O amor é a magia mais forte!

O amor é a magia mais forte!



 - E onde está a Srta. Granger agora? – perguntou Snape, com as mãos na cintura e com aquela expressão de desagrado. Depois de quase meia hora explicando os fatos recentes a Dumbledore, Harry agora tentava explicar ao professor Severo.

 - Harry levou a Srta. Granger a ala hospitalar, Severo! – Dumbledore começou a explicar. Harry agradeceu pois estava muito cansado para repetir a mesma coisa, já era quase duas horas da manhã e tudo o que queria no momento era dormir. – Madame Pomfrey nos garantiu de que Hermione se recuperará em poucos dias.

 - Ela foi mesmo torturada? – indagou Snape, naturalmente.

 - Sim. Hermione é uma menina forte e não haverá outras seqüelas, Severo. E é claro, Harry conseguiu resgata-la antes que eles lhe fizessem algo pior. – Dumbledore fitou Harry tranqüilamente. Harry sabia que o diretor estava ao mesmo tempo, orgulhoso, por ele ter conseguido escapar das garras de Voldemort mais uma vez sozinho, conseguindo resgatar Hermione, e decepcionado, pois Harry desobedecera uma ordem clara e direta. Harry não se importava. Hermione estava bem e isto bastava para ele.

 - E o sr. Malfoy foi o informante? – perguntava o professor Snape ainda tentando digerir os fatos, notadamente decepcionado, uma vez que Draco era seu aluno preferido.

 – Por que Draco faria uma coisa dessas? – Harry perguntou derepente saindo do seu torpor momentâneo. – Quero dizer, eu sei que o pai dele é um comensal da morte e esta preso em Azkaban por minha causa. Até aí tudo bem. Mas ele me deixou fugir e disse que se... importava muito com Hermione. Se no fundo ele é bom por que se juntou a Voldemort.

 - Severo... acho que é você quem deve responder esta pergunta a Harry, afinal você acompanhou toda a estória... – Dumbledore pediu.
Snape ficou aborrecido, mas começou a explicar.

 - Isto vai ser um choque para você, Potter. – Snape desafiou com um olhar aterrados, mas Harry sustentou seu olhar – Você-sabe-quem teve uma filha, sem saber é claro. Mas Narcisa descobriu quem era e não lhe revelou. A menina fora adotada por trouxas, mas freqüentou Hogwarts mais tarde, quando teve seus dons mágicos desenvolvidos. Quando você-sabe-quem matou seus pais, ele ainda não sabia que tinha uma filha, mas duvido que faria alguma diferença, Potter. O caso é que Você-sabe-quem acabou assassinando a própria filha.

 Snape fez uma pausa para tomar fôlego. Estava preparando-se para dizer algo ruim. Isto deu calafrios em Harry que não entendia o que seus pais tinham a ver com a estória de Narcisa e a Filha de Voldemort.
 - Potter, a filha de você-sabe-quem era Lily Evans, sua mãe.
 Harry ficou petrificado, parecia que seus pés haviam enraizado no chão, ele não se movia, sem produzia qualquer som. Sua mãe era filha de Voldemort? Ele não podia entender. Lily sempre fora reconhecida como uma pessoa justa, honesta e caridosa. Ajudou Lupin quando ninguém mais o ajudara, defendeu a Snape quando seu pai o assolava. Como podia ser uma pessoa tão doce como Lily ser filha de uma criatura vil e sem coração. E o pior, pensou Harry, tomando consciência da magnetude da notícia. Isto fazia dele o neto de Voldemort. Não, não podia ser.

 - Não, não pode ser. Minha mãe foi uma pessoa boa.

 - Não estou dizendo ao contrário, Potter – declarou Snape. – Eu... eu tinha muita raiva dela enquanto estudávamos, afinal eu pensava que ela era uma... “sangue-ruim”. No entanto, ela foi a única que tentou me defender de seu pai quando ele...

 - Harry – continou o professor Dumbledore, tranqüilamente. – O que o professor Snape está tentando dizer é que os filhos podem ser diferente dos pais. Tome a senhorita Granger como exemplo. Seus pais são o tipo mais comum de trouxas, no entanto ela é uma bruxa espetacular e poderosa e não exagero em dizer que ela se tornará grande em nosso mundo. Mas quero que pense principalemente em Draco como exemplo. Seu pai, Lucius não pode ser considerado um homem justo, Harry, no entanto, Draco é infinitamente mais bondoso que seu pai. E se ele participou de toda esta trama para raptar a sua amiga, é porque ele se viu obrigado, ou Voldemort mataria Narcisa. Você também faria qualquer coisa para salvar sua mãe, Harry.

 - Sim eu faria... – Harry concordou, com um aperto no coração. – Mas... se minha mãe é filha de Voldemort, então ele é meu...

 - Ele é seu avô, Harry. Ele sabe disto tão bem quanto eu.

 Não admirava o fato de Voldemort querer matar seu próprio neto. Mas saber que Voldemort era seu avô, deixou com uma sensação muito ruim, como se estivesse sujo.

 - Continue Snape – pediu Dumbledore ao ver que Harry começava a entender a estória.

 - Quando eu era espião pela Ordem de Fênix fiquei muito amigo dos Malfoy’s. Quando Draco veio para a escola sempre me mantive em contato com Narcisa. Ela me contou esta estória. Há dois anos atrás, quando o professor Dumbledore descobriu que Você-sabe-quem havia retornado, no fim do torneio tribruxo, ele me mandou em missão para saber como estava a situação de Narcisa. Ela me contou que apesar de Lucius estar vibrante com a volta de seu mestre, ela tinha muito medo porque sabia que ele descobrira que ela sabia da verdade, mas omitira. Voldemort tem ameaçado Narcisa desde então. Ela tem medo que ele machuque Draco. Voldemort disse que quer Draco agora no lugar de sua filha para que ele o treine para ser um mestre das trevas como ele. Ela não teve como negar, ou ele mataria a ambos. Eu sabia que Draco estava trabalhando para Voldemort, tentando atrair você para fora de Hogwarts. Draco sabia que seu ponto fraco era Hermione e utilizou o momento certo para raptá-la.

 - Se o senhor sabia disto tudo... – Harry sentiu seu sangue ferver nas veias – porque não fez alguma coisa. Você foi junto com Draco para o congresso. Por que não impediu? VOCÊ DEIXOU ISTO TUDO ACONTECER SABENDO QUE...

 - Calado, Potter! – Snape berrou, descontrolado – Você não tem idéia do que é ser um espião com você-sabe-quem tentando penetrar a sua mente, não tem idéia...

 - Severo! – interpôs o diretor Dumbledore. Snape calou-se na hora e passou a admirar as unhas mal cuidadas não se atrevendo a olhar para o diretor ou para Harry. - Harry, você está cansado, acho que é hora de ir dormir. Já fez muito por hoje. Salvou uma garota inocente, deve ficar orgulhoso.

  Harry obedeceu ao diretor, estava cansado demais para discutir ou brigar mesmo tendo imensa curiosidade de saber o que realmente o professor Snape queria dizer. Ele tinha muita raiva de Draco por ele ter conspirado com Voldemort para raptar Hermione, mas mesmo assim, ele tinha a consciência de que ele tinha uma divida com ele. Draco poderia ter atrapalhado a sua fuga, mas não o fez e além disso, se fosse verdade que Narcisa estava sendo ameaçada por Voldemort, então Draco deveria estar fazendo tudo o que podia para poder ajuda-la.

  Ele virou-se, pensando em retornar para sua cama quentinha e macia que o aguardava na torre da Grifinória, mas antes de sair fez uma ultima pergunta.

 - Diretor Dumbledore, porque o feitiço de Voldemort retornou para ele? Ele estava apontando para mim e Hermione quando...

 - Harry... – o professor começou a esboçar um sorriso maroto – Já devia saber disso, pois foi isto que lhe protegeu quando era apenas um menino, quando sua mãe morreu por você. Esta noite, ao tentar proteger Hermione, você criou um contra-feitiço, muito mais poderoso do que o feitiço daquele que se diz “Lord das Trevas”. O amor é muito mais poderoso do que qualquer coisa Harry. O amor é a magia mais forte que existe!

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