Logo logo, o fim



Alberon percorreu seu recinto, indo de um lado a outro. Estava pensativo e um tanto extasiado. Sentou na mesa comprida de reuniões sozinho e impaciente. Seu mensageiro não chegava nunca, com a notícia que precisava sobre o ministério e as localidades regionais de coligações entre vampiros.
Levantou e seguiu até um armário velho e mofado. Abriu as portas quase ás arrancando. Puxou uma gaveta grande e apanhou um objeto parecido com uma penseira. A única diferença era a cor e os desenhos.
Postou sobre a mesa e enfiou o dedo no líquido roxo, que encontrava-se em seu interior.

- Izaack Heltonloy. – Murmurou, mexendo levemente com o dedo, fazendo a tonalidade mudar para um verde vivo.

Aguardou alguns minutos, até um rosto ossudo e amargo surgir.

- Chamou Alberon? – Perguntou Izaack, com um sorriso psicótico na face.

- Eu quero saber se os covis continentais estão prontos e os generais informados.

- Pode ter certeza mestre.

- Ótimo, na próxima lua crescente, quero todos a disposição.

- Mandarei deixar o Coligador a disposição.

O rosto de Izaack desapareceu, deixando o recipiente com um líquido roxo novamente. Alberon continha um sorriso contente e ferino. Estava na hora da vingança.




Rony, Hermione, Gina e os gêmeos tomavam o café da manhã. Pensativos e contentes, as aulas logo começariam.

- Cadê o Harry? – Indagou Gina, comendo um enorme pedaço de pão.

- Dormindo. Acho que não teve uma boa noite de sono. – respondeu Rony, ainda sonolento.

- Vocês viram ontem? A cara do Snape? – Comentou Jorge, passando Pasta de fígado no pão.

- Nossaaa! O Harry me disse que ele tinha caído no chão, mas eu duvido! Tenho certeza que ele aproveitou a situação para dar umas bofetadas naquele acéfalo do Snape.

- Olha a boca Rony! Harry não seria capaz de fazer uma coisa dessas. – Retrucou Mione.

- Ai Ai Ai... – Imitou Rony, gesticulando com as mãos e fazendo caretas.

Todos riram, exeto a garota, que começa a ficar emburrada.

- Ah! Então eu sou motivo de risadas agora!

- Ô Hermione, não sabe nem brincar não!

- Com gente estúpida, certamente que não!

E saiu, subindo as escadas pesadamente quase chorando, rumo ao seu quarto. Quando passava na frente do quarto de Harry, viu que estava vazio.

- Harry? – Chamou, olhando para os lados.

Não recebeu nenhuma resposta, então seguiu para perto da janela, estava escuro e frio ali! Abriu e virou-se, quase dando um pulo para trás. Com a iluminação poderia ver Harry que estava adormecido de pé, encostado na parede.

- HARRY?!?

O novo vampiro, sequer se mexeu, parecendo lacrado em um sono profundo.

- Meu deus! SOCORRO, SOCORRO, Harry está morto! – Gritou, aproximando-se dele e sentindo a pele gelada.

A correria começou, puderam-se ouvir os ruídos dos passos pelas escadas velhas e as figuras conhecidas começarem a surgir na porta.

- O que foi Hermione? – perguntou o Sr. Weasley, correndo na direção deles e checando a pulsação do vampiro.

- Ele, ele está morto... não se mexe... está tão frio!

- A pulsação está lenta, mas funcionando!

Os garotos olhavam atordoados da porta, e tudo se acalmou, quando Harry abriu os olhos e assustou-se, com um bando de gente por cima dele.

- O que, o que está acontecendo?

- Você está vivo! – Falou Fred, agachando-se e balançando o garoto.

- A Mione dramática achou que você tinha morrido.

- Ai, mas ele não se mexia, você queria o quê? – Irritou-se novamente, encarando Rony mortalmente.

- Ai ta bom... ta bom...

Harry levantou-se, vendo o grupo de pessoas desaparecendo, enquanto esperava o Sr. Weasley parar de contar uma história de suas aventuras.

- Acho que vou dormir mais um pouco... – Comentou Harry, indo fechar a janela.

- Nem pense nisso, mocinho! – Falou a Sr. Wealey, entrando no quarto e abrindo mais ainda as janelas.

Harry colocou as mãos nos olhos e sentiu dor de cabeça, incomodado com a luz.

- Já é tarde e temos muitas coisas para fazer.

- Ahn....

- Vamos, vá tomar o seu banho e se arrumar. As listas dos matériais chegou noite passada. E além disso, tenho que comprar roupas para o Rony e a Gina. – Concluiu, se retirando dali. Nesse momento, ficaram apenas Rony e Mione.

- Acho que você nos deve uma explicação Harry...

- Não, não devo não.

- Mas como assim?

- Só estou cansado de mais, Rony.

- Mas e a pele gelada, essa cor pálida!

- Sono, não durmo bem faz dias.

- Mas...

- Deixa Rony, acho que nós ajudamos mais limpando e secando os pratos.

- É, deve ser.

Os dois saíram emburradas, de braços cruzados e resmungando. Por que ele não contava a verdade?


A campainha longa e irritante ecoou pelo castelo. Dois mulos humanos se aproximaram e abriram as enormes portas avermelhadas. Havia um quinteto de bruxos encapuzados e sorridentes.

- Queremos conversar com seu mestre... – Comentou um deles, com voz grossa e rouca.
- É, o senhor Alberon.

Um dos mulos saiu correndo por um corredor comprido e estreito, voltando minutos depois.

- Podem entrar, nosso senhor vos aguarda. Sigam essa direção. Ele dará em uma porta de madeira com duas tochas em volta.

Sem responder, os cinco comensais entraram, extasiados por completar o trabalho de Voldemort. Aquele lugar era escuro e silencioso, com um cheiro forte de acre.

Dimitri foi o primeiro a entrar, notando o silêncio do local e a umidade também. Estava vazio, pelo menos era o que parecia.
- Fomos enganados? – Perguntou a Lestrange.

- Não, não fomos. – Apontou um segundo, para as escuridões, de onde surgia um vulto de olhos avermelhados.

- Bom dia... – A voz fria de Alberon invadiu o local.

- Vampiro, deixe de enrolação e vamos logo ao assunto. – Falou rispidamente Bella.

O vampirão arregalou os olhos, demonstrando desprezo. Por azar os comensais não perceberam.

- Quanta má educação, Voldemort não ensinou bons modos ao seus pupilos.

- CALADO MALDITO! Não fale assim do nosso senhor!

- Calado Luis! – repreendeu Bella. – Desculpe o comportamento desse idiota, mais tarde ele aprenderá a lição.

- Como você mesmo disse... – Alberon começou a se irritar, alterando levemente a voz, não estava gostando daquilo. – Vá direto ao assunto.

- Voldemort nos mandou aqui. Ele quer novamente, reabrir a proposta de união. – Bella fez uma pausa. – E antes que o senhor responda, deixe eu relatar um pouco.
Há tempos, Voldemort vem juntando uma união de criaturas que quer o fim do ministério e do poder justo desses Bruxos imbecis. E acreditamos nós, que o senhor tem a mesma idéia.

- Sim, devem ter. – Respondeu ironicamente. – Mas já disse a ele, nada de acordos.

- Tens certeza?

- Absoluta. Vampiros e bruxos não devem se reunir, nunca!

- Ótimo, então teremos que destruir você. Comensais, varinhas a punho!

Todos apontaram as varinhas para Alberon, que começou a rir histericamente.

- Como vocês, seres imundos, conseguem pensar uma coisa dessas!?

- Crucio! – Todos berraram ao mesmo tempo.

Todos os cinco jatos vermelhos se juntaram e acertaram o vampiro em cheio. Que voou alguns metros e bateu frontalmente contra uma parede branca e gelada. Estranhamente o feitiço não fez efeito. Ele apenas parecia ‘apagado’.

- Acabamos com ele!

- Pode ter certeza!

- É!

Logo, um urro poderoso e terrível veio de Alberon. O vampiro estava de pé, com os dentes a mostra.

- Como vocês ousam a fazer isso! Agora pagaram por tal ato!

Antes que a segunda rajada de feitiços o acerta-se, Alberon se ajoelhou. Levou as mãos à cabeça e arfou. Seu corpo começava a triplicar de tamanho. Duas asas envergadas surgiram de suas costas, que agora tomava uma cor vermelha e uma pele escamosa.
A criatura se ergueu, possuindo mais de seis metros. Os dentes grandes e pontudos abriam e fechavam, ruidosamente. As garras gigantes dos braços musculosos brilhavam com as tochas ali próximas. Em algumas partes do corpo, se viam os ossos.
O ser mais abominável da terra, acordou, e mais do que nunca, seria o fim.
Restava agora a Harry, liderar os Bruxos rumo a sua sobrevivência.

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