Conversas Importantes



Harry estava completamente impressionado com a reação irracional e infantil de Rony. Ele conhecia bem o problema de impulsividade do ruivo, mas não esperava tais proporções.


    - Mas o que foi isso?! – questionou, surpreso.


    - Eu não achei que ele fosse ficar assim – disse Hermione, também boquiaberta – Isso é tão... Infantil e... Bobo.


     - Pois é – concordou Harry. – Só que não acho que Rony vai perceber isso sozinho.


     - Será ainda mais complicado, pois duvido que ele deixe, principalmente você, se aproximar assim tão fácil. – acrescentou Hermione.


     Harry sacudiu a cabeça, procurando clarear seus pensamentos. O treino era dali a pouco tempo e ele não podia parecer muito abalado. Hermione fitava-o, parecendo levemente preocupada com seu estado psicológico.


      - Eu... Eu acho melhor... Ir para o treino – concluiu, tendo um pouco de dificuldade para completar o pensamento.


       - Boa – concordou Hermione – Eu o acompanho.


        O casal então seguiu calmamente em direção ao campo. Mais ou menos no meio do caminho, Harry passou seu braço pela cintura de Hermione. Gina, que ia passando, sentiu uma pequena pontada de ciúme, mas se conteve. A felicidade dos amigos era mais importante.


     Após conduzir Hermione até as arquibancadas e trocar de roupa, o moreno se dirigiu ao centro do campo, vassoura apoiada no ombro.


     - Ok, bom dia a todos – cumprimentou – Espero que tenham tido uma boa e proveitosa noite de sono, pois precisaremos de força total neste primeiro treino. Bem, vamos lá!


    O grupo começou jogando uma partida normal, para que Harry pudesse checar o entrosamento do time.  Não precisou fazer grandes mudanças, alem de mudar Willian da lateral esquerda para a direita.


    Gina estava se dando muito bem no meio. Apesar de Jack ser um goleiro excepcionalmente talentoso, não era páreo para algumas das bolas mais caprichadas que a ruiva arremessava.


     Os dois batedores também tiveram um bom desempenho. O momento mais divertido para ele fora quando Laurence rebatera o balaço com precisão no rosto de Willian.


     Harry capturou o pomo diversas vezes e, toda vez que o fazia, dava-lhe um minuto de dianteira antes de sair caçando-o novamente. Numa dessas vezes, ao fazer um mergulho, notou em um dos extremos da arquibancada uma cabeça recoberta de cabelos muito vermelhos. Ele, distraído, quase colidiu com o chão.


            Harry não tirou os olhos de Rony até o final do treino. O rapaz, surpreendentemente, não fez nem menção de se retirar. Ao final do treino, Harry seguiu direto para o local onde o ruivo estava.


            - Rony? – chamou Harry. Ele fitava o nada, distraído – Você está aí?


            - Claro que estou – respondeu ele, ríspido – A não ser que para você eu seja invisível.


            - Vamos parar com essa infantilidade? O que faz aqui? Pensou melhor no que houve? – bombardeou Harry.


            - Não mudo de opinião tão facilmente. – disse ele, ainda sem fita-lo diretamente – Vim apenas trazer um recado da professora Macgonagall.


            - E qual seria esse recado? – perguntou Hermione. Harry não notara sua aproximação.


            - Ela pediu para que fossemos até a sala da diretoria ainda hoje, ás nove da noite – recitou Rony, como se tivesse decorado.


           - Ótimo. Não tem mais nada a dizer? – perguntou Harry.


           - Apenas que ainda acho você um completo imbecil – disparou Rony, dando as costas em seguida. Harry nada disse, apenas levantou as sobrancelhas e olhou para Hermione.


           - Difícil, muito difícil – sentenciou Hermione, pensativa. – O que você acha que Macgonagall quer?


            - Provavelmente quer falar sobre o treinamento de feitiços – disse Harry, relembrando a conversa que tiveram na enfermaria.


            - Ah, é verdade... – comentou ela, pensativa.


             - Vou me trocar. – disse o moreno.


             - Você se incomodaria se não te esperasse? Preciso checar uma coisa na biblioteca. – disse ela, apesar se não parecer muito convincente.


             - Sem problema – disse Harry, sem estranhar muito. Era Hermione, afinal de contas.


 


Ao final da tarde, Harry havia quase se esquecido do encontro com Rony. Jantou rapidamente e, no horário combinado, seguiu para a sala da diretora.


     Hermione e Rony já estavam lá quando Harry entrou. A professora mandou que se sentasse.


     - Bem, como eu ia dizendo, a experiência na caverna foi, sem duvidas, um desastre. Por favor, não me achem rude. – acrescentou ela, ao ver os olhares dos alunos. – Vocês mesmos devem concordar com isso.


     Dumbledore, recostado em seu retrato, examinava a cena sem esboçar nenhum tipo de reação. Observava tudo com as mãos entrelaçadas sobre o colo, fitando-o por trás de seus oculinhos de meia-lua. Pareciam que aqueles penetrantes olhos azuis podiam enxergar seu interior.


       - Continuando... Eu, juntamente com o Professor Dumbledore, elaboramos uma lista de feitiços que deveriam ser praticados. Por segurança, entregaremos a vocês também um estojo com algumas poções que julgamos úteis em situações de... Digamos, aperto. – ela abriu uma gaveta e de lá retirou um pergaminho cuidadosamente dobrado e um estojo relativamente pequeno, sem espaço para mais de seis poções. Entregou tudo isso a Hermione.


        Depois de a morena dar uma rápida examinada no pergaminho, passou-o a Harry. Eis o que ele continha:


                                           Feitiços a serem repassados:


 


- Expelliarmus;                                   -Sectumsempra;


- Episkey;               


-Rictusempra;


-Incarserus;


-Pedrificus Totalus


- Estpefaça;


-Incêndio;


-Protego 


       


        Harry surpreendeu-se. Ali estavam nove feitiços incrivelmente básicos que, a exceção de um, já sabia executar antes de seu quinto ano.


        - Professora, a senhora não considera esses feitiços um tanto... Básicos? – perguntou, apreensivo.


         - Harry, foram justamente esses feitiços que falharam na caverna! – exclamou Hermione – Apesar de serem básicos, quando executados com perfeição em um duelo podem ser decisivos para a vitória!


         - Excelente conclusão, Srta. Granger – elogiou a professora – Creio que temos a mesma opinião. E o senhor, Weasley? Ainda não nos deu o prazer de sua opinião hoje.


          - Concordo com Hermione – disse, atravessado. Era óbvio que não queria qualquer relação com Harry. O moreno não se importou.


          - Agora... As poções. Há nesse estojo quatro poções úteis – explicou ela – Há Ditammno, Poção Polissuco e um pequeno frasco de Veritesaterum, caso precisem interrogar alguém. Devo ressaltar o perigo existente na quarta poção, a poção do Morto-Vivo – ela olhou Harry diretamente nos olhos – Só use se for estritamente necessário.


           - Claro, nós... sabemos o quanto essa poção é perigosa. Usaremos todas as outras com cautela – afirmou Hermione.


           - Bem, há também ai dentro dois bezoares. Creio que o Sr. Potter saiba como usá-los – disse a professora, fazendo uma referencia ao incidente com Rony no ano anterior. O ruivo desviou o olhar. Harry sorriu para a senhora.


            - Vamos então para o treinamento. Professor Dumbledore, tem algo a pronunciar? – perguntou a professora, ao ouvir o indisfarçável pigarro do ex-diretor.


            - Tenho sim, Minerva – disse ele – Bem, como seria impossível reservar uma sala para uso exclusivo de vocês, tomei a liberdade de deixar isso a critério de vocês. Uma boa sugestão é a Sala Precisa, mas... Deixarei que tomem suas próprias decisões. – o homem sorriu, e Harry retribuiu. Conversar com o ex-diretor sempre o agradara. – Agora, acho que já esta ficando tarde. Todos para a cama. Vamos lá!


              O trio saiu calmamente da sala, pensando. Harry e Hermione, de mãos dadas, decidiram ir pelas escadas enquanto Rony tomou o caminho mais longo. Harry nem se importou. Na metade do caminho, aproveitando que o corredor estava vazio, prendeu Hermione contra a parede e a beijou ardentemente. Ela retribuiu, apesar de um tanto surpresa.


                Harry acariciava suas costas com uma mão e com a outra ocupava-se em acariciar a cintura da morena. Hermione era, apesar de tudo, uma bela mulher. Ela já deixara de ser uma menina há muito tempo, mas só agora Harry percebia que Hermione devia se preocupar com o corpo ou coisa parecida.


                  Sua pele era muito macia, seus lábios finos e delicados, seus olhos de um castanho no tom mais belo. Para ele pelo menos, ali se encontrava uma mulher perfeita. Um anjo.


N/A: Gent, finalmente vou ter tempo de escrever! Acabaram-se as aulas, passei de ano, e agora posso dedicar um tempo diario a essa fic. Devo postar com muito mais frequncia agora, e a qualidade dos caps tambem deve melhorar.
        Eu espero que tenham gostado desse capitulo. As coisas estão começando a tomar rumo, entrelaçar-se. Estamos, afinal, mais ou menos na metade da história.
        Vou pedir agora muitos coments, por favor! A exeção de duas pessoas, nenhum dos meus mais de cem leitores comenta! Quem escreve sabe como isso é deprimente!
         Acho que disse tudo.
Bjos e até o cap 16.

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