CEI - O Demônio Interior
Capítulo Especial I - O Demônio Interior
A primeira reação de Snape foi lançar um Sectumsempra em Harry, que o desviou rolando para o lado. Então é assim, Snape? Que seja! Então Harry se levantou rapidamente e lançou um Bombarda na frente de Snape. O feitiço explodiu como se fosse uma pequena bomba, e torrões de terra voaram para todos os lados.
Quando a poeira cessou, Harry viu Snape normal, com um sorriso no rosto, apontando-lhe a varinha, e sentiu seu ódio quando ele gritou:
-Bombarda, Máxima! – A ira o impediu de proferir o feitiço silenciosamente.
Harry teve de ser muito rápido para juntar força o suficiente para um Feitiço-escudo tão poderoso. E então ele sentiu a extenção do poder de Snape. Ele era terrivelmente forte, e durante muito tempo devia estar escondendo sua verdadeira força, e graças a este descuido Harry quase morrera, pois não queria gastar muita energia num feitiço escudo tão forte, e assim seu escudo se quebrou, e ele voou longe com o impacto do poder. Harry então percebeu: seria muito difícil derrotar Snape sem pelo menos revelar sua Aura.
Ao invés de bater no chão, conseguiu parar de pé, equilibrando-se com as duas pernas flexionadas e uma mão no chão. Então, quase no mesmo instante, um raio de luz preto cortou a poeira que se formara, quase acertando Harry na cabeça. Oh, Severo. Só não lhe termino, pois preciso de você. Então Harry desfez todas as defesas que bloqueavam seu verdadeiro poder, ou pelo menos parte dele.
Uma Aura preta se formou ao seu redor, e ele sentiu o poder fluindo em suas veias, em seus músculos, em todo o seu ser. Ninguém vai ver, pois está tudo cheio de poeira, e contanto que eu termine antes de a poeira baixar, estará perfeito. Então Harry apontou sua mão para o chão aos seus pés, e a energia preta adentrou a terra, e foi cavoucando seu caminho até os pés de Severo Snape. Ah sim, Harry podia vê-lo. Sua “visão de calor”, como ele chamara, fora mais um presente de Tom Riddle ao falhar em matá-lo. Harry podia optar por ver com que tipo de visão, com a visão humana, ou com a visão das cobras. O único porém era que sua pupila redonda virava uma fenda, como a que as cobras têm, o que o acusaria na hora.
Então sua aura negra chegou ao seu destino, se esticando, e empurrou Snape para cima, como ele desejava. Ela o fez voar mais de dez metros acima, para cima da nuvem de poeira, onde todos podiam o ver. Então Harry refez as proteções sobre seu poder, para que ele continuasse aparentar ser um Feiticeiro, e então sua voz ressonou por todo o campo, graças a um Sonorus seu:
-Alarte, Ascendare! – E por um segundo, o corpo de Severo Snape ficou imóvel no ar, e então um segundo depois seu corpo sumiu de volta na nuvem de poeira com velocidade incrível.
E então tudo se calou. Por um instante, Harry pensou ter ido longe demais. Mas então quando a poeira baixou ele pode ver que mais uma vez subestimara Severo Snape.
Ele estava de pé, ofegante, mas completamente intacto de um “combo” que teria matado os mais talentosos dos bruxos. Então Severo Snape conseguira masterizar a arte de convocar dois feitiços ao mesmo tempo. E dois dos poderosos. Primeiramente um para cancelar seu poderoso feitiço, e depois outro para amortecer a mortal queda que se daria com ou sem seu feitiço o empurrando para baixo.
Harry aprendera que para se utilizar dois feitiços ao mesmo tempo, se requer muita magia, concentração perfeita e ainda saber usar feitiços silenciosos.
Snape não se fez de rogado com a hesitação de Harry, e assim já reiniciou o combate lançando vários Sectumsempra, um atrás do outro. Harry teve que assumir a posição defensiva, se defendendo com magia, pois Snape era muito rápido, até mesmo para ele com o seu poder contido. Sem dúvida, Snape era um Mago.
Harry percebeu que a freqüência de feitiços de Snape começou a falhar, ou seja, lentamente começou a perder o ardor e a velocidade inicial. Aproveitando esta brecha, pulou para o lado e fez um rolamento, e levantando de um pulo para desviar-se de outro Sectumsempra e lançou um Bombarda Máxima mirando a cabeça do professor de Poções.
Snape defendeu com Protego, mas o barulho da explosão foi ensurdecedor, e além disso, mesmo com um escudo, Snape foi arrastado dois metros pela explosão.
Com a expressão tomada pela raiva, Snape conjurou uma espada longa, gritando:
-Vamos ver se sabes esgrimir, Potter! – A voz de Snape soou insana.
Harry pensou em sacar Galanodel, mas seria desonroso e inadequado mostrar sua mais poderosa arma por “tão pouco”, e assim conjurou uma espada igual a de Snape.
E assim ambos correram para cima um do outro, numa mão a espada e na outra a varinha. Durante a corrida, trocaram alguns feitiços, que foram devidamente bloqueados ou defendidos.
Quando as espadas se chocaram, o braço de Harry tremeu. Snape era muito forte, e isso era impossível para o corpo quase franzino dele. Ele provavelmente evocara algum tipo de ritual ou tomara alguma poção avançada antes de ir para a luta.
Forte ou não, Snape era um ótimo esgrimista, um dos melhores que Harry já enfrentara, mas ainda assim não superava o treino forçadode Harry na ARCI, e assim logo foi superando Snape e ganhando terreno na tão temida luta de espadas.
Assim Snape pulou para trás e antes de Harry poder atacá-lo, conjurou várias cobras, de diversas espécies e tamanhos. Assim Harry se viu na obrigação de fazer algo, pois as serpentes poderiam matá-lo. Concentrou-se bastante, e enviou um feitiço de nível muito avançado que aprendera com Hefesto:
-Expecto Guardius! (Expelir o Guardião)
E um enorme lobo feito de energia pura, se formou a sua frente, tomando a cor de sua Aura. O lobo era muito grande mesmo, pois apoiado sobre as quatro patas já era maior do que Harry, e ele era todo preto, com a excessão de seus olhos, que eram dourados, intensamente dourados.
Ah, Potter. Não és tão inútil como eu havia pensado. É hora de brincar então. Pensou Snape.
-Expecto Guardius! (Expelir o Guardião)
E então da varinha de Snape surgiu uma cobra, naja, tão grande quanto o lobo de Harry, mas ela toda roxa, com os olhos pretos.
O primeiro movimento foi do lobo negro, que atacou a naja com suas patas ferozes, mas a cobra o repeliu com um golpe de cauda. E então, foi iniciada a briga de verdade. Era mordida aqui, rabada ali, patada aqui, constrição ali, e assim por diante.
Os animais combatiam com tal ira que pareciam que iam evaporar a cada investida. A luta estava muito parelha, e Harry se viu na necessidade de enviar apoio ao seu Guardião. E então, desabilitou suas trancas de poder, as que limitavam o seu poder ao de um Feiticeiro Nível Três e reajustou-a para Mago Nível Um.
A mudança foi tão brusca que até um tolo perceberia o aumento na luminosidade e no tamanho do lobo. Ele parecia liberar uma fumaça preta por todo o seu corpo.
E então rapidamente o lobo começou a sobrepujar a cobra, e todos viram isso, inclusive Snape.
E então Snape, vendo que iria perder, absorveu seu Guardião, fazendo-o retornar para dentro de si, o lugar de onde viera, e demonstrou com hesitação a intensidade dos ferimentos causados pelo lobo. E, numa atitude covarde, apontou para o Guardião lobo de Harry Potter com sua varinha e lançou o feitiço:
-Exterminius!
Este era um feitiço extremamente nocivo a qualquer criatura viva, sobretudo a um Guardião. Era considerada Magia Negra das mais Avançadas. Se o feitiço atingisse o Guardião de Harry, ele se dissiparia, e assim se iria a personalidade e a consciência de Harry, o que o tornaria um vegetal.
Rapidamente, utilizando sua Aura, apontou a mão livre para o lugar de onde estava vindo o feitiço e fez um escudo de energia preta pura.
-Maldito sejas, covarde! – Gritou Harry, pensando no que Snape acabara de tentar. Seu professor não negava a origem Sonserina. – Vais pagar pelo que tentaste fazer! – A voz de Harry já não era mais a mesma. Ele já não era ele mesmo. Era como se sua voz saísse de todos os lugares, sem Snape poder entender o significado daquilo.
Mas Harry sabia o que aquilo significava: estava perdendo o controle de seu poder. Na última vez que isso acontecera, ele quase destruíra todos na ARCI, e talvez até do mundo. Por mais que fosse difícil de admitir, nos tempos da ARCI Harry fizera coisas que o impediam de dormir a noite, coisas tenebrosas que lhe foram impostas, que não eram nada perto das mortes que ele causou. E o resultado de uma destas coisas estava se libertando agora.
Sua aura ficou aparente, como se fosse um vapor saindo de seu corpo. E nas suas costas, elas materializaram duas asas negras, dando-lhe a aparência de um anjo, um anjo de asas negras. Mas Harry estava longe de ser isto, e agora ele já não podia mais conter o seu “demônio interior”, que ele sabia ser uma desculpa pelo que ele fizera. “’Demônio interior’ é o cacete! Eu sei o que me tornei, o que você fez de mim, e se um dia nos revermos, seja aonde for, eu lhe ressuscito só para te matar novamente, Hefesto!” Disse Harry uma vez ao seu mestre, poucos dias antes de voltar para o passado. Fora Hefesto quem dissera esta teoria a Harry, que ele tinha um monstro interior, e que todo dom é acompanhado de uma maldição. A segunda frase fazia mais sentido para Harry.
Agora ele apenas assistia o que era feito com o seu corpo, sentiu remorso ao ver o corpo do professor de Poções ser trespassado pela sua mão envolta em aura negra. Neste estado, ele era muito veloz, mais do que o olho humano poderia acompanhar, e assim Snape nem teve chances de se defender. Em seu íntimo, Harry chorou. De tristeza, pois perdera a Grande Batalha, a sua batalha interior, e dificilmente algum dia conseguiria ter outra chance de ter seu corpo de volta.
E assim, possuído, Harry voou embora de Hogwarts, e ficou assustado com o que seus “hóspedes” queriam, ora, seus pensamentos eram ligados, e ele teria pena da humanidade de eles conseguissem.
OFF: Finalmente saiu este capítulo especial hein?
O que acontece é simplesmente que eu resolvi dar um final alternativo para os leitores que gostam de violência e “dark side”, e assim, se os coments em relação aos caps especiais (terão mais) forem bons, farei uma continuação de HPAT baseado nos caps especiais, que vocês verão serem muito bons, talvez até melhores do que os “normais”, se vocês gostam de mais pancadaria e de menos conversa.
Quanto ao “Demônio Interior”, vou utilizar isso em ambas as “versões” da fic. Cedo ou tarde na história normal Harry terá de enfrentar seus demônios, que na verdade não são bem demônios. Também vou usar qualquer ensinamento ou menção à Magia que consta aqui e não nos capítulos normais. No fim das contas, só tenho uma pista a dar sobre isso: DURZA.
Valeu galera e obrigado por lerem minha fic! ^^
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