Capitulo 6 – Aulas e Luta
Capitulo 6 – Aulas e Luta
Harry viu e sentiu a surpresa não apenas da filha de Snape como também por parte dos outros alunos, mas não deu nenhuma atenção a eles. O moreno observou a forma como o corpo da garota ficou completamente tenso e em estado de alerta como se ela esperasse ser agredida a qualquer momento, o que o deixou enfurecido.
Sabia por experiência própria o que era ser o alvo de chacota e de desprezo dos outros, assim como o moreno também se lembrava dos maus tratos físicos que ele sofrera por parte de seus tios antes que eles descobrissem que ele era um bruxo.
- Olá. – disse Harry em tom baixo para que apenas a garota o escutasse e esperou pacientemente enquanto a morena erguia lentamente o rosto até que Harry pode encarar aqueles olhos negros e profundos, então o moreno sorriu. – Meu nome é Harry Potter.
E o moreno esticou a mão em direção a garota, novamente o moreno percebeu que o corpo dela se retraíra instintivamente, mas ela apenas observou a mão estendida do moreno antes de erguer a própria e aceitar a dele.
- Elizabeth Snape. – disse a garota em tom baixo enquanto olhava para os olhos do moreno, Harry percebeu que ela estava esperando algum tipo de reação negativa da parte dele e aquilo quase o fez perder o controle, mas o moreno segurou-se e apenas sorriu.
- É um prazer conhecê-la Senhorita Snape. – disse Harry em tom calmo e demonstrando que não se importava com quem ela era.
- Em alguns dias você vai me odiar como os outros. – ela replicou em tom baixo e resignado como se já estivesse acostumada com aquilo.
- Eu não sou como os outros. – disse Harry olhando diretamente nos olhos da garota que estremeceu com a intensidade que os olhos verdes a encaravam.
- Porque diz isso? – perguntou Elizabeth com a voz curiosa enquanto olhava para o moreno, não sabia explicar o motivo, mas algo fazia com que ela acreditasse nas palavras do moreno, era como se soubesse que podia confiar nele.
- Eu também já sofri muito Elizabeth. – disse Harry simplesmente em tom baixo e distante, mas antes que a garota pudesse replicar aquela declaração a porta da sala abriu-se e a figura imponente de Minerva McGonagall adentrou a sala.
- Bom dia turma. – a professora avançou pela sala com alguns livros em seus braços, assim como pena e pergaminho, ela caminhou até onde Harry estava sentado observando a aproximação da mulher e colocou o material em cima da mesa dizendo. – Os livros que você utilizará hoje, Senhor Potter. Deve deixar cada um deles com o professor depois de utilizá-lo, seus materiais escolares estarão disponíveis hoje a noite.
- Obrigado Professora McGonagall. – agradeceu o moreno em tom calmo enquanto olhava para a mulher que olhou estranhamente para o moreno.
- Por nada Senhor Potter. – respondeu McGonagall afastando-se da mesa onde o moreno estava sentado e dirigindo-se para a frente da turma. – Muito bem pessoal, como vocês sabem esse é o ano de NIEM’s e como sabem, esse exame definirá o futuro de vocês, então para aqueles que ainda tem a pretensão de se tornarem aurores, inomináveis ou medi-bruxos essa é a ultima oportunidade de aumentarem suas notas nos testes.
Os alunos estavam concentrados nas palavras da professora que virou-se de costas para os estudantes e dirigiu-se até sua mesa onde pegou o livro de chamada e começou a verificar a presença dos estudantes na aula.
- Muito bem. – disse McGonagall assim que terminou de realizar a chamada. – Esse ano trabalharemos com os temas mais complicados e difíceis referentes a transfiguração, que são: Transfiguração Humana, Animagia e Alquimia. Como hoje é o primeiro dia de aula decidi começarmos com uma introdução apenas, portanto quem poderia me responder algo sobre animagia?
Poucos alunos ergueram as mãos e entre eles estava Hermione e Elizabeth, para o moreno ver Hermione levantar a mão para responder a alguma pergunta era bastante comum, mas ficou curioso por a filha de Snape parecer ser tão inteligente.
- Pois não Senhorita Snape? – Minerva disse apontando a mão para a garota ao lado do moreno fazendo Hermione fechar levemente a cara, o que fez o moreno sorrir ligeiramente já que sabia como a “amiga” gostava de responder as questões.
- Um animago é um bruxo ou bruxa que pode ser capaz de assumir a forma de um animal. – começou Elizabeth falando com a voz baixa, mas alta o suficiente para que todos os alunos pudessem ouvir claramente. – Da mesma maneira que acontece com o Feitiço do Patrono, um bruxo não pode escolher sua forma animaga e somente ficará sabendo em que animal irá se transformar quando conseguir dominar o feitiço, o que normalmente leva vários anos. Quando um bruxo se torna um animago ele normalmente é obrigado a se registrar, cada bruxo pode assumir apenas uma forma animal e para a transformação acontecer não é necessária o uso de uma varinha ou a necessidade de dizer algum encantamento.
- Muito bem Senhorita Snape, dez pontos para a lufa-lufa. – disse McGonagall sorrindo para a garota antes de voltar os olhos para a turma. – Como a Senhorita Snape explicou, o processo para um bruxo se tornar um animago é extremamente complicado e demora algum tempo, por isso aqueles que desejam se tornar animagos precisam ser portadores de bastante paciência...
A professora continuou a aula, mas Harry ficou meio aéreo nos minutos seguintes pensando na explicação que Elizabeth dissera sobre a animagia, ela não estava totalmente correta, embora o moreno soubesse que muitos poucos bruxos sabiam sobre a existência da animagia múltipla e menos ainda eram aqueles que conseguiam alcançá-la.
- Senhor Potter... – ralhou a Professora McGonagall fazendo Harry olhar para a professora surpreso e tirando-o de seus pensamentos. – Já que minha aula não parece interessante aos seus olhos quer dizer que já conhece o assunto de cor, então você poderia explicar para seus colegas o motivo de o animal em que cada bruxo se transforma não poder ser escolhido?
- É simples professora, o animal em que cada pessoa se transforma reflete o seu interior, por isso não é possível se escolher a forma animaga em que se quer transformar. – explicou Harry em tom simples fazendo a professora olhar surpresa para o moreno.
- A maneira como fala mostra que tem conhecimento sobre o assunto Senhor Potter, então poderia presumir que você é um animago? – perguntou McGonagall com as sobrancelhas arqueadas e olhando intensamente para o moreno que apenas sorriu divertido quando sentiu a tentativa da professora de usar legilimência contra ele.
- Isso seria ilegal professora. – Harry replicou cheio de sarcasmo na voz enquanto devolvia o olhar intensamente. – A senhora não está querendo dizer que um mero aluno do sétimo ano teria experiência em magia o suficiente para se tornar um animago, ou está? Porque se está vou tomar isso como um elogio, professora.
- Potter’s. – disse McGonagall abrindo um pequeno sorriso no rosto. – Não importa a geração, vocês são todos iguais.
Balançando a cabeça McGonagall afastou-se da carteira do moreno e voltou a explicar para a turma a matéria, enquanto o moreno continuava apenas sorrindo enviesado, mas um toque suave em seu braço fez com que ele voltasse sua atenção para a garota a seu lado que o olhava tão fixamente que Harry pensou que ela o estava tentando hipnotizar.
- Você é um animago? – perguntou Elizabeth com a voz curiosa enquanto olhava para os olhos verdes do moreno, havia algo nele que lhe passava confiança e ao mesmo tempo segurança, talvez fosse pelo enorme vazio que ele tinha em seus olhos, um vazio que ela também possuía, algo que revelava a alma de ambos.
- Talvez. – respondeu Harry e a expressão de curiosidade frustrada que estampou-se no rosto da garota fez com que surgisse o primeiro sorriso verdadeiro no rosto do moreno desde que ele aparecera naquele lugar.
Enquanto continuava a dar a aula Minerva McGonagall não pode deixar de reparar no sorriso do moreno, assim como no fato de que ele sorria para Elizabeth, os dois pareciam ter esquecido da aula enquanto conversavam em voz baixa e a professora resolveu fazer vista grossa, pois sabia muito bem o que a filha de Snape já sofrera dos colegas e era bom ouvir e ver um sorriso no rosto da garota, sem contar que o garoto não parecia se importar com o fato de ela ser quem era, e Minerva sabia que Elizabeth precisava de alguém para protegê-la.
- Quero dois rolos de pergaminho sobre animagia em minha mesa na próxima aula. – disse McGonagall um segundo antes que o sinal do final da aula batesse.
Os alunos levantaram-se das carteiras e começaram a sair, Harry recolheu os livros que McGonagall havia lhe entregado e colocou o de transfiguração em cima da mesa dela antes de se aproximar novamente da mesa em que ele estivera sentado onde Elizabeth terminava de guardar os materiais em sua mochila.
- Vamos. – disse Harry parando ao lado da garota e esperando que ela o acompanhasse, então os dois passaram a andar juntos, o moreno já havia percebido que as duas turmas que Hermione havia falado eram fixas e portanto todos os alunos se conheciam e dividiam todas as aulas, mas nem naquele mundo Harry tivera a sorte de ficar longe do Malfoy.
- Você vai ficar bastante impopular se continuar andando comigo. – comentou Elizabeth enquanto seguiam os outros estudantes, no caminho muitos outros alunos os encaravam como se eles fossem criminosos.
- E quem liga para o que os outros pensam? – perguntou Harry em tom debochado enquanto olhava friamente para os alunos que estavam olhando torto para ele.
- Se você diz. – Elizabeth disse dando de ombros, não sabendo o que estava sentindo pela declaração do garoto, afinal ele estava ficando ao seu lado quando obviamente todos os outros alunos a desprezavam.
- Que aula temos agora? – perguntou Harry olhando para a morena que estava olhando para a frente onde um grupo de garotas estavam cochichando e apontando do moreno para ela, o que fez Harry suspirar em desdém.
- Poções. – respondeu Elizabeth calmamente enquanto voltava os olhos para o moreno. – Acho que você deveria se afastar de mim quando ainda tem tempo, as garotas estão loucas para tirar uma casquinha sua.
- Elas que se danem. – Harry disse em tom frio e desdenhoso, não tinha tempo para aquele tipo de coisa, afinal uma guerra estava acontecendo e ele precisava começar a agir o quanto antes ou então poderia ser tarde demais.
- Não está interessado em garotas? – perguntou Elizabeth surpresa enquanto olhava melhor para o moreno.
- Não em garotas fúteis e estúpidas. – disse Harry friamente, afinal ele já se cansara daquele tipo de atenção em seu próprio mundo, cansara de ficar com garotas que só queriam tirar um pedaço do grande Harry Potter.
Naquele momento eles chegaram em frente a sala de poções e depois de adentrarem a sala dirigiram-se para uma carteira que estava vazia e onde o moreno supôs que a garota se sentasse habitualmente, o moreno estava curioso para saber se Elizabeth sentava-se sozinha em todas as aulas, mas guardou suas duvidas para ele próprio.
- Bom dia turma. – disse Lílian assim que os alunos acomodaram-se em seus lugares. – Eu sei que vocês já devem ter ouvido o discurso, mas esse ano vocês terão de prestar os NIEM’s o que vai definir o que vocês serão quando saírem daqui, por isso esse ano iremos trabalhar mais intensamente nas poções. Preparem seus caldeirões e abram o livro de vocês na página quinze, vamos começar com as poções para antídotos de venenos. Agora, qual de vocês poderia explicar para a classe o que diz a Terceira Lei de Golpalott?
Assim que Lílian proferiu a sentença o moreno lembrou-se de uma aula de poções onde Slughorn fizera uma pergunta semelhante aquela, Harry lembrava-se muito bem o desenrolar daquela aula, por isso sorriu enviesado.
- Senhor Potter? – a voz de Lílian tirou o moreno de seus pensamentos e quando ele olhou para a professora a encontrou olhando-o.
- Sim professora. – Harry falou em tom calmo e respeitoso enquanto encarava os olhos verdes de sua mãe.
- Perguntei se você poderia explicar a turma o que diz a Terceira Lei de Golpalott? – perguntou Lílian pacientemente.
- A Terceira Lei de Golpalott diz que um antídoto para uma mistura venenosa será maior do que a soma dos antídotos para cada um de seus elementos. – respondeu Harry calmamente lembrando-se das palavras de Hermione.
- Muito bom. – exclamou Lílian em tom alegre e sorridente. – Cinco pontos para a sonserina. Agora, considerando a Terceira Lei de Golpalott como verdadeira, supondo é claro que tenhamos conseguido identificar corretamente os ingredientes do veneno através do Revelencanto de Scarpin o nosso objetivo principal não é a simples seleção de antídotos para os ingredientes por si só, mas sim encontrar o componente adicional que por um processo alquímico transformará esses elementos dispares em um antídoto.
Harry sorriu levemente para si próprio, sua mãe não negava que estudara com o Slughorn, afinal até mesmo a maneira de explicar o que eles deveriam fazer era parecida, mas o moreno também observou que alguns alunos estavam observando a professora como se ela fosse alguma espécie de alienígena, enquanto que outros prestavam absoluta atenção no que Lílian falava, entre esses alunos estavam Hermione e Elizabeth.
- Aqui em cima de minha mesa tem vários frascos contendo diferentes tipos de venenos. – disse Lílian apontando para a mesa onde havia vários vidros pequenos. – Vocês deverão criar um antídoto para o veneno que o frasco contém antes da aula terminar. Boa sorte e coloquem as luvas de couro de dragão. Qualquer duvida, não hesitem em me chamar.
Em poucos minutos todos os estudantes da turma dirigiram-se para a frente e pegaram um frasco de veneno, Hermione fora a primeira a se levantar e pegar um dos venenos, já Harry foi um dos últimos e ele pegou dois frascos, um para ele e outro para Elizabeth.
Harry e Elizabeth começaram a trabalhar em silêncio, cada um separava os ingredientes de seu próprio veneno. O moreno observava o que a garota fazia enquanto ele próprio acendia o fogo embaixo de seu caldeirão, havia separado cada um dos ingredientes do veneno em frascos separados e trabalhava simultaneamente em cada um deles.
Harry observou que Hermione balançava a varinha alegremente enquanto murmurava alguns feitiços não-verbais, o moreno viu Neville e Rony copiando tudo o que a garota fazia e naquele momento os dois falavam em voz baixa com a monitora, obviamente eles estavam pedindo conselhos sobre a poção a Hermione.
Havia também alguns caldeirões que pareciam estar cheirando a ovos podres ou a qualquer outra coisa parecida, o moreno observara o momento em que Lílian passara próximo aos caldeirões em questão e se afastara devido ao cheiro.
Elizabeth também trabalhava em silêncio e naquele momento os ingredientes do veneno dela estavam elegantemente separados em dez diferentes frasquinhos de cristal, o moreno sorriu ligeiramente percebendo que a filha de Snape não negava o talento que o pai possuía, Harry lembrava-se o quanto precisara estudar para se tornar bom em poções.
O moreno nem mesmo sabia porque motivo poções entrara no cronograma de treinamento que ele havia recebido, mas agradecia a Snape pelas aulas durante o seu treinamento, afinal agora ele era muito bom naquilo.
Naquele momento o moreno levantou-se e dirigiu-se até o armário onde ficavam os ingredientes que os alunos poderiam utilizar durante as aulas, assim que abriu o armário Harry retirou de dentro alguns ingredientes que seriam necessários e ainda pegou duas pedras de bezoar antes de se encaminhar novamente para sua mesa.
O moreno guardou as duas pedras de bezoar dentro do bolso de sua calça, afinal ela poderia muito bem vir a ser útil futuramente. Pouco a pouco a produção do antídoto para a poção foi evoluindo e logo Harry via a sua frente um liquido azulado, seu antídoto estava pronto, por isso em seguida o moreno colocou uma amostra da poção antídoto dentro de um frasco.
Assim que o moreno terminou de preparar seu antídoto voltou os olhos para a garota ao seu lado e a observou enquanto ela misturava os ingredientes no caldeirão, logo ela também terminou de preparar o antídoto, diferentemente do antídoto que o moreno havia preparado o se Elizabeth era de um tom verde claro.
- Muito bom. – disse Harry em tom baixo olhando para o frasco que Elizabeth havia acabado de encher com o antídoto.
- Obrigada. – disse Elizabeth e então voltou seus olhos para o moreno e observou o frasco que ele já havia separado e etiquetado, o liquido azul cristalino parecia brilhar enquanto ela observava. – O seu também parece excelente.
- Ora, obrigado. – agradeceu Harry com um pequeno sorriso no rosto, em seguida o moreno desviou seus olhos até onde Hermione estava e percebeu que ela também estava colocando o antídoto dentro de um frasco, já Rony e Neville pareciam estar desesperados por ajuda, aquilo fez Harry balançar a cabeça lembrando-se dos velhos tempos.
- Muito bem turma, a aula está acabando. – a voz de Lílian fez com que o moreno se virasse para a ruiva que se encontrava a frente da turma. – Aqueles que conseguiram terminar de fazer o antídoto, por favor, tragam-me as amostras aqui na frente. Agora aqueles que não conseguiram terminar de preparar o antídoto, coloquem mesmo assim uma amostra do que fizeram dentro de um frasco e tragam para mim.
Os alunos começaram a fazer o que a professora de poções havia pedido, Harry levantou-se primeiro e esperou que Elizabeth terminasse de arrumar as coisas dela antes de ambos se dirigirem juntos até a frente da sala onde Lílian recebia os mais diversos frascos.
- Olá Elizabeth. – disse Lílian com um sorriso quando a filha de Snape estendeu o frasco contendo o antídoto que ela fizera.
- Oi professora. – cumprimentou a garota esboçando um sorriso tímido enquanto olhava para a mulher ruiva.
- Como está indo, Harry? – perguntou Lílian olhando para o moreno e naquele momento o sorriso da mulher vacilou por um segundo.
- Estou bem. – respondeu Harry com a voz neutra enquanto olhava com curiosidade para sua mãe, ainda não sabia exatamente como agir nem com ela e nem com seu pai. – Acho melhor nós irmos andando ou acabaremos perdendo o almoço.
- É claro. – disse a ruiva com um sorriso, em seguida Lílian observou Harry e Elizabeth saírem da sala de poções.
Quando o moreno e a garota saíram no corredor da sala de poções o mesmo já se encontrava completamente vazio, pois os alunos já deveriam estar próximos do salão principal de Hogwarts para o almoço.
Enquanto andavam os dois começaram a conversar sobre banalidades, o moreno fazia perguntas ocasionais sobre aquela Hogwarts, também fez algumas perguntas referentes a guerra, a garota estranhara as perguntas que o moreno fizera e quando perguntara se ele não sabia nada daquilo Harry apenas respondera que vivera isolado nos últimos anos.
Os dois estavam quase chegando ao salão principal quando o moreno sentiu a aproximação de alguns alunos pelas costas de ambos e também pela frente, o que queria dizer que ele e a garota estavam cercados.
Harry parou no meio do corredor e segurou o braço de Elizabeth fazendo com que ela também ficasse imóvel, no segundo seguinte o moreno praguejou mentalmente pelo descuido tanto dele quanto do idiota do Dumbledore, pois a varinha do moreno estava com o diretor e Harry não queria demonstrar a ninguém que era capaz de usar magia sem varinha, pelo menos não tão cedo, afinal aquele detalhe poderia ser um trunfo mais para frente.
- O que foi? – a voz da garota fez com que o moreno olhasse para ela, foi quando Harry percebeu que ela olhava preocupada para os dois lados.
- É uma emboscada, estamos cercados. – disse Harry em tom baixo enquanto encarava a garota que agora tinha os olhos arregalados enquanto o observava, em seguida o moreno sussurrou. – Acho que eles estão atrás de mim, então assim que eles atacarem encoste-se a parede e use sua varinha caso seja preciso.
- Não, eu posso... – começou a falar Elizabeth, mas o moreno colocou dois dedos nos lábios dela antes de sussurrar.
- Deixe comigo. – disse Harry com determinação e a garota percebeu a confiança nos olhos dele, por isso apenas balançou a cabeça em concordância.
No momento seguinte Harry sentiu o primeiro feitiço estuporante sendo disparado contra ele, o moreno apenas desviou do jato de luz vermelha enquanto a garota encostava-se a parede e puxava a varinha, naquele momento um grupo de alunos saía do salão principal pretendendo fazer um piquenique nos jardins e puderam observar o que acontecia.
No momento em que Harry desviava do feitiço estuporante um grupo de cinco alunos da sonserina o cercaram pela frente enquanto o moreno sentia que outros três bloqueavam o outro lado do corredor impedindo uma possível fuga, como se ele realmente estivesse querendo correr quando na verdade estava ansioso para socar a cara de alguns sonserinos.
- Ah Potter, eu avisei pra você não insultar o Lorde das Trevas... – a voz debochada de Draco Malfoy fez Harry curvar os lábios em um sorriso de desprezo.
- Isso mesmo, vamos ensinar você a respeitar os seus superiores. – Harry ouviu a voz inconfundível de Blaise Zabini e seu sorriso depreciativo aumentou de tamanho.
- Vamos te ensinar a manter sua boca fechada Potterzinho. – o moreno ouvia o deboche e o sarcasmo na voz dos sonserinos, mas não estava se importando muito, pois naquele momento Harry analisava cada um dos idiotas que queriam atacá-lo.
- Acho que vocês falam demais. – zombou Harry olhando para o grupo de sonserinos a sua frente, que no momento da raiva atacaram.
Aquilo era exatamente o que o moreno queria, afinal os idiotas deveriam pensar que ao estarem em um numero mais elevado não teriam nenhum problema contra apenas ele e aquilo seria a perdição daquele bando de burros.
O primeiro feitiço que foi lançado contra Harry era um feitiço paralisante, o moreno desviou-se rapidamente fazendo o feitiço chocar-se contra a parede do castelo a suas costas, em seguida o moreno precisou desviar-se de mais dois feitiços a queima roupa antes de conseguir alcançar o primeiro sonserino.
Antes que o garoto pudesse pensar em lançar outro feitiço contra ele Harry segurou o pulso do sonserino e esmurrou o rosto do garoto, imediatamente o moreno sentiu o sangue em sua mão e soube que havia quebrado o nariz do garoto.
Antes mesmo de ver o sonserino cair no chão o moreno girou sobre seu próprio corpo e acertou um chute no rosto de um segundo garoto que voou contra a parede, em seguida Harry precisou esquivar-se novamente de um feitiço estuporante e de uma maldição cruciatus que um outro sonserino havia lançado.
- Crucio. – o sonserino que ele havia acertado um chute no rosto havia se recuperado e executado outra maldição cruciatus contra Harry, que desviou-se fazendo com que a maldição da dor acerta-se o sonserino com o nariz quebrado que estava no chão.
Pelo canto do olho o moreno percebeu que os outros três sonserinos estavam entrando na briga, eles eram ninguém menos do que Malfoy e seus dois capangas. Por isso em um rápido movimento o moreno acertou um chute no estomago do sonserino mais próximo e aproveitando-se do momento em que o garoto caiu ajoelhado no chão Harry pegou a varinha da mão dele e em seguida executou um rápido feitiço escudo bem a tempo de parar um feitiço negro.
- Você vai se arrepender por causa disso Potter. – a voz de Malfoy estava raivosa e descontrolada o que fez Harry sorrir friamente.
- Você não passa de um verme, Malfoy. – disse Harry observando os sonserinos levantando-se e se alinhando, alguns haviam se levantado com um pouco de dificuldade enquanto se colocavam em posição clara de ataque, aquilo apenas fez a adrenalina no corpo do moreno crescer enquanto esperava pelo primeiro movimento.
- Você vai engolir essas palavras maldito. – grunhiu Malfoy antes de lançar um feitiço estuporante no moreno que bloqueou, não apenas o feitiço do Malfoy como o dos outros sonserino que atacaram juntos.
Nem Harry e nem os sonserinos perceberam o momento em que vários alunos de todas as casas começaram a sair do salão principal para saber o que acontecia, pois o grupo de alunos que estava indo fazer um piquenique nos jardins haviam avisado os outros alunos sobre a confusão que estava acontecendo, naquele momento até mesmo o diretor e os professores estavam chegando no local, Dumbledore bem que pensou em lançar feitiços em todos os garotos para fazer com que eles parassem de duelar, mas poderia acabar machucando algum deles.
Harry estava absolutamente concentrado em seu duelo contra os sete sonserinos enquanto o oitavo se matinha um pouco afastado apenas observando o duelo que aquilo havia se transformado, mas acabou percebendo a presença dos alunos e dos outros assim que pode sentir a energia que se desprendia do diretor de Hogwarts.
Mesmo assim o moreno não se desconcentrou por nenhum segundo ficando inclusive atento a um possível ataque da parte do diretor ou de qualquer outro enquanto continuava se desviando e se defendendo dos feitiços que os sonserinos lançavam.
Como Harry não estava querendo demonstrar do que era capaz logo de cara estava duelando no mesmo nível de poder que os sonserinos possuíam, utilizando apenas o raciocínio rápido e a inteligência para vencer aquele duelo, mas naquele momento o moreno já estava começando a ficar entediado com aquilo e por isso decidiu terminar de vez com eles.
- Você não disse que me faria engolir minhas palavras Malfoy? – perguntou Harry com deboche defendendo mais um feitiço.
- Cala a boca. – gritou o sonserino arfando levemente, os olhos acinzentados do garoto brilhavam de ódio. – Crucio.
- Patético. – zombou Harry depois de desviar a maldição cruciatus com um feitiço mudo, em seguida Harry girou a varinha para a direita apontando para um outro sonserino enquanto gritava o feitiço. – Reducto.
O feitiço acertou o sonserino no peito e o mesmo foi jogado com violência para trás, o moreno não havia utilizado força o bastante para matar o garoto, apenas o suficiente para que o sonserino acabasse desmaiado.
Para quem observava as costas do moreno era um duelo fantástico, os feitiços voavam para todos os lados e aqueles que atravessavam o escudo protetor que Harry Potter conjurava eram barrados por movimentos simples que o diretor realizava com a varinha.
Harry atacou impiedosamente os sonserinos e conseguiu derrubar mais três com feitiços estuporantes restando agora apenas três deles com varinhas e ainda podendo duelar, entre eles Draco Malfoy e Blaise Zabini.
- Sectusempra. – a voz de Draco gritando aquele feitiço negro fez Harry ficar surpreso por um segundo, mas em seguida o moreno girou a varinha enquanto murmurava.
- Maximprotego. – um escudo azulado apareceu a volta do moreno e repeliu facilmente a maldição negra que chocou-se com Goyle, o sonserino imediatamente caiu para trás com cortes por todo o corpo e sangrando de maneira abundante.
- O que... – Draco gaguejou olhando completamente chocado para o moreno e por isso quase foi atingido pelo feitiço estuporante que Harry lançou nele.
- Crucio. – Zabini gritou novamente apontando a varinha para o moreno que novamente desviou a maldição da dor dessa vez fazendo com que ela retornasse a seu executor e mediatamente o sonserino caiu no chão berrando de dor.
No momento seguinte Harry lançou diversas azarações em cima dos dois sonserinos que mal conseguiram se defender de uma ou outra, quando o moreno finalmente parou de lançar os feitiços Draco Malfoy e Blaise Zabini estavam completamente irreconhecíveis, ambos possuíam chifres na cabeça, a pele deles estava multicolorida, o cabelo era em rosa chiclete e a pele estava cheia de furúnculos e bolhas, além dos dentes estarem enormes.
O moreno ouviu as risadas dos outros alunos e virou-se para onde eles estavam, em seu rosto havia uma expressão neutra e impassível quando ele se dirigiu até onde Elizabeth continuava parada e encostada na parede, a varinha dela estava na mão da garota e a expressão que havia no rosto da menina era de espanto.
- Esse exercício me deu fome. – a voz impassível do moreno cortou o silêncio que havia se instalado depois que as risadas de alguns alunos haviam sido silenciadas pelos professores. – Que tal irmos até o salão principal e comermos de uma vez?
- Acredito que antes você nos deva uma explicação Senhor Potter. – a voz de Dumbledore fez Harry parar o movimento que estava fazendo e em seguida virar-se e olhar diretamente para o diretor de Hogwarts.
Agradecimentos especiais:
Milton Geraldo da Silva Ferreira: que bom que gostou do começo cara, agora que as coisas vão começar a se desenvolver. Abraços.
Deco: Ai cara, eu estou legal e você? Realmente a fic vai começar a engrenar a partir de agora, até o capitulo foi maior do que os outros, as primeiras cenas de ação da fic, espero que tenha ficado boa. No próximo capitulo vai ter o encontro entre Harry e Snape. O Snape tem sim uma filha e já deu para perceber como ela é tratada em Hogwarts, esse assunto ainda vai dar o que falar. Realmente algumas pessoas vão se dar muito mal por cassoarem de Elizabeth, espere pra ver. Abraços.
James V Potter: Que bom que gostou do capitulo anterior cara, agora a “introdução” do Harry no meio dos alunos já chegou ao fim e agora as coisas vão correr. Nesse capitulo já teve um pouco de ação, espero que tenha gostado da surra que os sonserinos levaram, mas a briga ainda vai ter algumas repercussões. Bem, sobre sua observação sobre o Dumbledore, ele não vai mesmo apanhar do Harry, talvez levar alguns esculachos verbais e coisas assim, mas isso é o maximo que vai acontecer, não se preocupe. Quanto ao clima HH, de verdade eu não escrevi pensando em fazer algo assim, mas relendo eu percebi que você tem razão e ficou algo entre Harry e Hermione. Não sei realmente quem eu vou colocar como o par para o Harry, acho que nesse capitulo também ficou algo mais explicito entre Harry e a filha do Snape, mas eu realmente ainda não decidi. Então cara, não posso dizer que será HH ou HPO, eu acho que vai acontecer na hora certa. Tipo, eu tenho a fic definida em começo, meio e fim, agora o que acontece no decorrer já é outra coisa e se desenvolve sozinho. Abraços cara.
laurenita: Eu acho que não vai ter HG nessa não, apesar de eu não ter certeza de quem fica com quem, não pretendo colocar o Harry com a Gina nessa fic. Sinto muito. Beijos.
Próximas Atualizações: Dark Angel – O Inimigo dos Deuses e Apocalipse – O Anjo Negro.
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