Ruas desertas



Ruas desertas


 


            No dia seguinte, Hermione acordou bem cedo, ainda estava escuro lá fora; o sol nem tinha começado a nascer. Danny dormia profundamente, e ao olhá-lo, a morena sentiu uma pontada de culpa.


            Decidiu ir para a cozinha a fim de comer algo, mas ao abrir a geladeira e notar que não havia nada, deixou um recado para Danny caso ele acordasse dizendo que havia ido ao mercado, nem lhe passando pela cabeça que ainda eram cinco e meia da manhã.


            Foi difícil encontrar um mercado aberto, até encontrar um que era aberto 24 horas. Pegou tudo de que precisariam para o café da manhã e o almoço daquele dia. Quando escolhia as maças para levar, Ron apareceu ao seu lado.


            - O que está fazendo aqui há essa hora, Mione?


            - Eu te pergunto a mesma coisa...!


            - Bem, acordei cedo e não consegui voltar a dormir, então vim para cá comprar algumas coisas para comer – ele deu de ombros.


            - Hm, comigo aconteceu a mesma coisa... Er, vamos conversar quando sairmos daqui?


            - Claro, pode ser...


            Após pagarem suas mercadorias, ficaram andando pelas ruas ainda desertas por ainda ser muito cedo.


            - Você... Dormiu bem? – perguntou Hermione


            - Sinceramente? Não... Mas acho que isso não importa muito...


            - Claro que importa! Eu me preocupo com você, Ron! Não quero que você se sinta desamparado por minha causa! Sei que estou te fazendo sofrer muito, mas eu não queria, juro!


            - Está tudo bem, Mi. No final das contas, não é sua culpa. Você ama o Daniel, e realmente acho que você deveria ser feliz com ele. Afinal, é ele a pessoa certa para você, não é? E eu sou a errada, como você mesma já me disse alguns anos atrás...


            - Não, eu...


            - Tudo bem, eu te entendo. Não se sinta mal por isso.


            - Mas eu me sinto! É minha culpa que você esteja sofrendo!


            - Mas você não pode fazer nada! Você ama o Daniel, não a mim!


            - Será mesmo? – murmurou ela baixo demais para que ele pudesse ouvir.


            Eles ficaram em silencio, caminhando. O sol já começava a nascer, e aos poucos as ruas iam sendo preenchidas por pessoas sonolentas, indo para o trabalho.

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