Proposta



O avião pousou em Heathrow as 9 da noite naquele mesmo dia. Depois do incidente com Dino Thomas, Gina fcou impaciente para retornar à Londres e conseguiu permissão especial para embarcar com Hermione antes do resto da equipe.


Harry fora avisado e por isso estava esperando Gina no portão de desembarque.


Os olhos dela brilharam ao conseguir distinguí-lo no meio da multidão.


Sentiu algo estranho, algo que já havia sentido antes, quando estava chegando ao apartamento de Harry na França. Era algo de ansia e nervosismo, mas desta vez era numa intensidade muito maior.


Sentiu sua face esquentar, o coração pulou e suas mãos suaram.


Percebera que a saudade que sentiu dele era muito, mas muito maior do que imaginava ao avistar os olhos verdes e o sorriso que lhe conquistou.


Não se importou de parecer uma menina, não se importou que Hermione vinha atras dela. Quando o viu largou as malas no caminho e correu até ele.


Harry alargou o sorriso ao vê-la correr, os cabelos ruivos esvoaçados, os olhos azuis brilhantes, o sorriso de menina. Abriu os braços para recebê-la calorosamente entre eles.


Gina pulou no pescoço do moreno, ignorando os olhares curiosos, o cansaço do proprio corpo e as opiniões alheias. Quando sentiu os braços fortes se fecharem ao redor da sua cintura, ergueu as pernas de modo que enlaçaram a cintura de Harry e beijou-o com ardor.


Três semanas era definitivamente muito tempo.


Quando viu Gina correr, Hermione riu. Agora sabia o que ela sentia. Acontecia o mesmo quando ela via Rony. Sentiu o coração pular, Rony devia estar perto. Tentando conter os impetos de imitar a amiga que agora estava suspensa nos braços fortes do marido, Hermione baixou e apanhou a valise de mão que Gina deixara cair, depois que apoiou a bolsa no carrinho de malas, adiantou-se devagar.


Percebeu com uma grande decepção que Rony não estava lá.


Respirou fundo tentando disfarçar o vazio que sentiu por não vê-lo lá. Estava com tanta saudade dele, e ele parecia corresponder nas ligações que trocaram.


Mas é obvio que numa sexta à noite Rony deveria ter algo mais interessante a fazer do que ficar brincando de namoro de janela com ela, trocando olhares e promessas escondido de todos.


Hermione encontrava-se agora a alguns metros do casal apaixonado que trocava beijos apaixonados e a matava de inveja, quando seu celular tocou.


Pegou o aparelho no bolso do casaco com dificuldade e atendeu sem olhar o indentificador de chamadas.


- Alô.


- Por que está com esta expressão tristinha morena? Achou mesmo que eu ia te esquecer?


No mesmo instante ela parou. Sentiu o coração se comprimir, para em seguida acelerar.


- Não diga nada, apenas ouça. Não fui com Harry pra não dar bandeira demais, mas estou aqui desde que ele chegou. Estou te vendo. Olhe para cima.


Hermione tentou ser o mais discreta que pôde, virou-se lentamente como quem apenas admira o lugar, apesar de que mesmo que estivesse sido espalhafatosa ninguém teria notado. Harry e Gina estavam mais preocupados em bater o recorde de tempo em que bocas ficam grudadas.


Encontrou a figura alta e eletrizante do ruivo numa plataforma superior, ele acenou discretamente.


- Dê uma desculpa para não aceitar a carona do Harry e da Gina e me encontre na lanchonete que está a sua frente. Vê se não demora morena, estou louco de saudades.


Ela apenas riu.


O ressonar de sua risada ecoou como musica nos ouvidos de Rony, ele sentiu-se estremecer. Estava com saudades dela, muitas saudades. Foram as três semanas mais longas da sua vida embora eles realmente tivessem mantido um contato regular.


Regular era pouco, mantiveram um contato tão assíduo quando um casal de namorados loucamente apaixonados manteriam. Falavam-se várias vezes por dia, ainda que rapidamente, na ansia de ouvirem as vozes um do outro.


Rony vinha ponderando durante todo o tempo em que ficara distante dela. No inicio, achava que seu senso de protecionismo o havia aproximado dela. Ela estav encurralada com um idiota tentando forçar a barra. Ele fez o que faria por qualquer uma, de fato.


Mas alguns dias depois ele foi obrigado a rever estes pensamentos, afinal, Hermione não lhe saia da cabeça. Desejou-a desde o primeiro momento em que a vira.


Tentou descupar os pensamentos justificando que já desejara muitas mulheres a primeira vista, porém precisou voltar atras novamente, quando admitiu a si mesmo que sim, desejou muitas mulheres com um primeiro olhar, bem como as descartou após a segunda transa e com Hermione não era assim.


O que surgiu entre eles no primeiro instante não foi só um louco desejo, foi mais que isso, foi uma explosão de sentimentos. Quis protegê-la tão logo a viu ameaçada, quando a beijou por impulso sentiu o corpo vibrar, como se o alertasse que aquele contato lhe dava mais vida.


Depois de sentir o gosto dos lábios dela a primeira vez, não conseguiu mais esquecê-la.


Então dormiu com ela duas vezes e achou que aquilo aplacaria aquela gama de sentimentos furiosos que sentia, mas não foi isso que aconteceu. As três semanas que ela passou fora mostraram para ele o quanto ele ainda necessitava dela, queria-a perto, nem que fosse apenas para ver seu sorriso, nem que fosse só pra ouvir sua doce voz.


Quando a viu cruzar os portões de desembarque sentiu não só no corpo, mas no fundo da alma algo vibrar, viu-a andar lentamente e pôde constatar o quanto ela ficara decepcionada por não tê-lo visto.


Hermione era de fayo a mulher mais linda, mais inteligente e mais intrigante que ele já havia conhecido. A única mulher que havia mexido tanto com ele, a única que havia lhe deixado ansioso, satisfeito, ciumento e feliz.


Sentiu medo ao constatar isto, sabia o que significava. Estava se apaixonando por Hermione Granger e aquilo era muito, muito perigoso.


Três semanas atras ele caira na burrada de dizer que não morria de amores por ela, então lhe restou ouvi-la dizer que ela também não estava apaixonada por ele. O que ela diria agora se o ouvisse confessar amor? Provavelmente iria afastar-se dele, Hermione não parecia querer se envolver.


Por que quereria? Ainda estava pagando as custas de um relacionamento que não dera certo, não o conhecia e mesmo com todos aqueles sentimentos envolvidos, ela certamente teria medo de se apegar a uma relação, eles mal se conheciam.


Mas Harry e Gina também não se conheciam quando ficaram juntos e nada os impediu de se casarem em menos de um mês.


Invejou Harry neste momento e se sentiu péssimo por isso. Mas precisava admitir, seu melhor amigo tinha mesmo peito para admitir que estava apaixonado por uma mulher que não conhecia, enfrentar isso e levá-la ao altar. Agora estava lá embaixo, agarrado a sua musa sem se importar com ninguém.


Se ele fosse um pouco menos cético e um pouco mais corajoso, faria o mesmo. Desceria naquele instante, a agarraria pela cintura e lhe daria o melhor beijo de sua vida. Depois arrastaria-a para sua casa onde faria amor com ela até a exaustão total.


Sim era isso que desejava mais que tudo, mas tinha medo, principalmente de Hermione rejeitar seus sentimentos.


Viu-a aproximar-se de Harry e Gina, dava para notar-lhe a ansiedade, sorriu. Pelo menos ela a queria. Isto era um fato. Enterrou as mãos nos bolsos dos jeans e nadou lentamente até a lanchonete no andar inferior, escondendo-se na multidão frenética.


Hermione aproximou-se de Harry e Gina e tinha um sorriso nervoso.


Harry soltou Gina e abraçou-a sem cerimonias.


- Curtiu a viagem? – ele perguntou.


- Não tanto quanto curtirei a nossa. – ela respondeu sorrindo.


- Vamos, a gente te leva Mione, é caminho.


Ela negou ainda sorrindo, era impossível não sorrir.


- Não obrigada. Tomo um taxi.


- Ah que é isso Mione, não custa nada, fica tão perto.


- Ah, mas não é por isso. Estou querendo ir a alguns lugares antes de ir para casa, pretendo passear um pouco.


Gina franziu o cenho. – Hermione Granger não está louca para fazer os relatórios? Mesmo?


Hermione sorriu.


- Na verdade, estou louca por um belo Cheeseburguer e um bom Milkshake, isto sim.


Gina sorriu


- Ah sim, sempre esqueço que os Cheeseburgueres e Milkshakes são a primeira opção, relatórios são a segunda.


Todos riram


- Não sei como consegue comer estas coisas sem peso na consciencia Hermione – Disse Gina divertida – Se eu comesse metade daquele sanduiche saíria daqui me achando uma baleia.


- Nã exagere meu amor, você é perfeita. – disse Harry beijando-a.


- Se você deixasse de lado estes complexos malucos de engordar, talvez a culpa se esvaisse. – Hermione disse, rindo dos solavancos de cocegas que Gina dava cada vez que recebia beijos em pontos estratégicos da nuca. – Quer saber, saiam os dois daqui. Vocês são um grande perigo ao pudor publico no momento.


 Gina gargalhou.


- Tem certeza que vai ficar bem Hermione? – perguntou Harry – Eu realmente não me importo de levá-la em casa.


- Ficarei bem Harry, muito obrigada pela preocupação. – Hermione o abraçou. – Agora vão, matem as saudades, eu quase enlouqueci com Gina choramingando sua falta o tempo todo.


Eles gargalharam de novo.


Gina abraçou a amiga.


- Fico tão feliz de ver vocês dois assim. São as pessoas mais importantes da minha vida, sabem disso não é? – ela falou em meio a um abraço duplo e eles assentiram.


- Então já vamos. Hermione se precisar de alguma coisa nos avise.


Harry disse caminhando com Gina para a saida.


Hermione assentiu sorrindo.


Não se preocupe Harry – ela pensou – O que eu estou precisando agora, só aquele ruivo lá em cima pode me dar


 


Hermione virou-se com ansiedade para os restaurantes a frente assim que Harry e gina sumiram de seu campo de visão, começou a andar a passos muito rápidos, buscando a imagem do ruivo no meio da multidão.


Quando o viu, foi impossivel não materializar um sorriso.


- OI morena. – ele abriu os braços e ela os aceitou.


- OI ruivo.


- Senti saudades. – ele beijou-a brevemente nos lábios.


- E só me dá este beijinho? – ela falou como uma criança.


- Sim, por que se eu te der mais que isto, poderemos ser presos pela lei dos trouxas.


Ela gargalhou.


- Está com fome? – ele perguntou


- Estou. Só não sei qual fome aplacar primeiro. – ela disse sedutora.


Ele sorriu enviesado.


- Então como uma boa menina, você vir aqui comigo e comer um delicioso Spaghetii italiano, depois, poderemos discutir seus demais apetites , o que acha?


Ela arqueou uma sobrancelha.


- A idéia parece otima.


Ela o acompanhou até um restaurante italiano ainda dentro do aeroporto, sentaram-se numa das mesas mais escondidas.


O garçom serviu-lhes vinho a pedido de Rony.


- Mione, eu estou louco para correr com você para casa, mas antes nós precisamos conversar. Temos alguns pontos muitos sérios para resolver.


Hermione assumiu um tom serio, quase posição de defesa.


- Do que se trata? – ela perguntou desconfiada.


- Viktor Krum – ele disse com a voz firme enquanto busacava as mãos dela e as apertava entre as dele.


- Eu sabia. Eu sabia que Viktor tinha aprontado alguma durante minha viagem. O que ele fez Rony?


- Ele conseguiu invadir seu apartamento de novo Hermione.


- Como assim?


- providenciei que uma equipe de confiança arrumasse seu apartamento, no mesmo dia em que você viajou. Mas três dias depois de tudo estar pronto Viktor entrou lá e deixou uma mensagem.


Ele lhe estendeu um papel.


“Vou arruinar sua vida sua desgraçada, você só tem uma opção que  é voltar pra mim, ou eu vou acabar com você”.


Hermione tremeu enquanto lia.


- Eu providenciei que todas as fechaduras do seu apartamento fossem trocadas, mas parece não ter adiantado. Na segunda semana de sua viagem  ele entrou de novo e deixou isto.


“Sei que está viajando, por isso vou lhe dar até o fim do mês para nos resolvermos, estou disposto a lhe perdoar. Sei que você anda se comportando como uma vagabunda, dormindo com este projeto de bad boy, mas se você deixá-lo e voltar pra mim, prometo que esqueço tudo. Espero sua resposta”.


Hermione parecia enojada com os recados.


- Como aquele cafajeste conseguiu entrar no meu apartamento mesmo depois de você ter trocado as fechaduras?


- Hermione, eu mandei vigiar o seu prédio por seis dias consecutivos e ninguém conseguiu ver Viktor Krum entrar, creio que ele esteja burlando o Trace e usando magia.


Ela olhou Rony horrorizada.


- Isto é possivel?


- Eu ainda não sei. Também é possível que Krum tenha algum tipo de acordo com o dono do lugar, porém tudo isso não passa de hipoteses. O fato é que independente de como ele entrou lá, você corre riscos enormes voltando.


Hermione passou as mãos pelo rosto.


- O que eu vou fazer? – ela perguntou perdida.


- Não poderá mais dar queixa, não houve arrombamento.


Ela concordou.


- Ouça – ele apertou firme suas mãos. Tenho algo a lhe propor. – eles se olharam – Quero que venha morar comigo.


Ela arregalou os olhos.


- O que?


- ele firmou mais o aperto das mãos impedindo que ela se soltasse.


- Quero que venha morar comigo Mione, é a melhor solução, você estará mais segura ao meu lado.


- Mas Rony...Não podemos...nós...


- Você não vai vir com aquele papo de que não nos conhecemos não é?


- Não mas... Há mais em jogo, teríamos que...


- Tudo o que teríamos que fazer Hermione – ele a interrompeu – Era assumir que estamos juntos. Que mal há nisso? Não acha que já está na hora de contarmos aos nossos amigos que estamos...bem, que estamos juntos de alguma forma?


Hermione mostrou-se exasperada.


- Iriamos jogar uma bomba destas assim, sem mais nem menos nos nossos amigos?


- Ah Qual é Hermione? Isto é tão ruim assim? Por que você acha que eles ficariam tão magoados? Eu tenho certeza que Harry e Gina ficariam felizes por nós.


- Sim... eu sei disso. Não foi isso que eu quis dizer. – Rony a encarava curioso – É só que...Morar juntos Rony? Nós sequer somos namorados...


- Mas isso não significa que não podemos ser Hermione. Certo?


Ela o olhou espantada.


- Isto é um pedido de namoro bad boy? – ela perguntou netre o espanto e o divertimento.


- Bom, considerando que eu quero que vanha morar na minha casa é mais um pedido de compromisso.


Ela sorriu.


- Acha que vai dar certo Rony?


Ele voltou a afagar as mãos dela.


- Não sei, mas podemos fazer um teste.


Ela arqueou a sobrancelha.


- Ouça. Eu sei que tinhamos programado viajar com Harry e Gina, mas...Bom eu fiquei pensando... Acho que deveríamos deixá-los viajar sozinhos, afinal eles mal tiveram lua de mel. Além do mais, eu gostaria de ficar com você, sem precisar me esconder ou fingir e se nós viajássemos juntos para outro lugar, poderíamos ensaiar por três meses inteiros nossa vida juntos.


Hermione ficou pensativa. Seria maravilhoso poder ficar com Rony com um pouco mais de liberdade, sem ter que se conter quando quisesse beijá-lo ou abraçá-lo. Mas como conseguiria explicar para Gina?


Como se lesse os pensamentos dela, ele disse:


- Mione, eu sei que está preocupada em o que vai dizer a Gina. Podemos inventar uma desculpa, podemos deixar para contar para eles sobre nós quando voltarmos, o que acha? Pensamos juntos em algo para dizer?


Ela o encarou algum tempo antes de abrir um sorriso contagiante.


- Preciso te dar uma lista de coisas que eu odeio e coisas que eu adoro.


Ele sorriu.


- Faça isso. Prometo que vou me esforçar.


Ela gargalhou.


- Comece se esforçando agora. Não aguento nem mais um minuto de espera, me tire daqui.


Ele levantou e jogou um maço de dinheiro em cima da mesa, depois capturou as mãos dela.


- Então vamos para casa morena.


 


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Gente, mas uma vez desculpa pela demora, eu sei que demorou muito o cap, mas vou tentar mesmo não passar tanto tempo. Bjos e obrigada a quem ler.

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