A confusão
Bella adentrou a mansão de Voldemort aos tropeços. Suas vestes estavam rasgadas e ensangüentadas. Tinha uma expressão de pânico estampada em seu rosto.
Correu até o local onde Você-Sabe-Quem estava e ajoelhou em seus pés. O bruxo assustou-se com a presença mal arrumada de sua serva.
- O que houve Lestrange? – Indagou, erguendo a face dela e percebendo os vários cortes e as lágrimas ensangüentadas.
- Ele... o vampiro... todos... – Falou entre soluços.
- Todos o que?
- Mortos. Todos estão... MORTOS!
Voldemort levantou-se de solavanco, fazendo com que a bruxa caíse de costas no chão.
- Mas como que ele ousas a fazer isso comigo? – Esbravejou, fechando os punhos com ossos a vista.
- Ele disse que... nunca.. iria... se unir... a um ser.... fraco.. como você.
- Aquele vampiro medíocre vai me pagar...
O bruxo acocorou-se ao lado de bela e secou suas lágrimas com o dedo pútrico.
- Descanse querida. Nós vingaremos a morte deles, e a essa ousadia imbecil.
- Sim, mestre..
Bella ainda pode sorrir, antes de desmaiar. Voldemort estralou os dedos e dois comensais surgiram, carregando o corpo da mulher. Enraivecido, o bruxo temido ergueu um dos punhos e bateu na mesa ali próxima, que se estatelou pelo chão.
- Maldito!
Harry foi o primeiro a entrar em um dos três carros enviados pelo ministério. Eles traziam certas lembranças divertidas para ele. Mione e Rony entraram depois, seguidos de Gina. Era um pouco apertado, mas era o que tinham a oferecer. Nos outros carros ainda iriam os gêmeos, Gui, Carlinhos ( Que haviam chegado pela manhã ) Sr. Wealey, Sra. Wesley, Tonks e os gêmeos Lupin.
Sem contar que necessitarias muito de espaço para a grande onda de materiais.
Os carros logo partiram, e a conversa começou.
- Harry, o que você vai comprar da loja do Fred e Jorge?
- Não sei ainda Rony.
- Eles disseram que tinham várias novidades! Eu necessito ir lá!
- Ai Rony, para de me apertar....
- Eu não to te apertando Mione.
- Ta sim! Fica ai emocionado com essas porcarias e se esquece que o carro é apertado!
- Ai, não reclama!
- Harry, faz alguma coisa! – murmurou Gina para o garoto cicatriz, que deu de ombros.
Mione, que até o momento estava lendo seu livro, virou subitamente para Rony que estava ao seu lado. Os dois ficaram com as faces a centímetros um do outro. Os olhos fixaram-se, e longamente ainda por cima.
Ambos ficaram vermelhos e olharam para os lados opstos, cruzando os braços. Harry e Gina começaram a rir.
- E o amor... – Cantarolou Gina.
- Que amor nada. – Retrucou Hermione.
- Eu!? gostar dessa coisinha vermelha... Nem morta!
- Ta bom gente, chega. Acho que já tivemos uma demonstração muito calorosa por hoje.
Rony ficou mais vermelho ainda, combinando com o seu cabelo.
- Só você mesmo Rony.. – Riu Harry.
- Isso não tem graça....
- Ta bom, chega.
Os carros estacionaram e desceram na praça em frente ao enorme banco Bruxo. Todos desceram e olharam ao redor. A cidade não estava tão cheia como sempre fora. Boatos irrelevantes de que vampiros vagavam por ali à noite, dava medo a muitos.
- Nossa que vazia. – Comentou Mione.
- É mesmo...
O quarteto ficou imóvel por muito tempo, observando. E quebrou-se o silêncio quando Gina saiu com a Sra. Weasley e deixou uns trocados para Rony.
- É hoje que eu me divirto.
- Pode crer...
- Vamos indo, não temos muito tempo e ainda não compramos nada de matérias. – Concluiu Hermione, pegando a lista.
Tudo parecia tranqüilo aquela tarde. As lojas quase vazias facilitavam o trabalho do trio em comprar suas coisas. Já estava faltando meia hora para eles irem embora, quando entraram na Floreios e Borrões.
Cumprimentaram alguns alunos da Corvinal e Lufa-Lufa, e escolheram os livros desejados.
Hermione estava entrando no outro corredor de livros seguido de Rony e Harry quando se deparou com Malfoy.
- Ora.. ora.. ora... Vejam se não são é a Sangue ruim, o foguinho e o menino cicatriz! – Riu Draco, acompanhado de seus dois capangas, Crabbe e Goyle.
- Muito engraçado, seu... seu... – Rony ficou pensando em algum comentário, quando foi atrapalhado por ele novamente.
- Viu, é tão nojento que não consegue nem pensar direito!
- Grr qual é a sua, em idiota? Aposto que seu pai lambe os pés de Voldemort! – Gritou Rony enfurecido, chamando a atenção de algumas pessoas ali.
- Olha, o que a escória esta fazendo aqui? – Indagou Pansy, se aproximando.
- Cala a boca garota! A conversa ainda não chegou no chiqueiro! – Disse Mione, peitando Pansy.
Harry lançou um olhar mortal para Crabbe e Goyle, que se aproximavam para pegar Rony. Os garotos recuaram, percebendo um brilho vermelho entrar e sair dos olhos de Harry.
- E você, idiota. Ainda tem coragem de se misturar com sangues ruins como essa nojentinha ai! – Malfoy aponta para Hermione.
- Como você ousa! – Retrucou Rony, empurrando com forço Malfoy, que quase foi ao chão.
- Não Rony!
- A é!? Ta achando que pode muito, pobretão!?
- Cala a boca Malfoy, você é um estúpido que não sabe o que está dizendo! – Falou Harry, tomando a frente de Rony.
- Não, esse é meu!
Rony empurrou o vampiro para o lado levemente e desferiu o primeiro soco em Draco, que pulou para cima dele em seguida.
Mione e Pansy logo começaram a se pegar, entre puxões de cabelos e tapas.
E por fim, Harry recuou alguns passos, sendo seguido pelos dois paspalhões.
- Vocês querem brigar é?
- Olha só! O magricelo acha que pode contra nós.
- Hehe. Não sabe o que está fazendo.
Crabbe foi o primeiro a saltar sobre Harry, que acabou levando um soco no estomago e voou contra uma estante velha e mofada. Goyle foi o segundo, que levou dois socos na cara e caiu no chão quase inconsciente e com o nariz quebrado.
Pronto, estava armada a confusão.
Vendo que ambos estavam inconscientes, foi ajudar seu amigo, que não estava se dando muito bem na briga com Malfoy. Agarrou draco pelas costas e atirou-o no chão. Este preparado, apontou a varinha para ele e disse:
- Crucio!
Um jato vermelho acertou Harry em cheio. Todos ali presentes pararam para observar a confusão. O feitiço tinha atraído muitos olhares. Mais do que havia antes.
Harry abriu os olhos. Não sentira nenhum efeito, mas como isso!? Antes que Malfoy saísse do seu espantamento, ele levantou-se novamente e agarrou Draco pelo colarinho.
- Então você se acha melhor que eu, ahn? – Indagou Harry.
Ele estava concentrado na veia pulsante do pescoço de Malfoy. Grossa e densa. Sangue, era tudo que tinha na cabeça agora. Sem perceber, seus olhos acenderam-se, tornando brasas vermelhas vivas. Os dentes pontiagudos surgiram levemente entre os lábios.
Malfoy começou a tremer e a gritar. Sua varinha havia escorregado de sua mão e não tinha como se defender. E o vampiro se aproximava mais e mais. Sangue.. sim queria sangue.
Estava a centímetros quando....
- HARRY!!!! – Berrou Remus, acordando o garoto do transe, que logo voltou ao normal.
- Ahn... o que?!
- Tente se controlar! – Disse Remus arfando, depois de ter corrido para salvar a vida de Draco.
Harry soltou Draco no chão, que engatinhou de costas uma grande distância. Estava apavorado, o que era aquilo!?
- Muito bem pessoal! Vão vazando, a festa acabou! – Disse Tonks, afastando o grupo de pessoas ao redor do local.
Na volta, todos seguiram em silêncio. Harry estava pálido e olhava para a janela. Rony que estava com um olho roxo e o lábio superior sangrando, ainda não acreditava no que tinha visto lá na Floreios. O que tinha acontecido com Harry? Mione tinha o mesmo pensamento, e estava apenas com algumas marcas de tapa no rosto.
A sr. Weasley virou para trás e encarou os três.
- Muito bonito! Eu não posso deixar vocês por alguns instantes e o barraco já está armado! – Vociferou. – Todos vocês, sem exceções, estão de castigo. Ninguém vai sair de casa até as aulas começarem. E isso inclui a feira do livro, Granger, e a vassoura nova, Rony.
- Mas mãe...
- Sra....
- Silêncio, não quero ouvir mais nenhum pio! Quando chegarem, vão tratar dos machucados e me ajudar com a janta!
O trio concordou. Hermione e Rony se entreolharam insatisfeitos e depois a Harry, que ainda estava apavorado com a sua salta de controle.
- Você vai nos contar.... – Começou Rony
- Tudo. – Concluiu Hermione.
- Ahn.
- Agora não tem desculpas!
- SILÊNCIO! – Berrou a Sra. Weasley, assustando o motorista do ministério.
- Desculpe querido, mas vocês sabe como é, crianças.
Roger, o motorista, concordou. Com medo de levar xingões.
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