CAPÍTULOS 3 E 4
CAPÍTULO 3: GRAVAÇÕES E ETC.
Depois de me acalmar e tomar banho. Daqui a 5 minutos seria a aula de redação. Vesti o uniforme e fui até a porta da sala que seria minha próxima aula. Esperei até bater o sinal e todos saírem lá de dentro. Enquanto esperava, me lembrei que ninguém havia me contado sobre aquela história de eu ler mentes. Acho que não queriam descarregar muita coisa nova em cima de mim. Depois da aula vou perguntar para meu avô. Encontrei Harry e Rony entrando na sala e me sentei ao lado de Rony e do outro lado dele estava Harry. Então Rony perguntou:
— O que houve com você ontem à noite?
— Nada.
— Bom Hermione, agora você não pode pedir a Harry para dizer que não houve nada.
Olhei para eles por alguns segundos.
— Sinto muito, Hermione. Mas também estou curioso. — olhei para Harry com uma cara de “traidor”
Então o professor Snape passou por nós e bateu com um livro na cabeça de Harry e Rony para eles voltarem sua atenção para o texto. Segurei a risada, mas escapei uma baixinha. Eu já estava no final.
— Então, vai nos contar o que houve ou vamos ter que pedir para o seu namorado? — perguntou Harry.
— Namorado? — como eles sabiam do Edward?
— É. O Cedrico. — disse Rony, de má vontade. Senti o alívio percorrer meu corpo.
— Ele não é meu namorado! — não sei o que aconteceu comigo, mas algo tomou conta do meu corpo e então me levantei, entreguei minha redação para o professor, voltei para mesa, peguei minhas coisas e disse:
— Não se metam na minha vida! — e saí da sala.
Fui direto para a sala do diretor. Chegando lá, bati à porta e meu avô disse:
— Entre, Hermione.
Entrei e ele continuou:
— Sabia que você viria. Sente-se.
Sentei-me em uma cadeira que estava do outro lado de sua mesa, para ficar de frente para ele.
— Então, o que você quer perguntar?
— Por que eu tive aquela dor de cabeça e consegui ler a mente de Cedrico?
— Bem... Você teve aquela dor de cabeça porque você não consegue ler só a mente de Cedrico, mas sim, de todo mundo. Nós não sabíamos que isso poderia acontecer, mas temos uma teoria.
Fiquei quieta, esperando uma resposta. Meio minuto depois, ele voltou a falar:
— O seu namorado sabe ler mentes, estou certo?
— Sim.
— Achamos que, quando vocês estavam juntos, o dom dele ia escorrendo devagar para você, mas, como humana, você não percebia e agora como bruxa, você pode escolher entre usá-lo.
— Isso significa que ele não pode mais ler mentes?
— Não sabemos. Provavelmente não.
Depois que ele me respondeu, agradeci, sai da sala e fui compor uma música em meu quarto mesmo. Fiquei inspirada. Compus “When You’re Gone”. Fala de mim e Edward.
Saindo do meu quarto, topei com meu irmão comendo uma maçã.
— Fala ai mana! — e fez um gesto me oferecendo um pedaço da fruta.
Quando chegamos ao Grande Salão, todos estavam sentados e era hora do jantar. Cada um de nós foi discretamente para seu lugar. Sentei-me ao lado de Cho, pois Harry e Rony me encaravam de um jeito estranho. Todos já estavam comendo. Eu não tinha fome, mas, mesmo assim peguei algumas coisas para comer.
Cumprimentei todas as garotas e comecei a comer. Cho me perguntou onde estive a tarde toda e que tinha um monte de novidades para contar. Disse a ela que estava na biblioteca e fingi estar muito empolgada com suas notícias das férias. Quando ela começou a tagarelar sem parar, senti um alívio por ela estar nos dias em que só quer falar e não ouvir. Fingi estar me divertindo. Até que chegou a hora de todos irem ao encontro do Cálice de Fogo para ver quem estava se inscrevendo. Levei meu livro de Herbologia junto. É impressionante como eu consigo ler a qualquer hora em qualquer lugar.
Estava tudo calmo até Fred e George chegarem com uma poção de envelhecimento. Ridículo. Eles chegaram dizendo:
— Terminamos! Ficou pronta hoje de manhã.
— Não vai funciona-ar... — interrompi-os cantarolando e estragando a alegria deles.
— Ah é? — disse Fred no meu lado esquerdo.
— E por que não, Hermione? — perguntou George no meu lado direito.
— Estão vendo isto? — apontei para o círculo azul fosforescente no chão em volta do Cálice. — Esta é a Linha Etária. Foi o próprio v... Dumbledore que planejou. — quase digo vovô! E também quase tive um troço!
— E daí? — perguntaram os dois ao mesmo tempo.
Fechei meu livro ao mesmo tempo em que disse:
— E daí — houve o barulho do livro se fechando — que um gênio como Dumbledore não será enganado com um truque tão óbvio como uma poção de envelhecimento.
— Por isso é tão brilhante... — respondeu Fred.
—... Porque é tão pateticamente óbvio. — completou George.
Eles me deixaram com a cabeça girando. Então passaram por mim, beberam a poção e entraram no círculo. Quando não aconteceu nada, todos aplaudiram, mas, 3 segundos depois de eles terem queimado seus pergaminhos na chama do Cálice, saiu uma luz forte e os jogou para fora do círculo. Quando eles viram, estavam velhos e começaram a brigar. Todos foram e volta deles e começaram a gritar:
— Briga! Briga! Briga! Briga!
Eu me sentei em outra parte da arquibancada, perto do Cálice para poder ler melhor, mas, de repente, todos ficaram quietos, menos os irmãos de Rony, que brigavam feito loucos, eu vi por que: Viktor Krum havia chegado para se inscrever. Quando ele colocou seu pedaço de pergaminho na chama do Cálice, olhou para mim e deu um meio sorriso. Devolvi um sorriso torto.
Quando ele saiu, Cedrico entrou e se inscreveu. O olhei com uma cara de brava e sai do salão. Lá fora, encontrei Malfoy, Crabbe, Goyle e Pansy. Quando ela me viu disse:
— O que houve Hermione? Lá dentro tem burrice demais pra você? — todos riram menos Malfoy.
— Não Pansy. Só vim até aqui para ver se você tem seu cérebro ainda. — Trouxe um vaso cheio de água e o virei em cima dela. Tudo isso com os olhos! Fiquei surpresa por eu conseguir fazer isso. Dei um sorriso debochado.
De lá fui para a biblioteca. Naquele momento o que eu menos queria ler era o livro de Herbologia. Então peguei o meu segundo livro da pilha. Faltavam poucas páginas para eu terminá-lo. Para falar a verdade, eu nem li o título. Comecei a ler. Logo reconheci a história e jeito de escrever inimitável de escrever de William Shakespeare. Era “Romeu e Julieta”. Li os primeiros parágrafos, mas meus olhos começaram a se encher de água cada vez mais. Até que não agüentei e corri para o dormitório segurando as lágrimas.
Lá, por incrível que pareça, encontrei Harry e Rony. Eu os havia visto na sala onde o Cálice de Fogo estava, mas eu não os tinha visto saindo de lá. Quando me viram, eu ia fingir que não os tinha visto, mas Rony se adiantou e disse:
— Onde você estava? Não foi para a aula de Herbologia nem de DECAAT!
— É, Mione. Onde você estava? Nós dois estávamos preocupados! — completou Harry.
— A... Eu... Eu estava... Estava... Ah! Também não interessa a vocês dois! — eu estava de cabeça quente e não estava nos meus melhores dias. Tudo na minha vida estava começando a virar um verdadeiro quebra-cabeça.
Tentei passar por eles, mas fizeram uma barreira na única porta para a escada. Tentei desviar, mas eles eram mais rápidos que eu. Respirei fundo, fechei os olhos e disse:
— Ronald Weasley e Harry Potter, prestem atenção no que eu vou dizer e porque só vou dizer uma vez: — abri os olhos e apontei para eles — saiam da minha frente agora.
Eles não se moveram, então, me concentrei no meio deles dois, exatamente como daquela vez que estava com dor de cabeça, eles se separaram, passei por eles e comecei a subir os degraus. Não olhei para trás, mas pude sentir seus olhos em mim, provavelmente de espanto.
Chegando ao meu quarto, vi a foto que mais gostava de Edward e eu na minha mesa de cabeceira. Não consegui mais conter as lágrimas. Sentei-me na cama, peguei a foto e as lágrimas rolaram cada vez mais rápido.
— É tudo minha culpa. Idiota. Sua burra. Você não merecia nem ter nascido. Por que as coisas têm que dar tudo errado? Por que você tinha que me abandonar agora, hein?! — perguntei para a foto. — Você não pode estar aqui comigo por minha culpa. Não posso nem mais falar com você, nem sentir sua pele fria tocando a minha... — nessa hora, não consegui mais nem falar. As lágrimas rolavam depressa pelo meu rosto sem parar.
De repente, alguém me abraçou. Olhei para cima e vi meu irmão. Quando o vi, me afastei dele.
— Ai, Hermione. Não fica assim. — não respondi — Olha, — ele se aproximou de mim — eu sei que você não queria que eu me inscrevesse nesse Torneio, mas eu posso não ser escolhido...
— Ou talvez PODE! — as lagrimas rolavam como uma cachoeira, mas dessa vez era de raiva. Raiva de mim, de ser quem eu sou, de Cedrico.
— Calma. Eu só estava tentando ser positivo.
— Positivo... Hilário!
— Por que você só consegue ver o lado negativo das coisas?
Quando ouvi isso, eu explodi:
— Ah é? E por que VOCÊ só vê o lado positivo? Eu sou realista! Experimente pensar que você é uma pessoa. Daí, o seu namorado é um vampiro e seu melhor amigo é um lobisomem. Então, você descobre que é uma bruxa e, como se não bastasse, você é a princesa. E você fica sabendo que todos os seus amigos podem morrer por sua causa. Isso não está bom pra você? — ele não respondeu — E ainda, você é a neta do diretor da escola. E seu irmão, o único em que você confia realmente, se inscreve num Torneio idiota no qual pode morrer!
Ele abriu a boca para dizer algo, mas eu o interrompi:
— Vai embora, Cedrico. Vai embora. SAI DAQUI!
Quando tive certeza de que ele havia ido embora mesmo, peguei algumas partituras e fui para a sala de música. Lá, treinei “When You’re Gone”. Terminando de tocar a música e fazer alguns ajustes, decidi que estava ótimo. Saí um pouco mais animada e fui dormir.
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