Preparações e Confissões

Capítulo XV – Preparações e Confissões

 

Harry estava com medo. Fazia muito tempo que não se sentia assim. Mas não estava temendo por si próprio, pois dificilmente ele encontraria algum adversário a altura neste momento. Ele estava com medo por seus amigos, Lobos da Noite, pois o que eles teriam que enfrentar no próximo dia seria barra pesada. Ele teria que dar um leve ensinamento a eles de como agir contra os Caveiras, mas isso não seria suficiente. Mesmo sem cometer nenhum erro, eles poderiam morrer, pois seus adversários eram muito mais poderosos que eles. Não que os Lobos da Noite fossem fracos, eles eram muito mais fortes do que muitos bruxos aurores, eles apenas não eram fortes o suficiente.

Harry também temia pelos seus colegas de Hogwarts. Ah, se eles falhassem no próximo dia estaria tudo acabado para eles, e por conseqüente, para todo o mundo. Ele teria de pedir ajuda. Mas a quem?

Pedir a Dumbledore estava fora de cogitação, pois ele expulsaria os Lobos de Hogwarts no primeiro ataque deles. Severo Snape, talvez? Mas ele era muito fiel a Dumbledore. Na verdade, qualquer professor estaria fora de questão.

Infelizmente, Harry concluiu, não teria a quem pedir ajuda.

Harry estava no café da manhã, e foi na hora de sua perspectiva de má sorte que ele a viu entrando. Eva Mendes. Ela havia insinuado ser mais do que aparenta. Talvez ela pudesse ser de alguma ajuda. Harry teve o plano mais esquisito de sua vida, e olhando para os lados para se certificar de que não havia muita gente ali (sobretudo professores), levantou-se de um pulo sacando a varinha no ar e apontou par Eva dizendo:

-Estupefaça! – Harry se sentiu constrangido de usar um feitiço tão fraco.

Enquanto a luz vermelha estoporadora de seu feitiço ia avançando em velocidade muito alta, Harry vislumbrou Eva endurecer o corpo, atenta, e quando o feitiço ia acertá-la bem no meio do peito, ela desviou dele girando o tórax para o lado e movendo os braços (estilo matrix), e depois fuzilou-o com um olhar mortal.

-O que significa isso, Potter? – Disse ela com cara furiosa sacando a varinha e apontando para ele, e ficando em posição de combate.

-Bom dia, Eva. – Disse Harry sorrindo e guardando a varinha. – Só queria confirmar uma coisa. Tome café comigo esta manhã, sim?

Eva ficou atônita, sem reação. Mas como ele guardara sua varinha ela guardou também a sua, e se aproximou dele, sem se sentar-se à mesa.

-O que quer? – Disse ela ríspida.

-Você é um soldado Eva, não adianta negar. E este seu tipo de reação, o jeito como se desviou do feitiço, não foi algo comum. – Disse Harry preparando uma fatia de pão com mel.

-O que isso tem a ver? Se você contar a alguém...

-Não se preocupe Eva, eu queria lhe pedir ajuda. – Interrompeu-a ele.

-Ajuda? – Ela parecia confusa. – Primeiro você tenta me matar e depois pede ajuda?

-Matar você, Eva? – Desdenhou ele. – Duvido que isto fosse possível, nem que eu lhe acertasse com o Estupefaça na cabeça. Eu quero sua ajuda sim, como um soldado, pois haverá uma tragédia amanhã e eu vou evitá-la.

-E do que exatamente se trata?

-Espere um pouco. – Harry lançou um feitiço de sigilo, assim ninguém ouviria o que eles falassem. – Bem, nosso inimigo, Tom Riddle, criou, de alguma forma, uma unidade especial de guerreiros, que são muito poderosos...

-Fiquei sabendo... – Ela deixou escapar isso e logo se arrependeu.

-É mesmo? Como?

-Não te interessa, Potter. O que importa é que eu vou te ajudar nisto, mas só nós dois contra eles?

-Na verdade, somos em nove, e com você, dez. Acho que inicialmente deve chegar. – Disse ele.

-Por que pedir minha ajuda? Se vocês são em nove, não teriam problemas de enfrentar eles. – Disse ela curiosa.

-Por dois motivos: primeiro, eles não estão preparados para isso, e segundo, eu não posso participar da batalha efetivamente. – Respondeu.

-Medo, então? – Riu ela.

-Sim, medo de abusar da força e causar um mal muito grande ao mundo. – Respondeu ele com ar misterioso, mas mudou de assunto. – Aonde você foi treinada?

-Fui treinada por meu pai. – Respondeu ela seca. O clima estava ficando sombrio.

-Qual o nome dele? – Inquiriu Harry.

-Não te interessa, Potter. – Disse Eva Ríspida.

-Se você está assim, sem querer responder, é por que me interessa sim, mas você é que não quer falar. – Disparou ele.

-Verdade, mas simplesmente me perguntar não vai mudar nada. – Disse ela.

-E o que eu tenho que fazer então? – Perguntou ele sorrindo.

-Meu pai me ensinou que o respeito é a única coisa que importa entre os nossos. Você não tem meu respeito o suficiente para merecer as respostas das perguntas que faz.

-E por que não? – Confundiu-se ele.

-Por que você mente para mim.

Touché. Conversa encerrada. Ela virou-se e foi embora, e Harry ficou sem nada para dizer.

Esta menina é muito esperta, muito mais do que Hermione, na verdade.

 

 

Harry reuniu os Lobos de manhã nos jardins, para conversarem, durante a manhã.

-Todos sabem que teremos um problemão amanhã. – Começou Harry. – Por isso, agora iremos montar um plano para que nada aconteça fora do planejado. Queira me ajudar, Draco?

-Claro. – Sorriu ele. – Baseado no que nos ensinou, a primeira coisa a se fazer na situação é retirar os reféns. Penso eu que metade de nós deveria ficar retirando-os e a outra metade dá combate aos inimigos como apoio.

-Quase, Draco. – Sorriu Harry. – Charlie e Bravo vão retirar os reféns, Alpha irá se preocupar em atacar os inimigos e eu e o grupo de apoio iremos defender os demais grupos. Grupo de Apoio, irei ensinar feitiços de cura a vocês, caso aconteça algo na batalha...

-Quais são as chances de ganharmos Harry, sinceramente? – Perguntou Rony.

-Deste jeito, diria uns 50%. – Disse ele, e o temor apoderou-se da cara dos Lobos. – Mas, eu pedi ajuda, e assim nossas chances irão ser muito maiores.

-E quem vai nos ajudar? – Perguntou Neville curioso.

-Ela. – Indicou Harry com a cabeça para demonstrar a aluna que se aproximava. A linda Eva Mendes, todos os garotos e garotas da escola a conheciam. Os garotos a desejavam, e as garotas, a invejavam. – Eva Mendes, seja bem-vinda. – Disse Harry sorrindo para ela, e Gina ficou furiosa ao seu lado e lhe beliscou.

-Olá a todos. – Disse ela séria. – Não vamos pensar que isso será qualquer coisa, então deixemos o papo furado de lado. Mas primeiramente, Harry, você não me disse exatamente o que vai acontecer...

-Pois bem. Amanhã, durante nossa visita a Hogsmeade, os Comensais da Morte e os Caveiras, que são o grupo do qual lhe falei hoje cedo, irão atacar a vila, destruindo tudo e todos que estiverem lá. Será um ataque-teste, ou seja, Tom Riddle vai iniciar a guerra testando seu novo brinquedo. – Harry fez uma pausa. – Nosso objetivo será primeiramente salvar os civis presentes e depois dar combate e se possível eliminar os Comensais e se tivermos sorte, os Caveiras.

-Algum plano? – Perguntou ela.

-Sim, duas duplas irão operar na defesa e retirada dos reféns, uma dupla dará combate aos Comensais e outra dupla mais você, Eva, irá cuidar de defender as demais duplas, e curá-las se necessário, para que eu possa ajudar a atacar os inimigos. – Disse ele rapidamente.

-Entendo. É um bom plano. – Ponderou ela. – Mas eles sabem como operar numa missão?

-Sim. Eu ensinei-os alguns truques, digamos assim.

-Sei. – Disse Eva. – Você continua sem merecer o respeito, Potter.

-Desculpe-me Eva. Nós não podemos lhe contar certas coisas ainda. Sinto muito. – Desculpou-se Harry. – Mas voltando ao assunto, você sabe feitiços de cura? – Perguntou Harry a Eva.

-Sei. Posso curar praticamente qualquer coisa que se possa conseguir em batalha.

-Ótimo. E feitiços defensível de alto nível?

-Também.

-Ótimo! Então você vai, por favor, ensinar à tarde isso a eles, exceto pela dupla de ataque, que eu ensinarei magia de ataque. Pode ser?

-Claro.

-Então continuaremos com o plano: uma vez salvos os civis, quero que todos partam para a briga, sendo que os salvadores irão para o ataque, e os defensores continuam defendendo.

-Espero que esta loucura dê certo... – Comentou Eva. – Potter, tem uma idéia de algum ponto fraco deles? Algo do tipo, como vamos atacar, e etc?

-A idéia é usar o que estiver no arsenal, menos o Avada Kedavra. Existem feitiços piores e que não são Imperdoáveis. Aliás, não tentem usar nenhuma delas neles, tenho quase certeza que isso não vai funcionar. – Comentou Harry. – Se cada um tiver foco na sua tarefa, eu vou ensinar Draco e Simas a matar aqueles desgraçados sem muito esforço. E agora chega de conversa. Draco e Simas encontro às 13 horas no lago, os demais vão com Eva para a Sala Precisa, que pode ser aberta no sétimo andar, Hermione sabe abri-la. DISPENSADOS.

 

 

13 HORAS, LAGO DE HOGWARTS, HARRY E EQUIPE ALPHA

 

-Onde iremos treinar Harry? – Perguntou Simas curioso.

-Na Floresta Proibida, é claro. – Respondeu ele.

-Mas ela não é proibida? – Questionou Draco.

-O que os olhos não vêm, o coração não sente. – E dizendo isso largou sua Capa de Invisibilidade por cima dos colegas, e assim eles foram para o centro da floresta.

-Não é perigoso andar aqui? – Perguntou Simas um pouco preocupado.

-Não comigo por perto. – E assim tirou a capa quando chegaram numa clareira e sacou sua varinha. – Saquem suas varinhas, vamos praticar.

E assim os dois fizeram. Harry logo começou a discursar.

-Em primeiro lugar, nossos inimigos, em primeira estância, são apenas humanos, e o ser humano é muito frágil. Vou ensinar a vocês, compactadamente, uma série de feitiços que matam, mas de diferentes maneiras. Iremos começar por um de minha autoria. – Disse. – Morte nº1: Concussão no peito ou na cabeça. Feitiço: Apontar a varinha e mentalizar “Pronus”. O alvo é atingido por um impacto invisível, simulando uma violenta pancada. Achata, quase em todos os casos, o crânio ou o tórax, se for acertado. Pode ser usado também para torturas sendo mirado em joelhos, cotovelos ou demais articulações ou ossos, causando muita dor. Para vocês entenderem a mecânica do feitiço, ele é uma variação do “Bombarda”, mas com a energia compactada na hora da suposta explosão do feitiço, sendo assim, a energia sonora usada não escapa sendo descarregada totalmente no alvo. Podem testar.

E assim Harry conjurou alvos vestidos de Comensais para eles praticarem. Eles logo pegaram o feitiço.

Bem como eu pensei, escolhi a dupla certa para ensinar o combate, eles tem talento nato.

-Muito bem. Vamos adiante. Morte nº2: Afogamento. Feitiço: realizar um Aquamenti canalizado dentro dos pulmões do inimigo, sendo assim, ele não chances de evitar o afogamento certo. Este é mais difícil, pois vocês terão de se concentrar para fazer o Aquamenti aparecer direto no ponto desejado, e mesmo sem vocês enxergarem o alvo (pulmões). Usaremos um tipo diferente de alvo, para que eu possa monitorar seus acertos e falhas. – E assim conjurou um boneco humano comum, seminu (LoL), e ativou outro de seus ultramovimentos da espada: os Olhos da Noite. É um tipo de visão perfeita, tem uma visão nítida de 360 graus, alcance de 150 metros, visão de calor, visão “atravessa-paredes” e visão noturna, podendo modelar conforme a necessidade entre seus elementos. É também conhecida por Visão Perfeita, pois ela o é. Este é um dos poderes especiais de Galanodel que menos custa, em termos de energia e dor posterior: pode ser usado por meia hora sem custo algum, só de energia. Conforme vai aumentando o uso contínuo, a dor posterior vai aumentando.

E assim o grupo Alpha foi pouco a pouco aprendendo este novo método, e outra coisa também: com isso (Harry o fez propositalmente), os Alphas puderam aprender a canalizar sua magia, o que é algo muito útil, de uma maneira mais avançada.

-Estou gostando de seu desempenho, grupo Alpha. – Comentou Harry sorrindo. – Morte nº3: Dilaceração de Órgão Vital. Feitiço: “Slactumsempra”. Este feitiço é uma variação do “Sectumsempra”, e ele destrói por meio de um corte vertical qualquer estrutura não-metálica que a varinha do usuário esteja apontando na hora do feitiço. Se mirado no coração ou no cérebro, é fatal. Mirado nos demais órgão vitais o alvo agoniza por um tempo e se não for socorrido morre dolorosamente. Mas cuidado! Estruturas metálicas ricocheteiam o feitiço, o que pode ocorrer que ele venha na sua direção. Tomem muito cuidado na hora de usar ele. Podem testar nos alvos comuns.

Draco e Simas logo pegaram o jeito do feitiço, o que deixou Harry muito impressionado novamente.

-Muito bom, mas nosso tempo está acabando. Se todos os três métodos falharem contra os Caveiras, existe um quarto método, que será, por enquanto, o segredo de vocês. Só usem ele se nada mais funcionar! – Advertiu Harry. – Morte nº4: Perfuração por Projétil Metálico, ou simplesmente, “bala na fuça”. Não é um feitiço, mas sim um armamento trouxa. Vou ensinar vocês a matar com um dos métodos trouxas mais usados hoje em dia, tiro por pistola 9mm. – E assim Harry explicou o funcionamento de cada parte de uma pistola, ensinou-os a trocar o pent, o efeito do silenciador e depois os ensinou a atirar. Por fim, disse: - Este método é infalível. Uma bala na cabeça e nem Merlin volta da morte. É perfeito pois o inimigo não tem tempo o suficiente de usar uma magia-escudo, e assim, fica indefeso. Perfeito, agora vamos voltar para o Castelo e ver os resultados dos demais lobos.

-Harry? – Chamou Draco levemente.

-Sim, Draco?

-Devo confessar que estou com medo.

-É eu sei. Mas se vocês fizerem como eu ensinei, nós vamos pegar estes desgraçados. – E como bom líder não mencionou que estava tão, desculpem a palavra, “cagado” quanto eles.

-Harry, por que não contar a ninguém sobre as pistolas? – Perguntou Simas.

-Vocês podem contar aos Lobos, mas só a eles. Em primeiro lugar, o porte de armas de fogo (como são conhecidas) sem licensa é ilegal até entre os trouxas. Em segundo lugar, Este será o nosso maior trunfo contra os inimigos, pois eles subestimam os trouxas. E em terceiro lugar, nós não podemos sair por aí gastando nossas melhores armas na primeira batalha, só se houver necessidade mesmo.

-Ah, certo.

E assim eles voltaram para Hogwarts para se encontrar com os demais Lobos, mas não perceberem estar sendo vigiados de longe, por vários pares de olhos curiosos.

 

 

13 HORAS, SALA PRECISA, EVA MENDES E EQUIPES BRAVO, CHARLIE E GRUPO DE APOIO

 

-O Harry me pediu para eu ensinar a vocês magia de cura e magia defensiva avançada. Vamos começar pela defesa, que é mais fácil. – Começou Eva. – Protego Máxima é o básico, e acredito que todos saibam, não é?

Todos confirmaram com a cabeça.

-Bem, a idéia do Protego é criar uma barreira psíquica de energia espiritual (magia) instransponível a energia espiritual. Em outras palavras, Protego serve para bloquear feitiços e bloquear fisicamente criaturas que possuem energia espiritual, que são os conhecidos por humanóides e híbridos.

-Como assim, “humanóides e híbridos”? – Perguntou Gina.

-Oras, humanóides são todos os tipos de bípedes que tem raciocínio, e compreendem humanos, vampiros, elfos domésticos, elfos da floresta, duendes, etc. e os híbridos são aqueles tipos meio humanos meio animais, tais quais centauros, sereianos, etc.

-Você sabe bastante... – Comentou Neville admirado.

-Bastante não, o suficiente. Voltando ao assunto, se alguém lançar contra você algum objeto, por exemplo, o “Protego” será inútil. Então, vou ensinar vocês a criar uma barreira física contra matéria em geral, ou seja, vai bloquear QUALQUER COISA, e o nível de defesa dependerá do seu nível de magia (Bruxo, Feitiçeiro ou Mago), e da energia que você colocar nele. – Eva deu uma pausa. – O feitiço é “Guardium”, e quero que vocês tentem ele com três potências: baixa, média, e máxima. Podem começar.

Um a um, eles foram tentando, e conseguindo. No final, Eva os mandava usar o feitiço e ela usava todos os tipos de ataques, desde lançamento de objetos até Maldições Imperdoáveis: era bom que eles conseguissem.

-Muito bem, vocês passaram o primeiro estágio. Agora, Vou ensinar vocês a moldar a barreira. O Feitiço é o mesmo, mas vocês terão de moldar a barrareira de acordo com o que vocês quiserem.

-Como se faz isso? – Perguntou Hermione.

-“A mente domina a matéria”. Basta vocês quererem isto, que a magia em vocês fará isso. Simples assim. Agora tentem.

Mais uma série de tentativa e testes, e assim eles aprenderam a moldar sua barreira na forma que quizessem.

-Agora, vocês vão aprender a usar qualquer material para barreira, o que reduz drasticamente os gastos de energia na hora da defesa. Vocês podem usar qualquer coisa para defender, mas para defender um jato de água, papel é completamente inútil, e assim vai. Vocês tem que ter em mente as leis da física, mas como vocês não estudam isso aqui, e nem me perguntem o que é, falarei para o Harry os ensinar isso mais tarde. O feitiço é “Selecto Guardium”, e vocês devem manter contato visual OU apontar a varinha para o que vocês querem usar como material. Pode também ser um objeto sólido já pronto, mas não é muito aconselhável, pois ele não pode ser moldado. Podem começar.

Eles em geral não tiveram muita dificuldade para aprender isto, o que fez Eva admirar-se. Eles também não são alunos quaisquer. Tem alguma coisa que eu ainda não sei aqui.

-Ei, galera. – Interrompeu Eva. – Vocês já tiveram algum tipo de treinamento avançado ou algo do tipo, não tiveram? Digo, com o Harry e tal...

Eles se entreolharam e por fim Gina disse.

-Sinto muito, mas se quiser saber algo sobre isso fale com o Harry. O que acontece entre a gente, fica entre a gente.

Mais escorregadios que o próprio Potter.

-Ótimo. Por enquanto é isso na Magia defensiva. Agora vamos para a cura. A arte de curar exige muita concentração e precisão. Um pequeno erro numa magia pode causar sérios danos e até a morte em quem se tenta curar. – Começou Eva. – Existem três tipos de magia de cura: Auto-cura, ou seja, o usuário cura a si mesmo; Cura de Terceiros, ou seja, o usuário cura outra pessoa; E Cura em Massa, na qual o usuário cura um grande grupo de pessoas. Vou ensinar a vocês os dois primeiros tipos, pois o terceiro é muito difícil de se fazer e requer o total domínio dos outros dois.

“Para curar, deve-se saber o que se vai fazer: concertar, remendar ou reconstruir. Concertar é quando você tem uma coisa que não funciona e quer fazê-la funcionar (Ex.: Órgãos Vitais e pequenos machucados em geral). Remendar serve para ossos ou pele, literalmente remendá-los. E por fim reconstruir e refazer algo que foi destruído, arrancado, dilacerado, mutilado, enfim. Serve para Órgãos, membros, etc. Vou ensinar vários feitiços dos três tipos, nos níveis baixo, médio e grave, para ferimentos da mesma denominação respectivamente. Vamos começar.”

Eva ensinou inúmeros feitiços de cura a eles, bem como ela disse (N/A: Não vou gastar duas páginas de Word descrevendo algo deste tipo, não tem sentido. Basta saber que eles sabem curar quase tudo, mas não tem poder o suficiente para curar coisas mais graves). Esta tarefa levou o resto da tarde e no fim eles desceram direto para o jantar, onde se encontrariam com os três membros faltantes do grupo.

 

 

SALÃO PRINCIPAL DE HOGWARTS, JANTAR, LOBOS DA NOITE, HARRY, EVA E DEMAIS ALUNOS

 

-Como foi o treino? – Perguntou Harry aos colegas que estavam todos sentados na mesma mesa, depois de lançar um feitiço de sigilo em volta deles.

-Foi proveitoso. – Respondeu-lhe Gina, a passo que Harry beijava-a e apertava o abraço.

-Eles são muito bons, Potter. – Comentou Eva. – Mas eles parecem ser muito mais do que simples alunos...

-Óbvio que sim! Amanhã estarão lutando para salvar os “simples alunos”. – Respondeu Harry sorrindo.

-Você entendeu o que estou querendo dizer...

-Entendi mesmo, e se quer que eu lhe conte a verdade, sobre tudo, agora é a hora. Você se mostrou merecedora deste conhecimento hoje à tarde. Mas, se quiser saber, vai ter de fazer um Voto Perpétuo jurando que não passará nada adiante sem a minha autorização. – Disse Harry seriamente. – E então?

Eva parou por alguns instantes. Bem, se eu quiser a verdade, o que eu quero, vou ter de contar a ele a verdade para ele me liberar do juramento... Esperto ele. Não tenho opção.

-Está bem. – Disse ela.

-Draco, pegue sua varinha, vou lhe ensinar a fazer o Voto Perpétuo para nós.

Draco prontamente fez o que ele pediu e Harry brevemente o ensinou a realizar o Voto. Então, eles começaram.

-Eva Mendes – Começou Draco. – Você jura jamais passar o que ouvir sobre nosso grupo em hipótese alguma sem a autorização clara e objetiva de nosso líder Harry Potter?

-Juro. – Respondeu ela.

-Jura, não revelar tal verdade nem que ela custe sua própria vida ou a vida de pessoas que você gosta?

-Juro.

-Jura, matar as pessoas que tirarem tal informação de você a força, sem dó nem piedade, independete de quem for?

-Juro.

-Então está concebido. – Finalizou Draco.

-Você é perverso, Draco. – Disse Hermione, rindo.

-Muito obrigado. – Disse ele sorrindo.

-Agora, Eva, vem a sua verdade: durante estas férias, eu fui levado ao futuro por meio de uma espada mágica chamada Galanodel, espada esta que hoje empunho e é minha sobre todos os aspectos. No futuro, fui apresentado à horrorosa verdade que implica na destruição do mundo conhecemos, ou seja, na guerra que virá, Voldemort vence e domina tudo, literalmente. Mas, existia um grupo de rebeldes, chamados ARCI, e eles me levaram ao futuro num último suspiro, para me treinar e fazer com que eu voltasse e vencesse a guerra. E aqui estou. Aumentei meu poder drasticamente, com muitos custos, devo dizer. E quando voltei, reuni a antiga Armada de Dumbledore, na qual escolhi oito membros para fazer parte do novo grupo de combate, os Lobos da Noite, grupo este no qual você está vendo e que você ajudou a treinar. Ensinei a este grupo alguns truques, mas como você deve ter percebido, ainda estou no começo de seu treinamento. Nosso objetivo, enquanto grupo militar, é além de assassinar quantos Comensais conseguirmos, dar combate ao grupo militar de Tom Riddle conhecido por “Os Caveiras”, descobrir sua tecnologia, encotrá-la, copiá-la e depois destruí-la. Nosso objetivo mãe é vencer a guerra destruindo “Os Caveiras”. Seremos, quando o treino dos demais membros estiver concluídos, um grupo militar não ortodoxo das forças do que se chama de “bem”, ou melhor, opositores a Voldemort, imparcial e frio. Alguma dúvida?

Uau, pensou Eva, eu nunca poderia imaginar algo tão organizado. Então está aí a resposta de seu incrível poder Potter, treinamento futurístico? É, uma surpresa e tanto. Agora vem a minha parte.

-Minha vez Harry. – Disse ela, e todos a fitaram confusos. – Eu preciso ser liberada deste juramento para falar a meu pai sobre o que me disse, então é a minha vez de falar a verdade.

“Meu nome completo é Eva Mendes Morghul, primogênita de Isaac Morghul, que por sua vez descende diretamente de Judas Escariotes, o primeiro dos Vampiros. Sendo assim, meu pai é o Lorde dos Vampiros e eu sua princesa.

Há algum tempo Voldemort vem tentando nos recrutar, mas como ele tem aliança com os Lobisomens – nossos tradicionais inimigos – nós fomos receosos. Mas não somos estúpidos. E assim meu pai me mandou vir estudar em Hogwarts sob o pretexto de investigar você, Harry Potter, o dito Escolhido, Eleito, seja lá o nome, a pricipal aposta dos opositores de Voldemort para vencer a guerra que irá se instaurar. Sinceramente nunca pensei encontrar alguém tão poderoso, maduro e líder nato como encontrei você. Se contar isso a meu pai, concerteza os Vampiros irão apoiar você na guerra, depois de ele se encontrar com você e ouvir o que tens a dizer. Então eu te pergunto, Harry Potter, é do seu interesse ter os Vampiros na sua frente durante a guerra?”

Harry não disse nada, apenas ficou pensando em tudo o que ela dizia, seus colegas Lobos da Noite abismados demais para dizer qualquer coisa. Depois de alguns segundos de reflexão, ele disse:

-Isso explica muita coisa. Por ironia, eu ia lhe oferecer uma vaga entre os Lobos da Noite, mas não combinaria com você... De qualquer forma, o convite está de pé. Você em especial nos seria muito útil. – Disse Harry. – Quanto a seu pai, eu lhe libero de seu juramento sobre todos os aspectos para contar a ele, e somente a ele, o que quiser sobre mim e os Lobos da Noite, depois de fazê-lo prometer de forma verbal não repassar as informações adiante. Confio no bom-senso dele.

-Muito obrigada, Harry. Ficaria honrada em participar do seu grupo, independente do nome. – Disse ela sorrindo.

-Muito bem, está combinado então. Diga a seu pai, que o que acontecerá amanhã é uma prova de que estamos firmes na decisão de eliminar Riddle, e que se ele quiser boas batalhas ao nosso lado ele será bem vindo a solicitar um encontro comigo a hora que ele quiser.

-Eu direi a ele. Vamos nos comunicar hoje mesmo.

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