- primeiro capitulo .



No início eu não conseguia entender o que me levava a te procurar.


Não sei, talvez pela infidelidade do Ronald.


Talvez porque ser Sua fosse a minha saída frustrada.


Eu tenho amigos de verdade, tenho um emprego invejável, mas sei lá, nunca parecia o bastante.


E então você veio e isso quebrou nossas defesas.


Mas isso faz tempo, tempo suficiente pra que sejamos de novo estranhos.


Inimigos.


Os adolescentes idiotas na competição entre grifinória e sonserina.


Nosso ódio fútil esperando alguma chance.


Os seus dedos traçavam linhas na minha pele, eu fechava meus olhos e era como se eu estivesse sentindo as coisas certas.


As suas mãos, entrelaçadas as minhas.


Sua boca retirando com cuidado o anel do meu casamento de aparências.


Você dizia que eu era “a sua sangue-ruim”, que a contradição dos nossos sangues desaparecia em nossas escolhas.


Eu gostava de te ver sorrir de canto de lábio, ou bagunçar o seu cabelo loiro-arrogante.


Estávamos tão próximos, que eu me sentia a ponto de fugir e resumir o resto da minha vida na sua.


Contra a grama... Nossos corpos abraçados, sem pensar em mais nada.


Qualquer lugar, qualquer hora.


O cheiro dos lençóis impregnado no meu corpo, seus beijos matinais me acordando...


Droga. Droga. Droga.


Abrace-me, de novo e de novo.


Beije-me, enquanto me conta mentiras convincentes: Que aquela estúpida na sua cama, não era Pansy Parkison e que você jamais traiu a nossa história.


Tínhamos tanta coisa.


Nossa viagem pra Paris, uma nova vida pela frente – longe do Ron, longe do nosso passado-.


Contávamos tudo um pro outro... Lembra?


Você dizia “Eu te amo, Granger” com tanta certeza, que eu derretia em seus braços.


Eu te vi com ela... E doeu.


O ego. O amor. O corpo. A saudade. Os planos. As confissões. A entrega. Seus olhos. Sua boca.


TUDO ERA FALSO.


NÃO ERA NADA.


NUNCA FEZ DIFERENÇA PRA VOCÊ, FEZ?


Você jogou tudo no lixo.


Nossos beijos. Sorrisos. As flores brancas. Olhares. Promessas de “pra sempre”. A cama. A PORRA DO AMOR!


Isso, parabéns Malfoy!


Você não deve MESMO saber o que é o amor. Pra você, tudo não passa de um joguinho de ironias.


Pura manipulação do cara malvado que acha que é, tsc. Eu te odeio tanto, mas tanto.  Não saberia como explicar.


Em algum lugar bem profundo, eu só quero... Ir pra bem longe de nós dois.


Na raiz desse erro. Na semente da minha dor. Eu te odeio, Draco Malfoy.


Hermione Jane Granger.


ps: Adeus.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.