Weasley...Um sobrenome comum?



Weasley...Um sobrenome comum?


 


 


Bariloche era sem sombra de duvidas um lugar encantador.


Assim como Harry e Gina, Hermione e Rony desistiram do Caribe e resolveram refugiar-se em um lugar mais romântico e tranqüilo.


O clima frio e a paisagem encantadora pintava Bariloche como o lugar perfeito para as intenções do casal.


Partiram dois dias depois que Harry e Gina deixaram Londres. Não queriam riscos de encontros surpresas. Estudaram muito bem as opções que tinham e ainda tiveram de ter o cuidado de deixar o lugar separadamente, encontrando-se dentro do avião.


Ao aterrissarem no local, eles seguiram direto para o hotel.....


 


- Estive aqui há pouco tempo... – Hermione disse distraída – América do Sul – ela completou – É um lugar incrível.


Rony sorriu em concordância.


- Já esteve aqui em Bariloche antes?


Ela negou.


- Não. Os esportes de inverno não chamam minha atenção se quer saber.


- Então por que eu deveria crer que você está feliz em vir para cá? Deveria ter sugerido outro lugar Mione, eu certamente...


- Eu disse que os esportes de inverno não me atraiam Rony, mas não me lembro de ter vindo aqui em busca de esportes.


Ela sorriu maliciosa e ele a acompanhou.


- Gosto de esquiar. – Rony falou casualmente, tentando ignorar a mão delicada que acarinhava um ponto estratégico em seu pescoço.  – Mamãe e eu viemos aqui algumas vezes... – A voz dele falhou e mudou de tom quando ela embrenhou os dedos em sua nuca. Nunca um carinho tão simples e despreocupado lhe pareceu tão absurdamente erótico. – Uma vez... quebrei a perna descendo a... a ....


Os dedos de Hermione não haviam mudado de rumo, mas agora ela traçava um caminho perigoso em seu pescoço com os lábios e ele perdeu a linha de raciocínio. – A... eu cai quando estava... Hermione pelo amor de Deus, pare com isso.


Ela riu pelo nariz, com uma expressão vitoriosa.


Outra risada foi ouvida mais a frente. O motorista do Taxi não com seguiu reprimir um sorriso divertido ao perceber o descontrole desenhado no rosto tenso de Rony.


O ruivo por sua vez pigarreou alto o suficiente para que o homem entendesse que estava andando por um terreno muito perigoso.


Hermione acalmou-se o resto da viagem, e quando finalmente atingiram a entrada do hotel, foi pega de surpresa quando Rony pegou sua mão esquerda.


- Eu gostaria que usasse isto.


Ele lhe mostrou uma aliança de ouro, delicadamente entalhada com brilhantes.


- Mas...Rony... – ela tentou retrucar aturdida, mas selou-lhe os lábios com um beijo e puxou-a para fora do carro. – Use, por favor. – ele completou com uma voz que enfeitiçaria  até Morgana.


Ela emudeceu e o seguiu, com as mãos entrelaçadas as dele, mas sua cota de surpresas ainda não estava finalizada. Ela ficou ainda mais chocada quando atingiram certa parte do magnífico Hall do hotel e um rapaz, muito bem vestido, aproximou-se deles sorridente, tomando-lhe a mão e beijando-a com respeito.


- Sr Weasley, Sra. Weasley. É um grande prazer para o Edelweiss recebê-los. Sua bagagem já foi enviada para sua suíte senhor, ela fica no 25º andar e é o único apartamento do lugar. A mais reservada suíte nupcial que temos, como o senhor solicitou. Meu nome é Hernandes senhor e ficaria muito feliz em saber no que lhes posso ser útil.


O rapaz fez uma reverencia elegante, de acordo com o lugar em que estavam, mas não era a magnitude do hotel, ou a rapidez com que Rony providenciara tudo e sim o sobrenome com o qual eles se hospedaram


“Sr Weasley, Sra. Weasley....”


Aquilo se repetia e sua cabeça.


Sentiu apenas que Rony tomava sua mão novamente e a guiava até o quarto reservado para eles.


Não percebeu quanto tempo levou para que o elevador atingisse o 25º andar, em sua cabeça ainda estavam as palavras do rapaz que os recebeu e do delicado anel em sua mão direita.


Estava determinada a questionar Rony sobre tudo aquilo quando chegassem ao quarto. Ele certamente teria de lhe explicar por que de tudo aquilo, mas quando a porta do quarto se fechou ela sequer conseguiu falar.


Rony cobriu sua boca com a dele num movimento rápido.


- Achou que me provocaria e não haveria retaliação moça?


Ele argumentou baixo enquanto devorava sem piedade a pele do seu pescoço.


Ela só conseguiu rir, e desejar render-se aquela doce retaliação.


 


...


Duas horas depois, eles estavam deitados na cama, degustando o almoço. Havia anoitecido e eles nem haviam notado.


Hermione estava distante, os pensamentos em torno da surpresa a usarem o sobrenome de Gina para se hospedarem.


- Sei que deve estar se perguntando, por que eu reservei o hotel com o sobrenome Weasley certo? – ele perguntou cauteloso.


Hermione o olhou com os olhos estreitos. Ele adivinhara seus pensamentos?


- Realmente não compreendi por que usar o nome de solteira de Gina.


Ele suspirou.


- Hermione, a verdade é que...meu sobrenome também é Weasley.


Hermione estreitou ainda mais os olhos para ele, como se não acreditasse no que estava ouvindo.


- Isso soa estranho, eu sei – ele disse sorrindo de leve – também achei uma esquisita coincidência quando ouvi Harry mencionar o nome de Gina, mas se pensarmos bem, Weasley é um sobrenome bem comum na Inglaterra, então não há tanto mistério.


Hermione concordou lentamente com a cabeça.


- Sim, tem razão, é um sobrenome um tanto comum, de fato. O que se torna estranho é...Por que você usa um nome falso no dia a dia?


Ele enfiou as mãos nos bolsos da calça.


- E quem lhe disse que uso um nome falso?


Ela empinou o queixo em confronto.


- Você se apresenta como Ronald Prewett.


- Sim, mas eu me chamo Ronald Prewett. – ela tinha um leve tom de divertimento na voz.


- Você está me zoando Rony? – ela perguntou desafiadora e ele não conseguiu se conter, sorriu mais alto.


- Não Mione, não estou. Meu nome é Ronald Prewett Weasley.


Ela piscou algumas vezes tentando digerir as novas informações. Rony então pegou as mãos dela.


- É uma longa historia, mas eu vou tentar resumir para você. Prewett é o nome de minha mãe, Weasley de meu pai. Meu pai, saiu de casa quando eu tinha pouco menos de dois anos, ele se foi e nos deixou. Minha mãe e eu passamos por maus bocados sem ele e não foi por pouco tempo. Durante anos e anos convivemos com a pobreza enquanto tínhamos informações de que ele vivia uma vida de luxo. Também tive que ver minha mãe chorar e sofrer por ele durante toda minha infância. Por isso eu não uso o nome dele. Está na minha certidão, mas é uma questão de orgulho. Não achei relevante dizer que Gina e eu tínhamos o mesmo sobrenome.


Hermione o olhou alguns segundos antes de assentir.


- É uma coincidência e tanto.


Ele riu.


- Sim, é.


- Vocês também se parece fisicamente... isto é... vocês poderiam...


Rony gargalhou.


- Sei o que vai dizer. Sim, Gina e eu poderíamos nos passar por irmãos, mas não. Não há chances de ser. Eu era muito pequeno quando meu pai se foi e minha mãe nunca mais se relacionou com ninguém depois dele.


- Quais são as chances de haver dois ruivos com o nome Weasley sem serem irmãos? – perguntou Hermione ainda defendendo seu ponto de vista.


- Na Inglaterra? Muitas... Meus cabelos ruivos são tão comuns quanto o meu sobrenome Hermione.


- E se seu pai casou de novo e teve uma filha? – ela o desafiou de novo com um ar de quem sabia tudo.


- Você conhece o pai de Gina?


- Claro – ela respondeu rápido, praticamente cresci com ele.


- Ele era casado?


- Não, mas...


- Ele ama Gina?


Hermione arqueou a sobrancelha.


- Muito, ele é um pai maravilhoso e...


- Você diria que este homem seria capaz de abandonar a mulher e um filho pequeno?


Rony já não tinha mais um sorriso no rosto.


- Não, ele...


- Então Hermione, definitivamente, este homem e meu pai não são a mesma pessoa.


Ele virou de costas e ela se sentiu mal por lhe trazer lembranças tão ruins à tona.


- Sinto muito Rony – ela tocou seu ombro – Me desculpe, eu não queria fazer você reviver momentos ruins, eu só...


Ele virou-se de novo e segurou as mãos dela novamente.


- Não se preocupe, está tudo bem. É até natural, afinal temos muito o que saber um do outro ainda. Sei que ainda não nos conhecemos tão bem quanto deveríamos Hermione, mas não pretendo deixar que isso se torne um obstáculo entre nós. Quero que saibamos tudo sobre a vida um do outro, sem segredos e nem mentiras.


Ela sorriu.


- Sim, eu concordo.


- Ótimo, agora venha. Estamos atrasados para a programação.


Ela riu


- Ah então nós temos uma programação?


- É claro que temos. Um passeio romântico ao ar livre, flores, vinho no fim da noite e então depois de ter lhe entorpecido com romantismo e álcool eu vou seduzir você e fechar a noite com chave de ouro.


Ela gargalhou, tinha de gargalhar.


- Então vamos imediatamente, eu não quero atrasar a programação.


 


Dino Thomas rolou os olhos com impaciência quando pela terceira vez, a gargalhada fina e forçada e Cho Chang soou em seu escritório.


- Então quer dizer que a ruiva sem graça a quem Harry apresenta tão garbosamente como esposa é na verdade O camaleão? A Ginevra Weasley da SAAD?


Dino forçou o sorriso, quantas vezes teria de repetir que o camaleão não existe e se existe não é Gina?


- Exato. Ginevra Weasley, primeira e única.


Cho riu pelo nariz, agora com desdém, analisando o dossiê sobre Gina.


- Você é caidinho por ela não é Thomas? O que está mulher opaca e sem graça tem?


- Eu poderia lhe dizer muitas coisas Chang. Gina tem tudo o que um homem como Potter pode querer. Ela é linda, inteligente, independente e rica. E para mim, tem o aditivo importantíssimo de ser a filha do chefe, compreende?


- Muito conveniente.


- É claro que é Chang. Pense. Se eu tiver Gina, terei poder, dinheiro e uma bela mulher em minha cama. Exatamente nesta ordem.


Cho riu alto.


- A vida é um selva minha bela oriental e minha tese é de que não são os fortes que sobrevivem, são os espertos.


- Sim, e você é sem duvida muito esperto. Gosto de ter você como aliado.


- Temos interesses comuns minha cara.


- Então quer dizer que tudo o que eu preciso é pegar estes documentos e mostrar ao Harry quando ele voltar daquela lua de mel ridícula, ai tudo vai estar acabado certo?


- Não! – Dino disse rapidamente – Ainda não.


- Mas Thomas...


- Preste atenção Chang, seja esperta. Eles acabaram de casar. Se aparecermos agora, dois ex namorados munidos de dossiês sobre eles, iremos levar desvantagem, vamos acabar unindo-os, por que parecerá conspiração. Além disso há um agravante. Pelo que fiquei sabendo, Hermione Granger está se dando muito bem com o amiguinho do Potter, Ronald.


- A Granger? Aquela calculadora ambulante e estúpida, com um homem como Ronald? Não pode ser.


- Não é o que minhas informações me dizem. Ao que tudo indica, Hermione se deu muito bem com o Potter também e ela me detesta, poderá ser um grande empecilho, já que ela é a única pessoa que consegue exercer influencia sobre Gina. Gina confia nela de maneira cega.


- Assim também é com Harry e Ronald. – Bufou Cho – O que faremos então? Temos o ouro e não vamos usá-lo?


Ele sorriu


- Claro que vamos usar. Vamos apenas ter que ser pacientes e agir com cautela. Deixaremos que eles descubram a verdade sozinhos, com um leve empurrão. Meus planos iniciais envolvem separar o casal coadjuvante. Hermione e Ronald precisam ficar longe um do outro.


Chang sorriu com malicia.


- Tenho alguém em mente. Alguém que pode fazer com que a Granger odeie o Ronald para sempre.


- Ótimo, cuide disso então. Depois que Hermione não mais servir de escudo, terei campo livre para agir.


- O que você fará?


- Ah Chang, estou começando a perceber por que você não é agente de campo.não tem muita inteligência nesta cabecinha bem feita não é?


Cho fez uma careta.


- Gina é o ouro da SAAD, a melhor agente de campo que existe na corporação, assim como Potter, é o menino dos olhos da SOMA. Basta esperarmos o momento certo e a missão certa e então faremos com que os mandem juntos para o mesmo lugar. As coisas vão simplesmente acontecer.


Cho abriu um sorriso de entendimento e Dino acompanhou selando com um brinde a aliança entre dois inimigos.


 


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Genteeeeeee um milhão de desculpas pela demoraaaaaa, juro que tentei não demorar, tentarei com mais afinco. bjos.

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