Capítulo 7






A luz do sol esquentava o rosto de Ginevra. Lentamente, ela abriu os olhos, acostumando-se à claridade da manhã. Outro dia ensolarado. Ela abriu os braços e espreguiçou-se. Um banho rápido e estaria pronta para pegar o avião de volta para casa.


Levou alguns segundos para perceber onde estava. Não era a luxuosa suíte do hotel cinco estrelas que dividia com o pai. Estava no palácio. No quarto do príncipe Harry. Na cama do príncipe Harry.


Como chegara até a cama? Lembrava-se de que escondera-se no armário. Certamente adormecera, e o príncipe Harry le­vara-a para a cama.


Ela sentou-se na cama. Olhou ao redor. Nem sinal do prín­cipe. Só se...


Lembrou-se do sonho. Sonhara que o cavaleiro com armadura reluzente tomara sua mão entre as deles, jurando amor eterno. No sonho, não era um cavaleiro sem rosto. Era o príncipe. Fantasia e realidade fundiam-se, deixando-a ainda mais confusa em relação ao príncipe. Sentir-se atraída por ele, era uma coisa, mas sonhar com ele? Não, decididamente, era loucura.


Ouviu o som de vozes vindo do banheiro. Talvez, um criado de quarto para ajudá-lo a vestir-se. E se o príncipe não estivesse vestido? Só faltava deparar-se com aquele homem magnífico enrolado numa toalha! Ou pior, nu!


A porta do banheiro abriu-se. Uma morena atraente, de pele bronzeada, saiu de lá, seguida por duas jovens sorridentes.


— Bom dia, srta. Weasley. Sou Delia — apresentou-se a morena. — Estas são minhas assistentes, Elise e Faye.


De minissaia vermelha e blusa justa, Delia não parecia go­vernanta, nem empregada. Pelo menos, não do tipo que a mãe de Ginevra admitia. Quem seriam elas? Modelos ou atrizes?


—  Dormiu bem, srta. Weasley?


—Muito bem, obrigada.


—Está pronta? — Delia perguntou, uma ponta de expec­tativa na voz.


Imediatamente, e por motivos óbvios, Ginevra lembrou-se de costumes bárbaros, como a guilhotina, por exemplo. Aquelas mulheres iriam prepará-la para cortarem-lhe o dedo para re­cuperar o anel! Era a única coisa que fazia sentido. Seu dedo era um caso perdido.


Com a mão direita, Ginevra pegou as luvas que estavam na mesa de cabeceira. Escondendo-as sob os lençóis, vestiu-as sem pressa.


Faça-se de boba! Finja que não sabe o que está acontecendo.


—Pronta para quê?


—Para tirarmos suas medidas. — Delia sorriu, deixando à mostra os dentes alvos e perfeitos. Com maxilares proeminentes e feições exóticas, ela poderia brilhar nas páginas da Vogue. — Precisamos começar logo o seu vestido, se quisermos terminá-lo a tempo.


Medidas? Vestido? E o anel? Talvez ela ainda estivesse sonhando.


— Não estou entendendo.


Faye aproximou-se sorrindo também.


—Sua Alteza não contou que viríamos?


—Não, não contou nada.


As três mulheres trocaram olhares intrigados, e Elise mur­murou algo. Delia fez um gesto evasivo com a mão.


—Deixe para lá. Entendo perfeitamente o esquecimento dele, agora que a conheci. Sua Alteza deve ter outras coisas em mente. Afinal, ele é homem! — Ela revirou os olhos e riu. Depois, baixou os olhos. — Perdoe-me, srta. Weasley. Eu não deveria falar assim sobre o príncipe Harry.


—Não se preocupe — Ginevra tranquilizou-a, simpatizando com Delia. — Minhas amigas e eu também fazemos piadas sobre os homens. Costumamos chamar o cromossomo Y de mutação genética. Um erro ou uma brincadeira de mau gosto, dependendo de sua perspectiva.


Aliviada, Delia sorriu.


—O marquês tem razão.


—Como assim?


—Ele disse que você fará bem a San Montico. Entendo o que ele quer dizer. — Delia estalou os dedos. — Meninas, ao trabalho!


Elise tirou um caderno de medidas do bolso. Faye tirou amos­tras de tecidos de uma sacola. As três olharam para Ginevra.


Acho que está na hora de me levantar.


Ginevra saiu da cama e Faye expôs as amostras diante dela. Com a fita métrica, Elise foi tirando as medidas enquanto Delia as anotava.


— Vamos desenhar um vestido que acentue suas curvas — comentou Delia.


Ginevra corou.


— Agradeço a oferta do vestido, mas não posso aceitar.
       Elise e Faye arfaram. Delia franziu o cenho.


— Oh, eu pensei...


Ginevra apontou para o vestido verde. O príncipe Harry colocara-o na cadeira.


— Tenho o vestido que usei ontem à noite.


— É bonito, mas não poderá usá-lo de novo.


— Não? —Ginevra perguntou.


— Não. Causaria um escândalo — explicou Faye, mostrando-lhe uma amostra de seda branca. — O que acha deste?


Ginevra tocou no tecido valioso.


— E lindo, mas não posso...


— Acho que você ficará muito bem com seda natural —Faye sugeriu.


— Mas esta cor... — Ginevra hesitou.


Delia fez alguns rabiscos num bloco de desenho.


— Marfim é uma boa escolha, mas geralmente as noivas preferem o branco.


Noivas?


Aparentemente sem perceber o espanto de Ginevra, Delia continuou:


— É o seu vestido de noiva e, claro, queremos que se sinta muito feliz.


Ginevra não ouvira direito. Claro que não.


— Meu... ve... ve... vestido de noiva?


Difícil de acreditar, não? A ilha toda está exultando de alegria. Há muito estamos esperando por esse dia. — Delia sorriu e apertou o bloco de desenho de encontro ao peito. — Pense apenas que, dentro de uma semana, você estará casada com o príncipe Harry.













N/A: Oi! Mais capitulos para vocês, gente essa semana é muito especial para mi, dia 17 é o meu anivessario to ficando mais velha. E no dia 18 faz um ano que eu comecei a posta fics, nossa como passou rapindo.


E para comemora vai sai mais duas fics novas uma H/G e outra J/L. Afinal são muito motivos para comemora.


Obrigada pelos comentarios beijos e até!

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