Amor é Amor



  Os próximos dias transcorreram-se normalmente. Harry marcava treinos duas vezes por semana, e Rony ainda continuava convicto da infantilidade que estava fazendo. Isso tornou quase impossível começarem o treinamento de feitiços.


   Harry estava sentado em uma de suas poltronas preferidas no salão comunal, tentando dar conta da enorme quantidade de deveres. Eles já estavam quase em novembro, e os professores começaram a falar dos N.I.E.Ms. Segundo eles, era preciso muita dedicação e estudo desde cedo para conseguir obter boas notas nos exames finais.


   O rapaz estava tentando fazer uma tarefa particularmente difícil de Poções, intitulado “As propriedades dos bezoares e das pedras-da-lua e seu uso no preparo e cura de poções mortíferas”. O professor Slughorn passara a sua aula dupla explicando isso aos alunos, mas sem obter muito sucesso. Nenhum deles, a exceção de Hermione, parecia prestar atenção.


     - Hum... Mione? Poderia me ajudar com a tarefa de poções? – perguntou Harry, mirando a garota ainda muito concentrada no dever de Runas Antigas - Já escrevi uma boa parte... Você poderia ver se está bom? Sabe como é importante eu tirar boas notas em poções...


      - Eu não deveria fazer isso... –disse, vagamente – Mas tudo bem. Dê-me aqui – disse ela, estendendo a mão.


        A garota examinou longamente o pergaminho, fazendo correções aqui e ali. Harry percebeu que ela riscara quase metade de um parágrafo, fazendo anotações ao lado. Em seguida Hermione o devolveu o dever.


           - Harry, em principio está bom – disse ela – Mas acho que você se confundiu aqui.  A pedra-da-lua é elemento chave no antídoto da poção do Morto-Vivo, e não em sua preparação.


           - Ah...claro – disse o garoto, amaldiçoando-se por tamanha burrice – Obrigado, Mione.


         - De nada. Eu te amo – disse ela, sorrindo. Parecia não se importar com o nível de inteligência do namorado. – Sabe, Harry, meus pais me mandaram uma carta hoje de manhã, avisando que, se quisesse, poderia passar o natal em Hogwarts ou levar alguém para comemorar conosco. Você gostaria de vir? – perguntou Hermione. Harry se surpreendeu – Eu já contei a eles sobre nós, mas seria bom, sabe... Te conhecerem pessoalmente. Se você quiser, claro. – acrescentou ela.


           - Claro que quero, Mione – disse a morena, fazendo-a abrir um largo sorriso – Se não for incomodo, obviamente.


            - De forma alguma – disse Hermione – Vai ser ótimo. Vamos nos divertir muito juntos.


            Harry sorriu em resposta, antes de voltar a se concentrar no seu dever. Ia passar o Natal com Hermione... Alem de se apresentar formalmente para os pais dela. Divertia-se imaginando o que será que o Sr.e a Sra. Granger pensavam da filha namorar alguém como Harry Potter. Deviam estar surpresos.


   Feitas as correções necessárias, Harry passou o dever a limpo e deixou-o de lado, indo sentar-se ao lado de Hermione.


     - Você fica linda quando está estudando – comentou, observando-a.


     - Engraçadinho – ela disse – Ainda não esqueci aquela sua investida de domingo.


      - Vai me dizer que não gostou? – disse o moreno, colocando as mãos na cintura da amada.


     - Claro que gostei – respondeu ela – Só acho que foi arriscado ficarmos nos expondo daquela forma.


     Harry não disse nada, apenas a fez deitar no sofá. Ela soltou uma pequena exclamação e derrubou o tinteiro que segurava. Mas ele não se importou. Distribuiu beijos pelo corpo da amada, fazendo-a gemer em protesto. Já estava tarde, o salão comunal estava vazio.


      O rapaz segurou sua cabeça e beijou-a ardentemente.  Foi interrompido pelo rangido da porta se abrindo. Harry pulou, assustado, para o mais longe possível da morena. Ela também se endireitou o quanto pode, e fingiu se concentrar em seu livro.


      Eram apenas três garotos do quarto ano. Quanto eles finalmente subiram para seus dormitórios, Hermione ralhou:


      - Você enlouqueceu? Ficar me agarrando aqui, sem mais nem menos?!


     - Desculpe... Eu não resisti – tentou se explicar Harry, sem grandes resultados.


     - Há... Ao menos um local próprio para isso – disse ela, parecendo constrangida.


    - Tem razão. Agora já está tarde, então me encontre no sábado, depois de todos terem ido dormir, na Sala Precisa. – disse Harry, surpreendendo-se com a própria idéia.


     - O que você está pensando...? – murmurou ela.


     - Você verá. Posso te esperar no sábado? – perguntou o moreno. Ela pareceu pensar por um segundo.


     - Pode. – confirmou ela.


     - Ótimo.  Boa- noite, Mione – ele se inclinou para um rápido beijo. – Ah, amanhã eu te espero para irmos tomar café. Não vá perder a hora!


    -Claro.  Boa-noite. – respondeu ela, voltando a ler seu livro.


     Harry subiu as escadas pensativo, e cheio de duvidas. Achava que não deveria tê-las, pois amava Hermione. “Eu a amo mais do que a minha própria vida”, pensou, enquanto se trocava. Mas talvez não fosse realmente à hora de uma relação mais séria. O moreno sacudiu a cabeça, tentando clarear os pensamentos.


        Ele considerava a Sala Precisa um ótimo lugar. Bastava desejar que a sala ficasse impenetrável durante o tempo em que estivessem lá e pronto. Mas algo lhe dizia para pensar melhor... Estava decididamente confuso.


          Harry adormeceu pensando naquilo, mas seus sonhos foram povoados de fantasias em que ele tinha a amada por completo. Acabou por decidir que conversaria com ela no dia seguinte.


 


             - Hermione – chamou Harry, logo pela manhã – Eu confesso que estou um tanto confuso. O que você acha daquilo que te propus ontem? Acha uma boa idéia?


             - Não sei o que pensar. – disse ela – Também estou confusa. Mas acho que...


             - Vale à pena tentar – disse Harry – Não gosto de me sentir confuso. Parece que tenho duvidas sobre meu amor por você. Duvidas que não eram para existir.


             - Harry, isso é normal – disse ela, acariciando a face do rapaz – Eu te amo, e você me ama. Não há nada mais simples que isso.


              - Tem razão – concordou o moreno – Eu te amo. Vamos tentar, não custa.


             - Ok. Sábado – disse ela.


            - Sábado – confirmou, sem conter uma pitada de insegurança na voz. Hermione não percebeu.


              - Então, eu preciso mandar uma carta para os meus pais. Você vem passar o Natal conosco? – perguntou ela, mudando de assunto.


              - Não atrapalharei? A ultima coisa que quero é me meter no meio de coisas que não me interessam – disse Harry, um tanto preocupado.


               - Não atrapalha. De jeito nenhum, eu já disse – reforçou ela – Você gostaria que eu ficasse feliz?


                - Você sabe que faço qualquer coisa para te ver feliz. – disse Harry, convicto.


                - Então vá. Passe o Natal comigo, e me faça feliz – disse ela.


                - Você sabe que não agüento quando você faz essa cara. Ok, eu vou – cedeu Harry, sentindo-se incrivelmente feliz por dentro. A morena sorriu e lhe beijou.


                  - Vamos comer? – sugeriu a morena.


                   - Claro – disse Harry, segurando sua mão e a guiando até o salão principal.


                  Quando adentraram no local, Hermione o cutucou bruscamente. Em seguida apontou para a mesa da Corvinal.


                    - Harry, veja! Não é o Rony sentado ali? Ao lado da Luna? – perguntou ela. Harry inclinou-se para ver cena tão extraordinária. Rony, de fato, achava-se desfrutando de seu café da manhã praticamente grudado com Luna. O ruivo comia com uma mão e passava o outro braço pela cintura da loira. Harry não deixou de sorrir por dentro. Ao menos o rapaz estava feliz.


                      - Eles finalmente se acertaram – disse uma voz vinda de trás deles. Era Gina, que ouvira o dialogo do casal – Já não era sem tempo, não? O Rony estava babando quando chegou ontem na sala comunal. Pelo visto ficaram se agarrando por aí.


                      Harry riu com o comentário. Achava hilária a possibilidade de Rony se agarrar com alguém como Luna. Por isso o fato era tão estranho.


                   - Isso é... Estranho. Um fato decididamente extraordinário. -  disse Harry, ainda sem acreditar muito.


                    - Acho que temos a mesma opinião – concordou Hermione, que também estava boquiaberta. Aquilo era só o começo.

N/A: Bem, estamos aí, meio cedo, com mais um cap. QUALQUER UM pode perceber o que pretendo aqui, por isso não vou comentar nada sobre o conteudo do cap.
        A razão por eu ter postado mais cedo foi o fato de eu, querendo fazer um trabalho bem feito, provavelmente demorar para postar o proximo cap. Peço que voces, meus leitores, tenham paciencia, pois quanto maiseu demorar, melhor o cap ficará!(isso não significa q vou demorar um ano para postar)
        Já tem gent reclamando que a fic está mto "perfeitinha"! e "sem nenhum conflito". A resposta para isso é simples: deixei que todos os problemas, batalhas e brigas venham todos juntos, para maior impacto nos protagonistas. E, se eu fosse voces, desfrutaria mto bem desse tes proximos caps. Provavelmente se´rão os ultimos em um bom tempo cuja "paz vai reinar". Se preparem para varios baques daqui para fente.
        Bem, acho q por hj é só
Bjos e até o priximo cap!( rezem para q baixem as inspirações, o proximo ca é mto delicado) 

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