O Castelo - Parte Dois



Capítulo XX – O Castelo, Parte Dois


 


PORTÃO PRINCIPAL DO CASTELO, CONTROLADOR E LOBOS DA NOITE


 


-Todos prontos? – Perguntou o controlador. – A partir de agora eu sugiro que usem armas de alto calibre, pois a coisa pode engrossar. Se eu falar para vocês abortarem a missão e irem embora, vocês devem fazer isso, é uma ordem direta.


-Certo. – Responderam eles.


Muito bem, vou abrir a porta, e vou ir direto para a porta do subterrâneo, junto com o grupo de Apoio. O resto vai procurar por informações no castelo. Eu tenho três alvos principais onde se pode conseguir informações aqui, então cada equipe irá para um lugar. Equipe Alpha vai para a Biblioteca. Quero que procurem inicialmente por documentos sobre o futuro ataque, mas depois de feito isso quero que analizem os volumes da biblioteca e me informem de cada volume diferente que virem (seja raro, antigo ou de magia desconhecida, qualquer coisa). Eles não vão precisar mesmo quando agente explodir o castelo. Equipe Bravo irá para a sala de reuniões. Lá é mais provável que terá algo útil para nós. Equipe Charlie, vocês terão o trabalho mais difícil, por isso levarão Delta-Três (N/A: Eva) com vocês para garantir o sucesso. Vocês irão até o dormitório e irão ‘educadamente perguntar’ aos lá presentes qualquer coisa que eles possam saber sobre o ataque ou sobre os Caveiras. Vou passar mentalmente uma imagem do interior do castelo para vocês se guiarem, que eu tirei com minha visão especial.


Então a imagem foi passada. Ela era uma espécie de planta 3D do castelo, e ajudaria e muito os Lobos.


-Agora vão.


 


 


EQUIPE ALPHA


 


Eles estavam progredindo lentamente entre os corredores, como o controlador os ensinara. Carregavam cada, um fuzil AK-47, originário de Israel e uma das mais famosas armas do terrorismo. Mas o que eles estavam fazendo estava muito longe disso. Milagrosamente, o controlador conseguira (por meio de magia), silenciar aquelas barulhentas armas. Ele era um verdadeiro gênio da magia.


E foi nessa progressão que eles ouviram passos.


-Inimigos à frente. – Sussurou Alpha-Um no comunicador.


-Passem nossa alegria a eles. – Veio a resposta.


Então eles se posicionaram atrás de umas mesinhas que estavam no corredor, e quando os Comensais apareceram (cerca de oito), eles pregaram o dedo no gatilho. Os únicos barulhos ouvidos foram das balas rasgando o ar e dos corpos dos oito Comensais caindo.


-Livrem-se dos corpos. – Disse o controlador.


Então eles tiveram que arrastá-los magicamente até um armário e depois trancar a porta do mesmo.


Depois eles continuaram a progressão até a biblioteca sem mais incômodos. Adentraram ela e certificaram-se que estavam sozinhos. Então partiram para a busca. Encontraram uma mesa de centro no meio da biblioteca, cheia de papéis.


-Controlador, encontramos algo aqui. – Informou Alpha-Dois.


-Informe.


-Parece que será algo grande, eles vão mandar força total, mas parece que quando este documento fora escrito não havia sido escolhido o local ainda. Mas aqui diz que com o novo poder deles, o ‘Zumbi’ – é, eles mesmo o chamam assim – nem mesmo Harry Potter ou os Justiceiros Assassinos - como eles nos chamam – podem impedir o seu objetivo.


-Isso é mal. Tragam-me o documento. Continuem seus parâmetros principais agora.


-Sim senhor.


E então foram à busca de livros. Se Bravo-Um tivesse ali, talvez ela pudesse usar seu talento para formular um feitiço que trouxesse os livros e os evitasse o trabalho, mas a equipe Alpha teve a leve impressão de que o controlador fizera isso de propósito.


Foram procurando de prateleira a prateleira, sempre atentos à porta. Quando terminaram, chamaram o controlador.


-Temos alguns livros aqui.


-Informe.


-‘Real História da Magia’, ‘Cultos e Ritos Mitológicos’ e ‘Civilizações Antigas e a Magia’.


-Tragam os três. Podem voltar agora.


E assim eles deixaram a biblioteca e voltaram para onde o controlador os esperava.


 


 


EQUIPE BRAVO


 


O caminho até a sala de reunições fora simples, sem ninguém no caminho. Mas agora que estavam na porta, sua missão parecia mais complicada do que parecia antes.


-Controlador, há uma reunião em andamento aqui. – Sussurou Bravo-Um.


-Ótimo. Vocês conseguem ouvir normalmente?


-Não, eles falam muito baixo.


-Então terão de usar um feitiço de extensão sensitiva.


-E o que isso faz.


-Pode aumentar em até dez vezes o poder de um de seus sentidos, com o custo de que enquanto estiver ativo, requer a perda de um outro sentido. Não se assustem, assim que vocês cancelarem o efeito, todos os sentidos voltam ao normal.


-E como se faz o feitiço? – Naturalmente, Bravo-Um era quem tinha a coragem e a habilidade de fazer os feitiços sem risco de dar errado.


-Basta concentrar em seu fluxo de magia e mentalizar ‘Extensus Sensitiverum’, e deixar bem claro qual o sentido a se bloquear e qual a se aumentar, respectivamente. Vocês entenderam?


-Sim. Só eu vou fazer. Bravo-Dois deve cuidar minha defesa enquanto não vou poder enxergar.


-Perfeita, como sempre, Bravo-Um. – Elogiou o controlador.


E assim Bravo-Um fez o feitiço, e assustou-se inicialmente com a temporária perda de visão, mas logo se concentrou na conversa.


-...Os bastardos nem terão chance. Será a maior humiliação possível a eles. E o melhor é que nem mesmo os nossos inimigos Potter e os Justiceiros poderão nos impedir. Até porque eles nem ficarão sabendo.


-É, e o melhor é que eles vão acordar no outro dia de manhã e receberão a trágica notícia sobre o adorado banco deles.


-Mas... Vocês tem certeza que os Caveiras darão conta de abrir o caminho para o resto? E quanto aos dragões, e as outras criaturas de lá?


-Você parece meio descrente, Salvatore, talvez devêssemos mostrar o poder dos Caveiras, em você...


-Não, é claro que não! Só fico preocupado com as nossas baixas.


-Você viu o Zumbi, enquanto ele estiver lá, não haverão baixas.


-Pense na cara dos malditos duendes! Vamos destroçá-los depois de eles nos dizerem onde encontrar a Espada. E depois que tivermos a Espada, o mundo será pouco para nós conquistarmos!


-Mas agora vamos voltar para o subterrâneo, que temos muito o que preparar... – Neste ponto Bravo-Um cortou o feitiço e avisou Bravo-Dois.


-Eles estão saindo, vamos nos esconder.


E assim eles fizeram. Antes de os Comensais saíram, eles contataram o controlador.


-Eles vão atacar o Gringotes!


-O que? – Perguntou o controlador descrente.


-É isso mesmo, parece que querem roubar uma espada, e não me parece qualquer espada não, pois eles falaram que com ela eles poderão dominar o mundo! E a propósito, eles estão indo para aí.


-Merda. – Eles nunca viram o controlador tão preocupado em uma missão. – Atenção todas as equipes, a missão termina aqui. Ela foi um sucesso. Não fiquem no caminho da sala de reuniões até onde estou. Eu terei de levar estes homens para uma ‘entrevista’ fora daqui. Fiquem aonde estão, até eu dar segunda ordem.


 


 


EQUIPE CHARLIE E DELTA-TRÊS


 


Delta-Três ficou muito chateada quando recebeu a notícia de que sua parte da missão já não era mais necessária.


-Vocês ouviram o controlador. Vamos nos esconder. – Disse ela e os outros assentiram e eles foram se esconder.


 


 


EQUIPE DE APOIO E CONTROLADOR


 


-Prestem atenção. Vocês vão ficar aqui e vão me avisar se vier alguém do lado de baixo. Eu vou os interceptar aditante. – disse o controlador.


-Sim, tudo bem.


-Certo então. Estou indo. Fiquem atentas.


O controlador andou alguns metros e ficou esperando no lugar onde eles iriam aparecer. Ele naturalmente sabia, pois usara sua visão perfeita. Não demorou muito e eles vieram. Eram quatro homens, mas não pareciam com Comensais. Eles eram aristocratas.


Então é aqui que Tom reúne seus apoiadores? Perguntou-se o Controlador. Naturalmente, eles não deveriam ser bruxos tão poderosos, então lançou neles um feitiço de desorientação, fazendo com que todos os seus sentidos falhassem. Eles perderam o controle de si mesmos, agora era só mais um feitiço e eles estariam sob total mercê do controlador. Esta era a criação mais cruel de Hefesto. Ele sabia como era, a pessoa limitava-se a sua consciência, era a mesma situação de quando ele era possuído por Nemesis. Ele ficava no vácuo, numa escuridão, e só conseguia pensar.


O controlador então lançou o segundo feitiço do ‘Processo de Controle Imparcial de Corpos’, como Hefesto o chamava, e era um aperfeiçoamento da Maldição Imperius. Você transformava a pessoa num zumbi, era como se você tivesse uma carcaça, e instalasse nela um software de perguntas, respostas e ações padrão nela, e o resultado era um corpo humano com ações semelhantes a um robô. Era a melhor forma de espionagem de baixo calão (é claro que se você usar isso num general todos irão perceber, mas se for usado num soldado, que é normalmente inexperiente e idiota, funciona muito bem). Mas o controlador estava usando isso para outra coisa.


Hefesto lhe contara que ele criara o feitiço baseado na possessão de espíritos, que tecnicamente usava o mesmo processo. Mas o controlador não acreditava que espíritos existissem.


Foi fácil então levar os quatro para fora do castelo, após chamar suas equipes de volta.


-Agora, Alpha-Um, leve todos para a base secreta, e apresente ela aos Lobos da Noite. Eu vou ficar e causar um pequeno estrago.


-O que você vai fazer? – Perguntou Alpha-Um.


-Você lembra do C4?


-Ah... Tudo bem. Vamos indo Lobos da Noite, e vocês quatro também. Agora façam uma corrente para podermos aparatar.


E assim eles foram. O controlador usou sua visão perfeita mais uma vez, para ver o lugar certo a ser plantada a bomba. Naturalmente os Caveiras e mais alguns Comensais dariam um jeito de saírem dos escombros, mas e os outros? Ele logo sentiu o efeito de usar sua visão tantas vezes, mas agora não era hora de se preocupar com isso. Achou o lugar e foi rapidamente para lá. Plantou o C4 que ele achava necessário para botar todo o Castelo abaixo, cerca de 20 Kg (o castelo é enorme, uma pena destruir ele) programou o temporizador e foi embora. Ficou assistindo de longe a explosão, que dizimara completamente o Castelo, e depois foi embora.


 


 


BASE PRINCIPAL DOS LOBOS DA NOITE, ALASKA (EUA), LOBOS E ‘CONVIDADOS’


 


Alpha-Um trouxera todos eles com a aparatação que aprendera com o controlador. Ele não era tão bom com ela (ainda tinha que manter contato físico), mas já era uma bênção não ter de rodopiar e ficar tonto para aparatar. Chegou e já começou com as ordens.


-Lobos, nós temos que amarrar estes quatro na Sala de Interrogatório. Feito isso, eu posso explicar que lugar é este. – Disse ele seguro.


-Certo. – Disse Bravo-Dois entre os dentes. Pelo visto, eles ainda não se davam tão bem como o resto dos Lobos.


-Bravo-Um, por favor me acompanhe. Império. – Ele usara a Maldição Imperiatus nos quatro homens ao mesmo tempo.


 


 


SALA DE INTERROGATÓRIO, ALPHA-UM, BRAVO-UM E ‘CONVIDADOS’


 


A Sala de Interrogatório é muito parecida com as salas conhecidas dos filmes, totalmente fechada, ou seja, sem janelas, com uma porta fortificada e um enorme vidro espelhado numa das paredes. Sem falar no sistema de som embutido nas paredes para que as pessoas do outro lado do vidro espelhado possam interagir com a parte de dentro.


Assim que chegaram, já amarraram os quatro homens em cadeiras e lhes tiraram as varinhas. Eles nunca mais precisariam delas, de qualquer forma.


-Vamos deixar eles aí, simplesmente? – Perguntou Bravo-Um.


-Não, quando o controlador chegar ele vai torturar eles e depois matá-los, mas isso é só depois de conseguir informações necessárias. Talvez ele deixe um viver, para humilhar o Tom, mas é só talvez, e mesmo se ele fizer isso, o Tom com certeza vai matá-lo de qualquer forma. – Disse Alpha-Um sarcástico. – Mais alguma pergunta idiota?


-Você se acha, não é? Até parece que você gosta disso que faz.


-O controlador salvou a mim, minha mãe e a minha irmã, além de dar a minha irmã uma chance de ser especial. Eu devo à ele muito. Qualquer coisa que eu puder fazer em troca, eu faço com prazer.


-Quão nobre... Pera aí! Você disse irmã? – Bravo-Um estava perplexa.


-Vocês vão conhecer ela logo. Ela mora aqui, junto com minha mãe. Agora vamos voltar para os demais, que tenho muito a explicar e não quero falar duas vezes.


 


 


SALA DE ESTAR, QG PRINCIPAL DOS LOBOS, TODOS OS LOBOS


 


A Sala de Estar fora projetada para ser um lugar descontraído no meio de uma base militar. Tinha um anexo com uma sala de recreação e a sua mobília era de um estilo clássico da renascença francesa. Era grande e agora comportava toda a equipe dos Lobos da Noite, só faltando o seu controlador, que ainda não voltara da missão.


-Esta aqui é a nossa base principal. – Disse Draco. Todos já haviam tirado seus uniformes. – Fica no Alaska, um estado em que é tudo gelo, muito frio, o ano inteiro, e é parte do território dos Estados Unidos. Nossa base é subterrânea, e sendo assim é impossível ser descoberta por satélites, e com as proteções de Harry, este é o lugar mais seguro e indetectável do mundo, bruxo ou trouxa. O nome da base nem eu sei, parece que é algo especial para o Harry, e então uma hora dessas ele vai nos contar. Na base pode-se encontrar tudo necessário para se viver, muitos estoques de comida, biblioteca, enfermaria completa, com remédios trouxas e poções, laboratório químico e genético, embora sejam pouco usados, sala de armas, biblioteca bruxa e trouxa de tamanho inimaginável, conexão com a internet segura (a internet é uma coisa que algum dia eu vou tentar me dignar a explicar a vocês, nem eu consegui entender direito), e várias outras coisas que não me recordo. A base é enorme. E agora eu gostaria que vocês conhecessem minha família.


E como se fora combinado, Kareen e Narcisa adentraram a sala. Kareen já fora correndo abraçar seu irmão, enquanto Narcisa sorria.


-Draco! – Disse Kareen. – Tava com saudade. Quem são seus amigos?


Todos estavam perplexos.


-Você tem uma... Irmã? – Perguntou Simas atônito.


-É o que parece, não é?


-Mas, como ela não está em Hogwarts?


-Isso é uma longa história, e eu prefiro que Harry explique a vocês.


-Já vou explicar. – Disse Harry adentrando a sala.


-Já chegou. – Disse Kareen, e foi abraçar ele. Harry fingiu que não notou o leve desconforto de Gina.


Ora, a irmã de Draco era linda, por mais que fosse jovem (tinha 13 anos) ela tinha uma beleza invejável mesmo para garotas mais velhas. Era loira, tinha o rosto perfeitamente formulado, já não era mais o rosto de criança, e sim de uma jovem mulher em crescimento. Seus olhos eram de um azul tão lindo que hipnotizava os menos concentrados. Quem ollhava, pensava que ela tinha uma ascendência Veela, mas não era verdade.


-Olá Kareen, está praticando direitinho o que eu lhe ensinei?


-Sim, Harry, claro.


-Depois eu quero ver. Agora, Kareen, você poderia mostrar o seu quarto ao Draco, eu acho que ele ainda não conhece...


-Ah, claro. Vamos lá, maninho?


-Tudo bem. – Disse Draco conformado.


Harry esperou eles saírem (com Narcisa logo atrás) e depois começou.


-Bem, Draco deve ter falado que lugar é este, então já me poupou muito trabalho.


-Por que você falou a ele e não a nós? – Rony cuspiu as palavras.


-Ah, não vai ter um ataque de ciúmes, não vai, Rony? – Disse Harry venenosamente. E depois sorriu. – Eu não imaginei que Draco tinha uma irmã. E depois daquele dia que nós resgatamos ela e Narcisa, eu simplesmente não poderia trancar ela na Câmara Secreta, seria terrível para ela. Aqui ambas vivem muito bem e felizes. E o melhor de tudo, seguras.


-Mas por que ela não está em Hogwarts? – Perguntou Gina.


-Muito boa pergunta. A Kareen, é o que muitos de vocês conhecem por... Aborto. Mas esta denominação é completamente errada. Ela é por natureza melhor do que todos nós em magia, a mérito de constatação.


“O que aconteceu é que os antigos bruxos, muito antigos, dos tempos de Mérlin e antes ainda, eles perceberam a existência de um tipo especial de bruxos, uns que tinham talentos excepcionais inimagináveis, e eles perceberam que estes bruxos eram cada vez mais numerosos. Naturalmente, eram raros, mas como passar do tempo, ficaram não tão raros. Então os bruxos perceberam que logo eles se voltariam contra os bruxos comuns, reivindicando o poder do governo para si. Ou foi o que eles pensaram com seus cérebros carunchados. Então eles caçaram estes bruxos, e passaram a ensinar seus descendentes e as demais pessoas que estes bruxos eram motivos de vergonha. E o fato deles não aprenderem a magia do jeito convencional só contribuiu, e com o tempo, muitos séculos depois, foi-se acreditando que estes bruxos não conseguiam fazer magias, e assim foram chamados de Abortos. A verdade é que é só necessário outro tipo de abordagem na hora de ensinar eles, que eles aprendem melhor do que os bruxos comuns, a magia está no genes dele, ou seja, no seu código genético, o que para os bruxos que não entendem de biogenética, é dizer que está no sangue deles.


Os dons que este tipo de bruxo podem alcançar é o que nós vimos nos Caveiras. Coisas inimagináveis, como voar, conjurar fogo a partir das mãos, super força, são tudo talentos conseguidos a partir de um tipo de substância produzida no cérebro deste tipo de bruxo. Eles não são da mesma espécie que nós. Existem três espécies de humanos, os Homo Sapiens Sapiens (trouxas), o Homo Sapiens Arkanus (nós, bruxos em geral) e o Homo Sapiens Espectrus (os ditos ‘abortos’). O Homo Sapiens Espectrus, é uma evolução genética do Homo Sapiens Arkanus, e sendo assim, a tendência é que um dia só existam duas raças de humanos sobre a terra. Os bruxos comuns irão deixar de existir. Os bruxos antigos de certa forma sabiam disso, e assim retardaram o processo. Obviamente, Tom não recrutou ‘abortos’ para seu exército, ele se muniu da tecnologia trouxa e tentou induzir o organismo de alguns Comensais a produzir esta substância, para que eles conseguissem ter este talento. Mas como isto é uma coisa geneticamente errada, a maioria dos Arkanus não conseguem resistir ao processo, e morrem, pois apenas o corpo de um Espectrus é naturalmente adaptado ao processo, o que faz com que as baixas sejam NULAS neste caso. Bem, acho que deu para entender, Kareen não está em Hogwarts por que ela é uma Espectrus, e na verdade poucos bruxos sabem disso, atualmente, só nós e o próprio Tom. Então ninguém em Hogwarts saberia ensinar ela direito, e sendo assim ela vive aqui, e sempre que eu posso eu venho ensinar magia a ela. Só para comentar, ela tem um talento para magia que nem o mais prodígio dos bruxos poderia sonhar em ter. Um dia é possível que seu poder naturalmente seja maior que o meu.”


-P...Q...P... – Comentou Dino embasbacado.


-Quais são as chances de nós adquirirmos estes super poderes? – Perguntou Simas com um sorriso estranho no rosto.


-Estou fazendo pesquisas Simas, assim como o Tom, mas está fora de questão correr o risco. A taxa de mortalidade é muito alta, na verdade, é quase 100 por cento. Eu jamais vou expor qualquer um de vocês a um risco tão grande.


-E se você conseguir reduzir o risco...


-Simas, se eu conseguir baixar para PELO MENOS 50 por cento, daí nós poderemos pensar em conversar sobre isso, caso contrário, a conversa está encerrada. – Harry ficou muito preocupado com Simas. Ele estava se tornando um perigo, cada dia que se passava, ficava mais nítido. – Agora vamos entrevistar os nossos ‘convidados’. Eva, eu lhe escolho como entrevistadora pessoal, o resto de nós ficará na outra sala só assistindo e dirigindo as coisas.


-Yes! – Gritou ela dando pulinhos de felicidade. Vampiros adoram crueldade, está na sua natureza.


 


 


SALA DE INTERROGATÓRIO, EVA MENDES E ‘CONVIDADOS’


 


Harry havia liberado o ‘feitiço da possessão’ dos homens, então a primeira coisa que eles perguntaram, foi:


-Que lugar é este?


-Bem longe do lugar aonde vocês estavam. – Respondeu Eva vagarosamente.


-Peraí, eu conheço você! Você é a filha do... Lorde Vampiro!


-Exatamente. E vocês são aristocratas. Vocês conhecem os vampiros. Se vocês me disserem o que eu quero saber, vocês não precisam se machucar. Mas não tentem mentir para mim, eu saberei...


-Voldemort vai saber que os vampiros traíram ele...


-Na verdade, eu não estou aqui pelos vampiros... Eu tenho um segredinho para contar: eu faço parte dos ‘Justiceiros Assassinos’.


-O que?? – Eles estavam aterrorizados.


-Mas o nome certo é Lobos da Noite. Agora chega de futilidades. Eu quero saber porque vocês atacarão o Gringotes.


-Quem disse...?


-Não interessa, nós sabemos, então não minta.


-Nós não iremos atacar o Gring... – Ele nem terminou a frase, pois Eva o socou no nariz, fraturando-o em várias partes.


-Não minta para mim, seu desgraçado.


-Mas é verdade! – Mais um soco no nariz dele. Ele gritou de dor.


-Vocês tem três segundos para falar alguma coisa, senão eu vou começar a matar um por um. Três. Dois.


-Tá bom, eu falo. – Disse um, pelo jeito, o mais covarde. – Voldemort vai atacar o Gringotes para roubar uma espada especial que eu não sei nada sobre ela, ele não falou a ninguém.


-Muito bem. Você parece dizer a verdade. Mas quem é o Zumbi? O novo membro dos Caveiras?


-Ora, mas como você sabe? – Perguntou um outro, e já levou um soco no nariz.


-Eu simplesmente sei. Agora fale.


-Ele é um dos soldados que deu errado, mas deu certo. Ele deveria ter morrido, mas o Tom fez um ritual que deixou ele numa semivida. Por isso ele é tão estranho, um zumbi.


-E qual o seu poder?


-Ele acaba com sua motivação. Se ele pega você, você fica em um estado de letargia e não se mexe, por mais que o teto esteja caindo na sua cabeça, você simplesmente fica parado.


-Como funciona o poder?


-Ele afeta uma área, toda ela, cerca de 50 metros de raio de onde ele estiver, mas parece que seu poder é cada dia mais poderoso. Ele também consegue controlar quem ele vai afetar e quem não.


-E finalmente, como parar o estado de letargia?


-Só com um choque elétrico.


Eva parou para pensar. Eles naturalmente falaram a verdade. Ela ouviu seu coração. Ela sabia quando mentiam para ela.


-Controlador, precisa de mais alguma informação? – Perguntou ela olhando o vidro.


-Não, tenho tudo o que preciso. Por que? – Ele pareceu desconfiado.


-Eu estou com Sede. Tire o pessoal daí de dentro, me encontro com vocês em alguns minutos.


-Certo. – Ele pareceu receoso.


-Mas você disse... – Começou um deles.


-É, eu disse. Mas vocês não acharam que vocês iam sair vivos depois de saberem de minha identidade, não é? – Disse ela assumindo sua forma vampírica.


Para quem estava saindo da sala, só se ouviu os gritos apavorados dos quatro homens servindo de alimento para uma vampira.


 


 


SALA DE ESTAR, LOBOS DA NOITE E HARRY


 


-Eva não é assim sempre, não há com o que se preocupar, eu garanto. Ela é muito educada e civilizada. Eu jamais traria para perto de vocês alguém como vocês estão pensando. Ela é boa. Ela só precisava... Descarregar um pouco as energias, sabe? Ela saiu conosco hoje e não teve ação, e isso para um vampiro significa muito. Ela jamais fará algo assim com vocês. – Explicava Harry quando Eva entrou na sala.


-Exatamente. Nós vampiros hoje em dia compramos sangue dos bancos de sangue, dificilmente saímos para caçar humanos. Hoje em dia é muito arriscado. E nós de certa forma achamos bom um convívio pacífico com os humanos. Eu não vou fazer nada a vocês. – Disse ela sorrindo descontraída tentando quebrar o gelo que se formara.


-De qualquer forma, temos um problema: eu imagino o que seja esta espada, mas tenho que pesquisar primeiro. Nós temos que ir ao Gringotes avisar eles, mas sem nos revelarmos. Nós temos que dar um jeito de podermos enfrentar o Zumbi, caso contrário, será o nosso fim. Eva, solicite a ajuda do se pai no dia da batalha. Temos que agir, e rápido, para evitar esta catástrofe. – Concluiu Harry.

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