Matando as saudades



Matando as saudades


O dia amanheceu, primeiro para Harry que para os outros, pois o mesmo não conseguiu dormir direito de ansiedade, acordou as cinco da manhã. Mas mesmo tendo uma noite curta de sono, as horas lhe pareceram dias.


“Pela primeira vez eu estou parecendo um moleque idiota na frente de uma mulher” – ele ponderou – “Dane-se, é a primeira vez que me apaixono também”. Riu de si mesmo.


Andou pela casa várias vezes, buscando “imperfeições” que não existiam na decoração, querendo mesmo distrair-se para que a hora passasse mais rápido.


Eram oito e meia quando Rony desceu, já estava pronto para viajar.


Olhou para Harry e notou as olheiras do amigo. Ele então riu.


- O que foi Rony? – o moreno falou irritado.


- Se você continuar assim, ela vai sair daqui correndo. Você está horrível Harry.


- Muito obrigada Rony, isso é animador.


Ele fez uma careta.


- Meu amigo eu vou indo – O ruivo disse após terminar a xícara de café. – Sou pontual.


Harry adiantou-se e abraçou Rony.


- Boa sorte amigo, acaba com eles.


- Boa sorte pra você também. Eu quero conhecer esta ruiva viu Potter?


Harry apenas riu acenando.


Rony sumiu pela porta e o moreno voltou suas atenções para a cozinha. A ruiva deveria estar chegando lá pelas 11 da manhã de acordo com o vôo que ela pegou. Haveria tempo para preparar-lhe um bom almoço.


Harry distraiu-se maneando a varinha para limpar a cozinha, o que fez em segundos, mas o almoço ele faria à moda trouxa.


Foi até a dispensa e viu que falavam alguns ingredientes para sua infalível macarronada.


Suspirou forte de impaciência. Olhou o relógio e viu que haveria tempo. Então guardou a varinha, pegou a carteira com dinheiro trouxa e encaminhou-se para a porta.


Abriu a porta displicente e estancou com a imagem a sua frente.


 


- Gina!


 


- Má hora senhor Potter? – A ruiva perguntou divertida.


Ele perdeu alguns segundos admirando-a, como se visse uma paisagem surpreendente, ou algo surreal.


- OI, Harry? – Gina falou um tanto preocupada pela falta de reação do homem.


Ele piscou umas três vezes antes adiantar-se e abraça-la com gosto.


O entusiasmo dele foi tão grande que ela na pôde deixar de sorrir.


- Gina, que saudade. – ele disse maravilhado pela presença dela.


Ela riu.


- A mim pareceu que atrapalhei seus planos. – ela disse marota.


- De certa forma, sim, você atrapalhou - ele devolveu o tom.


Ela arqueou a sobrancelha.


- Esperava-a apenas as 11, você estragou o almoço surpresa que eu ia lhe fazer.


Ela abriu um sorriso.


- Você cozinha Potter?


- Como um mestre. – ele disse gabando-se.


- Minha nossa! Mamãe morreria de satisfação se soubesse que lhe arranjei um genro prendado.


Ele sorriu e puxou-a para um beijo doce.


- Adorei a parte do genro. É isso mesmo que sou de sua mãe?


Ela riu e corou, mas nada disse.


- Vem comigo?


- Pra onde?


- Eu estava indo comprar uns ingredientes para preparar o almoço. Vem me deixar pôr suas coisas aqui e vem comigo.


Ele trouxe as malas dela para dentro e depois puxou-a passando o braço por cima de seus ombros, caminhando para fora do prédio, como um casal de namorados apaixonados...

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