Marcela Krenin



Era 4:30 da madrugada,Alvo acordou pensando no jogo do dia anterior.Ele levantou,colocou as vestes e saiu do dormitório.Passou cauteloso pelo Salão Comunal para n acordar Derji,que dormia no sofá.Após andar mais ou menos uns 20 passos ao longo do corredor fora do Salão Comunal da Sonserina,avistou uma garota da Corvinal,um ano mais velha que Alvo,com cabelos castanhos escorridos,que chegavam até pouco acima dos cotovelos,e rosto jovial e generoso,ele a reconheceu,era Marcela uma garota que virou sua paixão secreta desde que viu seus olhos azuis claros penetrantes e derrubou seus livros aos pés dela quando ia a uma aula de Poções no ano passado.A garota estava deitada no chão,sem movimentos,respirava vagamente,Alvo deduziu que caíra no sono após a comemoração.
Alvo foi se aproximando,sentou-se ao lado dela,tentou acorda-la mas ela não reagia,depois de algumas tentativas ele percebeu que ao lado de Marcela tinha um resto de uma bomba de travessuras,mas não era uma bomba comum,era azulada,e e soltava um liquido também azulado de seu interior.Alvo estranhou o objeto,hesitou mas tocou no liquido,sua mão esquerda paralisou por completo,Alvo não sentiu mais os dedos,não conseguia movimenta-los,a mão pesou um pouco mas ele sustentou.
--Um veneno de paralisia externa,dentro de uma bomba,muito estranho--Alvo olhou em volta afim de encontrar algo que explicasse a situação,mas não achou nada--Será que o Pirraça seria capaz de fazer algo assim,ele é um "monstro" com brincadeiras mas não chegaria a este ponto.
Alvo começou a se preocupar,não sabia como Marcela teve contato com o veneno,nunca soube o que o veneno faz quando é ingerido.Procurou nos pensamentos um antídoto caseiro,até que encontrou.
"Ok,não cura totalmente mas ao menos libera a paralisia"-pensou Alvo procurando algo para encher de água.
Ele segurou em uma das hastes das velas do corredor,com força tirou-a com cuidado o bastante para não derrubar a vela.
--Ótimo,agora é só tirar a vela--Alvo colocou a vela ao seu lado,em pé e acesa--não tenho pano aqui,mas acho que sei como resolver.
Alvo deixou a haste ao seu lado e com a ajuda da mao livre e de sua boca arrancou cinco pedaços de suas vestes.Com a varinha encheu o recipiente, já separado da haste,com água e mergulhou os pedaços de pano lá dentro.Alvo levantou com cuidado o recipiente e sustentou-o sobre a vela durante alguns minutos.

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Já cansado de segurar,colocou o recipiente ao lado,colocou a mão paralisada dento da água.Lentamente Alvo começou a recuperar os movimentos e os sentidos da mão esquerda.Quando recuperou completamente o sentido percebeu que a água estava muito quente,Alvo rapidamente tirou a mão e teve vontade de gritar,mas resistiu.Ele pegou um pedaço de pano encharcado,colocou com dificuldade sobre o pescoço de Marcela,pegou outro e colocou sobre a testa da garota,pegou mais dois e colocou um em cada pulso,e o último Alvo teve mais dificuldades,ele teve que abrir as vestes da garota e por o pano quente um pouco acima do coração.


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Alvo esperou uns 10 minutos,até que percebeu um movimento mínimo dos olhos de Marcela.Ele aproximou seu rosto do dela para ter certeza do que tinha visto,a garota abriu os olhos lentamente,Alvo tirou o pano da testa da garota,ela e assustou um pouco com a visão do garoto sobre seu rosto,ela tentou falar mas sua boca não se mexeu o bastante,Alvo percebeu a tentativa e lembrou que esquecera de por outro pano menor sobre a boca dela.Alvo sentiu uma respiração forte e profunda,ele tirou o pano do pescoço dela,mas a garota ainda não conseguia falar e isso a deixava nervosa.
Alvo pensou em um jeito de faze-la falar,mas não tinha como,ele teria q esperar outro pedaço de pano esquentar e isto demoraria.Alvo hesitou ao pensar numa solução,mas antes que pudesse mudar de idéia seu impulso falou mais alto e Alvo a beijou.
Marcela começou a ter novamente o movimento total da boca,assim como a das mãos e dos braços,quando sentiu que podia se mexer segurou Alvo pelo braço e separou-o.
--Vc ta louco?!?!?!
--Ahn,não estou.--Alvo ficou constrangido mas criou coragem e disse--Não estou louco estou apaixonado!
--Apaixona...?--mas antes que ela pudesse completar Alvo voltou a beija-la.
Marcela,desistiu de tentar separa-lo e retribui com uma certa intensidade o beijo.
Alvo levantou-se e ajudou Marcela,ela mal podia andar pois suas pernas ainda não estavam totalmente funcionando.Os dois já não estavam tão vermelhos,e Alvo explicou à garota toda sua história sobre gostar dela e etc.
--Vamos até o Salão Principal,o café já deve estar na mesa e os professores também.
--Mas,Alvo o que vc quer com os professores?--perguntou Marcela um pouco confusa.
--Quero que o Prof.Slem faça a poção curativa para a paralisia.
--Mas vc não me curou?
--Não,isso é só parte da cura,se vc não tomar a poção em 3 horas seu corpo vai paralisar novamente.--afirmou Alvo com grande certeza.
--Ahn,entendo--disse Marcela um pouco insegura.
Alvo percebeu a insegurança e tranquilizou-a:
--Não se preocupe,de poções eu entendo!


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Os dois chegaram ao salão Principal,devagar foram ao encontro do professor de poções,era um homem não muito velho,careca e um tanto gordo,por acaso neste dia ele não estava dormindo enquanto esperava o café da manhã aparecer.
--Vamos lá Marcela,tivemos sorte dele estar acordado.
--Ook,quanto mais rápido melhor né?!
--Claro...
Eles chegaram à mesa dos professores,Alvo pediu que Marcela esperasse e se dirigiu ao Prof.Slem.
--Professor,eu preciso da sua ajuda...
--Minha ajuda Sr.Potter?
--Sim,é que a Marcela foi atingida por um daqueles venenos de Paralisia Externa,um veneno de cor azul,um azul claro...
--O que?!Azul claro,Paralisia Externa,um veneno de Gnidya!
--Gnidya?
--Exatamente,eu expliquei sobre as Gnidyas em minha aula,o senhor não prestou atenção,estou certo?
--Me desculpe professor.Mas,me diga,o que é uma Gnidya?
--Gnidya,Sr.Potter--Começou o professor,um pouco irritado--É um tipo de serpente,longa,com pele levemente escura,com manchas brancas em formas diversas,sua cabeça é fina e seu veneno é tão poderoso que paraliza a vítima só de toca-lo.A Gnidya é muito rara,e ,com muita sorte,é encontrada em florestas muito densas da região da Grã Betanha.
--Ahn,entendo!!--Alvo se deu conta de que Marcela estava esperando pela poção e disse--Professor,eu preciso que faça a poção contra esse veneno,senão a Marcela poderá ser paralisada de novo,e minha mão também...
--Ook,vamos à minha sala,lá eu tenho um pouco da poção que servirá até eu vaze-la por inteiro.E outra coisa,como vc pôde ser tão idiota de colocar a mão naquele veneno?Com todo o respeito...
Alvo não respondeu,percebera o que fizera,ele chamou Marcela e os três foram em direção à sala de Poções.
Quando chegaram,Slem pediu que os dois fiquem sentados em carteiras perto de sua mesa.
--Tome este pouco que eu ainda tenho--disse o professor entregando à Marcela um copo com um liquido avermelhado dentro.
--Obrigada--agradeceu a garota com um tom de nojo.
--Tome logo Marcela,é esquisito mas é o melhor.--sussurrou Alvo ao ver a expressão de Marcela.
Ela tomou o liquido,não tinha muito gosto no inicio,mas então veio um azedo,e seu corpo começou a se esquentar por inteiro.
--Sensação estranha...Eu vou ter que tomar mais disso?!?!?!?!?--Assustou-se Marcela ao ver o Prof.Slem fazendo a poção.
--Vai sim,mas é para o seu bem,então não reclame--Disse Slem um pouco irritado.
--É verdade Marcela,por favor se acalme--sussurrou Alvo ao ouvido da garota.
Slem puxou Alvo para perto e sussurrou ao seu ouvido:
--Afinal Sr.Potter,como você fez para tirar a paralisação da boca da Srta.Krenin ,já que você não poderia usar o mesmo método que usou no resto do corpo?
--Bom,--Alvo envergonhou-se--eu...eu...
--Já entendi--disse o professor,sorrindo,ao perceber a vergonha do aluno
--Hehehe,bom agente faz o que pode nessas horas--Alvo sorriu ainda envergonhado.
--Ahn,professor,o resto da poção já esta pronta?--perguntou Marcela para quebrar o silencio.
--Ainda falta um pouco Srta.Krenin,mas logo ficara pronto.
Após 1 hora de espera, a poção ficou pronta,Marcela bebeu-a e então ela e Alvo agradeceram ao professor e foram ao salão Principal,afinal em meia hora seria servido o almoço.

--Alvo,onde vc estava?!?!?!?!--Vinha ao seu encontro,Rosa,preocupada--Nós te procuramos por toda parte ,ficamos preocupados...
--Hora Rosa,o que poderia ter acontecido de mais comigo heim?
--Não sei,depois daquele ataque dos Calgacios qualquer coisa pode acontecer não é?
--Ahn,bom é mas nun aconteceu nada.--Alvo se lembrou do dia do ataque,ignorou e foi com Marcela em direção à mesa da Sonserina.
--Humm,ele podia ter explicado melhor--sussurrou Rosa pra si mesma--mas deixa pra lá,e o que será que a Krenin ta fazendo com ele.
Rosa se dirigiu a mesa da Grifinória com um pouco de desprezo com relação a Marcela.

--Hey,olha só quem voltou!!!--Disse Jerry ao ver Alvo chegando.
--E pelo jeito não voltou de mãos vazias--sussurrou Fronier à Jerry ao ver Marcela segurando de leve no pulso de Alvo.
--Oi pra vocês,eu estava com o Slem,a Marcela foi paralisada por um veneno de Gnidya.Sorte que eu conheço um pouco sobre ele,e levei-a rapidamente ao professor para fazer a poção.
Os dois se sentaram Fronier e Jerry se levantaram e chamaram Marcela para perto
--O que ouve?--Perguntou Marcela meio confusa.
--Olha--começou Fronier--Eu sei q o Alvo não vai contar nada...
--Mas sabemos que você poderia contar para nós--Continuou Jerry--e então,o que rolou entre vocês?
--Ahn...--Marcela envergonhou-se--não sei do que vocês estão falando.
--Aff,claro que sabe--Confirmou Fronier.
--Vamos diga,ninguém vai precisar saber--Completou Jerry chegando Marcela mais pra perto dos dois e deixando Alvo,July e Rosa,que olhava de longe,com ciúmes.
--Não sei!!!--reafirmou Marcela com um pouco de raiva .
--Ta bem--Falou Fronier.
--Mas não se preocupe,agente descobre--Continuou Jerry sorrindo.
Os três se afastaram,cada um foi se sentar ao lado da namorada,(e namorado).
--Marcela--Começou Alvo--eu gostaria de lhe pedir uma coisa...
--Pode falar--Disse Marcela curiosa.
--Ahn,você quer ir a Hogsmead comigo no sábado?
--Claro!!!--Respondeu Marcela sem pensar duas vezes.
--Mais uma coisa,tem problema se Jerry,Fron,July e a Rosa forem também?
--Não,problema nenhum.
--Ótimo,então ta combinado.


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