De volta a Hogwarts



    Chegaram à estação Kings Cross às 10h45. Despediram-se brevemente do Sr. Granger e depois atravessaram juntos a barreira que separava o mundo dos trouxas do mundo bruxo.


     O Expresso de Hogwarts soltava fumaça enquanto varios alunos apressados embarcavam. Alguns voltavam rapidamente para se despedir novamente da familia ou pegar algum pertense esquecido.Numa dessas indas e vindas, Harry colidiu com Malfoy.


      - Olhe por onde anda, Potter! – exclamou o loiro – Será que alem de maluco você tambem é cego?


      - Cale a boca Malfoy – retrucou.


       - Você está me atrasando! Tenho que achar logo a peste da Weasley! – disse ele, empurrando-o para o lado.


       - O que voê quer com ela? – perguntou Harry, segurando seu braço.


        - Não é da sua conta. Me solte, pacas! – disse Malfoy, puxando violentamente o braço. O moreno já se praparava para dar um soco nele quando alguem segurou seu braço.


         - Harry, não faça nada – disse Gina, que chegava as suas costas – Não vale a pena se meter com ele.


          - Escuta aqui... – começou o loiro.


          - Falo com você depois – cortou ela, ríspida – Vamos Harry.


          - Você é irritante – disse Malfoy.


          - Ah, cale a boca e trate de procurar alguem melhor para irritar!– exclamou a ruiva, parecendo realmente exaltada. Apesar do rapaz se surpreender com a repentina falta de escrupulos da amiga, não fez objeção e a seguiu até o interior do trem.


         - O que ele quer? – perguntou Harry, curioso.


         - Ah, não me venha falar daquele imbecil! – disse, claramente sem paciencia – Se escutar mais uma palavra sobre aquela criatura, você vai ter trabalho para me impedir de amaldiçoa-lo!


          - Eita... Calma aí – disse o moreno.


          - Eu não aguento mais! – exclamou, caminhando furiosamente por entre as cabines.


          - Malfoy é um idiota. Sempre foi – disse Harry, convicto.


          - Eu sei...tudo bem, calma.... respira... – murmurava ela para si mesmo. Respirou profundamente por alguns instantes, e depois entrou em uma cabine a sua esquerda, onde Rony e Hermione já estavam.


           - Que isso maninha, você está quase soltando fumaça pelos ouvidos – comentou Rony, mirando a irmã que bufava.


          - Não enche Rony – disse Gina.


            - Credo, que violencia... – comentou o ruivo, baixinho.


           - Como foi na Romenia? – perguntou Harry, querendo rapidemente mudar de assunto.


           - Ah, foi legal... O Carlinhos e o Gui trancaram o Percy numa jaula com um dragão... Mamãe ficou louca – riu ele.


            - E tiraram ele de lá? – disse o moreno.


              - Claro que tiraram... mas só depois do dragão queimar um pouco do cabelo dele – disse Rony.


              Antes que  rapaz pudesse dizer alguma coisa, Dino Thomas surgiu batendo na porta da cabine, que Gina abriu, feliz.


              - Ei, Gina... quer vir sentar com a gente? – convidou o colega.


              - Ah... claro. Você se importam? – questinou, voltando sua atenção para o trio.


              - Não, claro que não – disseram em unissono. Com um aceno da cabeça, a garota o seguiu animada.


               - Bem, e...como foi o Natal de vocês? – perguntou o ruivo, com um eio sorriso nos labios. Harry congeliu. Era a pergunta que temia.


               - Foi...bem... – disse, confuso.


               - Agradavel – completou Hermione, sorrindo tremulamente.


               - Agradavel? – repetiu Rony, incredulo. – Vocês ficam dois meses falando disso e agora me vem com um “agradavel”?


                - ...É – disse o moreno – Foi divertido.


                - Interesante. – acrescentou a garota.


                - Uma boa experiencia – reforçou ele.


                - Sei... – murmurou o ruivo, parecendo desapontado. – O que... o que ganhou de Natal, Mione?


                - Eu... Harry me deu essa corrente – disse, apontando para o proprio pescoço, mas sem parecer muito animada com aquilo.


                - É muito bonita – elogiou ele – É impressão... ou ela está brilhando?


                De fato, a corrente parecia brilhar fortemente, do mesmo jeito que fizera no quarto de Hermione, naquele dia. Não considerou isso importante, mas perguntou-se por que a garota ainda usava seu presente. Eles andavam em uma relação fria e desconexa, muito diferente da que tinham na noite em que Harry deu-lhe a corrente de sua mãe. Suspirou, exasperado.


                 Depois de inumeras tentativas de animar o casal, Rony finalmente desistiu e passou a olhar longamente pela janela. Os olhares dos dois evitavam se cruzar, e não trocaram uma unica palavra direta.


               Depois de passarem cerca de uma hora em silencio absoluto, foi quase um alivio ver um jovem aluno da Corvinal bater e entrar no vagão.


               - Hum...Voces dois são monitores, não? – perguntou o rapaz, mirando Hermione e Rony. – Estão chamando para uma reunião lá na frente... parece que teremos algumas normas novas.


               - Ah, ok – disse Hermione, se levantando imediatamente – Você não vem, Rony? – perguntou, ao ver que o amigo não se mechera.


               - Já vou. Pode ir indo na frente – disse ele, e esperou ter certeza de que a morena tinha realmente ido para revelar a Harry  verdadeiro motivo de sua “demora”.


                - Tudo bem, cara – disse ele, olhando-o – O que houve com vocês? Não trocaram uma palavra desde que chegaram aqui. Você nem ao lado dela se sentou.


                - Não é nada – entou negar Harry. Mas foi inutil.


                - Qual é, não sou cego. Me conta logo o que houve. Sou seu melhor amigo, não sou? – disse, acrescentando um leve tom desafiador na ultima frase.


               - Ok, se quer saber. A Hermione me traiu – suspirou. O ruivo pareceu tão choado que demorou alguns segundos para arranjar algo para dizer.


               - Enlouqueceu? – foi seu argumento – Ela te ama, não faria isso contigo. De onde tirou esa ideia absurda?


               - Não tirei. Eu vi uma carta que ele mandou a ela. Ele falava...Falava que era para ela largar logo de mim, parar de ter pena e ir logo ficar com ele. Na carta, ele mencionava que ela não me amava – respirou longamente, cansado – Dizia que seria um homem muito melhor que eu. E o que é pior, na carta Hermione parecia familiarizada com ele. Eu não aguentei, Rony. Briguei com ela. Disse tudo que me deu vontade. Talvez tenha dito alguma besteira, mas agora já foi.


                Rony recostou-se no banco, perplexo. Ele tambem deveria ter levado um baque ao saber que Hermone era capaz da fazer aquele tipo de coisa. Sempre vira a amiga como um exemplo a ser seguido, alguem que respeitava as regras e não era capaz de fazer mal a ninguem. Pelo visto se enganara.


               - Afinal... Quem é o cara? Quero meter um bom soco no meio do rosto desse infeliz -  disse o ruivo, violento.


               - Pode crer que eu mesmo o farei, Rony – disse – É ele. Willian Kenbril.


                - QUEM?! – gritou Rony, pulando do acento. –  Aquele amigo de infancia dela? O filho da mãe que sumiu na partida de Quadribol?


                - Esse mesmo – concordou o moreno, mirando o chão.


                - Ah, qual é. Tá zoando, né? – perguntou ele.


                Mas era visivel que Harry não estava zoando. Era surpreendente, chocante e digno de ira. Mas era verdade.


                 - Brincadeira... Nesse sete anos, achei que a conhecesse... – disse Rony, sacudindo a cabeça para clarear os pensamentos – Não, assim não dá. Não dá msmo. Vou para aquela maldita reunião dos monitores, e depois falo com ela. Tem que haver uma boa explicação para isso. Alias, boa não. Ótima. – reforçou ele, saindo em seguida do vagão, com apssos firmes.


                  Harry respirou profundamente, desgostoso. Não conseguia acreditar em tudo aquilo. Rony não estava errado em se surpreender. Ninguem julgava Hermione capaz de tal coisa. Se não estivesse gostando dele, ótimo, que viesse conversar. Mas não. Ela prefiriu ficar com ele pelas suas costas. O moreno bufou, socando o banco. Nisso, a porta da cabine tornou a se abrir e por ela entrou Luna Lovegood.


                 - Oi Harry – cumprimentou ela – Posso me sentar?


                 - Claro, Luna. Senta aí. – concordou Harry.


                 - Você viu a nova edição do Pasquim? Meu pai fez uma materia muito detalhada sobre como os zonzobulos podem afetar seriamente a capacidade dos bruxos enquanto tomam refrigerante – disse a loira, puxando do interior das vestes uma edição multi-colorida da revista – Sabe, os zonzobulos ficam loucos quando nos veem beber refrigerante. Ficam muito mais ativos.


              - Ah, hum... Que interessante – disse o moreno, pouco convincente. Ela não pareceu se importar. Lhe estendeu a revista mesmo assim, e Harry, para parecer educado, folheou-a e tentou parecer interessado em uma materia qualquer. – Vou lê-la, e se quiser te devolvo.


               - Não precisa, tenho dezenas dessas. Meu pai pediu que entregasse a revsita aos amigos, sabe, para divulga-la. – disse Luna, com um ar extremamente pensativo. Harry sorriu timidamente e recostou-se no banco, tentando imaginar como seria para Rony ter uma relação com ela. Apesar dos absurdos que a garota volta e meia dizia, ele podia entender o ponto e vista do amigo. Fiar com ela era extremamente...tranquilizador. Nos momentos em que esteve com ela, Harry praticamente esqueceu todos os seus problemas.


 


               Já era quase a hora do jantar quando finalmente desembarcaram. Rony e Hermione tinham permanecido ausentes pelo resto da viagem, de forma que Hary se viu obrigado a sair sem os amigos.


              Não os encontrou imediatamente, e acabou pegando uma carruagem com Neville, Luna e Gina. Sentiu-se um pouco mais reconfortado ao avistar, ao longe, a silhueta do enrme castelo. Estava em casa, afinal.


               Só quando adentrou no Salão Principal que finalmente os avistou. Os dois estavam em um canto, conversando. Ele já ia se aproximar quando um rapaz loiro tampou sua visão. Harry foi atingido por uma súbita onda de ira quando reconheceu a figura alta de Willian.


                O moreno serrou os punhos, trincou os dentes e tentou segurar a incrivel vontade de enfiar um soco na cara do rapaz. Prendeu a respiração quando viu Hermione leva-lo pela mão em direção as escadas. “Provavelmente vão ficar se agarrando por aí a noite toda”, pensou, antes de dar dolorosamente as costas e ir em direção a mesa da Grifinória.


                Naquela noite, Harry não comeu muito. Roy tentou estimula-lo varias vezes, mas ele proprio não parecia com vontade de conversar. Acabaram por fazer a refeição em silecnio absoluto, que foi querado apenas quando Rony chamou sua atenção.


               - Ei, cara. Parece que a Professora Macgonagall quer falar alguma coisa.


                Ele voltou sua atenção para a senhora, que posicinava-se em pé no centro da mesa dos professores.


                 - Bem, devo dizer que é um prazer ver que todos sobreviveram ao Natal – disse ela. Alguns alunos riram nervosamente – Acho que não preciso dizer que estamos passando por tempos dificeis e perigosos. Por isso, devo reforçar que não se arrisquem. A partir de hoje o toque de recolher foi reestabelecido, e todos os alunos, a exeção dos do sétimo ano, devem estar em suas respectivas casas até as nove horas da noite. Para os alunos que prestaram N.O.Ms e principalmente N.I.E.Ms no final desse semestre, devo lembrar que estudem muito se quiserem ter bons resultados. Boa noite a todos.


                 Dito isso, todos os alunos se levantaram e encaminharam-se as suas casas. Harry tentou ignorar o fato de Hermione não ter aparecido durante todo o jantar, procurando se preocupar mais com o que Macgonagall dissera.


                Ele e Rony foram se deitar imediatamente. Enquanto procurava seu pijama em sua mala, o ruivo comentou:


                - A coisa está feia mesmo, não é? Deu para perceber pelo tom da Macgonagall que até ela está meio assustada com tudo isso.


                - Pois é, e o pior é que ela tem razão. – disse o moreno, vestindo-se. – Conseguiu conversar com a Hermione? Eu vi vocês dois no Salão Prinipal, quando cheguei.


                - Estava tentando falar com ela. Mas aí aquele traste chegou, e bem... O resto você viu – disse ele. Harry assentiu tristemente.


                - Eu acho... Que é melhor a gente dormir. Vamos ter um dia cheio amanhã – disse o rapaz, quase me um sussurro.


                - Tem razão – disse Rony, percebendo que o amgi precisava ficar sozinho, para pensar – Boa noite.


                - Boa noite – disse Harry, deitando-se pesadamente na cama, e fechando o cortinado em seguida. Em seuida virou-se de lado, tentando desesperadamente adormecer e esquecer de tudo aquilo, nem que fosse por uma noite.    


     N/A: De novo, um cap mais cedo do que eu esperava. Não queria tirar a alegria de vcs, mas isso não vai durar mais mto tempo. Semana que vem volto as aulas, e começo de ano é uma correria do caramba. Talvez eu poste mais algum cap antes de segunda feira, mas não garnado nada. Depos disso, voltamos ao velho esquema de um cap a cada quinze dias mais ou menos.
             Mudando de assunto, mais um cap de pura depressão psicologica por parte do Harry. Para quem não gosta de vê-lo assim, ofereço o meu sinto muito, pq isso vai demorar a passar. Peço de novo que prestem atenção nos detalhes. Se olharem as entrelinhas, podem ter uma pista do que vai vir.
   Comentem!
Bjos é até o cap 27! :)
            

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.