A Origem do Mal (Os Caveiras)
Capítulo XIV – A Origem do Mal (Os Caveiras)
Um frio na barriga tomou conta de Harry enquanto ele dava ordens para os lobos. Será que era cedo demais? Mas ele não tinha opção, e de qualquer forma, ele não os deixara desprotegidos, e qualquer coisa ele poderia aparecer na batalha.
O plano era simples: Alpha iria pelo telhado. Bravo iria pela esquerda. Charlie iria pela direita, e o Apoio iria pela frente da casa, mas sem realizar nenhuma manobra ofensiva, só apoiando.
Todos os Lobos estavam posicionados, quando Harry percebeu que todos estavam parados, não havia som, e a luz de dentro da casa parecia estatizada. De novo ele?
-O que quer, Andarilho do Tempo? – Perguntou Harry, já adivinhando a presença do indivíduo.
-Muito bom, Harry Potter, antecipando os cumprimentos. – Disse ele divertido.
-Não respondeu minha pergunta. – Disse Harry com voz fria.
-Pois bem... – Começou ele. – Você tem realmente certeza do que vais fazer hoje?
-Como assim? – Questionou Harry sem entender.
-Certas coisas podem se tornar... Vícios. – Comentou o Andarilho.
-Eu sei, Andarilho, eu sei. Mas o treino dos Lobos começa a partir de hoje, efetivamente. É a partir de agora que eu vou treinar eles como soldados. Com certeza eles sairão traumatizados, e este é o objetivo, pois por enquanto eu ainda tenho como amenizar o sofrimento deles, e ensiná-los a lidar com isso.
-Pois bem, Harry Potter. – E dizendo isso ele sumiu e Harry percebeu que os Lobos aguardavam seu sinal.
Harry indicou com gestos que a equipe Alpha deveria iniciar, entrando pelas janelas do sótão e ganhando terreno na casa. Bravo e Charlie ficariam em posição.
-Estamos no sótão. – Disse Draco pelo comunicador.
-Muito bem. – Disse Harry. – Façam um feitiço silenciador e arrombem o alçapão que vai para o segundo andar.
-Feito. – Respondeu Simas.
-Nada de armadilhas até agora? – Perguntou Harry preocupado.
-Negativo, senhor. – Respondeu Simas.
-Que amadores, só por que eu supostamente estaria em Hogwarts eles não deixaram nenhuma defesa. Eles vão se arrepender disso. – Comentou Harry. – Equipe Alpha, desçam do sótão silenciosamente e verifiquem o segundo andar, rendam qualquer um que não for Comensal, se houver alguém que não seja, e depois estoporem e prendam com correntes depois de pegar suas varinhas.
-Entendido. – Respondeu Draco.
-Comandante, há uma criança aqui em cima, provavelmente filha do dono da casa. – Disse Simas.
-Não a estoporem, ela é pequena. Usem um feitiço do sono nela. Mas cuidem as suas costas.
-Certo. Há passos aqui no corredor. – Disse Draco assustado.
-Preparem para o combate. – Respondeu Harry apreensivo.
Durante alguns segundos houve o silêncio, mas logo depois as vozes começaram.
-Mas que diabo é isso? – Perguntou uma voz feminina, meio apagada pelo comunicador.
-Não se mova. – Disse Draco com voz autoritária.
-Vá para o infer...
-Estupefaça! – Berraram Draco e Simas ao mesmo tempo, e a mulher não teve tempo de completar sua frase.
Mas isso alarmou os Comensais presentes, e Harry sabia disso. Então, declarou:
-Bravo e Charlie, avançar. Matem todos os Comensais. Apoio, fiquem de espreita e cubram a retaguarda quando as equipes começarem a sair da casa. Eu vou entrar.
E assim aparatou direto no sótão. Pulou no segundo andar já com Galanodel em riste, e esta foi a sua sorte, pois dois Avadas já vieram em sua direção, e Galanodel reprimiu ambos direcionando-os para seus “donos”. Menos dois Comensais.
Mais alguns surgiram no corredor, mas ao ver Harry hesitaram, e Harry teve tempo de fazer uma barreira no corredor e lançar um feitiço anti-aparatação no local, para impedir os cachorros de fugir.
-Bravo e Charlie, acredito que estão todos no corredor das escadas para o segundo andar. Se vocês conseguirem prender eles para eles não descerem, cumpriremos nosso objetivo. Mas só ataquem ao meu sinal, eu preciso indentificar o Kyall antes. – Disse Harry.
-Kyall, seu covarde! Seus dias acabam hoje! – Gritou Harry, e ele viu um homem na formação recuar alguns passos. É ele, pensou.
Harry concentrou-se e usou um dos Movimentos de Galanodel. Com isso, ele desacelerou o tempo. Logo em seguida desfez a barreira e puxou Kyall para si com um feitiço convocatório. Logo que ele veio voando em sua direção, Harry apontou para os demais com sua varinha e disse “Bombarda!” derrubando assim vários inimigos. Em seguida aparatou do lado de fora da casa com Kyall e sentiu um dos espasmos recorrentes do uso do poder de sua espada. Por mais que ele fosse forte, tamanho poder tinha um custo. Tudo na vida tem um custo.
-O que eu te fiz, demônio? – Perguntou Kyall com cara de apavorado.
-Eu, demônio? – Ponderou Harry. – É, talvez.... E é por isso que você vai fazer o que eu pedir, senão a morte será um presente perto do que vou fazer a você.
-O que quer? – Perguntou ele entre medo e curiosidade.
-Você vai me dizer onde está treinando o novo efetivo de Tom, os Caveiras. – Perguntou Harry sério.
-Não vou não! Nem que me mate! – Gritou ele. Mas era tarde.
No momento em que Harry lançou a pergunta, esperou Kyall ter tempo de pensar na resposta (sempre que alguém te faz uma pergunta você PENSA na resposta verdadeira, para depois transmiti-la ou mentir a respeito) e já “entrou rasgando” na mente dele para pegar a informação, Kyall começou a urrar de dor, mas Harry já havia pego o que precisava, e suas novas informações foram asusstadoras. Teria que ponderar a respeito depois da missão.
-Você nunca teve alternativa, Kyall, seu filho da mãe... – Disse Harry decepando a cabeça de Kyall, terminando de uma vez com o sofrimento dele.
Quando terminou com Kyall é que Harry foi ver como estava a batalha, e perguntou pelo comunicador:
-Equipe de apoio, informe a situação.
A resposta veio de imediato.
-A1 está ferido, mas D1 está curando ele, os outros cercaram os Comensais que não morreram, e estão desarmando-os...
-O QUÊ?! – Gritou Harry em resposta.
-Como assim? – Perguntou Gina pelo comunicador.
-As minhas ordens, Lobos da Noite, foi de matar todos os Comensais. TODOS, com a exceção de Kyall, que eu peguei eu mesmo. Vocês estão com comensais como reféns?! – Esbravejou Harry sem estar irritado, só para pressionar os Lobos. – Matem todos estes cretinos, e eu quero ver as luzes aqui de fora, se sobrar um, unzinho que seja, nós teremos uma conversa bem séria quando chegarmos à base.
-Mas... – Começou Rony, mas foi cortado.
-Sem “mas” Rony. Vocês escolheram entrar nesta, agora sem hesitações. Vocês tem idéia de quantos crimes cada um destes já cometeu? Tem idéia de quantos assassinatos, quantos estupros? Se quiser, eu posso ir aí e entrar na mente de cada um verificar, para vocês terem uma idéia. Discussões na base, matilha. Agora terminem a caçada.
-Sim senhor... – Disseram eles desanimados.
Alguns lampejos verdes foram vistos dentro da casa, e assim Harry apontou a varinha para cima.
-Hora do Gran Finalle! Lupus!
Harry proferiu sua marca. Seu registro. A grande marca do Lobo da Noite. O feitiço era semelhante à marca de Tom, mas com algumas sutilezas: o que aparecia era a cabeça de um lobo uivando para a Lua Cheia, e o melhor, podia-se ouvir o uivo do lobo.
Logo após, Harry se reuniu com os Lobos na casa. Todos eles estavam com o estado de espírito muito abatido.
-Vamos para casa. Discussões na base.
-E dizendo isso aparatou todos eles de lá.
De volta ao QG na Câmara Secreta, o clima estava tenso. Um a um os Lobos foram tirando as máscaras e Harry viu que eles estavam com cara de pensativos e de pesarosos. Agora seria uma grande discussão. Mas incrivelmente todos ficaram quietos de cabeça baixa, até que Harry perguntou:
-O que vocês tem a me dizer?
No início ninguém disse nada, até que Draco criou coragem.
-Eles estavam desarmados.
-Verdade. – Disse Harry secamente.
-Eles não podiam fazer nenhum mal para nós naquele estado.
-Não diretamente.
-Então por que matá-los, Harry? – Perguntou Draco, erguendo a cabeça vagarosamente para encarar Harry com uma cara de enterro.
-Vamos nos lembrar de algumas coisas. – Começou ele e todos os Lobos se voltaram para ouvi-lo. – Estamos numa guerra.
-Ah, peraí Harry! Só você fala de guerra para cá, guerra para lá, mas até agora é só você (e agora a gente) que está atacando. Eles ainda não moveram um braço! – Explodiu Hermione e todos balançaram a cabeça concordando.
-Pois bem, isso é uma coisa que eu queria deixar para outro momento, mas não pode mais ser adiado.
E assim sacou Galanodel num centésimo de segundo e ficou olhando sério a cara de susto que eles fizeram.
-Esta é Galanodel. Uma das três mais poderosas espadas da humanidade conhecida. Uma das mais letais armas brancas já confeccionadas, não só pela sua aparência física, mas por seu poder místico. – Apontou ele. – Estão agora, meus amigos, diante de um dos mais valiosos artefatos do mundo, a Espada do Tempo. Com ela, foi que eu pude viajar para o futuro, e só pude voltar quando tive força e habilidade para manuseá-la. Claro, que um pobre coitado mal treinado teve que morrer para me levar ao futuro, e eu não poderia levar o mesmo destino dele, e por isso eu fiquei tanto tempo lá, aprendendo além de lutar, a usar esta maravilha. Para poder usá-la, eu fiz coisas imperdoáveis, que eu contarei a vocês em outra oportunidade, depois de a guerra estar terminada, pois aposto que irão querer me matar depois de saber a verdade. Mas infelizmente vocês precisam de mim para vencer a guerra.
“Pois bem, meus caros, se vocês querem ver a guerra de que falo, eu posso mostrar ela a vocês. Graças a minha espada, eu posso ter determinadas visões do futuro, mas quanto mais afastadas elas estão, em questão de tempo mesmo, mais imprecisas são as visões, pois os atos das pessoas mudam o destino. De qualquer forma, eu tenho certeza que a guerra vai começar, e sei quando e onde ela vai. Sem nenhuma margem de erro. Pois não está tão longe como vocês pensam. Se quiserem, eu posso mostrar a vocês a minha visão do dia de início da guerra, mas é algo terrível de se ver, e eu repito, e prestem muita atenção: A ESTA CURTA DISTÂNCIA DE TEMPO, NADA DO QUE VIREM PODE SER MUDADO, ENTÃO NÃO PERCAM SEU TEMPO TENTANDO MUDAR ISSO. Talvez me perguntais depois por que não impedi isto enquanto ainda tinha tempo, e a resposta é a seguinte: usar este tipo de poder de minha espada consome muita energia minha, então eu geralmente não fico passeando pelo futuro, pois a dor é muito grande, e sempre presente. Cada vez que eu uso este poder, é como se um machado estivesse sendo fincado no meio do meu peito, mas cem vezes pior. E eu ainda não dominei completamente este poder. Agora, se quiserem, fiquem em círculo em volta de mim. Vou mostrar a vocês o dia do início.”
Todos ficaram apreensivos com o que Harry dissera. Ou ele tinha ficado completamente biruta desta vez, ou ele tinha posse de uma das coisas mais maravilhosas o mundo. Mesmo com a possibilidade da loucura, ninguém queria desacreditar do líder, então formaram o círculo. Harry ficou mudo e de olhos fechados por uns instantes, e depois tudo girou.
De repente, eles estavam numa vila, cheia de neve, mas não estavam com frio. Harry falou:
-É como se estivéssemos numa memória, e sendo assim nossa presença não altera nada o fato em si. Logo reconhecerão o lugar. Me sigam.
E depois foi andando. Sua voz saiu meio torta, e todos perceberam isso. De repente, alguns homens encapuzados aparataram no centro da vila, e logo todos perceberam que eram os Comensais, e a ficha caiu: eles estavam em Hogsmeade. É claro, era final de semana de visita a Hogwarts no próximo fim de semana. Um dos Comensais lançou a Marca Negra e logo os Començais começaram a atacar.
O fator surpresa foi crucial na batalha: ninguém esperava os Comensais, e logo os mesmos dominaram a luta. E ficou um massacre, mas então alguns professores de Hogwarts e aurores presentes (sempre há a presença de aurores em tempos perigosos) começaram a lutar e a batalha ficou parelha. Só que então, um dos Comensais riu, alto e sarcasticamente, e então uma nova onda de Comensais aparatou ali. Quatro, precisamente.
Um dos aurores olhou de modo estranho para os recém chegados, e Harry falou.
-Agora, meus amigos, conheçam seu pior pesadelo: os Caveiras.
E assim os Caveiras (que todos perceberam não portar varinhas, embora a roupa de Comensal fosse a mesma) entraram de fato na luta. O primeiro, levitou mentalmente (por mais estranho que pareça) dois aurores e logo então os fez cair com violência, movendo o braço para baixo, empurrando eles contra o solo, com a mente. Resultado: dois aurores completamente desfigurados no chão frio de Hogsmeade. O segundo, apontou a mão para alguns moradores de Hogwarts e dela saíram enormes labaredas incandescentes que logo consumiram os moradores, e foram se alastrar por telhados, lojas e casas. O terceiro deles, que possuía um tamanho visivelmente maior do que os outros, arrancou um poste do chão e avançou contra um grupo de alunos. Resultado: um massacre feio de se olhar. O quarto deles, que aparentava ser o líder, deu uma “risada maléfica” e erguendo ambos os braços conjurou vários “mortos-vivos” equipados com espadas ou outras armas brancas de guerra que avançaram contra o resto das pessoas presentes. Estes, eram uma “evolução” das Inferi, como Harry viria a explicar depois.
E assim eles voltaram ao tempo real, muito atônitos para dizer qualquer palavra. O primeiro a falar foi Harry (que estava em estado comum, pois já os havia visto).
-Estes são os nossos piores inimigos, quase tão poderosos como o próprio Tom, e tão inescrupulosos e maldosos quanto ele. São os Caveiras. – Explicou Harry. – São uma unidade militar para-especial criada por Tom para servir a ele na guerra, e para vencer ela por ele.
-Eles... – Começou Dino (que foi criado como trouxa), mas estava muito hesitante. – Tem mesmo super-poderes?
Harry riu. Era mais ou menos isto.
-Quase Dino. Só que não existem “super poderes”, isso que eles tem se chamam habilidades sobrenaturais, que Tom conseguiu para eles baseado, eu acredito, em pesquisas dos trouxas. Mas é difícil provar. – Explicou. – Todo o tempo desde que voltei, pesquisei, investiguei, e tudo o mais para descobrir de onde Tom tirou estas criaturas. E aquilo onde estávamos antes era uma reunião de recrutamento para os Caveiras. Kyall era o recrutador.
-Então não são só quatro? – Perguntou Hermione, trêmula.
-Acredito que sim. As chances de se passar pelo processo de evolução genética e adaptação são mínimas, só os melhores mesmo sobrevivem. Por uma questão de seleção natural, creio. Mas não se enganem, se a cada cem Comensais que entrarem para o processo, dois que sejam sobreviverem a ele e desenvolverem habilidades, é um péssimo resultado para nós. Aqueles quatro que nós vimos eu acredito serem os primeiros, mas eles ainda não estão com o treinamento completo.
-Como assim? – Perguntou Gina.
-Ah, os do futuro são piores, bem piores. Eles são treinados em artes marciais, luta com armas brancas, e quando desenvolvem bem sua habilidade podem usar magia “comum” junto, ou seja, combinar suas habilidades com a magia das varinhas. – Disse. – Companheiros, nós temos de eliminar eles antes que eles cheguem neste nível,pois com este poder eles seriam invencíveis.
-Eles conseguiriam te derrotar? – Perguntou Neville.
-Se eles estiverem em vinte e com o treinamento completo, talvez. – Respondeu Harry, sabendo que a hora da revelação estava chegando.
-Mas então não temos com o que nos preocupar! – Animou-se Draco.
-Muito pelo contrário. Eu tenho um segredo a revelar agora... – Disse Harry pensativo. – Eu tenho muito poder, de fato, mais do que qualquer um possa sonhar. Mas isto tem um custo, um preço muito alto a se pagar. Se eu usar muito do meu poder, eu posso perder o controle, e se eu perder o controle, eu me torno algo... Muito ruim. Se eu perder o controle, sou capaz de destruir tudo, e quando digo tudo, é tudo mesmo.
-Então como vamos vencer eles? – Perguntou Simas.
-Muito simples: vou treinar vocês, nas férias para que estejam prontos para enfrentar até o Tom. Por agora, vou apenas ensinar a vocês o básico, como venho fazendo.
-Avada Kedavra é o básico... – Ironizou Draco.
-Acredite em mim, Draco, é sim. Agora quero que todos vão dormir, pois amanhã teremos um longo dia de preparação. – Disse Harry.
E assim todos foram dormir pensando nos horrores que haviam visto esta noite.
OFF: Pessoal, finalmente pude postar um capítulo. Agora a história está rumando para o verdadeiro eixo, para um que explica a origem das coisas. Já podemos ter uma noção de como o Andarilho do Tempo existe, de como a guerra vai ser punk quando começar, e quando eu digo que vai ser punk, não é uma batalha de estupefaças, e preparem-se para ver muitos de seus personagens preferidos agonizando, e outros morrendo (não se preocupem que eu não vou matar os principais, pelo menos por enquanto. Mwhahahaha!!!). Pois em guerras, as pessoas morrem. De fato.
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