Capitulo 2 - Encontros

Capitulo 2 - Encontros



Capitulo 2 - Encontros


 


 


Hogwarts estava calma naquela noite, a maioria dos estudantes se encontrava no salão principal esperando pelo inicio do jantar, mas alguns alunos ainda estavam nos jardins da escola aproveitando o final de noite e também o termino dos dias de folga que haviam tido, afinal no dia seguinte seria segunda feira e as aulas recomeçariam.


 


O dia havia sido ensolarado e a noite se encontrava amena, os estudantes aproveitavam para conversarem e se divertirem, embora a maioria matasse a saudade que haviam sentido dos amigos durante o período de férias.


 


Sirius caminhava pelos jardins da escola acompanhado de seu amigo Remus Lupin, os dois amigos observavam a felicidade dos estudantes enquanto conversavam sobre os últimos acontecimentos da guerra.


 


- Estamos ficando sem muitas opções Remus. – Sirius comentou com voz baixa e melancólica enquanto se lembrava dos tempos em que a maior preocupação que ele possuía eram as brincadeiras com os marotos e as garotas.


 


- Eu sei Sirius. – Remus suspirou meio frustrado enquanto olhava um grupo de primeiranistas rindo e se divertindo. – Eu gostaria de voltar a ser criança novamente e não precisar ter tantas responsabilidades.


 


- E você acha que eu não? – Sirius comentou de pergunta enquanto acenava para algumas garotas que abafavam risadinhas. – Pelo menos algumas coisas não mudaram.


 


- Agora você é um Professor, Sirius. Não pode dar em cima das alunas. – Remus disse repreendendo o amigo que sorriu marotamente. – Você não tem jeito mesmo Sirius.


 


Mas a resposta do animago foi cortada por um barulho forte e um clarão de luz negra que cobriu os jardins de Hogwarts, fazendo com que os alunos que se encontravam no local corressem gritando em direção ao castelo pensando que se tratava de um ataque de comensais da morte, Remus e Sirius também pensaram nessa possibilidade e sacaram suas próprias varinhas enquanto se aproximavam do local onde o clarão se iniciara e terminara em um piscar de olhos.


 


Para a surpresa de ambos os bruxos no local havia o corpo de alguém e quando chegaram mais perto ficaram chocados com a aparência da pessoa que estava jogada no jardim da escola. Remus ofegou surpreso e confuso ao mesmo tempo enquanto Sirius apertava sua varinha fortemente, até o ponto em que os nós de seus dedos começaram a ficarem brancos.


 


- Merlin. – Remus disse em tom incrédulo enquanto se aproximava do corpo estendido do que parecia se tratar de um garoto de dezoito ou dezenove anos.


 


- Não se aproxime Remus, deve ser uma armadilha. – Sirius falou segurando o braço do lobisomem que olhou surpreso para o amigo. – Não vê que ele é muito parecido com o Pontas, isso só pode ser uma armadilha de Voldemort.


 


- Eu acho que não, Sirius. – Remus disse se desvencilhando do amigo e se ajoelhando ao lado do corpo do garoto. – Ele está inconsciente, Sirius.


 


- Quem será que ele é? – o animago perguntou olhando curiosamente para o garoto desmaiado no chão que se parecia extremamente com seu melhor amigo, se não soubesse que era impossível diria que era o filho deles.


 


- Eu não sei, mas vamos levá-lo para a enfermaria. – disse Remus decidido recebendo um olhar incrédulo de Sirius, vendo isso Remus mostrou a varinha que estava com o garoto e a guardou em seu próprio bolso.


 


- Tudo bem. – concordou Sirius mesmo a contra gosto e em seguida viu o amigo conjurar uma maca, logo em seguida os dois ergueram o corpo do garoto e o colocaram em cima do objeto flutuante, então os dois bruxos se dirigiram em direção ao castelo sendo acompanhados pelo garoto que flutuava em cima da maca.


 


- Você avisa Dumbledore e os outros professores enquanto eu levo o garoto até Madame Ponfrey. – Remus falou olhando para Sirius que concordou com a cabeça antes de entrar em um corredor a direita enquanto o lobisomem seguia para a enfermaria.


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Tiago e Lílian estavam tendo uma conversa extremamente séria com Alvo Dumbledore, eles estavam discutindo as proteções que o castelo possuía e que naquele momento estavam um pouco frágeis, mas principalmente eles estavam conversando sobre o andamento da guerra, que não estava muito bem para eles.


 


Os tempos estavam difíceis e Voldemort estava cada vez mais poderoso e nem mesmo Dumbledore conseguia fazer frente com o Lorde Negro, o que o próprio diretor de Hogwarts já admitira. Mas eles acabaram sendo interrompidos pela agitação de alguns alunos que vinham correndo dos jardins e logo começaram a falar todos ao mesmo tempo.


 


Nas poucas frases que eles foram capazes de compreender entenderam que alguma coisa havia acontecido nos jardins da escola, então os três bruxos começaram a se encaminhar para fora do castelo já esperando o pior quando foram barrados por Sirius Black, que tinha uma expressão extremamente confusa no rosto.


 


- É melhor vocês virem comigo. – Sirius falou simplesmente enquanto olhava de maneira estranha para Tiago e Lílian.


 


- Do que se trata Sirius? – Dumbledore perguntou tentando decifrar o que o olhar que Sirius lançara para os amigos significava.


 


- Bem, já que não tem uma maneira melhor para dizer... – Sirius falou sem olhar para nenhum deles enquanto caminhava na direção da enfermaria. – Alguém acabou de literalmente aparecer do nada dentro dos jardins.


 


- Como assim alguém apareceu? – Lílian perguntou meio confusa, afinal sabia que aquilo era impossível.


 


- Aparecendo Lílian. – Sirius resmungou sem saber como dizer o resto para ele, por isso optou por adiar um pouco aquela informação. – Houve um clarão de luz negra e quando eu e Remus chegamos perto havia esse garoto inconsciente na grama.


 


- Que garoto? – Tiago perguntou curioso recebendo um olhar esquisito do amigo que havia olhado para ele por apenas um segundo.


 


- Vocês vão ver. – foi tudo o que o animago disse antes de entrarem pelas portas da enfermaria, imediatamente eles avistaram Remus próximo a um leito e ao lado dele estava a enfermeira examinando alguém.


 


Lílian, assim como Dumbledore, se aproximou da enfermeira enquanto Tiago e Sirius iam para junto de Remus que parecia ansioso. A exclamação chocada de Lílian e o ofego surpreso de Dumbledore fizeram com que Tiago virasse seus olhos para eles, o que o homem viu o deixou curioso o suficiente para se aproximar do leito e quando viu quem se encontrava inconsciente na cama também exclamou surpreso.


 


- Mas quem é ele? – Tiago deixou a pergunta escapar e se surpreendeu com a própria rouquidão em sua voz.


 


- Essa é uma boa pergunta. – Sirius falou em tom sério olhando para a palidez mortal no rosto do amigo.


 


- O nome dele é Harry Potter. – a voz de Madame Ponfrey fez com que todos se voltassem para ela olhando-a completamente estupefatos.


 


- O que disse? – Tiago perguntou incrédulo olhando da enfermeira para a esposa e depois para o garoto inconsciente.


 


- Eu disse que o nome dele é Harry Potter. – exclamou Madame Ponfrey rispidamente antes de baixar os olhos novamente para o garoto.


 


- Mas isso é impossível, ele não pode ser Harry Potter. – Sirius falou também se aproximando e se colocando ao lado de Tiago.


 


- Bem, não segundo isso aqui. – a enfermeira falou com voz triunfante enquanto retirava uma corrente com duas plaquetas do pescoço do garoto entregando o objeto para Lílian que era quem estava mais próxima da enfermeira.


 


- Harry Potter. Líder do Esquadrão da Morte. – a mulher ruiva leu em voz alta enquanto lágrimas escorriam pelos olhos esmeralda, em seguida ela olhou a segunda plaqueta e leu. – Mataremos a todos e que Hades os separe.


 


- Isso parece um lema de batalha. – comentou Remus com voz pensativa enquanto via o choque no rosto de todos os presentes, exceto a enfermeira que continuava examinando os ferimentos do garoto pacientemente.


 


- Quem se importa com o lema. – rosnou Tiago enquanto olhava para o rosto do garoto. – Eu quero saber porque ele tem o mesmo nome que meu filho.


 


- Essa também é uma boa pergunta. – Sirius falou seriamente.


 


- Eu nunca ouvi falar de nenhum Esquadrão da Morte. – foi o comentário de Lílian, pois ela não achava que pudesse dizer qualquer coisa a mais.


 


- Eu também não. – foi a resposta de Tiago e de Remus, enquanto Dumbledore olhava para o garoto de maneira pensativa.


 


- Sabe de alguma coisa Dumbledore? – Tiago perguntou com a voz esperançosa de que o diretor pudesse resolver aquele enigma.


 


- Sinto muito Tiago, mas eu não faço nenhuma idéia de quem ele seja, mas acredito que quando ele acordar possa nos dar algumas respostas. – a voz do diretor havia se tornado extremamente séria enquanto continuava encarando fixamente o rosto do moreno, ele estava tentando utilizar legilimência no garoto, mas mesmo com ele inconsciente era como chocar-se contra uma barreira de aço impenetrável.


 


- Então terá de esperar algum tempo diretor. – a voz da enfermeira soou séria e firme, surpreendendo os bruxos.


 


- Porque? – o diretor perguntou curiosamente sem nem mesmo tirar os olhos do rosto do moreno a frente.


 


- Por que é surpreendente que ele ainda esteja vivo depois de todos os feitiços que recebeu. – disse Madame Ponfrey com voz enérgica. – Eu nunca vi ninguém vivo depois de receber tantas maldições e feitiços negros, é simplesmente um milagre que ele ainda esteja respirando. E digo mais, quem o atingiu era muito poderoso.


 


- O que será que aconteceu com ele? – Lílian perguntou com a voz calma olhando para o rosto sereno do moreno.


 


- Eu gostaria de saber. – Madame Ponfrey disse meio contrariada. – Ele já está bem e vai se recuperar, sua magia foi praticamente drenada do corpo, quem lutou com ele com certeza saiu tão machucado como ele está agora.


 


- Me avise assim que ele acordar Madame Ponfrey. – Dumbledore falou sério virando-se e saindo pela porta da enfermaria.


 


- É melhor nós irmos também. – Remus falou enquanto puxava Sirius pelo braço, afinal os amigos precisavam ficar sozinhos.


 


- Mas eu quero ficar aqui, Remus. – resmungou Sirius, mas Remus não deu ouvidos ao amigo enquanto o puxava para fora da enfermaria.


 


Dentro da enfermaria Lílian e Tiago se abraçavam enquanto Madame Ponfrey desaparecia pelo outro lado indo para os seus aposentos, enquanto estavam se reconfortando nos braços um do outro lembraram-se do dia em que o bebê deles havia nascido morto, aquele dia fora extremamente triste para eles e ambos só haviam se recuperado quando Lílian descobriu que estava grávida apenas dois meses depois que Harry nascera sem vida.


 


- Porque isso agora? – Lílian perguntou com a voz abafada pela emoção e pelas lagrimas que derramava contra o peito do marido.


 


- Eu não sei meu amor. – Tiago disse em voz baixa e sussurrada, tentando confortar a mulher que estava arrasada. – Ele não é nosso filho Lílian.


 


- Eu sei. – disse a ruiva com a voz baixa, naquele momento o garoto na cama fez um movimento repentino com a cabeça chamando a atenção do casal de bruxos que olhou para o garoto que estava com os olhos abertos.


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Harry começou a retomar a consciência aos poucos, sentia seu corpo completamente dolorido e machucado, mas sentia que seus ferimentos haviam sido tratados e em poucas horas sabia que estaria perfeitamente bem.


 


Então Harry escutou uma voz estranhamente familiar ao seu redor e o fez enrijecer o corpo completamente, tinha certeza absoluta que aquelas eram as vozes de Remus e logo depois também ouvira a voz de Sirius, o que o deixara com vontade de levantar-se e abraçar o padrinho, mas o moreno tinha uma sensação estranha de que não seria bem vindo.


 


Alguns segundos depois ouviu movimento próximo a cama e colocou-se instantaneamente alerta, mas quase deu um pulo quando ouviu uma voz feminina suave e melódica embora ele conseguisse notar uma certa tristeza. Quase gritou quando reconheceu a voz de seu pai logo depois, então reconheceu a voz feminina como a de sua mãe, suas lembranças da noite em que eles haviam sido assassinados por Voldemort não eram claras, mas ele conseguia ouvir nitidamente as vozes de ambos, jamais poderia esquecê-las.


 


Quando ouviu a declaração de seu pai dizendo que ele não era filho deles, seu coração partiu-se em pedaços e somente então lembrou-se das palavras de Quantum, ali ele era um completo estranho e jamais deveria se esquecer de sua realidade, por isso resolveu encarar aquilo de uma vez e se mexendo abriu os olhos. O casal percebeu seu movimento rapidamente e em seguida o olhavam com certa curiosidade.


 


- Você está bem? – Lílian perguntou com a voz baixa e rouca enquanto tentava limpar as lagrimas que haviam escorrido pelo rosto dela.


 


- Sim. – Harry respondeu com frieza enquanto olhava a expressão dos pais com curiosidade, desejara sua vida toda poder conhecê-los, mas agora percebia que não estava pronto para aquele encontro, pelo menos não daquele jeito. O moreno teve sua atenção atraída para as mãos da mulher que seguravam algo fortemente entre os dedos e Harry identificou como sendo sua corrente com as plaquetas de reconhecimento, concluiu como eles haviam descoberto seu nome, em seguida o moreno levantou sua mão direita para Lílian e pediu com a voz gelada. – Será que você poderia me devolver minhas plaquetas, Senhora Potter?


 


- Sim, é claro. – falou Lílian praticamente em um sussurro enquanto entregava o que o moreno pedira, em seguida Harry colocou a corrente calmamente em seu pescoço e quando moveu-se para se levantar da cama reparou que se encontrava na enfermaria do castelo, mas pelo menos ainda vestia suas próprias roupas.


 


- Quem é você? – Tiago perguntou com a voz baixa falando pela primeira vez desde que o garoto havia acordado.


 


- Achei que havia ficado claro quem eu era. – Harry comentou ainda com a voz fria enquanto apontava para a corrente em seu pescoço.


 


- Nosso filho morreu quando nasceu. – Tiago disse com a voz embargada e cortante, o que causou uma careta em Lílian.


 


- E meus pais morreram quando eu era um bebê, então acho que estamos na mesma Senhor Potter. – Harry disse em tom frio e sarcástico, havia percebido a negação no pai desde o começo, portanto não teria nem um pouco de piedade com ele, ao contrario de sua mãe que parecia querer acreditar em um milagre.


 


- Deixem ele descansar. – a voz da enfermeira soou ríspida aos ouvidos dos três enquanto ela empurrava Lílian e Tiago para fora da enfermaria. – Podem voltar amanha para vê-lo se quiserem, mas agora ele precisa descansar.


 


Em seguida Madame Ponfrey obrigou o moreno a deitar e dormir, como estava exausto o moreno acatou as ordens da enfermeira imediatamente, e em poucos minutos ressonava na cama, embora seu sono não fosse exatamente tranqüilo, afinal as mortes de seus amigos estava muito recente na mente do moreno, mas principalmente a reação negativa de seus pais o deixara extremamente magoado e debilitado emocionalmente.


 


 


 


 


Agradecimentos especiais:


 


Haseo: Segundo capitulo postado cara, espero que tenha ficado bom. Abraços.


 


Black_Arkanus: que bom que gostou do primeiro capitulo. Abraços.


 


Jonathan: que bom que gostou do primeiro capitulo, mais um capitulo postado agora, espero que goste. Abraços.


 


GutoRo7: que bom que você gostou do começo da fic cara, mas já adianto que além do primeiro capitulo o resto é bem diferente da the world with me. Quanto a seu comentário sobre as fics, sinceramente cara eu não tenho certeza se foi inspirado algumas cenas dessa fic, porque como eu disse uma vez eu já sou um leitor desde o começo de 2007 e desde aquela época eu li centenas de fics, de todos os tipos, então acredito que meio que tenha ficado na minha cabeça algumas cenas e eu acabei colocando na historia, simplesmente acontece comigo. Quando eu escrevo, eu coloco para tocar varias musicas que eu gosto e deixo minha mente rolar cara e daí sai os capítulos. Sinceramente, eu acredito que provavelmente tenha me inspirado nessa e em outras fics em muitas cenas, mesmo que de maneira inconsciente. Quanto a Alterando a Historia, a Nick tem as idéias gerais da fic, mas eu digito no pc e dou uma refinada no texto dela e muitas vezes acrescento uma ou outra coisa, como o lance das varinhas tornando-se apenas uma que foi idéia minha, pois a Nick queria deixar o Harry com duas varinhas iguais. Espero que tenha respondido sua duvida cara. Abraços.


 


Toddy: isso ai cara, somente o primeiro capitulo que é ao estilo da O Mundo Sem Mim, mas daqui pra frente as coisas ficam diferentes, muito diferentes, afinal Lílian e Tiago estavam mortos na realidade do Harry. Agora, Quantum é uma fênix rei que decidiu que Harry seria seu parceiro, mas não exatamente para todos os lados, afinal uma fênix nunca está totalmente presa a alguém e ela apenas faz o que realmente quer, mas ele vai estar ao lado do Harry. Abraços.


 


BlackHawk: concordo com você cara, eu odeio fics em que o Harry é bonzinho demais. Simplesmente não cola com a situação dele, por isso odiei os livros seis e sete que ficaram uma porcaria na minha opinião. Essa fic espero que realmente seja tão boa quanto você está esperando. Abraços.


 


Kalih: que bom que gostou, espero que o segundo capitulo tenha sido se não pelo melhor, pelo menos tão bom como o primeiro. Beijos.


 


Silvia Cecil: como deu pra ver, o Harry já se encontrou com algumas pessoas inesperadas e outras esperadas, mas a recepção não foi exatamente o que ele gostaria. No próximo capitulo as coisas esquentam. Beijos.


 


 


 


 

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Comentários (1)

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