Capítulo 11
CAPITULO XI
Harry abriu a porta para sair, hesitou, entrou de novo e fechou a porta. Foi ao encontro de Gina, sentada no sofá com os pés sobre a mesinha.
— Tem certeza de que não quer que eu chame alguém da sua família para ficar com você enquanto estou fora? — indagou, preocupado. – Ainda acho que você devia ficar n’A Toca...
— Harry, ficarei perfeitamente bem aqui sozinha. Estou seguindo todas as instruções de Hermione. Certo? Amanhã é véspera de Natal, assim, vou ficar aqui, vegetando. Certo? E você volta amanhã à tarde. Certo?
— Certo — concordou ele, passando a mão nos cabelos, deixando-os mais espetados e revoltados do que o normal. — Gostaria que estivesse com seus pais hoje, em vez de amanhã à noite.
— Meus pais vão me sufocar e…
— É isso que os pais fazem, não?!
— Harry, "xô"! Você vai perder a chave do portal, terá de esperar outra, vai chegar atrasado a Liverpool, perder a reunião com os aurores de lá. Todos querem estar em casa no Natal.
— É, por causa do feriado, todos querem estar em casa, até as chaves de portal estão congestionadas, só consegui uma para voltar amanhã à tarde. — Harry meneou a cabeça. — Não preciso realmente ir nessa reunião. Não vou. Não. De jeito nenhum.
— Oh, céus! — Gina revirou os olhos. — Prometo que nem vou me mexer enquanto você estiver fora. Você me ensinou a usar o DVD trouxa, peguei o Uma linda mulher e mais alguns, mais revistas e livros para durar seis meses. Os armários estão cheios! Harry, sua preocupação é tocante, eu estou comovida e tudo o mais – disse, revirando os olhos novamente – eu vou ficar bem. Agora… vá.
— Bem…
— Vou ficar aqui, apreciando nossa bela árvore de Natal. Nosso filho vai adorar ouvir como você decorou a árvore, seguindo minhas instruções aqui do sofá. Quando você colocou o anjo no topo, olhou para mim e disse: "Vamos batizar nosso bebê de Tiago". Ohh, foi tão meigo…
Harry riu.
— E você chora sempre que recorda isso. Está bem, Gi, eu vou. Tem o espelho por perto né? Pó de flu em lugares estratégicos... — Inclinou-se, beijou-a na testa e afagou-lhe a barriga. — Até, Tiago Sirius. Seja bonzinho com a mamãe. Você é o homem da casa agora.
— Minha mãe vai pular quando souber que vamos dar esse nome ao bebê.
— Gina... Tem certeza que você não se importa, podemos pensar em outro. Para mim é muito importante ter o nome do meu pai, mas não quero impor esse nome. Pode ser Tiago Arthur... Ou, sei lá... Você disse que gostava de Patrick, Matthew...
— Eu amei Tiago Sirius, é uma justa homenagem. E, depois George deu o nome do papai ao filho dele, Freddy Arthur — confirmou Gina. — Até, Harry.
Harry agachou-se perto do sofá.
— Vou ficar pensando em você e no Tiago — jurou. — Cuide-se, Gi.
— Vou me cuidar — prometeu ela, suave. — Não se preocupe.
Harry suspirou e levantou-se.
— Estou indo. Eu te chamo, à noite, pela lareira do hotel.
— Adeus...
Quando Harry saiu do apartamento e fechou a porta, fez-se silêncio, e Gina franziu o cenho.
— Bem, aqui estamos nós, Tiago Sirius. Quer ver Richard Gere? Tiago Sirius… o quê? Seu pai e eu não decidimos como vai ficar todo seu nome completo. Tiago Sirius Weasley-Potter? Que nomão para um garotinho. Oh, bem, há tempo para pensarmos nisso.
Fitou a árvore de Natal.
Se as coisas fossem diferentes, podiam se chamar todos Potter. Uma família. Gina, Harry e Tiago Potter. Uma família. Pai, mãe e bebê. Marido, esposa e filho. Não, não valia a pena debater-se com o que não aconteceria.
Havia decidido que esperaria o bebê nascer para conversar com Harry sobre “eles”, isso lhe daria algumas semanas para lhe preparar...
— Não devaneie, Gina — aconselhou-se, e pegou uma revista da pilha a seu lado. — Oh, veja estas delícias de Natal! Esqueça. Vou assistir ao meu filme…
Mais tarde, naquela noite, Gina sorriu ao ver as chamas verdes da lareira sumirem após conversar com Harry. Levantou-se com uma certa dificuldade, estava sentido uma dorzinha enjoada nas costas. Não lembrava quando essa dor havia começado, iria dormir e ela sumiria. Deitou-se, mexeu-se na cama até encontrar uma posição confortável, mas a dorzinha continuava ali. Talvez devesse chamar Hermione. Nhá! Não era para tanto! Se fossem contratações seria mais forte e ainda faltava pelo menos seis semanas para o bebê nascer... Então não devia se preocupar!
Harry parecera tão satisfeito consigo mesmo, pensou, fitando a escuridão. Os aurores com quem ele se encontrara haviam aceitado a sugestão dele sobre as novas diretrizes das investigações de Comensais da Morte, um plano bom, considerando que a que não havia nenhuma ameaça eminente no ar.
Contou a Harry tudo o que fizera desde que ele partira, detalhando cada porção de refeição sem sal que ingerira. Mas ocultou a dor incomoda.
Bocejou, sentiu as pálpebras pesadas e adormeceu.
Três horas depois, Gina abriu os olhos e imaginou vagamente por que despertara. No momento seguinte, perdeu o fôlego ante a dor que lhe atravessou o corpo.
Quando a pontada diminuiu, respirou fundo e tentou se acalmar.
O que quer que fosse, acabara. Podia relaxar e voltar a dormir…
— Oh! — exclamou ao sentir outra pontada atroz.
Agarrou-se ao cobertor com força até a agonia terminar e, então, sentou-se na cama. Ao levantar-se, um fluxo de líquido ensopou sua camisola e o carpete.
— Oh, céus, não! — sussurrou. — A bolsa de água rompeu. — Levou a mão à barriga. — Tiago, não, ainda não, querido. É muito cedo. Você não pode chegar ainda. Harry. Oh, céus, Harry, preciso de você. Por favor, Harry.
Acalme-se Gina, Lumus — convenceu-se, enquanto acendia a varinha.
Sentou-se na beirada da cama, e pegou o pedaço de espelho. Depois de várias tentativas, lamuriou-se e tentou mais uma vez. Hermione atendeu logo:
— Dra. Weasley.
— Hermione? É Gina. Oh, Hermione, minha bolsa de água se rompeu e estou tendo dores agudas, é muito cedo para Tiago nascer e…
— Calma, calma. Peça a Harry para levá-la ao hospital imediatamente. A gente se encontra lá.
— Harry não está aqui… Teve de ir a Liverpool rápido. Ele não está aqui, Hermione!
— Está bem. Gina, não se desespere, ouviu? Vou mandar uma ambulância mágica aí. É o modo mais seguro. Desfaça os feitiços de segurança para que os enfermeiros possam entrar. Não se incomode em se vestir, apenas troque a camisola. Está entendendo?
— Desfazer os feitiços. Camisola nova — repetiu Gina, assentindo. — Mas e o bebê? Ele não devia nascer ainda, Hermione.
— Tiago obviamente não quer perder a festa de Natal — brincou Hermione. — Vou estar com a equipe especializada em alerta, Gi. Tiago vai receber o melhor atendimento possível, prometo. Agora, se apronte para darmos início ao show.
— Está bem… até.
Gina largou o espelho e abraçou-se quando outra contração começou. Depois que a dor diminuiu, pegou novamente o espelho. Dali a minutos, chorava enquanto Harry se afligia no outro lado:
— COMO ASSIM O BEBÊ ESTÁ CHEGANDO?!
— Harry, o bebê está chegando. Agora. A bolsa de água se rompeu, e Hermione vai mandar uma ambulância mágica, mas estou tão assustada porque ainda é muito cedo. Não está na hora, Harry, ele vai nascer tão pequeno e…
— Gina, tem certeza de que… Ah, raios, claro que tem. A bolsa de água se rompeu. Estou voltando… de algum modo. Vou pegar um avião trouxa, nem que tenha de sequestrar um. Oh, céus, Gi, lamento não estar aí com você. Eu… lamento tanto, Gi! Eu te amo, estarei aí o mais rápido possível, e Tiago vai ficar bem… você vai ver. Eu te amo, Gina, de todo o coração.
— Também te amo, Harry — respondeu Gina, chorando bastante. — Te amo muito. Preciso de você aqui comigo, porque você é minha alma gêmea, este é o nosso bebê, e… apresse-se, Harry. Por favor!
— Estou indo! — exclamou ele, e desligou.
— Seu papai está vindo — murmurou Gina, soluçando. — Ele está a caminho para nos ajudar,Tiago. Desfazer os feitiços. Trocar a camisola. Eu posso fazer isso. E Harry vai chegar… logo. – Pegou sua varinha e concentrou-se nos feitiços...
Quatro horas depois, Harry saía correndo do elevador na ala de maternidade do Hospital St Mungus direto para o balcão de informações. Tinha os cabelos desgrenhados – mais do que o usual — e a camisa para fora da calça, aparecendo sob a jaqueta de inverno.
— Eu sou Gina! — anunciou, sem fôlego. — Não, não é isso. Sou Harry. Harry Potter, e estou aqui. Consegui. Aluguei um jatinho e… Onde está Gina? Preciso vê-la, estar com ela, avisá-la de que estou ao seu lado e… Onde colocaram Gina?
A enfermeira de plantão sorriu.
— Harry Potter??? Calma, papai, ou vai acabar em uma cama de hospital também. — Consultou o livro de registros. — Não tenho nenhuma Gina Potter neste andar.
— Não, não, é Gina Weasley. Minha cunhada é a médica… Hermione Weasley.
— Ah. Sim, Ginevra Molly Weasley. Aqui está ela. — A enfermeira o encarou. — Fique ali na sala de espera, vou informar a Dra. Weasley de que está aqui.
— Mas… — Harry respirou fundo. — Está bem, está bem, mas apresse-se, sim? Por favor!
— Sim, vou me apressar. — A enfermeira indicou a sala de espera. — Vá.
Harry tomou o corredor resmungando. Entrou na sala e estacou tão de repente que quase capotou.
Estavam todos lá. Os Weasley’s. Um representante de cada família, mais Molly e Arthur e Andrômeda Tonks.
Com o coração aos pulos no peito, meneou a cabeça, sem fala por um momento. Molly se aproximou e o abraçou.
— Você conseguiu, querido. Isso é maravilhoso, e vai significar tanto para Gina…
— Sabe de alguma coisa? — indagou Harry. — O que está acontecendo? Como está Gina? Ah, onde está Gina? Raios, nunca devia tê-la deixado sozinha. Ela está tão assustada, tão… E o bebê… É tão cedo para Tiago nascer, Molly. Ele vai nascer pequeno e…
— Calma, mano — recomendou Rony, aproximando-se. — Não vai ajudar Gina se continuar nervoso assim. Hermione esteve aqui e disse que a equipe especializada está em alerta para cuidar do bebê assim que nascer. O trabalho de parto está correndo sem complicações. Cara, Hermione está lá... Bom, minha mulher é ótima nesse negócio de trazer bebês ao mundo.
— Mas…
— Harry Weasley? — chamou a enfermeira da porta.
— POTTER! Eu! — gritou ele, voltando-se.
A enfermeira estendeu uma capa verde.
— Não há tempo para vestir a roupa completa. Estenda os braços, vista isto e acompanhe-me à sala de parto. Faltam umas duas contrações para você se tornar papai.
— Oh, céus!
— Vá — incentivou Rony, dando-lhe um tapa nas costas.
Foi tudo muito rápido. Harry mal se lembrava de ter vestido a capa verde e acompanhado a enfermeira apressado. Entraram em uma sala iluminada cheia de gente com roupa branca. Alguém lhe apertou o ombro, sentou-se numa banqueta e viu-se diante de Gina.
— Gi?
Ela voltou a cabeça.
— Oh, Harry… Oh, Harry, você está aqui. — Ergueu uma mão, e ele a agarrou. — Estou tão contente em vê-lo. Não me deixe, Harry, por favor.
— Nunca — afirmou ele, apertando a mão.
— Bem vindo à festa, amigo — saudou Hermione, no comando do parto. — Quase chegou atrasado.
— Ohhh — gemeu Gina, tentando se sentar. Harry arregalou os olhos.
— Gi? O quê? Como?
— Apóie as costas dela, Harry — instruiu Hermione. — Muito bem, Gina, está na hora. Empurre para mim agora, querida. Isso mesmo. Mais um pouco. Pronto… ele… está vindo. Isso!
- Harry... Eu te amo, eu te amo de verdade, não como um amigo... – Gina teve outra contração. – Harry seu desgraçado... Nunca mais vou deixar você me tocar... Seu, seu... Eu lhe odeio!
Hermione sorriu ao ver a cara de espanto de Harry.
- Gina... Mesmo que me odeie eu lhe amo, amo muito... E, eu quero me casar com você! – Harry beijou-lhe os cabelos suados. – Por favor, case comigo? Devia ter falado isso há tanto tempo... Antes do Tiago... – Harry calou-se ao ouvir um choro alto e forte.
Dali a um segundo, Hermione pousava o bebê chorão no abdome de Gina.
— Oh, Harry… — Gina chorava ao pegar uma das mãozinhas do bebê. — Olhe para ele. Ele está aqui. Nosso Tiago. Nosso milagre.
Harry parecia espantado, com os olhos brilhantes de lágrimas.
— Nosso filho…
— Eu caso... – Gina falou de repente. – Eu caso... Eu nunca devia ter desistido de você!
Um grupo de profissionais se aproximou e levou o bebê embora. Harry ajudou Gina a se deitar e enxugou-lhe as lágrimas e beijou docemente seus lábios.
— Ele é tão pequeno — lamentou Gina, insegura. — E veio tão cedo, Harry, e…
— Dois quilos, duzentos e noventa e sete gramas — informou alguém.
— Fantástico! — Hermione contornou a mesa. — Você foi ótima, Gina.
— E Tiago?
— Ele nasceu com bom peso — afirmou a médica. — A preocupação são os pulmões, porque ele veio muito cedo. Os especialistas vão examiná-lo da cabeça aos pés. Pela chegada barulhenta, diria que os pulmões funcionam bem, mas sempre é bom checar. Teremos um relatório completo em minutos.
— Quantos minutos? — indagou Harry.
— Alguns — rebateu Hermione, sorrindo. — Harry, vá contar a novidade à família enquanto acabamos aqui. Depois poderá ver Gina no quarto.
— Quanto tempo é alguns minutos? — repetiu ele, abobalhado.
— Saia daqui — ordenou Hermione. — Dê um beijo em Gina, agradeça-lhe o filho lindo e vá.
Harry beijou Gina rapidamente nos lábios.
— Obrigado pelo nosso filho lindo e vá. — Meneou a cabeça. — Não me sinto muito bem…
— Mick! — chamou Hermione. — Temos um pai apagando aqui. Ahhh, francamente Harry! Você foi capaz de acabar com Voldemort, mas desmaia no parto de seu filho...
Um auxiliar forte aproximou-se sorrindo e amparou Harry cambaleante. Pendurou-o nos ombros como um bombeiro e deixou a sala de parto.
— Harry! — gritou Gina.
Hermione forçou-a a deitar-se novamente.
— Ele vai ficar bem, Gina. O maior problema será agüentar as gozações. O clã Weasley não vai perdoar. Eu não vou perdoar... — disse estreitando perigosamente os olhos.
— Pobre Harry… Hermione, acha mesmo que Tiago está bem?
— Logo saberemos. Relaxe.
Hermione afastou-se, e Gina voltou a chorar.
— Mas quanto tempo é logo?
Mick depositou Harry na sala de espera, e a enfermeira pediu silêncio quando o grupo vaiou o desempenho do novo papai.
Hermione finalmente apareceu, chamou Harry, que continuava pálido, e prometeu voltar logo para atualizar o resto da família.
No quarto, com Gina já na cama recostada em travesseiros, Hermione contou-lhes que Tiago Sirius era totalmente saudável e estava bem. Permaneceria na incubadora por vinte e quatro horas, apenas por precaução. Explicou ainda que os prematuros perdiam peso a princípio, e que Tiago iria para casa assim que se estabilizasse em pelo menos dois quilos, duzentos e setenta gramas.
— Perguntas?
— Não — respondeu Gina. — Muito obrigada, Hermione.
— Vou informar o pessoal, então. Deixarei que vejam Tiago rapidamente e os mandarei para casa. Harry, você tem dez minutos, e depois Gina vai descansar merecidamente.
Céus, pensou Gina, quando Hermione saiu, declarara seu amor a Harry por um espelho e aceitou se casar com ele em meio a uma contração! Não amor de amigo, mas amor de verdade. E ele também dissera que a amava… Não era assim que ela havia planejado.
Bem, as pessoas faziam declarações estranhas em momentos de estresse…
Oh, céus, a quem estava enganando?
Realmente, estava apaixonada por Harry Potter. Mas ele não podia saber. Isso estragaria a amizade deles, e como criariam Tiago, assim? Não, guardaria o segredo bem fundo no coração. Precisava de tempo, Tiago nasceu antes do previsto, antes do tempo que tinha para se preparar para se declarar para Harry... Mas Harry a amava... Hermione lhe garantiu isso...
— Gi — começou Harry. — Precisamos conversar sobre o que dissemos um ao outro pelo espelho pouco antes, no parto...
— Oh, aquilo — declarou Gina, fingindo descontração. — Não foi uma tolice? Provavelmente, estava sob estresse Harry... Você não imagina a dor que eu senti! — E logo mudou de assunto: — Bem, foi uma noite e tanto, e estou exausta. Fico tão feliz por Tiago ter nascido saudável. Mal posso esperar para segurá-lo e… acho… melhor você ir. — Tinha lágrimas nos olhos.
O que estava fazendo... Deixando Harry ir embora novamente?
Fitou Harry e notou algo no olhar dele. O que seria? Tristeza… dor… naqueles olhos verdes — Potter?
— Bem — começou Harry, suspirando. — Bem, se você quer que eu vá embora, assim… eu vou. Ganhamos um presentão de Natal, não foi? Tiago Sirius… Não discutimos como ficaria o sobrenome. Acho… acho que você gostaria que fosse Weasley. — Pigarreou. — Bem, boa noite, Gina.
Harry apressou-se até a porta, e duas lágrimas rolaram pelo rosto de Gina.
— Quero que o sobrenome de Tiago seja Potter... — declarou emocionada. — E quero que o meu sobrenome seja Potter. Quero que todos nós sejamos Potter, uma família. Eu te amo de verdade, Harry, sei que me ama como amiga, companheira, mãe de seu filho… Mas... e como sua amante, sua mulher?
Gina desatou a chorar, e Harry voltou-se da porta.
— Raios, Gina! Não posso continuar guardando isso dentro de mim. – Harry se ajoelhou ao lado da cama. – Eu sei que me ama como seu amigo, seu companheiro, pai do seu filho... Mas, você me ama como seu amante, seu homem?
— Amo... – Gina sorriu. – Desde que ouvi falar em Harry Potter, devia ter uns sete ou oito anos. Meus pais falaram de um garotinho corajoso que podia derrotar um grande bruxo das trevas... Desde aquele dia, o pai dos meus filhos se chamava Harry Potter...
— Eu... – Harry segurou as mãos de Gina e beijou. - Eu te amo tanto Gina... Tive muito tempo para pensar em como lhe diria isso naquele jatinho fretado e… Não me lembro de nada que planejei. Ah, Gi! Você é minha melhor amiga... Mas é também minha alma gêmea, minha cara-metade, a mãe de meu filho e a mulher com quero passar o resto de minha vida. Estou apaixonado por você, Gi, sempre estive, espero que isso não arruíne nossa amizade… Mas sempre amei você…
Lágrimas rolavam no rosto dele e Gina passou a mão delicadamente no rosto dele.
— Também te amo, Harry... — declarou Gina, soluçando. — Estava falando sério... Você é meu melhor amigo, mas também o homem que amo de todo o coração. Estou apaixonada por você, Harry Potter, nunca deixei de estar.
Ele se voltou devagar.
— Repita — pediu, estreitando o olhar.
— Como?
— Não quero alegações do tipo “oh, eu estava anestesiada”. Ou ainda, “Releve, eu estava em estado puerperal”...
Ela sorriu timidamente.
— Estou apaixonada por você, Harry.
— Hum... Eu esperava algo mais, sabe?
O sorriso dela se alargou...
— Eu te amo Harry... Demais... De verdade.
— Ah, Gi. Isso significa que vai se casar comigo? Ser minha esposa? É isso?
— Sim, sim, sim.
Harry aproximou-se da cama, tomou o rosto de Gina e a beijou. O beijo selava o futuro de ambos juntos, para sempre.
Hermione interrompeu.
— Opa, desculpem-me. Só vim trazer a foto de Tiago, já que ele não pode vir para cá ainda.
Harry endireitou-se e pegou a foto.
— Obrigado, Mione. Veja, Gi, como ele é perfeito.
— É lindo — elogiou Gina.
— Só mais uma coisa — observou Hermione. — Mandaram perguntar como será o sobrenome de Tiago.
— Potter!— responderam Gina e Harry, ao mesmo tempo.
Hermione arregalou os olhos.
— Está bem. Entendi. – Hermione sorriu e continuou. – Tenho certeza que vocês têm muito a conversar, mas já que esperaram tanto tempo, sugiro esperar algumas horas... Gina precisa descansar!
— Ok! Mas, já está convidada para o casamento, será a madrinha de Tiago e do nosso casamento! — completou Harry.
— Francamente!!! Já estava na hora de criarem juízo. Harry, você tem mais um minuto com Gina, vou ficar esperando aqui fora. Antes de ser madrinha, sou a medibruxa de Gina...
Hermione saiu, e Harry sorriu carinhoso para Gina.
— Ela está enganada — contrariou. — Temos uma vida inteira juntos, Gi.
— Sim, temos — concordou ela, com os olhos brilhantes. — Temos toda a eternidade, Harry… juntos.
Harry a beijou mais uma vez e, mesmo contrariado, deixou o quarto de Gina.
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N/B: FINALMENTE!!! *entoando um Aleluia e, após, o Hino de Hogwarts* Eu quase fui lá e bati na Gina quando ela teve aquela recaída!!! Ainda bem que ela deu um chutão na Gina tapada!!! E Harry Potter é papai!!!! Ah! Foi lindo, Day!!! Beijos a todos, Alessandra (Sandy Meirelles).
N/A: Penúltimo capítulo!!! FINALMENTE, eles se acertaram... Bom, no próximo capítulo temos o casamento desses dois cabeças duras e uma nc para fechar com chave de ouro essa história. Pessoal... não vou falar muito, espero que gostem do capítulo, o próximo é o último (triste por isso, mas feliz por mais um projeto finalizado). Bjs! Muito obrigada, continuem lendo, comentando...
Beijos especiais para:
Morgana Avalon;
Bianca;
Flavinha;
Katharina Rocha;
Quézia; e
Lais Viana
VALEU! Daiana
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