Salvando Hermione!(5º ano)
5º ano
-- Antes de começarmos a aula de hoje – disse Slughorn enquanto caminhava entre as classes –, quero lembrá-los que logo prestarão um importante exame, no qual provarão o quanto aprenderam sobre composição e uso das poções mágicas. Espero que obtenham no mínimo um “Excede Expectativas” no seu N.O. M, caso contrário não poderão cursar Poções em seu 6º ano.
Todos engoliram em seco, exceto Snape, e muito menos Hermione, ela já havia passado por isso.
-- Vamos começar a aula, vocês irão preparar a Poção da Paz, sempre pedida no exame dos Níveis Ordinários em Magia, mas tomem cuidado ao prepará-la, pois se pesarem a mão nos ingredientes, vão mergulhar em um sono pesado e por vezes irreversível.
Snape e Hermione estavam tranqüilos, ambos, eram bons em Poções, então aquilo não seria nenhum desafio.
-- Os ingredientes encontram-se no armário, e o método de preparo na página 50 de seus livros, vocês têm uma hora e meia... Podem começar. – disse o professor indo sentar-se.
Snape e Hermione não voltaram a ser amigos depois daquela discussão que tiveram em seu primeiro ano, onde Hermione o defendeu dos Marotos e acusou Lilian de andar em má companhia.
Essa situação só fez com que Lilian e Snape se aproximassem mais, e Snape não andava mais com ela, mas sim com seus amigos “Comensais”.
Os dois só se encontravam nas aulas, aonde eram obrigados a sentarem juntos, principalmente em Poções onde Slughorn não cansava de elogiá-los.
-- Granger – disse Severo – eu irei moer a pedra da Lua e você pegue no armário um frasco de xarope de Heléboro.
-- Quem disse que você esta no comando Snape? Vá você buscar e me deixe moer a pedra. – disse Hermione, obviamente fazendo birra, odiava que ele mandasse nela como se fosse seu pai.
-- Granger, não temos tempo para “charminho”, busque logo esse xarope, ou então ficaremos sem nota nessa aula. –disse-lhe Snape, sabendo que tocara em seu ponto fraco.
Ela ficou vermelha de raiva, ele sabia ser irritante quando queria, ou seja, SEMPRE. Mas resolveu buscar o xarope, sabia que se não fosse ele também não iria, então realmente ficariam sem nota naquela aula.
-- Granger, são somente duas gotas, não esqueça quando eu contar até três derrame-as no caldeirão. – Severo deu as instruções enquanto mexia, em sentido anti-horário, três vezes.
-- Eu sei disso Snape, apenas mexa isso. – disse Hermione irritada com o garoto que gostava de provocá-la.
Mas enquanto eles discutiam; ali perto uma colega errou a quantidade de gotas do xarope e a fumaça que emanou do caldeirão a atingiu em cheio no rosto, fazendo-a desmaiar. Hermione foi tentar segurá-la para que não batesse com a cabeça no chão, mas acabou aspirando um pouco de fumaça, e assim como a colega desmaiou.
-- Todos vocês pra fora da sala agora, rápido. – gritou Slughorn cobrindo o rosto com as mãos para não aspirar a fumaça esbranquiçada que tomava conta da sala.
Snape sabia que as meninas estavam apenas desmaiadas, mas se continuassem ali dentro por mais tempo iriam morrer, pois seriam intoxicadas pela fumaça.
-- Garoto o que você faz aqui dentro? Vamos, temos de sair daqui agora. – Slughorn o encontrou parado no meio da sala olhando para as meninas desmaiadas.
-- Professor me ajude a tirá-las daqui, se elas aspirarem mais dessa fumaça, vão morrer – Snape também cobria o rosto tentando não aspirar a fumaça, mas tinham de sair dali logo ou teriam o mesmo fim que as meninas.
Slughorn não disse nada, apenas pegou a primeira garota a desmaiar em seu colo e correu para fora da sala, então Snape seguiu seu exemplo, pegou Hermione no colo e assim como seu professor correu porta a fora.
-- Vamos levá-las até a Ala Hospitalar.
-- Sim professor.
-- Meu Deus Slughorn o que aconteceu? – Madame Pomfrey o questionava, enquanto observava os sinais vitais das garotas.
-- A Senhorita Gemma aqui errou na quantidade de gota do xarope de Heléboro, e então aspiraram a fumaça.
-- Isso não é bom, você sabe não é, que elas podem não acordar mais? – Pomfrey falou um pouco histérica.
-- Acalme-se Pomfrey, irei pesquisar sobre isso, e tenho certeza que elas estarão acordadas em breve. – disse-lhe Slughorn.
Nenhum dos dois percebeu que Snape ainda estava presente. Ele observava Hermione, ela sabia perfeitamente que se inalasse a fumaça correria o risco de se intoxicar, mas assim mesmo tentou evitar que a colega sofresse mais algum dano além do desmaio. Ela tinha coragem, coisas que os Grifinórios tinham de sobra, mas ao invés de estar na Grifinória, estava na Sonserina, onde as pessoas eram covardes, pois dificilmente ajudariam a outro se pondo em perigo.
Hermione era um grande mistério para Snape, mesmo eles deixando de se falar por tantos anos, ele notava que a garota era diferente das suas colegas, ela estava disposta a ajudar a quem precisasse, tinha sempre um bom conselho, e sempre que preciso enfrentava alguns riscos para ajudar quem ela gostava, parecia-se com Lilian.
-- Professor posso ajudá-lo nas pesquisas? – Severo resolveu que queria ajudar aquela que no inicio fora sua amiga e que o ajudou quando ele precisou, e agora era a vez dele retribuir.
-- Mas é claro, tanto melhor, assim levarei menos tempo, e você ira recuperar sua companheira mais rapidamente.
Assim Slughorn e Snape, passaram duas semanas pesquisando um antídoto para acordar as garotas.
-- Professor acho que já temos os ingredientes certos para preparar o antídoto.
-- Sim Snape já temos, acho que hoje a tarde poderemos testar nas garotas.
Quando o sol já ia se pondo, Professor e aluno entraram na Ala Hospitalar, cada um com um cálice em mãos:
-- Esta aqui Pomfrey, o antídoto, acreditamos que ira funcionar. – disse Slughorn entregando para a Medibruxa o cálice que carregava.
-- Vamos tentar primeiro em Gemma, ela é a que esta em estado mais critico.
Madame Pomfrey seguiu até a cama onde a garota se encontrava inconsciente há duas semanas.
-- Segure-a sentada, por favor, Senhor, para que eu poça fazê-la beber o antídoto.
Assim que Gemma tomou a ultima gota do antídoto, abriu os olhos e confusa olhou ao redor:
-- Onde eu estou? O que esta acontecendo? Ai minha cabeça.
-- Tome essa poção aqui ela ira lhe fazer bem. – Madame Pomfrey entregou a ela um frasco de poção para dor, enquanto passava a varinha ao seu redor para verificar os sinais vitais da garota.
-- Acho que ela esta bem não é? –Slughorn perguntou.
-- Esta sim. Pode ir agora criança, e tome mais cuidado da próxima vez.
-- Professor? E a Granger? – Severo estava impaciente, queria que o efeito fosse o mesmo em sua amiga?
-- Me de aqui seu cálice e segure a Senhorita Granger sentada. – disse-lhe Pomfrey tirando o cálice das mãos do garoto.
Snape ficou um pouco desconfortável em ter de segurar a morena, pois não tinham nenhuma intimidade e agora ele a estava quase abraçando.
Hermione demorou pouco mais que um minuto para acordar, mas assim que o fez seu rosto voltou a ter cor e abriu um pequeno sorriso, ao notar Snape ainda a segurando.
-- Como esta se sentindo senhorita?—perguntou-lhe Slughorn.
-- Estou um pouco tonta e com dor de cabeça, só isso. – Hermione sem notar se aconchegou nos braços de Snape, que estava imóvel.
-- Isso ira passar assim que tomar essa Poção para dor. – Pomfrey disse a entregando um frasquinho contendo a poção.
Severo estava paralisado, tinha Hermione ainda em seus braços, e essa parecia estar gostando, pois se aconchegara nele:
-- Granger eu não sou seu escoro.
-- Oh! Desculpe. – respondeu Hermione corando.
-- Ok agora que você esta melhor é bom ir comer alguma coisa, pois ficou duas semanas, desacordada, sendo alimentada apenas por sonda.
-- O QUE? Duas semanas inteiras sem ir a aula? Meu Deus estou perdida. Vou rodar nos N.O.Ms. – gritou Hermione saltando da cama.
-- Acredito Senhorita Granger que o Senhor Snape aqui poderá ajudá-la, não é mesmo meu rapaz? – disse Slughorn que permanecia ali.
Snape o olhou de forma agressiva, queria voar no pescoço de seu professor, mas apenas respondeu entre dentes:
-- Sim eu a ajudarei.
Os dois saíram juntos da Ala Hospitalar, para irem almoçar:
-- Snape? – Hermione o chamou.
-- Sim Granger? – ele aparentava impaciência.
-- Pode me dizer o que aconteceu comigo? – ela o fitou quase que implorando que ele dissesse sim.
-- Você foi dar uma de heroína, e inalou a fumaça do caldeirão da Gemma. – disse Snape em tom de ironia na voz.
-- Não fui dar uma de heroína Snape, apenas ajudar uma colega, você é que não tem coração e não ajudaria nem a sua mãe se ela precisasse. – Hermione ficou realmente irritada com o comentário de Severo, porque ele tinha sempre de debochar.
-- É claro que eu não ajudaria ninguém Senhorita Granger, por isso é que você continua lá deitada em uma cama na Ala Hospitalar.
Hermione notou que Snape parecia ofendido então ficou calada esperando que ele falasse mais.
-- Se não fosse por mim Granger você e Gemma estariam mortas, pois o Professor Slughorn se mostra muito atencioso na frente dos outros, mas naquele dia, se eu não pedisse pela ajuda dele, ele safaria a si mesmo e as deixaria lá, inalando mais daquela fumaça tóxica. – Snape falou isso com certo ressentimento.
-- Desculpe Snape eu não sabia. – Hermione tentou se desculpar.
-- Você nunca sabe não é Granger? Então pare de dar uma de Sabe-Tudo, julgando as coisas antes de saber a história por trás delas.
Hermione sentiu vontade de chorar, pois então seria assim, até mesmo agora ela a chamaria de Sabe-Tudo? Mas engoliu o choro e o encarou, queria muito que ele a desculpasse:
-- Por favor, Snape, me desculpe, eu não tive a intenção de magoá-lo, é que você sempre tem que fazer comentários maldosos sobre as coisas e isso me irrita e magoa muito também.
-- Acho que você queria saber o que perdeu nas aulas não é? – Snape perguntou mudando de assunto.
-- Sim eu quero saber.
Hermione não precisava de aulas particulares do Snape, afinal ela sabia que iria se sair muito bem nos N.O.Ms, mas não negou, pois notou que foi a forma que Snape achou de indiretamente a desculpar.
-- Pois então toda noite, a partir de hoje, na Sala Comunal, eu irei passar o conteúdo das matérias que perdeu.
-- Ok, Obrigada Snape.
Naquele dia sentaram-se juntos na mesa do almoço, coisa que não faziam há anos, pois ele estava sempre metido entre seus amiguinhos.
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