Capitulo 07 – Snape!
Capitulo 07 – Snape!
O moreno observou o momento em que Severo Snape dirigiu-se para os alunos inconscientes no corredor, o moreno também percebeu uma leve expressão enigmática e misteriosa perpassar os olhos negros de Elizabeth enquanto ela olhava para o pai.
Harry desviou seus olhos de Dumbledore por alguns segundos para em seguida observar os professores que encontravam-se no local, a expressão chocada e curiosa que havia no rosto de cada um deles era impagável para o moreno.
- E o que exatamente eu deveria explicar diretor? – perguntou Harry em tom neutro e impassível enquanto voltava seus olhos para o diretor.
- Você e a Senhorita Snape poderiam começar explicando o que exatamente aconteceu aqui. – disse Dumbledore apontando para os sonserinos que estavam recebendo os cuidados do professor de DCAT naquele momento.
- Eu e Elizabeth estávamos nos dirigindo para o salão principal para podermos almoçar quando fomos cercados por esses oito sonserinos. – respondeu Harry ainda com a voz neutra e impassível ocultando a raiva que estava sentindo naquele momento do diretor de Hogwarts. – Eu sabia que eles estavam atrás de mim, por isso pedi que Elizabeth se afastasse no momento em que eles começaram a me atacar, depois disso eu apenas me defendi.
- E precisava tê-los deixado nesse estado? – questionou McGonagall olhando repreensivamente para o moreno a sua frente.
- Minha cara professora, eu apenas usei feitiços simples enquanto eles estavam utilizando feitiços negros e maldições imperdoáveis, portanto não podem me repreender por ter me defendido de um ataque direto. – comentou Harry calmamente enquanto olhava diretamente para a professora de transfiguração.
- Se você estivesse apenas se defendendo não teria causado tantos estragos, Potter. – uma voz fria e letal se fez presente de onde os sonserinos estavam sendo tratados por Snape, aquela voz era uma velha conhecida do moreno, uma voz que ele odiara por muitos anos antes de aprender a respeitar seu professor de poções.
- Caso o Senhor não tenha percebido Professor, eu apenas utilizei um feitiço escudo que refletiu as maldições negras que eles lançaram contra mim. – explicou Harry em tom calmo olhando de relance para o seu antigo professor de poções. – O restante dos ferimentos e danos que eu causei utilizei meus próprios punhos.
- É verdade Professor Dumbledore. – disse Elizabeth manifestando-se pela primeira vez desde que ela e Harry tinham parado no meio do corredor.
- Nós também vimos, professor. – disse uma garota da corvinal, ela fazia parte do grupo que estivera para sair do castelo para fazer um piquenique quando haviam visto os sonserinos cercando o moreno e a garota.
- O que não exime o Senhor Potter dos atos que acabou de cometer. – comentou Dumbledore calmamente enquanto encarava Harry de maneira firme e decidida. – Portanto precisará cumprir detenção por uma semana, além de eu precisar descontar dez pontos da casa sonserina pelo que você fez hoje Senhor Potter.
- E os outros Dumbledore? – perguntou Remus em tom calmo e respeitoso olhando para o diretor que apenas balançou a cabeça antes de falar.
- Quanto aos outros oito sonserinos, todos irão cumprir detenções durante o próximo mês pelo ataque gratuito a um companheiro de casa, além de descontar trezentos pontos da casa Sonserina pelo uso de maldições imperdoáveis e feitiços negros dentro da escola. – disse Dumbledore calmamente ouvindo a comemoração moderada por parte de alguns alunos a suas costas, mas o diretor apenas enfrentou o olhar de Snape que não parecia nem um pouco satisfeito com o desfecho das punições. – E Severo, avise a eles que dá próxima vez que qualquer um deles ousar atacar algum outro aluno com maldições imperdoáveis serei forçado a mandá-los diretamente para a corte dos bruxos onde serão julgados como bruxos adultos.
- Muito bem pessoal, voltem para o salão principal. – disse Remus Lupin voltando-se para os alunos que ainda encontravam-se observando o desfecho dos acontecimentos com extrema curiosidade, principalmente pelo fato de o aluno novo ter derrubado oito sonserinos sozinho, o que era um feito incrível ainda mais vendo pelo lado de que ele nem mesmo tivera um único ferimento durante o combate.
Pouco a pouco os alunos foram retornando para dentro do salão principal para poderem almoçar antes de terem de partir para as aulas da tarde, no corredor ficaram apenas os professores, o diretor e Harry que ainda encontrava-se acompanhado de Elizabeth.
Snape havia conjurado uma maca embaixo de cada um dos oito sonserinos inconscientes antes de pedir que um outro colega levasse os amigos até a enfermaria do castelo, o professor havia feito o melhor possível curando os ferimentos dos alunos.
- Essa varinha não lhe pertence. – grunhiu Snape quebrando o silêncio que havia se instalado no corredor logo após a retirada dos estudantes.
- Não mesmo. – respondeu Harry em tom frio e baixo enquanto jogava a varinha em direção a Snape que a pegou no ar, em seguida o moreno olhou diretamente para Dumbledore enquanto voltava a falar. – Ela é de um dos perdedores que tentaram me atacar, afinal eu estava sem minha varinha e não poderia me defender com magia.
- Como assim estava sem varinha? – questionou Lílian surpresa enquanto olhava para o moreno que continuou encarando o diretor.
- Sinto muito por isso Harry, mas realmente me esqueci de devolvê-la a você hoje pela manhã. – respondeu Dumbledore exalando um leve suspiro antes de enfiar a mão direita dentro das vestes e retirar de lá uma varinha extremamente negra, os professores ficaram impressionados com o estilo daquela varinha.
Até mesmo Sirius e Remus que haviam pegado na varinha do moreno na noite anterior não tinham reparado direito no formato do objeto mágico, pois estavam mais preocupados em descobrir quem era o adolescente que havia aparecido do nada nos jardins do castelo.
- Você deixou meu filho desarmado, Dumbledore? – perguntou Tiago incrédulo enquanto dava um passo em direção do diretor.
Harry ficou surpreso pela maneira como seu pai o chamara, pois não estava esperando uma aceitação tão fácil por parte de Tiago depois do que o ouvira dizendo a Lílian, mas o moreno ocultou sua surpresa em uma mascara de frieza e impassibilidade.
- Realmente sinto muito Tiago, com tudo o que aconteceu hoje pela manhã acabei me esquecendo da varinha dele. – comentou Dumbledore em tom calmo ainda segurando a varinha negra do moreno em sua mão direita. – Além do mais, parece que o Senhor Potter aqui não precisa necessariamente de uma varinha para se defender.
- Um fato realmente curioso. – concordou Remus olhando pensativamente para o garoto parado a frente deles, em seguida o lobisomem perguntou. – Luta corporal fez parte de seu cronograma de treinamento?
- Fez. – respondeu Harry em tom simples e direto, ocultando dizer que tipo de luta corporal ele havia aprendido, bem como as artes marciais que ele dominava.
- Que cronograma de treinamento? – perguntou Tiago em tom confuso olhando para o amigo e depois para a mulher que o olhou como se a resposta para aquela pergunta fosse obvia, em seguida Tiago entendeu o que eles estavam querendo dizer, afinal se Harry havia mesmo matado Voldemort no mundo dele, provavelmente seu filho deveria ter recebido algum tipo de treinamento bastante avançado, pois Voldemort era muito poderoso.
- Mas fiquei curioso sobre algo em sua varinha, Harry. – comentou Dumbledore desviando a atenção dos professores que não sabiam sobre a verdadeira identidade sobre o moreno, pois eles olhavam com expressões curiosas para o garoto e os pais do mesmo, em seguida o diretor ergueu a varinha do moreno enquanto falava. – O engraçado é que eu tentei realizar alguns pequenos feitiços com ela, mas não aconteceu nada demais e eu também não consigo sentir um pingo de magia nela, o que me deixou intrigado.
- Acontecesse diretor que fui eu mesmo quem fabricou essa varinha, ela foi fabricada e encantada para servir apenas a um portador e a ninguém mais. – comentou Harry com um pouco mais de frieza do que pretendia enquanto olhava para o diretor.
- Você fabricou uma varinha? – perguntou Lílian espantada enquanto analisava mais atentamente a varinha que estava na mão do diretor.
- Sim. – respondeu Harry simplesmente enquanto esperava pacientemente que eles devolvessem sua varinha.
- Interessante. – comentou Dumbledore olhando pensativamente para o moreno de olhos verdes. – Tem mais um detalhe fascinante sobre essa varinha, fiquei muito espantado quando utilizei um feitiço rastreador e vi do que a varinha era feita.
- E o que você achou dela? – perguntou Harry enquanto observava a maneira quase reverente que o diretor olhava para sua varinha.
- Uma mistura peculiar e inesperada, mas simplesmente magnífica. – comentou o diretor sorrindo enquanto levantava os olhos para o moreno. – Uma mistura entre um pelo de unicórnio, uma pena de fênix, fibra de coração de dragão e veneno de basilisco.
- A pureza e a força dos unicórnios, a cura da fênix, a resistência dos dragões e o poder do basilisco. – disse Lílian em um tom de voz impressionado enquanto sorria para o filho que ainda não desviara os olhos do diretor.
- Todos eles reunidos em um único canalizador mágico. – disse Dumbledore com o inconfundível brilho nos olhos azuis. – Isso sim é que é perfeição.
- Isso ela é mesmo, mas agora você poderia, por favor, me devolver minha varinha diretor? – perguntou Harry em um tom levemente irritado e impaciente fazendo o diretor arquear as sobrancelhas antes de estender a mão e entregar a varinha para o moreno de olhos verdes, no momento em que a varinha entrou em contato com a mão de seu dono foi como se eles houvessem se encontrado pela primeira vez novamente.
Uma chuva de fagulhas escuras disparou da varinha negra enquanto uma espécie de aura exalava tanto do moreno como da varinha, o fato surpreendeu e chocou tanto os professores quanto Elizabeth que ainda estava ao lado do moreno e pode sentir a força e o poder que rodeavam o moreno, um poder muito grande.
- Também senti sua falta, minha querida. – murmurou Harry quando as fagulhas desapareceram assim como a aura que ele sabia que o havia envolvido quando tocara em sua varinha, o moreno observou as expressões a sua volta e quis gargalhar da cara dos professores e do diretor, mas percebeu o deslumbramento no semblante de Elizabeth o que o deixou intrigado.
- Mas o que foi isso? – perguntou Sirius olhando boquiaberto para o moreno que nem se dignou a olhar para o “padrinho”, nenhum dos outros presentes encontrava-se em melhor estado do que o animago, afinal nunca haviam presenciado tamanha demonstração de magia apenas com o contato de uma varinha com seu dono.
- Uma pequena parcela do meu poder. – respondeu Harry com um sorriso debochado estampado em sua face, expressando claramente o que ele achava do espanto que cada um deles estava demonstrando com o que viam.
- Acho que vocês devem se apressar se ainda esperam almoçar antes das aulas da tarde. – falou Dumbledore olhando pensativamente para Harry que apenas sorriu levemente antes de começar a caminhar em direção a entrada do salão principal sendo acompanhado por Elizabeth que nem mesmo havia olhado para o pai.
- Se isso foi uma pequena parcela do poder que esse garoto tem, quão poderoso será que ele é? – perguntou o Professor de Runas Antigas olhando para a porta de entrada do salão principal por onde os dois adolescentes haviam acabado de entrar.
- Isso nós ainda não sabemos. – respondeu Dumbledore calmamente enquanto ainda encontrava-se pensativo em relação ao garoto, as dúvidas na mente do diretor agora eram bem maiores do que haviam sido pela manhã quando o convidara a cursar a escola como qualquer outro adolescente comum, afinal aquele seria o disfarce perfeito para o garoto utilizar.
O diretor sabia que o moreno deveria ser poderoso, mas não imaginou que poderia ser tanto, pois apenas por aquela pequena demonstração era possível imaginar o potencial mágico que Harry Potter deveria possuir, Dumbledore sabia que estava arriscando muito em manter o garoto por perto, pois se ele resolvesse se aliar a Voldemort estaria tudo perdido.
- Bem, vamos voltar ao salão e terminar nosso almoço, afinal todos nós temos responsabilidades para agora de tarde. – disse Dumbledore voltando seus olhos para os professores que apenas concordaram com a cabeça antes de se dirigirem para a porta do salão, por onde Harry e Elizabeth haviam entrado fazia poucos minutos. - Espere um momento Severo.
- O que foi Dumbledore? – perguntou Snape cuidadosamente enquanto observava a expressão preocupada do diretor.
- Quero que você relate a Voldemort o que sabe sobre o garoto, você deve ser o primeiro a informar o Lorde Negro do que aconteceu aqui hoje. – disse Dumbledore em tom firme enquanto olhava para o Professor de DCAT que fez uma careta quase imperceptível. – Vá logo após terminar as aulas da tarde, afinal Voldemort não pode ficar desconfiado de você.
- Tudo bem. – concordou Snape com o mesmo tom frio que havia habitualmente em sua voz. – Mas o que exatamente eu devo relatar ao Lorde das Trevas?
- A mesma história que eu contei hoje para os estudantes do castelo, não seria muito inteligente de nossa parte deixar que Voldemort ficasse sabendo sobre a verdadeira história de Harry Potter. – comentou Dumbledore vagamente antes de se despedir do Professor de DCAT e começar a caminhar para longe do salão principal.
Snape continuou olhando para as costas do diretor por alguns instantes antes dele próprio começar a se encaminhar para o andar onde ficava a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, afinal ainda tinha duas turmas naquele dia para dar aula antes de precisar ir se encontrar com o Lorde das Trevas, algo que Snape sempre evitava ao máximo.
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Harry e Elizabeth adentraram o salão principal de Hogwarts sobre o olhar atento de todos os estudantes, o moreno observou que os alunos estavam com expressões diversas e variadas, mas todos eles cochichavam sobre o que haviam visto minutos antes.
- Quer sentar comigo na mesa da sonserina? – perguntou Harry em tom baixo para que apenas a morena a seu lado escutasse.
- Sim, obrigada. – respondeu Elizabeth olhando um pouco surpresa para o moreno a seu lado, afinal nunca ninguém a havia convidado para se sentar na mesa de alguma das casas, nem mesmo seus próprios companheiros.
A garota ainda estava bastante impressionada com o que havia visto a poucos minutos atrás no corredor, nunca pudera imaginar que Harry Potter pudesse ser tão habilidoso como demonstrara ser, embora ela houvesse percebido que ele não havia realmente lutado a sério, o que a fazia se perguntar do quão poderoso ele era.
Elizabeth estava muito fascinada também, pois nunca vira alguém lutar da maneira como o moreno havia feito contra os outros sonserinos, ele fora rápido e letal, e a garota tinha a impressão de que Harry poderia ter matado os oito sonserinos sem nem ao menos suar.
- Onde você aprendeu a duelar daquela maneira? – perguntou Elizabeth extremamente curiosa logo após os dois terem se acomodado na mesa das serpentes, mas cuidando para fazer a pergunta em tom baixo para que apenas o moreno a escutasse.
- Eu treinei muito para aprender o que eu sei hoje, Elizabeth. – respondeu Harry calmamente enquanto se servia de um prato generoso de arroz com frango, em seguida o moreno pegou um suco de abóbora. – Tive muitos mestres diferentes.
- Porque você viveu longe da escola por tanto tempo e porque você foi treinado? – perguntou Elizabeth franzindo as sobrancelhas em questionamento enquanto ela própria se servia de um pouco de comida, diferentemente da maioria das garotas Elizabeth não fazia nenhuma espécie de regime para se manter magra, pois nunca tivera problemas com seu peso.
- Os motivos para eu ter ficado longe de Hogwarts eu não posso revelar, pelo menos não agora. Quanto ao motivo de ter sido treinado, acredito que todos nós precisamos saber nos defender para o caso de um possível ataque. – as respostas que o moreno oferecera a Elizabeth eram vagas e insatisfatórios, mas a garota aceitou as palavras dele e então passou a almoçar em silêncio ao lado do moreno que parecia perdido em seus pensamentos enquanto comia.
- Você me ensinaria? – perguntou Elizabeth depois de alguns minutos em que os dois adolescentes haviam ficado em completo silêncio enquanto almoçavam.
- Ensinaria o que? – perguntou Harry em tom baixo apenas para ocultar a surpresa que sentira com a pergunta da garota, pois havia entendido perfeitamente o que ela o havia perguntado, mas não podia acreditar no pedido dela.
- A duelar. – respondeu Elizabeth em tom de voz sério enquanto encarava o moreno nos olhos. – Quero aprender a lutar como você fez agora a pouco, quero poder me defender quando alguém me atacar ou me...
- Tudo bem. – respondeu Harry cortando as frases de explicação da morena que arregalou os olhos surpresa com a rápida aceitação do moreno.
- Simples assim? – perguntou Elizabeth ainda levemente atordoada pela aceitação do moreno em lhe treinar.
- Sim. – concordou Harry em tom brando e calmo enquanto encarava a morena profundamente nos olhos negros, não havia esperado treinar ninguém além de seus amigos que haviam feito parte do Esquadrão da Morte, mas talvez fosse interessante ter novos integrantes, afinal o Esquadrão da Morte não existia mais e o moreno sabia que nem mesmo os mesmos integrantes naquele mundo poderiam se tornar novamente o que eles um dia haviam sido.
- Quando começamos? – perguntou Elizabeth animada com a possibilidade de aprender a se defender dos bruxos das trevas.
- Calma aí, garota. – exclamou Harry em tom divertido enquanto observava a felicidade e a animação que faziam o formoso rosto da garota resplandecer levemente e pela primeira vez o moreno observou como a filha de Snape era linda.
- Porque não podemos começar logo? – perguntou Elizabeth olhando para o moreno com uma expressão curiosa.
- Bom, em primeiro lugar porque precisaremos de um bom lugar onde poderemos treinar sem que ninguém fique sabendo e em segundo lugar porque eu estava pensando em incluir mais algumas pessoas nesse nosso pequeno treinamento. – disse Harry em tom calmo e levemente pensativo enquanto começava a colocar seu plano em prática.
- Em quem você está pensando? – perguntou Elizabeth tremendo levemente e sentindo um leve arrepio na espinha.
- Não precisa se preocupar Elizabeth, não vou deixar mais ninguém te machucar. – disse Harry em tom baixo, mas a voz do moreno soou fria e sombria. – O bastardo que se atrever a fazer qualquer coisa contra você vai pagar muito caro. E acredito que a pequena amostra do que eu sou capaz de fazer pode ser o suficiente para manter esses imbecis longe de você, mas caso não seja, eles vão aprender que ninguém mexe com uma amiga minha.
- Amiga sua? – perguntou Elizabeth com os olhos brilhando enquanto a palavra soava na mente da garota.
- A menos que você não queria ser minha amiga, claro. – respondeu Harry com a voz levemente divertida.
- É claro que eu quero. – respondeu Elizabeth rapidamente e em seguida ficou mais vermelha que um pimentão o que causou um sorriso no rosto do moreno, em seguida a garota apressou-se a corrigir o que dissera. – Quero dizer, eu gostaria muito de ser sua amiga.
- Ótimo, fico feliz em ouvir isso. – disse Harry com um largo sorriso no rosto antes de colocar seu prato vazio para um lado e levantar-se da mesa da sonserina, muitos outros alunos já tinham terminado de almoçar e já haviam saído do salão principal e se encaminhado para as aulas da tarde. – Acho que devemos ir agora ou chegaremos um pouco atrasados para a aula de feitiços. Estou levemente curioso para ter aula com o Professor Lupin.
- Ele é muito bom. – disse Elizabeth sorrindo levemente também se levantando e dirigindo-se para as portas do salão principal ao lado do moreno.
Os dois caminharam lado a lado pelos corredores do castelo indo em direção do local onde ficava a sala de feitiços, quando os dois chegaram na porta da sala e a adentraram encontraram diversos alunos já devidamente acomodados em seus lugares.
Elizabeth dirigiu-se para uma carteira vazia do lado direito da sala e o moreno a seguiu sentando-se ao lado da garota em seguida, os dois retiraram os materiais necessários para aquela aula e depois depositaram as mochilas ao lado da carteira, Harry havia conjurado uma mochila logo depois de ter recebido os livros de McGonagall e por enquanto ninguém parecera notar que ele realizara o encantamento sem uma varinha.
Poucos minutos depois de Harry e Elizabeth terem se acomodado na carteira a sala já se encontrava repleta de alunos, no momento seguinte a figura de Remus Lupin adentrou a sala de aula demonstrando seriedade, embora um leve sorriso curvasse os lábios do lobisomem enquanto ele se dirigia para sua mesa em frente a classe.
Depois que a aula havia terminado o moreno e Elizabeth dirigiram-se lado a lado em direção da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas que seria a próxima aula deles, mas enquanto caminhavam o moreno estava absorvido em seus próprios pensamentos.
Sempre gostara da maneira como Lupin ensinava os outros, mas nunca o havia imaginado dando aulas de feitiços.
Mas agora tinha que dar o braço a torcer para o lobisomem, pois nem mesmo o eterno Filius Flitwick poderia ter dado uma aula melhor do que a que ele vira naquele dia, o moreno sabia que Remus tinha uma maneira única de dar aulas e ficou surpreso ao constatar que a habilidade dele em ensinar não estendia-se apenas em DCAT e criaturas das trevas.
Naquele dia eles haviam tido uma revisão sobre todo o conteúdo de feitiços que haviam visto no decorrer dos seis anos anteriores e embora aqueles ensinamentos fossem coisa de criança aos olhos de Harry, ele admitia que até mesmo gostara de participar daquela aula, mas estava ansioso mesmo era para a aula de Snape.
Harry e Elizabeth foram os primeiros alunos a adentrarem pelas portas da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, o professor de DCAT já os estava esperando sentado em sua cadeira na frente da classe.
A maneira como Snape olhou para o moreno e Elizabeth deixou muito claro para Harry o que ele pensava sobre a aproximação rápida entre os dois, por isso soube instantaneamente que ainda teria muitos problemas com Snape.
Como nas aulas anteriores daquele dia, Harry e Elizabeth sentaram-se lado a lado em uma carteira um pouco a direita da sala, os dois ficaram em completo silêncio enquanto esperavam os outros alunos adentrarem a sala e se acomodarem em seus devidos lugares.
Enquanto esperava a entrada dos outros alunos o moreno estivera olhando por toda a sala de aula, percebendo que Severo Snape já havia imposto sua personalidade na sala de aula, o local estava bem mais sombrio do que todas as outras salas de DCAT em que Harry estivera, as cortinas estavam fechadas e a iluminação era feita por velas que estavam espalhadas pelo teto. Havia diversos quadros espalhados pelas paredes em uma decoração grotesca e assustadora, vários deles mostravam figuras de pessoas sofrendo com pavorosos ferimentos ou partes de seus corpos retorcidas, o moreno também observou que nenhum aluno daquela turma disse uma palavra enquanto se acomodavam, todos observando os quadros sinistros e obscuros.
- Ainda não pedi para que vocês apanhassem seus livros. – disse Snape rispidamente quando percebeu o movimento dos alunos para abrirem as mochilas, o professor fechou a porta e virou-se para encarar a turma enquanto voltava para a frente da classe, os alunos que já haviam retirado seus exemplares apressaram-se a guardá-los novamente dentro de suas mochilas. – Antes de iniciarmos a aula quero conversar com os senhores e isso exige total atenção da parte de vocês.
Snape percorreu com seus olhos negros todos os rostos dos alunos que estavam voltados para ele, o professor demorou-se um pouco mais de tempo na carteira onde sua filha estava sentada ao lado de ninguém menos do que o filho do Potter.
- Foi uma surpresa muito grande para mim quando muitos de vocês conseguiram obter notas suficientes para passarem nessa matéria no ano passado, mas fiquem sabendo que esse ano as aulas serão mais puxadas, portanto será uma surpresa ainda maior se todos vocês conseguirem dar conta dos deveres dos NIEM’s que são muito mais complexos do que os NOM’s. - - Snape havia começado a andar em volta da sala enquanto falava um pouco mais baixo obrigando assim os alunos a esticarem levemente os pescoços para poderem ouvi-lo mais claramente. – Como já expliquei no ano passado, as Artes das Trevas são muito variadas, inconstantes e eternas. Combatê-las é como combater um monstro de muitas cabeças, no qual cada vez que cortamos uma delas, surge outra ainda mais feroz e inteligente do que a anterior.
Harry olhava para o Professor Snape com um pouco de respeito, afinal não importava o mundo ele seria sempre carrancudo e alguém que gostava das Artes das Trevas. Harry sabia que existiam bruxos como Alvo Dumbledore e seus pais que respeitavam as artes das trevas como se fossem um inimigo perigoso, mas também existiam bruxos como Severo Snape e ele próprio que se identificavam muito mais com elas, quase como se as artes das trevas fossem uma amante para poder ser acariciada amorosamente.
- Com esse sorriso eu devo presumir que não concorda comigo, Senhor Potter? – perguntou Snape em um sibilo frio e leal parando em frente a mesa onde o moreno estava sentado ao lado de Elizabeth Snape.
Harry viu alguns alunos lançando sorrisos desdenhosos na direção dele, principalmente os próprios sonserinos que estavam imaginando que ele seria humilhado pelo professor de DCAT, o moreno percebeu que até mesmo alguns alunos de outras casas pareciam divertidos com a provável humilhação que ele poderia sofrer.
- Muito pelo contrario Professor Snape, eu concordo com o que o Senhor acabou de explicar para a turma. – replicou Harry calmamente enquanto encarava Snape diretamente nos olhos não se deixando intimidar pela expressão ameaçadora que o professor normalmente utilizava para intimidar os estudantes.
- Concorda? – replicou Snape surpreendendo-se com a afirmação do garoto a sua frente. – Em que ponto você concorda comigo Senhor Potter?
- Concordo com o que o Senhor nos explicou sobre as Artes das Trevas, um bom exemplo disso são os maiores bruxos das trevas que nós já tivemos notícias terem surgido no último século, mais especificamente Grindewald e Voldemort. – explicou Harry em tom de voz neutro sabendo que causaria impacto nos alunos.
Não deu outra, os alunos haviam empalidecido e pareciam que estavam vendo um monstro de muitas cabeças enquanto olhavam para o moreno.
- Você tem coragem de dizer o nome do Lorde das Trevas? – perguntou um sonserino alto e moreno olhando para o moreno como se ele fosse demente, o professor Snape nem mesmo fez qualquer menção para repreender o garoto, pois também encontrava-se aturdido com a audácia daquele mero adolescente.
- É apenas um nome. – respondeu Harry simplesmente enquanto dava de ombros e voltava a encarar Snape nos olhos. – Como eu disse professor, cada vez que um bruxo das trevas é derrotado, surge outro ainda mais poderoso do que ele.
- Correto Senhor Potter. – disse Snape finalmente virando-se e voltando a se postar em frente a turma que ainda encontrava-se muito espantada, mas mesmo assim voltaram a prestar atenção ao professor. – Como as Artes das Trevas são mutáveis, suas defesas também deverão ser flexíveis e inventivas como as artes que vocês querem neutralizar. Como vocês podem ver nesses quadros... – disse Snape apontando para alguns quadros a medida em que voltava a passear entre os alunos. – São uma boa representação do que acontece com pessoas que, por exemplo, sofrem a Maldição Cruciatus. – Snape indicou um homem que visivelmente urrava de dor enquanto se contorcia para todos os lados. – Ou então alguém que sente o beijo do dementador. – o professor apontou com um dedo para um quadro onde uma bruxa encontrava-se encolhida em um canto com os olhos vidrados e sem nenhuma expressão na face. – Ou ainda alguém que sofre a agressão de um inferius.
Nesse momento o professor apontou para um quadro onde havia apenas a representação de uma massa sangrenta no chão.
- Esse ano veremos maneiras de vocês combaterem dementadores, inferius, lobisomens e outros tipos de criaturas das trevas, mas antes disso vocês precisarão aprender a executar feitiços mudos. – Snape falou enquanto recomeçava a andar pelos cantos da sala de aula indo em direção a sua própria escrivaninha, as vestes negras do professor enfunando a cada passo que ele dava e como sempre acontecia, a maioria dos alunos o acompanhou com os olhos. - Essa era uma matéria para ter sido iniciada no ano passado, mas como foi explicado aos senhores, o diretor achou necessário que vocês aprendessem feitiços de ataque e defesa, para que pelo menos pudessem proteger suas vidas em um possível ataque de comensais da morte, portanto vocês são absolutamente novatos no uso de feitiços não-verbais. Quem de vocês poderia me explicar as vantagens de um bruxo saber executar um feitiço mudo?
Algumas mãos elevaram-se pela sala, entre elas as mãos de Hermione e de Elizabeth, mas o professor ignorou ambas as garotas e concentrou sua atenção em Harry.
- Poderia explicar para a classe as utilidades de um feitiço mudo, Senhor Potter? – Snape perguntou friamente enquanto olhava para o moreno com uma leve centelha de ódio nos olhos, o que fez a maioria dos alunos engolirem em seco percebendo que o professor não gostava nem um pouco do novo integrante de sua casa.
- Um feitiço não-verbal é bastante útil em uma batalha ou duelo, pois seu adversário não poderá prever que tipo de feitiço você estará realizando, o que vai lhe dar algumas frações de segundo de vantagem sobre seu oponente. – respondeu Harry com calma e uma leve indiferença na voz enquanto olhava para o professor com intensidade, não se intimidando nem um pouco com a fúria e a hostilidade que Snape estava lhe dirigindo.
- Muito bem Senhor Potter, uma explicação decorada de um livro de feitiços, mas correta em sua essência. – comentou Snape com desprezo enquanto olhava friamente para o moreno, alguns sonserinos riram do que o professor disse, mas snape fez que nem mesmo percebeu, assim como o moreno que não se importou com a provocação de Snape e apenas sorriu levemente para ele, o que fez o professor entrecerrar os olhos de maneira sombria. – Aqueles que conseguem aprender e aperfeiçoar a usar a magia sem precisarem proferir os encantamentos passam a contar com a vantagem do elemento surpresa em suas batalhas. É claro que nem todos os bruxos são capazes de fazer isso, já que é uma questão de concentração e poder mental que certamente alguns não possuem. – quando disse isso Snape passou os olhos pelos alunos da grifinória.
Nesse momento o professor voltou seus olhos e encarou o moreno diretamente nos olhos, no mesmo instante Harry sentiu a forte tentativa de Snape de tentar penetrar em sua mente para poder observar seus pensamentos.
Harry nem mesmo esboçou nenhuma reação aparente em sua expressão, mas enquanto Snape continuava tentando invadir sua mente e fracassava miseravelmente um pequeno sorriso de desdém surgiu em seus lábios, o que fez o professor olhá-lo com mais intensidade enquanto aumentava o poder da legilimência contra Harry.
O moreno apenas riu mentalmente enquanto projetava uma barreira mental protetora em volta de suas lembranças e seus pensamentos antes de preparar para atacar mentalmente seu professor, o que ele fez em seguida quando o professor mandava mais uma onda de legilimência contra a mente do moreno, Harry apenas utilizou uma espécie de “espelho mental” e aproveitou o feitiço que Snape havia executado para invadir a mente do professor de DCAT quebrando assim todas as proteções mentais que Snape possuía.
No momento seguinte Harry via detalhadamente cada segundo de vida de seu antigo professor de poções, os conhecimentos em magia que aquele Snape possuía, que em realidade pareciam ainda mais avançados do que o moreno havia imaginado.
Tudo não durou mais do que dois segundos, mas para Harry e Snape pareceu uma verdadeira eternidade em que os dois travavam uma batalha mental bastante acirrada, embora o professor nem mesmo houvesse percebido que o moreno havia utilizado o vácuo na mente de Snape para ter acesso aos pensamentos do mesmo.
Por fim Snape desviou os olhos do moreno e suspirou um pouco audivelmente, um suspiro frustrado e intrigado, o professor voltou a encarar a turma antes de falar.
- Os senhores agora irão se dividir em duplas. Um dos parceiros irá tentar enfeitiçar o outro sem dizer o feitiço enquanto o outro vai tentar repelir o feitiço da mesma maneira, não quero ouvir nenhum feitiço sendo gritado, entenderam? – perguntou Snape de maneira ríspida enquanto olhava para os alunos que apenas acenaram com a cabeça. – Então, comecem.
Nos segundos seguintes os alunos se posicionaram em duplas colocando-se um de frente para o outro, muitos alunos começavam a murmurar o encantamento ao invés de dizê-lo em voz alta, principalmente aqueles que estavam tentando conjurar o feitiço escudo.
Harry e Elizabeth fizeram par um com o outro, o moreno pediu que a garota tentasse atacá-lo e que ele se defenderia, pois Harry já sabia utilizar feitiços não-verbais e acabaria azarando a garota se atacasse primeiro.
Harry via a maneira como Elizabeth tentava desesperadamente executar o feitiço mudo, o rosto dela chegava a estar levemente vermelho devido ao esforço que ela estava fazendo para não dizer o feitiço, o moreno sorriu divertido e então aproximou-se levemente da garota.
- Você precisa se concentrar Elizabeth. – disse Harry com a voz calma e suave chamando a atenção não apenas da garota como também de Snape e dos outros alunos que haviam ouvido o moreno. – Você precisa esquecer tudo o que está a seu redor e se concentrar apenas no feitiço, você não deve tentar lançar o encantamento, apenas pense nele e deixe a magia agir por conta própria. Não pense em mais nada além do feitiço e o lance com a mente.
Harry voltou para seu lugar sob o olhar de todos os outros integrantes dentro da sala de aula, o professor olhava completamente surpreso para o garoto, pois a maneira como ele havia explicado a maneira de se lançar o encantamento mudo queria dizer claramente que ele podia muito bem executar um feitiço não-verbal.
Elizabeth estava fazendo exatamente o que o moreno havia lhe dito para fazer, tentou limpar a mente de qualquer outro pensamento que não fosse relacionado com o que ela estava fazendo e em seguida tentou visualizar o feitiço que queria lançar no moreno, mas ela não queria machucá-lo com nenhum feitiço e por isso acabou escolhendo uma azaração básica, então nos segundos seguintes Elizabeth concentrou-se ao máximo enquanto visualizava a si própria lançando o feitiço de maneira não-verbal, em seguida moveu sua varinha sem pronunciar nem uma sílaba, mas um jato de luz azulado disparou da varinha da morena indo em direção a Harry.
Harry observou orgulhoso o feitiço disparando da varinha de Elizabeth e em seguida apenas movimentou sua própria varinha e um perfeito escudo esbranquiçado apareceu a sua frente absorvendo completamente a azaração das pernas bambas que a garota executara.
A classe observava espantada o feito da garota, que também parecia bastante surpresa por ter conseguido executar um feitiço não-verbal tão facilmente.
- Eu consegui! – gritou Elizabeth em tom alto e correu em direção a Harry jogando-se nos braços do moreno logo depois. – Eu consegui. Obrigada.
- É, você conseguiu. – disse Harry sorrindo levemente pela súbita alegria que Elizabeth estava demonstrando, ele não a tinha visto sorrir muito naquele dia, o moreno também suspeitava que dificilmente aquela garota se divertia.
- Obrigada. Obrigada, não teria conseguido sem sua ajuda. – exclamou a garota soltando-se dos braços do moreno.
- Errado Elizabeth, a concentração foi somente sua, então os méritos são todos seus. – disse Harry sorrindo calmamente para a garota que ficou levemente vermelha ao perceber que havia literalmente se jogado contra o garoto.
- Muito bem, já chega dessa palhaçada em minha aula. – rosnou Snape friamente fazendo com que os alunos finalmente acordassem e percebessem onde se encontravam. – Dez pontos para a sonserina e para a lufa-lufa por terem sido os primeiros a conseguir executar um feitiço não-verbal, mas menos cinco pontos para cada um pelo show desnecessário.
Elizabeth encontrava-se de olhos arregalados naquele momento, mas não estava olhando para seu pai e sim para Harry, que encontrava-se com as sobrancelhas arqueadas em sarcasmo enquanto observava o professor se afastar para olhar as outras duplas que haviam voltado a tentarem proferirem um encantamento não-verbal.
Como era esperado por Harry, até o final da aula Hermione conseguiu repelir um feitiço lançado por Rony, que havia murmurado o encantamento. Snape apenas observou enquanto passava de maneira imponente entre os alunos praticavam.
Elizabeth conseguiu aperfeiçoar a maneira de executar os feitiços mudos no decorrer da aula e agora já podia até mesmo lançar feitiços mais fortes sem precisar pensar ou se concentrar muito, o moreno observara que por trás da aparência fria e desdenhosa de Snape escondia-se um homem que relanceava os olhos para a filha como um pai realmente orgulhoso.
Pelo que Harry conhecia da história entre Elizabeth e Snape, além do que havia conseguido visualizar na mente do professor, sabia que haviam muitos pontos soltos entre os dois, o moreno conhecia Snape suficientemente bem para saber como o professor era extremamente orgulhoso, principalmente se ele precisasse voltar atrás em algo que fez, o que o levava a crer que Snape provavelmente estava arrependido pela maneira com que havia tratado a própria filha, mas não sabia como pedir desculpas para a garota.
Ao final da aula os alunos começaram a se retirar da sala rapidamente, mas Snape chamou o moreno que ficou para trás esperando para ver o que o professor iria querer conversar com ele, enquanto saía Elizabeth disse que o esperaria no corredor.
- Em que posso ajudá-lo, Professor Snape? – perguntou Harry com um pouco de ironia na voz já prevendo o que Snape faria e mesmo assim não fazendo nenhum movimento para impedir o ataque, no momento seguinte o professor agarrou o moreno pelo pescoço e o prensou contra a parede mais próxima, erguendo o moreno alguns centímetros do chão.
- Escute bem o que vou lhe dizer, Potter. – disse Snape em um tom de voz baixo e mortal, não se preocupando se poderia estar matando o garoto, mas Harry apenas olhava friamente para o professor não parecendo nem um pouco incomodado com a pressão que Snape fazia em seu pescoço. – Não quero ver você mais nem um segundo perto de minha filha ou então haverão muitas conseqüências para você.
- Isso é para me deixar com medo? – perguntou Harry em um tom frio e impassível enquanto encarava os olhos negros de Snape que encheram-se de uma raiva brutal.
- Você não tem a mínima idéia de com quem está se metendo moleque. – grunhiu Snape em um tom de voz ameaçador e frio, mas o moreno apenas riu silenciosamente enquanto sentia o apertão do professor ficar ainda mais forte.
Sem que o professor percebesse o moreno movimentou suavemente sua perna direita e em seguida a ergueu com força e rapidez atingindo Snape na altura da cintura duas vezes seguidas, o que fez com que o professor cambaleasse e para trás logo depois de ter soltado as mãos do pescoço do moreno devido a surpresa de ter sido atacado.
Harry aproveitou o leve desequilíbrio de Snape e então socou o rosto do professor fazendo com que ele se chocasse com a escrivaninha, logo depois o professor encontrava-se levemente estatelado no chão enquanto respirava de maneira rápida.
- Acredito que você não saiba com quem está se metendo professor. – replicou Harry em tom frio e sarcástico enquanto olhava para Snape como se ele não passasse de um verme insignificante. – Alguém como você não deve ter nenhum sentimento em seu coração para desprezar a própria filha, nem mesmo para defendê-la dos outros alunos você se dignou, então não me venha querer bancar uma espécie de pai protetor agora.
- Ela é minha filha. – rosnou Snape enquanto se levantava para poder encarar o moreno nos olhos, os olhares de ambos travaram uma luta silenciosa até que Snape precisou desviar os olhos negros dos verdes.
- Você não parece ter estado muito presente na vida dela nos últimos anos. – disse Harry sabendo que estava proferindo palavras cruéis para o professor, mas achava que Snape precisava ser severamente sacudido. – Ms não precisa se preocupar mais professor, pois eu pretendo proteger Elizabeth a partir de agora, nem mesmo que seja contra o próprio pai.
Em seguida o moreno virou as costas ao professor e dirigiu-se para a porta da sala de DCAT saindo em seguida do aposento deixando um Severo Snape pensativo e bastante arrependido por todos os erros que tinha cometido em sua vida.
Agradecimentos especiais:
Luc Dragon: Fico feliz em saber que você gsota das minhas fic’s, Alma Sombria está apenas no começo e se eu conseguir colocar no papel o que eu andei planejando para ela, posso garantir que essa fic vai ser demais. Acho realmente que vai rolar Harry e Elizabeth, mas a fic em essência não é de romance, embora vai haver muitos momentos mais refinados dos dois.... espero que tenha gostado do capitulo. Abraços cara.
Silvia Cecil: Dumbledore tem mesmo bastante senso de oportunidade, até agora o Harry ainda não demonstrou até onde é capaz de ir, mas muito em breve ele vai deixar os professores e os pais pasmos com suas atitudes. Beijos.
James V Potter: Isso que essa luta foi apenas um aperitivo do que o Harry pode fazer, foram oito sonserinos que não deram nem mesmo para o cheiro, mas vai ser ainda melhor quando ele encarar alguns comensais da morte. Vou ser sincero com você, essa semana eu andei revisando mentalmente algumas coisas que eu andei planejando para a fic e percebi que ficaria muito fora de contexto se eu juntasse o Harry e a Hermione, então eu vou deixar como H/PO, mas para aliviar você eu adianto que estou começando a planejar uma nova fic, que em real não será de romance, mas estou começando a ajeitar para ser H/H, ou pelo menos vou tentar escrever. E sim, ainda vai ter mais encontros entre Harry e as cobras, espere para ver... Abraços cara.
Biank Potter: que bom que gostou da fic, mais um capitulo postado, espero que tenha gostado. Abraços.
xXxXxXxX: aí cara, ficou muito em cima da hora para eu conseguir escrever três capítulos dessas fics, principalmente porque elas estão entre os capítulos mais longos que eu atualizo, então eu vou postar a Apocalipse - O Anjo Negro hoje, espero que entenda. Mas para compensar eu prometo que dia 19/10, que é fora essa segunda na outra, eu posto um capitulo em cada uma dessas fics que você pediu. Fica minhas desculpas por não poder atender seu pedido agora.. Ah, FELIZ ANIVERSARIO CARA. Abraços;
Milton Geraldo da Silva Ferreira: capitulo postado, Abraços.
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