Erros



Na noite anterior Morgan tomou consciência do que vinha acontecendo.


 


Parecia que o tempo passava rápido demais. Impossível definir passado, presente ou futuro. Tudo confuso, horas passavam no que pareciam minutos. Morgan não conseguia mais dormir direito, sabia que a causa eram pesadelos, mas não se lembrava de nada ao acordar.


 


Algo naquele lugar a incomodava.


 


O quarto tinha um cheiro próprio, não era ruim, ela assimilava esse cheiro ao seu antigo morador, apesar de não tê-lo conhecido.


Mas, além disso, sentia mais alguma coisa, não sabia definir, mas a incomodava, uma energia desconhecida. Algo que estava ali, mas que seus olhos não podiam ver, despertando nela o sentimento de uma lembrança remota de algo inacabado. Como um Dejá Vu que não era seu.


 


Naquela noite de sexta-feira, perdida em devaneios foi dormir, pensava em como poderia resolver os pesadelos, e logo, as noites mal dormidas.


Acordava sem os cobertores, e transpirando, mas nunca estava calor, as masmorras eram, talvez a parte mais fria do castelo.


Teve a idéia de usar a penseira que pertencera a Dumbledore e que ainda estava na sala do diretor, assim veria ao menos os sonhos que tanto a incomodavam, não deixavam lembranças, porém ficavam gravados em seu subconsciente. Faria isso na manhã seguinte.


 


Mas dessa vez seria diferente.


 


Abriu os olhos, estava num lugar desconhecido, parecia uma casa, o Lord das Trevas estava a sua frente.


Nenhuma descrição oral, nenhuma gravura em livros, nenhuma foto no Profeta Diário poderia representar a real frieza daqueles olhos como eram realmente.


Vira tudo como se as imagens estivessem aceleradas, pouco entendera, presenciara a morte de Severo Snape, não como expectadora, mas sim como o próprio Snape, como se entrasse em sua mente naquele momento.


Pôde entender claramente:


- Passei... boa parte da vida... Tentando me redimir... Mas não obtive perdão... Eu a amava.


Morgan ouvira a voz de Snape ressoar em sua cabeça, seu último pensamento.


Não teve tempo de dizer, e sua mão sem vida bateu no chão.


 


Ao acordar Morgan percebeu que chorava.


 


Deixou que suas lágrimas escorressem, sem tentar detê-las.


Não chorava por pena de Snape, empatia talvez, mas não pena.


Um erro, somente um erro.


E toda a vida de Severo Snape fora destruída.


 


Morgan teve certeza, alguma coisa havia ali, naquele quarto que interferia em seus sonhos.


Nunca conhecera Snape, tampouco presenciara sua morte, como poderiam aquelas imagens se projetarem em sua mente?


Ainda deitada, passou a mão pelo rosto secando as lágrimas. Eram quatro horas de uma madrugada de sábado.


 


Havia algo errado.


Na noite anterior Morgan tomou consciência do que vinha acontecendo.


 


Parecia que o tempo passava rápido demais. Impossível definir passado, presente ou futuro. Tudo confuso, horas passavam no que pareciam minutos. Morgan não conseguia mais dormir direito, sabia que a causa eram pesadelos, mas não se lembrava de nada ao acordar.


 


Algo naquele lugar a incomodava.


 


O quarto tinha um cheiro próprio, não era ruim, ela assimilava esse cheiro ao seu antigo morador, apesar de não tê-lo conhecido.


Mas, além disso, sentia mais alguma coisa, não sabia definir, mas a incomodava, uma energia desconhecida. Algo que estava ali, mas que seus olhos não podiam ver, despertando nela o sentimento de uma lembrança remota de algo inacabado. Como um Dejá Vu que não era seu.


 


Naquela noite de sexta-feira, perdida em devaneios foi dormir, pensava em como poderia resolver os pesadelos, e logo, as noites mal dormidas.


Acordava sem os cobertores, e transpirando, mas nunca estava calor, as masmorras eram, talvez a parte mais fria do castelo.


Teve a idéia de usar a penseira que pertencera a Dumbledore e que ainda estava na sala do diretor, assim veria ao menos os sonhos que tanto a incomodavam, não deixavam lembranças, porém ficavam gravados em seu subconsciente. Faria isso na manhã seguinte.


 


Mas dessa vez seria diferente.


 


Abriu os olhos, estava num lugar desconhecido, parecia uma casa, o Lord das Trevas estava a sua frente.


Nenhuma descrição oral, nenhuma gravura em livros, nenhuma foto no Profeta Diário poderia representar a real frieza daqueles olhos como eram realmente.


Vira tudo como se as imagens estivessem aceleradas, pouco entendera, presenciara a morte de Severo Snape, não como expectadora, mas sim como o próprio Snape, como se entrasse em sua mente naquele momento.


Pôde entender claramente:


- Passei... boa parte da vida... Tentando me redimir... Mas não obtive perdão... Eu a amava.


Morgan ouvira a voz de Snape ressoar em sua cabeça, seu último pensamento.


Não teve tempo de dizer, e sua mão sem vida bateu no chão.


 


Ao acordar Morgan percebeu que chorava.


 


Deixou que suas lágrimas escorressem, sem tentar detê-las.


Não chorava por pena de Snape, empatia talvez, mas não pena.


Um erro, somente um erro.


E toda a vida de Severo Snape fora destruída.


 


Morgan teve certeza, alguma coisa havia ali, naquele quarto que interferia em seus sonhos.


Nunca conhecera Snape, tampouco presenciara sua morte, como poderiam aquelas imagens se projetarem em sua mente?


Ainda deitada, passou a mão pelo rosto secando as lágrimas. Eram quatro horas de uma madrugada de sábado.


 


Havia algo errado.

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