Paris



Harry chegou a Paris...


Entrou no apartamento especialmente montado para ele. Passaria 2 semanas ali.


Não era necessariamente uma missão. Estava no local apenas para acompanhar Rony, recebeu o resto dos dias de férias.


Obviamente nos dois primeiros dias ajudaria o ruivo nos “afazeres”, mas depois disso receberia suas merecidas férias.


E o melhor de tudo isso é que ele estaria com Gina.


Sem missões, sem problemas. Por inteiro.


Harry jogou-se na enorme cama de espelho dourado. Espalmou as mãos dos lados da cama imaginando qual lado sua ruiva preferiria para dormir.


Sorriu com o pensamento, eram planos de casamento? Por que não? pensou o moreno.


Sentia-se pleno só em pensar nela, provavelmente sentiria-se em estado de graça por tê-la para si todos os dias. Era um pensamento extremo e egoísta, sim era. Mas sentia-se assim, sentia a necessidade desesperada de chamá-la de sua.


“precisarei dar um toque mais românticos aqui, quero tudo perfeito para ela” – Ele pensou.


 


...


 


 


Gina estirou-se na cama, do jeito que estava, sentia-se exausta da viagem, perturbada pelos acontecimentos, feliz com as sensações. Era coisa demais pra ela processar. Sabia que estava apaixonada. Estava feliz por isso. Todas as lembranças que ela tinha de Harry era maravilhosas, mas ao mesmo tempo estava assustada. Não o conhecia, apesar de saber, de ter plena certeza de que Harry jamais lhe faria mal, ela o temia. Temia pelo fato de ele ter mexido com ela de uma forma tão assustadora, por ter lhe tirado dos trilhos, por ter lhe entorpecido.


Seria mesmo possível, apaixonar-se desmedidamente por alguém que não se conhece.


Ela não queria pensar. Queria dormir. E que este sono durasse dias, os dias necessários para que ela acordasse apenas quando pudesse ir vê-lo, quando pudesse estar com ele.


Temia o desconhecido, mas o queria bem mais que isso.


 


...


 


Os dias se arrastaram para ambos. Em seu terceiro dia em Paris Harry já estava impaciente. Gina chegaria no dia seguinte.


Tinham se falado todos os dias, sempre á noite, longe dos olhos reprovadores e gracejantes de Rony e Hermione. Passavam horas no telefone.


 


...


 


Rony estava sentado à mesa de chá segurando um exemplar do Pasquim.


A matéria principal enfatizava:


“Legado Black desaparecido. Camaleão ataca outra vez”.


 


O ministério da Magia recebeu uma inusitada queixa vinda de ninguém menos que Howard Brinks, dono da Loja Brink’s, que se localiza na Travessa do Tranco. O mais inusitado foi o motivo da queixa.


Brinks reclamou às autoridades ontem sobre o roubo de uma importante encomenda. O pacote continha nada menos que o Diário de Regulus Black.


Este artefato é considerado perigoso, é taxado como artefato de magia negra, já que não só Regulus foi um comensal, como quase toda sua família parecia cultuar artes das trevas e a idéia de assassinatos trouxas em massa.


Crê-se que o diário contem incitações a rituais de sacrifício com trouxas.


O sumiço deste artefato foi mais uma vez atribuído àquele que chamam de “Camaleão”.


O que nos preocupa é: O que esta pessoa quer com tantos artefatos das trevas? E por que até agora não fez nada além de roubar?


A população bruxa sente-se ameaçada e cobra atitude severa do ministério.


 


Rony terminou de ler o artigo e sorriu de canto.


 


- Eles temem que estes roubos sejam um plano maior para assassinar trouxas.


Harry bufou.


- Estamos fazendo um favor a ele e não querendo exterminá-los.


- Sim – o ruivo disse calmamente – Estamos fazendo um favor. Nós estamos. Mas e o verdadeiro camaleão?


Harry arqueou a sobrancelha.


- Somos “O camaleão”. – ele foi enfático.


- Você sabe muito bem que não somos os únicos por trás disso. Tem gente da SAAD, na jogada. Temos boas intenções, mas quanto a eles, não posso garantir.


Harry bufou de novo.


- Ah quer saber. To me lixando.


- Você tá chato hein Harry. – Rony gracejou.


- E você folgado. Não acha que está na hora de ir embora não Rony?


- Isso! – o ruivo riu – Me expulse. Expulse seu amigo.


- Rony, quero você fora daqui até amanhã as nove.


O ruivo gargalhou.


- Nem terei a honra de conhecer esta linda ruiva que lhe tomou o coração?


- Não. Não agora. Quero você bem longe e este apartamento livre, apenas para mim e para minha ruiva. Entendido?


Rony fez sinal de positivo.


- Bom, agora eu vou dormir, quem sabe assim a hora não passa mais rápido.


O ruivo soltou um muxoxo e balançou a cabeça negativamente.


- Idiota.


- Ruivo folgado.


E assim Harry subiu, tentando ocupar com sonhos o vazio que sentia pela falta dela...

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