado negro. O Lorde das Trevas fora pessoalmente até sua casa, na cidade sulista de Munique, e oferecera uma proposta muito generosa que Hans, de pronto, aceitou. A velha paixão pelos jogos de gato-e-rato reacendeu em seu peito, e ele passou a servir como uma espécie de espião, perseguindo e eliminando pessoas que eram consideradas ameaças por seu mestre. Aquilo fora há quase 20 anos.


            Sentira-se muito satisfeito por ser novamente recrutado pelo velho senhor. A amizade com Severo Snape fora adquirida ao longo dos anos, em especial quando ele lhe requisitou conselhos sobre a melhor maneira de se infiltrar em Hogwarts. Era um homem perspicaz e, assim como ele, de muita astúcia. Essas eram as duas características que ele sempre admirara nas pessoas que conhecia.


             Agora, sua missão era eliminar Willian Kenbril. Nada lhe fora dito explicitamente sobre como, exatamente, o garoto era uma ameaça. Mas tinha alguns palpites. Talvez a possibilidade de Harry Potter ser morto antes que Voldemort pudesse alcançá-lo. Contudo, se bem conhecia o mestre, imaginava que ordenar a morte de Kenbril não seria sua primeira opção, principalmente diante de evidencias tão escassas. É claro, ficara sabendo do incidente em Hogwarts. Mas não parecia o suficiente. Logo, era provável que houvesse algo a mais. Talvez... Voldemort tivesse negócios a tratar com ele desde bem antes daquele ano.


           De qualquer maneira, não era sua função especular. Tinha apenas de executar o trabalho. Acabara de voltar de uma conversa muito interessante com o Ministro da Magia. Não fora muito trabalhoso penetrar em sua mente e confirmar o que já suspeitava: a relação já longa com Willian Kenbril. O garoto era cuidadoso, mas Hans era melhor. Depois de algumas horas de intenso interrogatório, chegara a um endereço. Provisório, é verdade. Mas ele ainda deveria estar lá.


           Saiu para a rua, e o vento frio da noite lhe bateu o rosto com determinação. A morada provisória de seu alvo era a apenas alguns quarteirões dali.


 


           Willian entrou em seu pequeno apartamento provisório com a calma de quem é excessivamente seguro de si. O conceito de seu, naquele caso, era relativo. O nome na escritura do local não era o seu, e sim o de uma velha charlatona chamada Lucia Treyson. Com um pouco de investigação previa, Willian descobrira que ela não possuía família, e logo sua ausência não seria sentida por ninguém tão cedo. E, a julgar pelo seu estilo de vida, ele também presumiu que não deveriam haver amigos muito chegados.


             Livra-se do corpo há menos de dois dias atrás.


           Não era de seu interesse deixar um rastro de mortes atrás de si. Não era necessário, muito menos prudente. Seus objetivos eram simples, mas de execução complexa. E, se tratando de seu alvo, todo cuidado era pouco.


            Mirou o único retrato da casa. Na verdade, o único retrato que possuía. Era de sua mãe, quase 17 anos antes, tirado curiosamente algumas horas antes de sua morte prematura. Ele tinha cinco anos, e assistiu a tudo. E agora, jurava vingança contra aqueles que haviam destruído sua família.


               Deixou a bolsa que levava nas costas encima do sofá e encaminhou-se ao quarto apertado, respirando fundo. A segunda etapa de seu plano fora concluída, e junto com ela seu envolvimento com o Ministro da Magia. O manteria sob controlo apenas por precaução, mas não pretendia usá-lo a seu favor mais uma vez. Naquela manhã fora até seu gabinete e apagara meticulosamente todos os indícios de sua passagem da memória do soberano. Somente um bruxo muito talentoso seria capaz de reverter aquele quadro. E, infelizmente, bruxos competentes eram um mercado por demais escasso naquela época turbulenta.


             Seus ouvidos aguçaram ao perceber uma movimentação incomum no corredor. Malditas paredes de papel, praguejou. Passos leves e experientes seguiam em direção a sua porta. Willian, cuidadoso, sacou a varinha, apagou as luzes e esperou.


            Cerca de trinta segundos mais tarde, a porta desintegrou-se em uma explosão e Hans Müller surgiu por entre as chamas, sorrindo. 

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Comentários (6)

  • Isis Brito

    E voltando às teorias mirabolantes:O William não trabalha pro Voldy! Ele quer se vingar dele, por terem matado sua mãe!! 8| E mesmo sendo contra o Voldy, ele não apóia o Harry!!TENSO DEMAIS!! XD 

    2012-05-02
  • Isis Brito

    (torcida:)HANS! HANS! HANS! HANS!ACABA COM ELE, HANS!!\O/\O/\O/\O/\O/\O/\O/\O/ 

    2012-05-02
  • Evandro Bernardi

    HANS arranca a pele dele   sei lá usa uns quinhentos crucio, e depois arranca a pele dele

    2011-12-19
  • Mah.Potter

    O Hans encontrou o Willian. E caramba, realmente não faço ideia do que esperar disso. Aaaah, então o Willian revoltado está querendo vingança...  Sério, quando eu acho que estamos descobrindo algumas coisas, parece que tudo muda. haushaus. Gooosh. Aaain, eu quero que o Harry e a Mione se acertem logo. E que ela conte tudo para o Harry! Tudo mesmo.   A fic é muito boa! Super parabéns!!!   Beijo  

    2011-12-18
  • Gabriela

    Nossa, a fic está cada vez melhor ! Nada nunca é previsivel. Estou muiiito curiosa para saber o que aconteceu com a familia de Willian, ele tem que ter algum motivo muito bom para fazer tudo isso, e como ele é tão poderoso. Será que ele é algum parente de Harry ? Taa pode ser muita viagem minha, mas me veio isso a cabeça quando li sobre a mãe dele.. Quero muito ler a conversa do Harry com a Hermione, mas um só fica acordado quando o outro está dormindo, ai fica dificil .. UP

    2011-12-17
  • rosana franco

    Não sei como ele segura tudo isso tenho a impressão q a qualquer minuto vai explodir.

    2011-12-15
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