A Viagem



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Segunda Temporada, Capítulo Um – A Viagem


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ALGUM LUGAR NA ITÁLIA


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-Por que estamos aqui? – Perguntou Ken, confuso pela escolha do local.


-A Itália foi o berço da renascença. Talvez os bruxos daqui tenham preservado algo de útil em algum museu. – Disse Hermione, que estudara muito para a viagem.


-Um museu bruxo? – Admirou-se Ullez, o duende.


-Exatamente. Existe um aqui, o Museu Italiano da Bruxidade Antiga. E também muito perto deste, está o Museu Internacional da Magia. Ambos ficam em Roma, muito bem escondidos. – Respondeu ela rapidamente.


-Então vamos logo. – Disse Neville.


E assim todos se apressaram em aparatar perto de Roma. Como eles sabiam, era falta de cortesia aparatar dentro da capital de um país estrangeiro.


Draco mandara Neville, Hermione e Dino para a missão, Ken e Ullez vieram como um bônus, de Lorde Isaac e de Irgim, respectivamente. Ken eles já conheciam, arrogante porém competente. Já Ullez, era um dos poucos duendes que podiam usar magia, liberado pelo Ministério Inglês.


Draco escolhera estes três pois eram os mais fáceis de serem tirados de casa, e suas habilidades encaixaram-se como uma luva para a missão. Teria sido melhor ainda mandar Simas, mas ele poderia acabar arruinando a missão com seu estranho feitiço. Era melhor tê-lo por perto.


Fora isso, Draco precisava realizar a sua própria missão, e ela não seria fácil, e os Lobos que ficaram iriam ajudar na defesa caso algum outro ataque fosse eminente. O problema é que eles dependiam dos vampiros para conseguir as informações, agora que Harry não estava mais com eles.


 


 


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QUARTEL GENERAL DOS LOBOS DA NOITE, ALASKA(EUA)


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Draco sabia o tamanho de seu problema, e cada dia ele passava mais tempo fazendo pesquisas e mais pesquisas. Tudo que encontrava era oblíquo ou sem nexo. Não havia outra maneira, ele teria de convencer Irgim, o presidente do Banco Gringotes, ou teria de cometer um terrível crime.


Mas não havia outra saída, e então ele resolveu passar no castelo de Isaac para pedir um favor à Eva.


Juntou suas duas pistolas 9mm, sua katana (Ele não andava mais desarmado) e Galanodel e dirigiu-se para o castelo de Isaac.


 


 


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CASTELO DE LORDE ISAAC


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Eva estava muito deprimida por ter de ficar “de molho”. Ela estava perfeitamente bem, mas seu pai continuava tratando ela como criança. Mesmo depois de tanto tempo. Ficou feliz quando um vampiro anunciou Draco, e ele entrou. Pelo menos era alguém para ele conversar.


-Como está, Eva? – Perguntou ele sorrindo.


-Muito bem. Mas meu pai insiste em me aprisionar. Acho que ele nunca irá perceber que sou mais do que adulta. – Respondeu entediada.


-Você não aparenta ser muito mais velha do que o Harry.


-Isso é algo intrigante dos vampiros. Como somos imortais, crescemos apenas até os trinta anos (fisicamente falando) e em raros casos, um pouco mais. É claro que levamos muito mais tempo do que os mortais para termos este tipo de envelhecimento. Eu tenho fisicamente dezenove anos. Mas não me pergunte a idade real se não quiser levar uma porrada! – Sorriu perversamente.


-Tudo bem, eu não ia mesmo perguntar. – Disse ele erguendo as mãos em sinal de rendimento.


-E o que o traz aqui? – Estava curiosa.


-Bem, eu preciso lhe pedir um favor. – Disse ele para sua surpresa. – Quero que você vá comigo ao Gringotes.


-Fazer o que lá? – Indagou ela. – Não me diga que quer um guarda-costas para ir sacar dinheiro, Draco!


-Não, eu preciso falar com Irgim, e se você estivesse lá, talvez você pudesse me ajudar a persuadi-lo. – Respondeu ele meio rodeando.


Ela sorriu com a possibilidade. Adoraria sair do confinamento, mas algo estava estranho.


-Você quer que eu bata no diretor do Gringotes? Sangue de duende é muito ruim. Eca! – Brincou ela.


Draco riu.


-Não, quero que você apenas se manifeste verbalmente caso seja necessário. Você poderia fazer isso para mim?


-Você sabe que eu não tenho escolha, é o meu chefe agora. – Disse ela sorrindo.


-Na verdade, eu quero que a Eva venha comigo, e não Delta-Três. – Respondeu ele seriamente.


-E por que? – Ela estava curiosa.


-Ficaria meio estranho se nós aparecêssemos todos uniformizados e ultra armados. Eu não posso causar uma má impressão em Irgim, pelo pedido que vou fazer a ele.


-E que pedido seria este?


-Algo relacionado à minha missão.


-Que maldita missão é essa, Draco, que você não pode contar a ninguém? – Irritou-se Eva.


Draco parou. Olhou para baixo e desabafou.


-Você acha que é fácil para mim? Que eu gosto de ter de esconder tudo de meus amigos? Os ÚNICOS amigos que tive em toda a minha vida? Você quer tanto saber, eu vou te contar, Delta-Três! – Disse ele frio. – E eu te proíbo como líder dos Lobos da Noite de passar esta informação adiante! Minha missão é matar o Harry, caramba! Eu fui convencido, ou melhor, ameaçado, por uma pessoa a matar o Harry caso o tal Espectro se liberte. É ele ou minha família. Eu detesto este tipo de traição, mas de qualquer forma, é o único jeito, pois caso o maldito demônio se liberte iremos todos morrer. Eu não quero isto, mas eu infelizmente não vou deixar todo mundo morrer por causa de algo que o Harry fez!


Eva se enrijeceu. Ela nunca havia sentido o poder que a voz de comando do líder exercia sobre seus comandados. Ela estava inclinada a obedecer e sabia disso.


-Eu... Concordo com você. – Disse ela depois de refletir um pouco.


Draco estarreceu-se.


-Como é?


-Você é surdo? Eu concordo com você! – Ela repetiu. – Ninguém merece pagar por isso, muito menos todos os povos do planeta. Eu quero tanto quanto todo mundo achar um jeito de salvar o Harry disso, mas se não tiver outro jeito, ele deve ser sacrificado.


Draco avaliou por um instante.


-Pois é. Eu não contei nada aos outros porque eles não entenderiam.


-Eu entendo. Mas porque ir ao Gringotes? – Ela estava confusa.


-Você acha que o corpo de um hospedeiro pode ser simplesmente destruído obstruindo as vias respiratórias, ou degolando-o com uma faca qualquer? – Disse ele sério. – Eu me ferrei pesquisando, em todos os tipos de livros, até em alguns da biblioteca do seu pai. O único jeito de matar um corpo de um hospedeiro neste estado é com um artefato mágico de muito (uito, uito) poder. Mesmo preso, o Espectro ou Demônio tem influências sobre o seu hospedeiro, e assim, pode criar um bloqueio mágico no qual nada comum possa passar, pois ele usa a Aura. Existe a possibilidade de usar uma aura para tentar destruir o corpo, mas quantos Magos existem além do Harry? Aqui na Inglaterra, só o Dumbledore. Mas ele não seria capaz de matar nem uma barata.


-Então você quer roubar a tal Espada no Gringotes? – Entendeu Eva rapidamente.


-Roubar não, existe ainda a maldita possibilidade de a espada me rejeitar, da mesma forma que Galanodel bloqueia qualquer um a não ser Harry. – Explicou ele. – Falando nisso, eu trouxe Galanodel para você, ela disse que vocês tinham algo a conversar.


-Como é?


-Agora é você que está surda? – Ironizou ele. – A espada fala. É muito estranho, mas é a verdade, você pode perguntar mais detalhes a ela. Agora você vem comigo ou não?


-Claro. Eu não agüento mais este lugar.


 


 


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MUSEU ITALIANO DA BRUXIDADE ANTIGA


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-Olá, em que posso ajuda-los? – Perguntou uma alegre recepcionista do museu em italiano a Hermione e Ken, que adentraram o banco. Os demais ficaram do lado de fora com Ullez (naturalmente, a presença de um duende seria suspeita).


-Gostaríamos de visitar a seção de lendas e relatos duvidosos, por favor. – Respondeu Ken num italiano fluente.


-Claro, me acompanhem.


Durante algumas horas eles procuraram por alguma pista, mas tudo foi em vão. Ao ver sua cara de desapontamento, a recepcionista perguntou:


-Vocês procuram por algo específico?


-Na verdade, sim... – Respondeu Ken. – Estamos procurando por Elfos. Não Elfos Domésticos, e sim os Elfos da Luz, Elfos da Floresta, Elfos Nobres, como quiser chama-los.


A mulher olhou desconfiada por um instante, então Ken perguntou:


-Algo de errado?


-É que vocês não são os primeiros a procurar por tais criatura nesta semana. Durante anos e anos a seção nunca foi movimentada, e agora duas vezes na mesma semana, é algo estranho... – Ela agora estava muito desconfiada.


Hermione e Ken se entreolharam e Ken disse:


-Realmente, algo muito estranho. Você se lembra de como eram tais pessoas?


-E por que o súbito interesse? – Ela estava cem por cento desconfiada agora.


-É que nós somos pesquisadores da magia, e talvez algum colega nosso também esteja interessado no assunto, e se pudéssemos reconhecer ele, seria bom para trocarmos nossos conhecimentos.


Hermione apenas observava frustrada a discussão. Ela entendia vagamente o idioma italiano, mas era um completo fracasso em fala-lo. Línguas Latinhas não eram o forte dos naturais germânicos.


-Bem, era um homem. Muito bonito, jovem, mas ele incrivelmente tinha o cabelo branco, assim como o seu... – Ela agora efetivamente reparara na aparência de Ken. – Vocês até que são parecidos, mas o cabelo dele é de um corte, estranho... Não sei explicar, mas é um corte que não se vê todos os dias. Além disso, os olhos eram muito vermelhos. A pupila, eu quero dizer. Pode parecer loucura, mas é verdade.


Hermione pegou a descrição dele. Mas não era ninguém que conhecia.


-Entendo. – Disse Ken. – Eu conheço ele, pois é meu irmão. Seus olhos vermelhos são uma doença de nascença. Você poderia agora nos mostrar a seção?


Hermione o fitou com uma cara espantada. Ele olhou-a com uma cara de “explico mais tarde”.


-Claro. – Disse a recepcionista um pouco confusa.


Na tal seção reservada aos Elfos, nada de muito útil fora encontrado, nada que pudesse os levar até os elfos, na verdade. Eram mais manuscritos sobre a convivência anterior deles com os humanos e duendes. Hermione e Ken então agradeceram e foram embora.


 


Ao sair do museu, antes que Hermione perguntasse, Ken disse.


-Depois, quando estivermos com os outros.


E assim se juntaram aos que os esperavam e Ken disse.


-Não encontramos nada de útil lá, mas descobrimos que há mais alguém no jogo. Uma outra pessoa tenta buscar os elfos, e esta pessoa é Lorde Voldemort.


-Como é?


-Claro que não diretamente. Um dos seus Caveiras está procurando em seu lugar. Eu sei porque foi este caveiras que quase matou Eva no Banco, e também porque ele é meu irmão.


Todos o olharam espantado.


-Exatamente. Eu tenho um irmão, mais velho. Seu nome é Joseph Amott. Ele matou meus pais quando eu era ainda jovem. Só não me matou por que... Na verdade eu não sei por que ele não me matou. Mas enfim, Joseph foi expulso de nossa sociedade, se tornando um fugitivo, e na nossa sociedade todos os Renegados, como os chamamos, ficam com os olhos vermelhos, a sua pupila na verdade, como forma de identificação. Então ninguém ajuda alguém com olhos vermelhos para não se incomodar com o Conselho posteriormente. – Explicou Ken. – Alguns vampiros, ao nascerem, carregam em si algo a mais, algo inexplicável, como um “dom” de raça. Geralmente só acontecem com as famílias com o melhor sangue entre nós. A família Amott é muito tradicional entre os vampiros de mais alta classe, e sendo assim, o fruto do casamento entre Ulisses Amott e Raphaela Giulianni resultou em dois filhos dotados destes dons. Meu irmão, sempre foi telecinético, e muito poderoso. Nós nunca descobrimos de onde vêm estes dons em nossa raça, e para falar a verdade, nós não temos exata certeza de onde realmente viemos. Uns dizem que foi de Judas Escariotes, outros dizem que sempre fomos assim, outros dizem que somos muito mais antigos do que Judas... Não se tem como ter certeza.


A concentração era toral, até que Ullez lançou uma pergunta.


-E você, qual o seu poder?


-Nós preferimos chamar de Dom. O meu é algo inexplicável. O mais raro entre os vampiros, único. Muitos acharam que eu deveria ser sacrificado por causa deste Dom. Eu sou o único vampiro que se tem notícia, que nasceu com uma alma. – Disse ele olhando o chão.


Todos ficaram estarrecidos.


-Uma alma? Mas não eram só os humanos? – Questionou Neville.


-Por isso todos queriam me matar. Achavam que eu era um... Bastardo. Mas mesmo sendo assim, não existe a possibilidade de cruza entre nossas raças. É algo que realmente nós vampiros não podemos explicar. O fato é que eu nasci com uma alma.


Ullez era muito observador, assim como Harry, e logo entendeu algo oculto.


-Você disse ter nascido com uma alma, mas não a tem agora, não é? Cadê sua alma? – Indagou ele com os olhos cerrados.


-É, eu não a tenho mais junto ao meu corpo. É contra as leis da natureza um vampiro ter uma alma, então eu a transferi. – Disse ele sorrindo.


 


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NOTA MUITO IMPORTANTE: Nesta fic, Lord Voldemort, ou Tom Riddle, como preferirem, não fez Horcruxes. E sendo assim, nenhum dos lobos, Dumbledore ou Harry sabem do que se trata.


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-Transferiu para onde? – Perguntou Hermione. – Isso é impossível!


-Na verdade, não é. Existe um ritual bruxo que torna viável transferir um pedaço da sua alma para um objeto. – Disse ele pomposo. – Já eu, adaptei, para mandar minha alma toda de uma vez. Para cá! – Disse ele, fazendo uma gesto com a mão e uma espada surgiu em sua mão. Ela era do tamanho de uma espada de duas mãos (assim como Galanodel) e sua lâmina era comum. O cabo era muito bem detalhado e trabalhado em ouro. A única coisa especial nela eram as runas na parte mais grossa da lâmina (perto do cabo) que irradiavam um azul muito luminoso.


-Nossa! – Exclamou Dino.


-Esta é Thanatos, a Rainha da Destruição. É uma das mais poderosas espadas existentes no mundo (Os Lobos sabiam que era no máximo a quarta), pois ela é inteligente, sabem. Ela se adapta a cada inimigo, e sendo assim ninguém dura em combate comigo mais de dez minutos, pois seus ataques nunca funcionam duas vezes. – Disse Ken todo orgulhoso e arrogante.


-Mas se você tem uma alma, você pode... – Começou Neville.


-Invocar um Guardião? Posso sim! – Riu ele.


-Estranho... – Comentou Neville. – Mas e aí? Qual é o próximo passo?


-Agora nós iremos nos dividir, de novo... – Disse Neville, tomando sua posição de líder da missão. – O que você acha, Ken, de ir caçar o seu irmão, só para ver se ele está na cidade? Sei que vampiros gostam de caçar e tal...


Ken abriu um sorriso de orelha a orelha.


-Eu não poderia ter um prazer maior. – Respondeu ele com vivacidade. – Mas quem irá com Hermione ao próximo museu? Ela não consegue falar italiano perfeitamente.


-Eu falo. – Levantou-se Dino. Todos o olharam. – O que? Só por que sou nascido trouxa não quer dizer que sou ignorante!


-Desculpe, Dino... – Disse Hermione envergonhada. – É que, você não parecia... Mas enfim, então nós poderemos ir juntos.


-Ullez, você se importaria de acompanhar Ken? – Questionou Neville.


-Isso se ele conseguir... – Cortou-lhe Ken.


-Ora, mas é claro que posso, vampiro! – Disse ele com cara de desdém, enojando a palavra vampiro.


-Ótimo, pois eu irei ao museu também. - Disse Neville, e todos o fitaram. – Gente, eu vou me passar de turista inglês.


-Certo então. – Concordaram todos.


 


 


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MUSEU INTERNACIONAL DA MAGIA


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Dino e Hermione entraram primeiro. Foram direto a uma atendente e pediram auxílio, ou melhor, Dino pediu.


-Pois não, me sigam por favor. Existe algum interesse em particular? – Disse ela sorrindo.


-Bem, Elfos da Floresta. – Disse Dino. – Somos repórteres e estamos montando uma coluna para uma revista muito famosa.


-E que revista seria esta? – Questionou a atendente.


-The Wizards. – Mentiu ele.


-Eu sempre leio, mas nunca vi seus nomes lá... – Ela pareceu desconfiada.


-Para ser bem sincero, nós ainda não fomos oficializados. – Mentiu Dino novamente. – Nós seremos, se nosso artigo for digno de aparecer na revista. Se você nos ajudar, quem sabe nós colocaremos alguma citação sua, não é?


-Ah, então contem comigo. – Disse ela, comprada.


Então eles procuraram... Várias horas, e acharam vagas citações, na verdade meras especulações, sobre dois lugares prováveis para a entrada do Reino Élfico: algum lugar na Alemanha, ou então na China. A Alemanha, por ser o país mais mágico da Europa, com tantas criaturas mágicas e lendas antigas. E a China, por ser um enorme país no Oriente, pois segundo a citação os elfos queriam ficar o mais longe possível dos bruxos, e como a maior concentração de bruxos era realmente na Europa, e a China era muito extensa, lá seria um bem fácil para se esconder.


 


Neville, que passara de fininho pela recepção e procurara independentemente na seção, acabara achando suas referências também. Quando se juntaram, bem longe do museu, trocaram informações:


-Alemanha e China. – Disse Dino.


-Rússia e Alemanha. – Falou Neville.


-Rússia? – Indagou Hermione.


-Estranho não é? Mas acho que é pelo mesmo motivo da China: distância e falta de população, e neste segundo caso, a Rússia seria mais indicada. – Falou ele. – Mas iremos para a Alemanha, pois tivemos duas citações em quatro. É mais garantido.


Neville nem parecia mais o aluno atrapalhado que sempre fora. Ele devia isso ao Harry, tanto pela AD como pelos Lobos.


-E você tem idéia de onde iremos procurar na Alemanha? – Questionou Hermione.


-Eu andei pesquisando... – Comentou Neville. – Nós iremos para a Biblioteca Nacional de Munique. Me parece um bom lugar, pois é uma das maiores e se não a maior bibioteca bruxa do mundo.


-Ótimo. – Comentou Dino. – Só nos resta esperar por Ken e Ullez.


-É. Espero que tenham sorte em sua caçada. – Falou Hermione.


 


 


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ALGUMA BECO QUALQUER EM ROMA


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Ken e Ullez realmente estavam com sorte. Graças a Ullez, eles conseguiram uma pista, e estavam muito próximos de encontrar alguém. Ullez tinha um dom para a magia como nenhum bruxo poderia ter. “Não é à toa que os bruxos os impedem de usar magia! Olha este cara!” pensou Ken espantado.


Em fato, Ullez conseguira fazer um feitiço de rastreamento incrível, a partir de uma pista que Ken encontrara por acaso. E agora eles estavam rastreando.


-Espere. – Murmurou Ken. – Acho que tem alguém aqui.


-Eu sei... – Disse Ullez sacando sua espada, que ficava sempre bem atada à sua cintura.


E então vários Comensais apareceram dos dois lados do beco.


-Olá, maninho... – Disse Joseph, que aparecera atrás de vários Comensais, sem seus trajes. – Com saudades? – Ironizou ele.


-Desgraçado traidor! – Esbravejou Ken.


-Sabe de uma coisa, Ken? – Disse Joseph. – Você pode me caçar o quanto quiser, e agora estou na sua frente. Mas você nunca vai me pegar. Você nunca poderá me vencer, nem mesmo papai pode vencer!


-Como ousa falar de nosso pai? – Gritou Ken. – Você simplesmente matou ele e mamãe! Você é um vampiro morto! – Disse Ken, ironicamente, é claro.


-Existem coisas das quais você não entende, Ken... – Disse Joseph seriamente. – Agora divirtam-se com meus novos amigos. – Falou e aparatou embora.


-Vai ser um prazer! – Disse Ken ficando em posição de batalha.


-Não, Ken. Deixe estes para mim. Faz tempo que eu não luto. – Pediu Ullez. – Por favor?


-Vamos ver como os duendes se saem, então...


Ullez sorriu. Aquele maldito vampiro ainda o subestimava. Mas não por muito tempo.


Apontou sua mão que não estava ocupada com a espada para os Comensais à sua frente, e a partir dela formou-se uma imensa bola de fogo que voou em direção aos Comensais em velocidade surpreendente. Enquanto o projétil voava, virou-se e correu para os Comensais que antes estavam às suas costas, defletindo com sua espada cada feitiço mortal lançado por eles. Energizou sua espada com eletricidade, e as correntes elétricas eram facilmente vistas em sua lâmina, mas não por muito tempo, pois ele a cravou no chão e um enorme dragão oriental de eletricidade pura avançou sobre os Comensais, que não tiveram outra opção senão fritar.


Virou-se para ver o que acontecera com sua bola de fogo. Ela não surtira nenhum efeito a não ser impedir um ataque daqueles Comensais, como ele previra que aconteceria. Ullez riu quando alguns feitiços (mais de dez, na verdade) atingiram seu escudo e de nada adiantaram. Contraiu seu braço que não empunhava a espada e depois o estendeu na direção dos Comensais, lançando um poderoso ataque sônico. O resultado foi alguns desmembramentos e outros Comensais aturdidos, e assim Ullez pode desferir o seu “Grand Finnale”: girou aparatando com a espada estendida para a frente, e assim apareceu no meio dos Comensais e ainda girando com a espada assassinou vários deles, depois foi pulando de um em um e desferindo poderosos e mortais golpes com sua espada feita por duendes. Era algo engraçado de se ver, devido à sua baixa estatura (N/A: visualizem o Mestre Yoda lutando, é algo semelhante... ^^).


Quando terminou, fitava um estarrecido Ken, mais branco ainda do que a sua condição de vampiro o empunha, isso se fosse possível.


-E então? Como são os duendes? – Perguntou Ullez garboso.


-Algo a se temer e respeitar. – Respondeu Ken solenemente, e assim os dois foram ao encontro de seus colegas humanos, pois esta pista eles perderam.


 


 


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PRAÇA PERTO DO COLISEU


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Depois de fazerem suas trocas de informações (com Ullez sob um feitiço de desilução que ele próprio lançara), Neville anunciou:


-Pessoal, nosso próximo lugar será a Alemanha, e acho que agora estamos com uma vantagem sobre nossos inimigos, agora que sabem que eles sofreram baixas e ainda estão por aqui, uma vez que já estavam na cidade a uma semana atrás. Prontos para irmos?


Todos confirmaram e então aparataram.


Mal sabiam eles, que longe dali o objetivo de sua missão, Harry Potter, se contorcia em dor e sofrimento, preso dentro de uma sala impenetrável, ou melhor, “insaível”.


 


 


OFF: Salve, Salve, amados leitores de HPAT. Sim! Finalmente eu consegui fazer a capa, e assim poderei recomeçar a postar a fic. Segunda Temporada online! Aproveitem para comentar o que acharam da nova capa.


Autor mau... ^^ Não, não é isso. É apenas que eu não posso contar tudo que gostaria dentro do primeiro capítulo, ele teria 300 páginas e não ficaria pronto nunca. ^^


Gostaram deste capítulo? Então COMENTEM povo.


Não gostaram? COMENTEM também e aproveitem para dizer porque.


 


 



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Segunda Temporada, Capítulo Um – A Viagem


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ALGUM LUGAR NA ITÁLIA


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-Por que estamos aqui? – Perguntou Ken, confuso pela escolha do local.


-A Itália foi o berço da renascença. Talvez os bruxos daqui tenham preservado algo de útil em algum museu. – Disse Hermione, que estudara muito para a viagem.


-Um museu bruxo? – Admirou-se Ullez, o duende.


-Exatamente. Existe um aqui, o Museu Italiano da Bruxidade Antiga. E também muito perto deste, está o Museu Internacional da Magia. Ambos ficam em Roma, muito bem escondidos. – Respondeu ela rapidamente.


-Então vamos logo. – Disse Neville.


E assim todos se apressaram em aparatar perto de Roma. Como eles sabiam, era falta de cortesia aparatar dentro da capital de um país estrangeiro.


Draco mandara Neville, Hermione e Dino para a missão, Ken e Ullez vieram como um bônus, de Lorde Isaac e de Irgim, respectivamente. Ken eles já conheciam, arrogante porém competente. Já Ullez, era um dos poucos duendes que podiam usar magia, liberado pelo Ministério Inglês.


Draco escolhera estes três pois eram os mais fáceis de serem tirados de casa, e suas habilidades encaixaram-se como uma luva para a missão. Teria sido melhor ainda mandar Simas, mas ele poderia acabar arruinando a missão com seu estranho feitiço. Era melhor tê-lo por perto.


Fora isso, Draco precisava realizar a sua própria missão, e ela não seria fácil, e os Lobos que ficaram iriam ajudar na defesa caso algum outro ataque fosse eminente. O problema é que eles dependiam dos vampiros para conseguir as informações, agora que Harry não estava mais com eles.


 


 


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QUARTEL GENERAL DOS LOBOS DA NOITE, ALASKA(EUA)


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Draco sabia o tamanho de seu problema, e cada dia ele passava mais tempo fazendo pesquisas e mais pesquisas. Tudo que encontrava era oblíquo ou sem nexo. Não havia outra maneira, ele teria de convencer Irgim, o presidente do Banco Gringotes, ou teria de cometer um terrível crime.


Mas não havia outra saída, e então ele resolveu passar no castelo de Isaac para pedir um favor à Eva.


Juntou suas duas pistolas 9mm, sua katana (Ele não andava mais desarmado) e Galanodel e dirigiu-se para o castelo de Isaac.


 


 


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CASTELO DE LORDE ISAAC


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Eva estava muito deprimida por ter de ficar “de molho”. Ela estava perfeitamente bem, mas seu pai continuava tratando ela como criança. Mesmo depois de tanto tempo. Ficou feliz quando um vampiro anunciou Draco, e ele entrou. Pelo menos era alguém para ele conversar.


-Como está, Eva? – Perguntou ele sorrindo.


-Muito bem. Mas meu pai insiste em me aprisionar. Acho que ele nunca irá perceber que sou mais do que adulta. – Respondeu entediada.


-Você não aparenta ser muito mais velha do que o Harry.


-Isso é algo intrigante dos vampiros. Como somos imortais, crescemos apenas até os trinta anos (fisicamente falando) e em raros casos, um pouco mais. É claro que levamos muito mais tempo do que os mortais para termos este tipo de envelhecimento. Eu tenho fisicamente dezenove anos. Mas não me pergunte a idade real se não quiser levar uma porrada! – Sorriu perversamente.


-Tudo bem, eu não ia mesmo perguntar. – Disse ele erguendo as mãos em sinal de rendimento.


-E o que o traz aqui? – Estava curiosa.


-Bem, eu preciso lhe pedir um favor. – Disse ele para sua surpresa. – Quero que você vá comigo ao Gringotes.


-Fazer o que lá? – Indagou ela. – Não me diga que quer um guarda-costas para ir sacar dinheiro, Draco!


-Não, eu preciso falar com Irgim, e se você estivesse lá, talvez você pudesse me ajudar a persuadi-lo. – Respondeu ele meio rodeando.


Ela sorriu com a possibilidade. Adoraria sair do confinamento, mas algo estava estranho.


-Você quer que eu bata no diretor do Gringotes? Sangue de duende é muito ruim. Eca! – Brincou ela.


Draco riu.


-Não, quero que você apenas se manifeste verbalmente caso seja necessário. Você poderia fazer isso para mim?


-Você sabe que eu não tenho escolha, é o meu chefe agora. – Disse ela sorrindo.


-Na verdade, eu quero que a Eva venha comigo, e não Delta-Três. – Respondeu ele seriamente.


-E por que? – Ela estava curiosa.


-Ficaria meio estranho se nós aparecêssemos todos uniformizados e ultra armados. Eu não posso causar uma má impressão em Irgim, pelo pedido que vou fazer a ele.


-E que pedido seria este?


-Algo relacionado à minha missão.


-Que maldita missão é essa, Draco, que você não pode contar a ninguém? – Irritou-se Eva.


Draco parou. Olhou para baixo e desabafou.


-Você acha que é fácil para mim? Que eu gosto de ter de esconder tudo de meus amigos? Os ÚNICOS amigos que tive em toda a minha vida? Você quer tanto saber, eu vou te contar, Delta-Três! – Disse ele frio. – E eu te proíbo como líder dos Lobos da Noite de passar esta informação adiante! Minha missão é matar o Harry, caramba! Eu fui convencido, ou melhor, ameaçado, por uma pessoa a matar o Harry caso o tal Espectro se liberte. É ele ou minha família. Eu detesto este tipo de traição, mas de qualquer forma, é o único jeito, pois caso o maldito demônio se liberte iremos todos morrer. Eu não quero isto, mas eu infelizmente não vou deixar todo mundo morrer por causa de algo que o Harry fez!


Eva se enrijeceu. Ela nunca havia sentido o poder que a voz de comando do líder exercia sobre seus comandados. Ela estava inclinada a obedecer e sabia disso.


-Eu... Concordo com você. – Disse ela depois de refletir um pouco.


Draco estarreceu-se.


-Como é?


-Você é surdo? Eu concordo com você! – Ela repetiu. – Ninguém merece pagar por isso, muito menos todos os povos do planeta. Eu quero tanto quanto todo mundo achar um jeito de salvar o Harry disso, mas se não tiver outro jeito, ele deve ser sacrificado.


Draco avaliou por um instante.


-Pois é. Eu não contei nada aos outros porque eles não entenderiam.


-Eu entendo. Mas porque ir ao Gringotes? – Ela estava confusa.


-Você acha que o corpo de um hospedeiro pode ser simplesmente destruído obstruindo as vias respiratórias, ou degolando-o com uma faca qualquer? – Disse ele sério. – Eu me ferrei pesquisando, em todos os tipos de livros, até em alguns da biblioteca do seu pai. O único jeito de matar um corpo de um hospedeiro neste estado é com um artefato mágico de muito (uito, uito) poder. Mesmo preso, o Espectro ou Demônio tem influências sobre o seu hospedeiro, e assim, pode criar um bloqueio mágico no qual nada comum possa passar, pois ele usa a Aura. Existe a possibilidade de usar uma aura para tentar destruir o corpo, mas quantos Magos existem além do Harry? Aqui na Inglaterra, só o Dumbledore. Mas ele não seria capaz de matar nem uma barata.


-Então você quer roubar a tal Espada no Gringotes? – Entendeu Eva rapidamente.


-Roubar não, existe ainda a maldita possibilidade de a espada me rejeitar, da mesma forma que Galanodel bloqueia qualquer um a não ser Harry. – Explicou ele. – Falando nisso, eu trouxe Galanodel para você, ela disse que vocês tinham algo a conversar.


-Como é?


-Agora é você que está surda? – Ironizou ele. – A espada fala. É muito estranho, mas é a verdade, você pode perguntar mais detalhes a ela. Agora você vem comigo ou não?


-Claro. Eu não agüento mais este lugar.


 


 


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MUSEU ITALIANO DA BRUXIDADE ANTIGA


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-Olá, em que posso ajuda-los? – Perguntou uma alegre recepcionista do museu em italiano a Hermione e Ken, que adentraram o banco. Os demais ficaram do lado de fora com Ullez (naturalmente, a presença de um duende seria suspeita).


-Gostaríamos de visitar a seção de lendas e relatos duvidosos, por favor. – Respondeu Ken num italiano fluente.


-Claro, me acompanhem.


Durante algumas horas eles procuraram por alguma pista, mas tudo foi em vão. Ao ver sua cara de desapontamento, a recepcionista perguntou:


-Vocês procuram por algo específico?


-Na verdade, sim... – Respondeu Ken. – Estamos procurando por Elfos. Não Elfos Domésticos, e sim os Elfos da Luz, Elfos da Floresta, Elfos Nobres, como quiser chama-los.


A mulher olhou desconfiada por um instante, então Ken perguntou:


-Algo de errado?


-É que vocês não são os primeiros a procurar por tais criatura nesta semana. Durante anos e anos a seção nunca foi movimentada, e agora duas vezes na mesma semana, é algo estranho... – Ela agora estava muito desconfiada.


Hermione e Ken se entreolharam e Ken disse:


-Realmente, algo muito estranho. Você se lembra de como eram tais pessoas?


-E por que o súbito interesse? – Ela estava cem por cento desconfiada agora.


-É que nós somos pesquisadores da magia, e talvez algum colega nosso também esteja interessado no assunto, e se pudéssemos reconhecer ele, seria bom para trocarmos nossos conhecimentos.


Hermione apenas observava frustrada a discussão. Ela entendia vagamente o idioma italiano, mas era um completo fracasso em fala-lo. Línguas Latinhas não eram o forte dos naturais germânicos.


-Bem, era um homem. Muito bonito, jovem, mas ele incrivelmente tinha o cabelo branco, assim como o seu... – Ela agora efetivamente reparara na aparência de Ken. – Vocês até que são parecidos, mas o cabelo dele é de um corte, estranho... Não sei explicar, mas é um corte que não se vê todos os dias. Além disso, os olhos eram muito vermelhos. A pupila, eu quero dizer. Pode parecer loucura, mas é verdade.


Hermione pegou a descrição dele. Mas não era ninguém que conhecia.


-Entendo. – Disse Ken. – Eu conheço ele, pois é meu irmão. Seus olhos vermelhos são uma doença de nascença. Você poderia agora nos mostrar a seção?


Hermione o fitou com uma cara espantada. Ele olhou-a com uma cara de “explico mais tarde”.


-Claro. – Disse a recepcionista um pouco confusa.


Na tal seção reservada aos Elfos, nada de muito útil fora encontrado, nada que pudesse os levar até os elfos, na verdade. Eram mais manuscritos sobre a convivência anterior deles com os humanos e duendes. Hermione e Ken então agradeceram e foram embora.


 


Ao sair do museu, antes que Hermione perguntasse, Ken disse.


-Depois, quando estivermos com os outros.


E assim se juntaram aos que os esperavam e Ken disse.


-Não encontramos nada de útil lá, mas descobrimos que há mais alguém no jogo. Uma outra pessoa tenta buscar os elfos, e esta pessoa é Lorde Voldemort.


-Como é?


-Claro que não diretamente. Um dos seus Caveiras está procurando em seu lugar. Eu sei porque foi este caveiras que quase matou Eva no Banco, e também porque ele é meu irmão.


Todos o olharam espantado.


-Exatamente. Eu tenho um irmão, mais velho. Seu nome é Joseph Amott. Ele matou meus pais quando eu era ainda jovem. Só não me matou por que... Na verdade eu não sei por que ele não me matou. Mas enfim, Joseph foi expulso de nossa sociedade, se tornando um fugitivo, e na nossa sociedade todos os Renegados, como os chamamos, ficam com os olhos vermelhos, a sua pupila na verdade, como forma de identificação. Então ninguém ajuda alguém com olhos vermelhos para não se incomodar com o Conselho posteriormente. – Explicou Ken. – Alguns vampiros, ao nascerem, carregam em si algo a mais, algo inexplicável, como um “dom” de raça. Geralmente só acontecem com as famílias com o melhor sangue entre nós. A família Amott é muito tradicional entre os vampiros de mais alta classe, e sendo assim, o fruto do casamento entre Ulisses Amott e Raphaela Giulianni resultou em dois filhos dotados destes dons. Meu irmão, sempre foi telecinético, e muito poderoso. Nós nunca descobrimos de onde vêm estes dons em nossa raça, e para falar a verdade, nós não temos exata certeza de onde realmente viemos. Uns dizem que foi de Judas Escariotes, outros dizem que sempre fomos assim, outros dizem que somos muito mais antigos do que Judas... Não se tem como ter certeza.


A concentração era toral, até que Ullez lançou uma pergunta.


-E você, qual o seu poder?


-Nós preferimos chamar de Dom. O meu é algo inexplicável. O mais raro entre os vampiros, único. Muitos acharam que eu deveria ser sacrificado por causa deste Dom. Eu sou o único vampiro que se tem notícia, que nasceu com uma alma. – Disse ele olhando o chão.


Todos ficaram estarrecidos.


-Uma alma? Mas não eram só os humanos? – Questionou Neville.


-Por isso todos queriam me matar. Achavam que eu era um... Bastardo. Mas mesmo sendo assim, não existe a possibilidade de cruza entre nossas raças. É algo que realmente nós vampiros não podemos explicar. O fato é que eu nasci com uma alma.


Ullez era muito observador, assim como Harry, e logo entendeu algo oculto.


-Você disse ter nascido com uma alma, mas não a tem agora, não é? Cadê sua alma? – Indagou ele com os olhos cerrados.


-É, eu não a tenho mais junto ao meu corpo. É contra as leis da natureza um vampiro ter uma alma, então eu a transferi. – Disse ele sorrindo.


 


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NOTA MUITO IMPORTANTE: Nesta fic, Lord Voldemort, ou Tom Riddle, como preferirem, não fez Horcruxes. E sendo assim, nenhum dos lobos, Dumbledore ou Harry sabem do que se trata.


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-Transferiu para onde? – Perguntou Hermione. – Isso é impossível!


-Na verdade, não é. Existe um ritual bruxo que torna viável transferir um pedaço da sua alma para um objeto. – Disse ele pomposo. – Já eu, adaptei, para mandar minha alma toda de uma vez. Para cá! – Disse ele, fazendo uma gesto com a mão e uma espada surgiu em sua mão. Ela era do tamanho de uma espada de duas mãos (assim como Galanodel) e sua lâmina era comum. O cabo era muito bem detalhado e trabalhado em ouro. A única coisa especial nela eram as runas na parte mais grossa da lâmina (perto do cabo) que irradiavam um azul muito luminoso.


-Nossa! – Exclamou Dino.


-Esta é Thanatos, a Rainha da Destruição. É uma das mais poderosas espadas existentes no mundo (Os Lobos sabiam que era no máximo a quarta), pois ela é inteligente, sabem. Ela se adapta a cada inimigo, e sendo assim ninguém dura em combate comigo mais de dez minutos, pois seus ataques nunca funcionam duas vezes. – Disse Ken todo orgulhoso e arrogante.


-Mas se você tem uma alma, você pode... – Começou Neville.


-Invocar um Guardião? Posso sim! – Riu ele.


-Estranho... – Comentou Neville. – Mas e aí? Qual é o próximo passo?


-Agora nós iremos nos dividir, de novo... – Disse Neville, tomando sua posição de líder da missão. – O que você acha, Ken, de ir caçar o seu irmão, só para ver se ele está na cidade? Sei que vampiros gostam de caçar e tal...


Ken abriu um sorriso de orelha a orelha.


-Eu não poderia ter um prazer maior. – Respondeu ele com vivacidade. – Mas quem irá com Hermione ao próximo museu? Ela não consegue falar italiano perfeitamente.


-Eu falo. – Levantou-se Dino. Todos o olharam. – O que? Só por que sou nascido trouxa não quer dizer que sou ignorante!


-Desculpe, Dino... – Disse Hermione envergonhada. – É que, você não parecia... Mas enfim, então nós poderemos ir juntos.


-Ullez, você se importaria de acompanhar Ken? – Questionou Neville.


-Isso se ele conseguir... – Cortou-lhe Ken.


-Ora, mas é claro que posso, vampiro! – Disse ele com cara de desdém, enojando a palavra vampiro.


-Ótimo, pois eu irei ao museu também. - Disse Neville, e todos o fitaram. – Gente, eu vou me passar de turista inglês.


-Certo então. – Concordaram todos.


 


 


***************


MUSEU INTERNACIONAL DA MAGIA


***************


 


Dino e Hermione entraram primeiro. Foram direto a uma atendente e pediram auxílio, ou melhor, Dino pediu.


-Pois não, me sigam por favor. Existe algum interesse em particular? – Disse ela sorrindo.


-Bem, Elfos da Floresta. – Disse Dino. – Somos repórteres e estamos montando uma coluna para uma revista muito famosa.


-E que revista seria esta? – Questionou a atendente.


-The Wizards. – Mentiu ele.


-Eu sempre leio, mas nunca vi seus nomes lá... – Ela pareceu desconfiada.


-Para ser bem sincero, nós ainda não fomos oficializados. – Mentiu Dino novamente. – Nós seremos, se nosso artigo for digno de aparecer na revista. Se você nos ajudar, quem sabe nós colocaremos alguma citação sua, não é?


-Ah, então contem comigo. – Disse ela, comprada.


Então eles procuraram... Várias horas, e acharam vagas citações, na verdade meras especulações, sobre dois lugares prováveis para a entrada do Reino Élfico: algum lugar na Alemanha, ou então na China. A Alemanha, por ser o país mais mágico da Europa, com tantas criaturas mágicas e lendas antigas. E a China, por ser um enorme país no Oriente, pois segundo a citação os elfos queriam ficar o mais longe possível dos bruxos, e como a maior concentração de bruxos era realmente na Europa, e a China era muito extensa, lá seria um bem fácil para se esconder.


 


Neville, que passara de fininho pela recepção e procurara independentemente na seção, acabara achando suas referências também. Quando se juntaram, bem longe do museu, trocaram informações:


-Alemanha e China. – Disse Dino.


-Rússia e Alemanha. – Falou Neville.


-Rússia? – Indagou Hermione.


-Estranho não é? Mas acho que é pelo mesmo motivo da China: distância e falta de população, e neste segundo caso, a Rússia seria mais indicada. – Falou ele. – Mas iremos para a Alemanha, pois tivemos duas citações em quatro. É mais garantido.


Neville nem parecia mais o aluno atrapalhado que sempre fora. Ele devia isso ao Harry, tanto pela AD como pelos Lobos.


-E você tem idéia de onde iremos procurar na Alemanha? – Questionou Hermione.


-Eu andei pesquisando... – Comentou Neville. – Nós iremos para a Biblioteca Nacional de Munique. Me parece um bom lugar, pois é uma das maiores e se não a maior bibioteca bruxa do mundo.


-Ótimo. – Comentou Dino. – Só nos resta esperar por Ken e Ullez.


-É. Espero que tenham sorte em sua caçada. – Falou Hermione.


 


 


***************


ALGUMA BECO QUALQUER EM ROMA


***************


 


Ken e Ullez realmente estavam com sorte. Graças a Ullez, eles conseguiram uma pista, e estavam muito próximos de encontrar alguém. Ullez tinha um dom para a magia como nenhum bruxo poderia ter. “Não é à toa que os bruxos os impedem de usar magia! Olha este cara!” pensou Ken espantado.


Em fato, Ullez conseguira fazer um feitiço de rastreamento incrível, a partir de uma pista que Ken encontrara por acaso. E agora eles estavam rastreando.


-Espere. – Murmurou Ken. – Acho que tem alguém aqui.


-Eu sei... – Disse Ullez sacando sua espada, que ficava sempre bem atada à sua cintura.


E então vários Comensais apareceram dos dois lados do beco.


-Olá, maninho... – Disse Joseph, que aparecera atrás de vários Comensais, sem seus trajes. – Com saudades? – Ironizou ele.


-Desgraçado traidor! – Esbravejou Ken.


-Sabe de uma coisa, Ken? – Disse Joseph. – Você pode me caçar o quanto quiser, e agora estou na sua frente. Mas você nunca vai me pegar. Você nunca poderá me vencer, nem mesmo papai pode vencer!


-Como ousa falar de nosso pai? – Gritou Ken. – Você simplesmente matou ele e mamãe! Você é um vampiro morto! – Disse Ken, ironicamente, é claro.


-Existem coisas das quais você não entende, Ken... – Disse Joseph seriamente. – Agora divirtam-se com meus novos amigos. – Falou e aparatou embora.


-Vai ser um prazer! – Disse Ken ficando em posição de batalha.


-Não, Ken. Deixe estes para mim. Faz tempo que eu não luto. – Pediu Ullez. – Por favor?


-Vamos ver como os duendes se saem, então...


Ullez sorriu. Aquele maldito vampiro ainda o subestimava. Mas não por muito tempo.


Apontou sua mão que não estava ocupada com a espada para os Comensais à sua frente, e a partir dela formou-se uma imensa bola de fogo que voou em direção aos Comensais em velocidade surpreendente. Enquanto o projétil voava, virou-se e correu para os Comensais que antes estavam às suas costas, defletindo com sua espada cada feitiço mortal lançado por eles. Energizou sua espada com eletricidade, e as correntes elétricas eram facilmente vistas em sua lâmina, mas não por muito tempo, pois ele a cravou no chão e um enorme dragão oriental de eletricidade pura avançou sobre os Comensais, que não tiveram outra opção senão fritar.


Virou-se para ver o que acontecera com sua bola de fogo. Ela não surtira nenhum efeito a não ser impedir um ataque daqueles Comensais, como ele previra que aconteceria. Ullez riu quando alguns feitiços (mais de dez, na verdade) atingiram seu escudo e de nada adiantaram. Contraiu seu braço que não empunhava a espada e depois o estendeu na direção dos Comensais, lançando um poderoso ataque sônico. O resultado foi alguns desmembramentos e outros Comensais aturdidos, e assim Ullez pode desferir o seu “Grand Finnale”: girou aparatando com a espada estendida para a frente, e assim apareceu no meio dos Comensais e ainda girando com a espada assassinou vários deles, depois foi pulando de um em um e desferindo poderosos e mortais golpes com sua espada feita por duendes. Era algo engraçado de se ver, devido à sua baixa estatura (N/A: visualizem o Mestre Yoda lutando, é algo semelhante... ^^).


Quando terminou, fitava um estarrecido Ken, mais branco ainda do que a sua condição de vampiro o empunha, isso se fosse possível.


-E então? Como são os duendes? – Perguntou Ullez garboso.


-Algo a se temer e respeitar. – Respondeu Ken solenemente, e assim os dois foram ao encontro de seus colegas humanos, pois esta pista eles perderam.


 


 


***************


PRAÇA PERTO DO COLISEU


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Depois de fazerem suas trocas de informações (com Ullez sob um feitiço de desilução que ele próprio lançara), Neville anunciou:


-Pessoal, nosso próximo lugar será a Alemanha, e acho que agora estamos com uma vantagem sobre nossos inimigos, agora que sabem que eles sofreram baixas e ainda estão por aqui, uma vez que já estavam na cidade a uma semana atrás. Prontos para irmos?


Todos confirmaram e então aparataram.


Mal sabiam eles, que longe dali o objetivo de sua missão, Harry Potter, se contorcia em dor e sofrimento, preso dentro de uma sala impenetrável, ou melhor, “insaível”.


 


 


OFF: Autor mau... ^^ Não, não é isso. É apenas que eu não posso contar tudo que gostaria dentro do primeiro capítulo, ele teria 300 páginas e não ficaria pronto nunca. ^^


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