CAPÍTULOS 28 E 29

CAPÍTULO 28: CIÚMES BOBO!
Eu e Gina acordamos às 11h da madrugada. O sol banhava meu quarto com seus raios dourados. Levantei e fui tomar banho enquanto Gina continuava dormindo. Hoje iríamos à Hogsmeat procurar livros para ajudar os garotos com a Segunda Tarefa.
Eu sabia que Draco estaria lá. Coloquei um shortinho xadrez roxo, uma blusa solta branca com um “Viva La Vida” escrito em preto, um colete preto aberto e um tênis estilo skatista roxo e azul. Cabelos presos em um coque frouxo.
Acordei Gina e, enquanto ela tomava banho e se vestia, passei uma maquiagem leve e arrumei o quarto. Minha amiga estava bem bonita... Não sei como Harry ainda não se tocou que ela gosta dele e que está linda. Ela vestia uma saia até o joelho marrom, uma regata delicada creme e sapatilhas rosa. No cabelo, uma tiara.
— Vamos? Temos que encontrar algo para ajudá-los e encontrar alguns gatinhos por aí, além de dar uns cortes no Rony quando ele falar alguma besteira, ou seja, sempre.
Rimos bastante. Nenhum livro que prestasse na Floreios & Borrões... Estávamos na Dedos de Mel comendo um dos maiores sorvetes que eu já vi na vida.
— Olá garotas... — disse Rony vindo por trás de mim e me dando um beijo na bochecha. Nossa. Ele estava muito bem humorado para isso. Senti um par de olhos acinzentados me fitando. “Eu mato esse Cenoura Ambulante. Quem ele pensa que é para beijar a minha Hermione? Mas ele vai ver só... O pior é que eu não posso fazer nada senão a gatinha vai ficar muito puta da cara comigo... O jeito é agüentar... Ei, ei, ei, ei, ei! O que ele está fazendo agora? O QUÊ? Tira as patas imundas de cima dos ombros da minha namorada, Weasley!”, sei que não devia ler os pensamentos dos outros, mas eu tenho medo de Draco fazer alguma besteira ainda...
— Ahn, gente, eu preciso ir... — nem havia percebido que Harry chegara e, assim como Rony, estavam devorando o nosso sorvete.
— Aonde? — perguntou o ruivo com a boca cheia.
— A um lugar...
— Quer companhia?
— Deixe-a em paz, Rony! — disse Gina. Ela sim sabia aonde eu ia.
— Não! — fui bem fria.  Mas também, que saco! Não posso fazer nada sem ficarem no meu pé!
— Hei gente. Olhem só a manchete do Profeta Diário: “Dupla novata vira Londres de cabeça para baixo com seu primeiro show”. Ela parece você, Mione...
— O quê? — tudo que fosse sobre meu sucesso me interessa. Não posso deixar transparecer que sou eu! Socorro. Tomara que eles não notem que sou eu mesmo.
— É. Olhe isso: “Emma Watson e Robert Pattinson levam os fãs londrinos à loucura com o maior show que Londres já viu nos últimos 50 anos. A dupla, com mais de 15 milhões de exemplares se seu novo e primeiro CD, ‘All You Need Is Love’, deu um show de talento e” blá, blá, blá... Foi a Rita Skeeter que escreveu e ela não os criticou nenhuma vez. Acho que eles não dariam furos... — a capa do CD estava estampada bem grande no meio da primeira página. — Ela se parece mesmo com você, Mione...
— Mas é claro que não é você. Ela é uma estrela do rock — o legal é que Rony falava mais para Harry do que para mim, como se eu não estivesse ali. — Além do mais, ela só deve conseguir sucesso por causa desse cara, que parece namorado dela... — Ai que ódio desse garoto! Sai de lá furiosa antes que eu batesse nele. Uma mão me puxou quando passei por uma ruela escura lá para dentro e o dono me  abraçou.
— Pensei que não fosse te encontrar hoje... — disse enquanto ele mordia de leve o lóbulo da minha orelha. Incrível que, assim como a raiva veio, ela foi embora só por causa da presença dele...
— Você vai é encontrar a cabeça do Cenoura Ambulante boiando no lago daqui a pouco.
— O quê? Draco Malfoy com ciúmes? — brinquei.
— Só gosto de cuidar do que é meu. Isso não é ciúme.
— Não, imagina. Assim como hipogrifos são porcos voadores... — ironizei.
— Admito que é então. Mas agora eu quero te ver longe do pobretão do Weasley, ouviu? — dei uma risada sarcástica.
— Ah, Draco, Draco. Você serve para comediante... Até parece que eu vou abrir mão dos meus amigos só porque você quer. Desculpe-me, mas não vou fazer isso assim como você quer só porque você quer. Sei que está acostumado a ter tudo o que quer e quando quer, mas isso não funciona comigo, amor. Assim com você não larga seus companheiros, eu não vou me afastar dos meus. Além do mais, é só um ciúme bobo...
O rosto dele ficou vermelho. Por um momento pensei que ele fosse me azarar, mas não.
— Ciúme bobo, é? Então se você me encontrasse beijando a Pansy estaria tudo bem?
— Eu não beijei ninguém! Além do mais foi só um beijo na bochecha.
— E uns braços nos seus ombros.
— E daí? Nós somos amigos!
— Para você ele é um amigo, mas para ele... Não agüento mais esses olhares apaixonados dele para você!
— Como é que é?
— É isso mesmo que você ouviu! Até parece que já não notou! Olha, Hermione, eu não tenho que ficar discutindo com você. Eu posso ter as garotas que eu quiser só com um estalar de dedos. E com certeza elas não irão tentar me fazer ficar com ciuminhos delas como você faz comigo. E elas são bem mais gostosas que você.
— Ah é? Então por que você não as procura?
— Caramba! Você não vê que eu te amo?
— Quer saber, Draco? Acalme-se e depois a gente conversa, ou melhor, não conversa não. Vai procurar as garotas bem mais gostosas que eu! Fui! — e saí enraivecida de lá sem nem dar a ele tempo para dizer nada.
Voltei para a escola. Aproveitei a minha raiva de Rony e fiz a música “The Girl Can Rock” e “Love Me For Me”. Estranho a facilidade de compor músicas que eu tenho...
Já era hora do jantar quando saí da Sala de Música. O Salão Principal estava cheio. Sentei-me do lado de Harry, de frente para Rony e para a mesa da Sonserina. Draco me encarava. Fingi que não o vi. Que droga de ciúmes bobo!
De repente, perdi a fome. Afastei meu prato e coloquei a mão em cima do estômago. Fome eu não tinha. A briga com Draco não me fez bem. Na verdade eu não estava só com vontade nenhuma de comer, mas como também para qualquer outra coisa. Se me oferecerem um livro novo de qualquer coisa, eu recusaria.
— Muito bem, e o que o cavalo disse para o burro? — perguntou Fred.
— Não sei. O quê? — perguntou um coro de gente: Gina, Harry, Rony, Angelina, Parvati, Padma e Lilá.
— Que cara emburrada é essa? — respondeu Jorge.
Todos riram. Enquanto eles riam, levantei-me lentamente para ir embora.
— O que houve?
— Será que ela não gostou da piada?
— O que eu disse de errado?
— Por que ela está toda esquisita?
Essas perguntas foram cochichadas pelo grupinho que antes ria. Depois de enfiar o dedo na goela e vomitar o pouco de comida que eu havia comido, tomar um bom banho, deitei-me na cama. Remexi-me muito e não conseguia dormir! Imagens da briga com Draco passavam por minha cabeça como um trailer ou algo do tipo. Lágrimas escorriam por meus olhos. Não lembro direito depois disso. Devo ter pego no sono enquanto chorava.

CAPÍTULO 29: PARKNINSON VADIA
Minha vida pior impossível! Não sei como a Murta me agüenta aqui... Estou chorando rios de lágrimas e acho que daqui a pouco eu vou alagar o banheiro.

Flashback
Droga! Estou atrasada para o treino de Quadribol! O pior é ter que correr o castelo inteiro até chegar ao campo. Nem sei por que eu ainda treino... Ah. Lembrei: porque sou obrigada... Não sei como a McGonnagle pôde me obrigar a jogar na Grifinória sendo que eu realmente detesto Quadribol. Nunca vou entender os professores de Hogwarts...
— Draquinho... — a voz enjoada da Parkninson, para variar. Mas ela está chamado o meu namorado de Draquinho? Isso eu tenho que ver de perto. O que essa sirigaita está pensando? Que pode se aproveitar que eu e o Draco brigamos para se jogar nele?
Parei encostada na parede ao lado da entrada para aquele corredor. Dei uma espiada e vi o que eu não queria ter visto. Ou eu estava realmente cansada de ter que correr tanto ou eu estava enxergando mais do que bem. Era aquilo mesmo? O Draco e a Parkninson estavam no maior amasso?
Aquilo foi demais para mim. Meus olhos se encheram d’água. Saí correndo para o mais longe possível dali. Que se danassem os treinos! Como o Draco pôde me trocar pela vadia da Parkninson?
Fim do Flashback

— Hermione Jane Granger, a CDF Sabe-tudo da Grifinória chorando aqui? Isso é algo inédito!
— Cale a boca, Murta!
— O que você disse?
— Cale essa sua maldita boca antes que eu saia do controle e você vai ver o que uma Sabe-tudo pode fazer!
— Tudo bem. Eu estava só querendo ajudar... Além do mais, você deve estar com um problema de “coração partido”... Tive muitos quando estive viva e ainda continuo tendo agora quando morta...
— Cala a boca, Murta!
— Eu só estou dizendo que...
— Expelliarmus!
Merlin! Eu ataquei a Murta! Eu não estou bem mesmo... Olhei-me no espelho. Aquela era eu? Cabelo desgrenhado, rosto molhado, olhos inchados e vermelhos, expressão triste e olhar vago não combinam com a minha pessoa. Dei uma enxaguada no rosto e prendi o cabelo. Já fez uma grande diferença.
Fui para o meu quarto. Encontrei certo loiro que agora faço questão de chamar de Malfoy. O ignorei por completo. Adivinha quem se encontrava no meu quarto? Ainda bem que a ruiva estava lá, eu precisava desabafar.
— Gina, o que faz aqui?
— Você faltou o treino. Esperto que seja algo sério mesmo...
— Ai, Gina. — lágrimas se formaram nos meus olhos. Contei tudo a ela. Ela estava com vontade de socar o Malfoy até morrer.
— Eu mato esse loiro!
— Pára Gina! Deixe-o fora disso. Ele não sabe que eu presenciei aquela cena deprimente...
—... — ficamos uns bons 10min sem dizer nada. E então ela disse: — Por que você não vai dar uma caminhada? Vai te fazer bem... É bom para colocar as idéias no lugar. Que tal?
— Tudo bem, Gi. Eu vou dar uma volta. Qualquer coisa eu estou no jardim, ok?
— Ok.
— Até mais.

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